E então chegou setembro, e lá vai eu, novamente, atrás de alguma aventura para comemorar meu mês preferido, o começo da primavera no Brasil (e do outono, aqui nos EUA) e claro, meu aniversário.
Confesso que depois de 30 anos morando em São Paulo, mudar para a Florida me deixa, quase que constantemente, com a sensação de que estou sempre de férias. Por isso, o meu desejo desse ano era ir algum lugar aqui nos EUA que mais me lembrasse minha home town. E lá fui eu, para NY de novo.
Clima
Essa foi minha primeira vez em NY no verão. Por ser fim da estação, a temperatura estava bem amena (entre 20 e 25 graus), sem chuva.
Como o clima oscila muito em NY, especialmente em meia estações, é sempre bom ficar atento aos aplicativos na semana da viagem!
O que fazer
Coisa para fazer é o que não falta em NYC. Como já estive lá outras vezes, pulei várias atrações do roteiro clássico. Fiz também várias pausas super necessárias e, ainda assim, caminhei cerca de 10km por dia!
Se você tem mais tempo ou é a sua primeira vez, mudando o ritmo dá para fazer MUITO mais!
E esse foi meu itinerário:
Quinta-feira (Dia 1): CHEGADA
A ideia era chegar no fim da tarde/começo da noite, deixar as coisas no hotel e sair para jantar. Porém, uma conexão demorada e as obras no aeroporto LaGuardia mudaram meus planos. Cheguei no hotel em Midtown já perto da meia-noite, exausta. Tomei banho e dormi.
Sexta-feira (Dia 2): UPPER EAST SIDE
Acordei morrendo de fome, e pedi room service para o café da manhã. Apesar da imensa oferta de cafeterias e restaurantes ao redor, a fome e a preguiça falaram mais alto. Já no fim da manhã, parti para a minha primeira aventura: o Guggenheim. Sou fã da coleção de arte da família e essa era a atraçao que mais queria visitar. Sendo assim, coloquei como a primeira da viagem para riscá-la logo da lista. O preço da entrada é bem amargo (US$25), mas tive uma surpresa ótima ao descobrir que o meu cartão de crédito (Chase) dava direito a um par de ingressos. Comecei o dia economizando 50 dólares, yay!
Depois de muitas horas no museu, a fome bateu e me dei conta que já passava das três. Paramos Le Pain Quotidien (clichê que eu amo!), na unidade da Madison Ave e de lá, segui para o hotel andando.
Do hotel só saí 2 horas depois para jantar e, sem destino, acabei a noite num restaurante grego maravilhoso que, por sorte, ficava na rua do hotel. O local? Kellari Taverna.
Ao contrário do dia anterior, comecei o dia cedinho. Acordei e andei até a Blue Bottle Coffee. Peguei algumas coisinhas e fui comer no Bryant Park, que fica do outro lado da rua. Uma hora depois, vendo a cidade acontecer, segui para a NY Public Library, que fica colada no Bryant. A biblioteca tem tours gratuitos diários, mas no dia que fui, já estavam lotados. Se você realmente tem interesse em fazer o o tour, recomendo chegar cedo (abre às 10).
Em seguida, foi hora de partir pro Chelsea. De todo esse roteiro, a única coisa que tinha planejado era um tour guiado nas galerias da região após o almoço, por isso, a sabia que sábado era dia de Chelsea. Comecei pelo sempre lotado Chelsea Market, onde a escolha do dia foi mediterrâneo no restaurante Miznon. Fechei o almoço com um cafezinho no Starbucks Reserve, uma cafeteria conceito da rede, que funciona também como restaurante e loja.
De lá, hora do tour. As galerias escolhidas pela guia mudam sazonalmente, mas naquela semana as escolhidas foram: David Zwirner, Tania Bonakdar, Sikkema Jenkins, Lehmann Maupin e Hauser & Wirth.
O tour teve duração de duas horas e achei mega corrido. Também achei as explicações um pouco superficiais. Fiz pelo Airbnb Experiences, mas acho que da próxima vez fecharei com uma agência mais especializada.
Ainda no Chelsea, subi no High Line e andei até o fim (ou começo?!) dele, terminando no The Vessel.
O Vessel é uma obra de arte interativa. Trata-se de uma escadaria em espiral no meio do novo complexo Hudson Yards, que conta também com um shopping, um museu, condominios de luxo e restaurantes.
É possível subir gratuitamente no The Vessel, mas confesso que depois de um dia inteiro andando, me faltou coragem para encarar 2500 degraus. Preferi sentar na próxima ao Pier 78, recuperar o fôlego e assistir ao pôr do sol.
Já de volta ao hotel e sem muita coragem de ir longe para comer, andei até a Little Brazil, rua cheia de restaurantes brasileiros e jantei no Ipanema. Coxinha, salada de palmito e estrogonofe com batata palha é luxo para quem mora fora.
Domingo (Dia 4): SOHO + WEST VILLAGE
Quando acordei, decidir combinar o West Village e o Soho no mesmo dia. Achei bem audacioso, mas possível, então fui. Como já era esperado, andei MUITO, mas também senti que fiz bastante coisa. A começar pelo Apartamento de Friends.
Em seguida, mais uma série que amo: o apartamento da Carrie Bradshaw de Sex and the City.
FRIENDS
SEX AND THE CITY
A partir daí, só andei. Fui meio que me perdendo pelas ruelas. Que delícia de dia!
Almocei já no fim da tarde no Ceci, restaurante italiano bem mais ou menos, no Midtown.
Hora de voltar pro hotel, se arrumar e ir para a Broadway. Depois de várias tentativas de conseguir ingressos com desconto (tanto pelo site da TKTS quanto pela loteria), comprei ingresso convencional (cerca de 150 doláres/cada), para ver The Book of Mormons. Amei.
Saindo do musical, fiz uma parada para reabastecer na loja da M&M’s, que fica logo ao lado, e saí correndo da Times Square – odeio muvuca.
Já passava das 10 quando voltei de vez pro hotel, pedi pizza no room service e comi com M&M’s. Saudável.
Segunda-feira (Dia 5): DIA LIVRE
Era meu aniversário e queria ter um dia livre e devagar, assim como eu, rs. Claro que não foi difícil encontrar alguma coisa para fazer. Depois de um café rápido no Gregory’s (eles tem várias opções veganas!), voltei ao Chelsea.
Queria muito visitar a Biennal no Whitney, mas estava com um leve medo de lotação/falta de ingresso. Fui mesmo assim e para minha sorte, estava até bem vazio.
Algumas horas depois no museu, saí para um brunch em plena segunda-feira (isso sim é um luxo!). No Bubby’s, peguei uma mesa do lado de fora para curtir o NY e escapar do barulho todo que fazia do lado de dentro. De sobremesa? Fui para o Gansevoort Market pegar um sorvetinho. Amo.
Ainda pelas bandas do Chelsea, uma parada tecnológica no Samsung 837, pop-up da Samsung com vários lançamentos. Amo tecnologia e achei bem estratégico, uma vez que estou reformando minha casa e vi várias coisas que me interessaram.
Saindo da região, peguei o metrô e desci no Washington Square Park para alguns minutos sem fazer nada, seguida de uma visita rapidinha pela NYU, que não fica muito longe.
De volta ao hotel e sem coragem de sair novamente, jantei delivery do By Chloe, restaurante vegano que eu amo!
Terça-feira (Dia 6): COMPRAS
O voo de volta era só à noite, mas sabia que estaria suficientemente cansada para fazer algo muito complicado. Como estava hospedada super pertinho da Quinta Avenida, deixei esse dia para as compras.
Tive uma manha bem devagar, com direito a café da manhã na cama, e só deixei o hotel na hora do almoço.
Neste dia, comi tanto no café, que pulei o almoço.
Na Quinta Avenida, fui na COS, &Other Stores, Uniqlo, Saks e Muji.
EXTRA: Outras coisas que amo em NYC e não fiz
MOMA: meu museu preferido, estava em reforma e reabriu agora em outubro- Rooftops: Vários bares abrem seus rooftops durante o verão.
Brooklyn: Fiquei só em Manhattan, mas adoro atravessar a ponte, principalmente para visitar brechós.
Smithsonian Design Museum: fica no Upper East e quase ao lado do Guggenheim. Não conheço e cogitei visitar no primeiro dia, mas acabou não dando tempo.
Little Italy: Ótimo para almoçar. Durante o meu tempo na cidade estava acontecendo o Festival de São Genaro e o bairro inteiro estava lotado. Como comentei anteriormente, odeio muvuca, rs.
Onde se hospedar
A cada viagem que faço a NY fico mais certa que o deslocamento é o tópico mais complicado na cidade. Por isso, se você quer aproveitar o melhor da cidade, se hospede nas ilhas de Manhattan ou Brooklyn. Em Manhattan sempre fiquei em Midtown, pela comodidade e grande oferta de hotéis. Agora, se você não ama tanto um burburinho, talvez bairros menos turísticos, como Chelsea ou Tribeca, sejam melhores. Dessa vez, fiquei no Sofitel. A localização é imbátive, dá para fazer muita coisa andando! Outro detalhe importante: a rede faz parte do grupo Accor, perfeito para acumular uns pontinhos ou ainda se hospedar com descontos.
Por ali, também recomendo o Park Lane e o Mandarin Oriental.
Referências
Se assim como eu, você já esteve em NYC algumas vezes e misturar o turismo clássico com atividades locais, sugiro essas referências abaixo, que usei bastante enquanto estava na cidade meio que sem saber (ou como) fazer.
Uma aventura de carro pelas ilhas do sul da Flórida
Uma das grandes novidades desse ano (se não a maior), é que em março adotei uma cachorrinha. Para amantes de animais, assim como eu, pode soar absurdo, mas, em 31 anos, essa é o primeiro pet que eu possuo. Logo, vocês já podem imaginar a aventura que tem sido – uma eterna montanha russa de erros, acertos e frustações.
Bart, the dog
Talvez a última delas, – e também a mais animadora – é que meu marido e eu resolvemos levar Bart, nossa vira-lata, em uma viagem de carro. Como sabemos que ela já está super adaptada ao carro, não hesitamos em fazer uma viagem um pouco mais longa. O percurso total de Tampa, onde moramos, até Key West, nossa última parada, é de aproximadamente 7h. Já adianto que foi mais cansativo para nós do que para ela, que dormiu TODA a viagem.
Apesar de ter apenas 6 meses, Bart tem sido adestrada desde os 3 e responde bem a comandos básicos, além de ser super sociável e não latir muito. Como trabalhamos de casa e estamos 90% do tempo com ela, achamos que incluí-la em uma das nossas frequentes viagens não seria de todo ruim. E não foi.
Ouso dizer que, ainda que tenha sido a nossa primeira experiência, carregamos alguns aprendizados importantes que serão úteis para as nossas próximas férias em família. Entre eles:
Dirigir com um pet: Quão acostumado seu animalzinho está com o carro/avião/barco? Para uma viagem mais longa, é importante ter certeza que ele não enjoa, fica muito ansioso ou inquieto. Para tornar tudo menos estressante, faça paradas frequentes – no nosso caso, fizemos a cada duas horas.
Saúde: Sempre mantenha todas as vacinas em dia e acompanhe a saúde do seu animalzinho, que deve estar 100% antes de vocês caírem na estrada.
Tamanho: Quanto menor o cachorro, mais fácil parece ser. Várias companhias aéreas permitem que você voe com o pet de porte pequeno na cabine, assim como a maioria dos hotéis que se dizem pet friendly tem na verdade uma política que não permite cachorros acima de um determinado peso. Aqui nos EUA, a maioria dos hotéis que pesquisamos tinham como peso limite 15 libras e poucos aceitavam até 50 libras. Não achamos nenhum hotel na região da Florida Keys que ultrapassassem esse peso.
Duração: No total, ficamos fora de casa por 5 dias, muito pouco para nós, mas com certeza o limite da cachorra. Animais costumam se estressar quando saem da rotina , e claro, que com Bart não foi diferente. Enquanto no começo da viagem ela mostrou uma hesitação sem fim, no fim do quarto dia, o comportamento foi sendo gradativamente alterado e percebemos que ela começou a mostrar sinais de exaustão. Achamos que o tempo ideal para mantê-la de férias é um fim de semana longo (3 dias).
O que são as Keys
Florida Keys ou somente Keys, como são conhecidas aqui nos EUA, são um conjunto de ilhas no extremo sul da Flórida, famosas pelo clima quente, esportes aquáticos e águas clarinhas. Por se tratar de um istmo, compreende duas porções de água sendo o golfo de um lado e Oceano Atlântico do outro.
Foto: Blog Hello La Floride
Geograficamente, são dividas em superiores, medianas, inferiores e em Key West, o ponto mais austral dos EUA e também a ilha mais populosa dentre as 1700.
Como chegar
De Tampa, existem três jeitos de chegar em Key West com o pet: carro, de avião ou barco.
Carro: é a viagem mais demorada, mas mais confortável para o seu bichinho que já está familiarizado com o seu veículo, necessitando apenas de uma ou outra parada estratégica para o banheiro. Na ida (Tampa – Key Largo) paramos 3 vezes – duas em áreas de descanso e uma em um posto de gasolina. Na volta, paramos 4 vezes – uma para almoçar numa cafeteria com área externa, uma em uma área de descanso e duas vezes em postos de gasolina.
Avião: melhor opção para quem tem pouco tempo e um “lap dog”, ou cachorro de colo, que tem um porte pequeno o suficiente para ir na cabine com os donos. Daqui de Tampa tem voos diretos pela Silver Airways, mas se você vem de outra cidade, a maioria dos voos fazem conexão em Miami.
Barco: Saindo de Fort Meyers ou de Marco Island – ambos na costa Oeste da Flórida – O Key West Express é um ferry que faz essa travessia em cerca de 3h e permite animais domésticos de diferentes portes. É uma boa ideia para curtir o trajeto cênico das águas cristalinas do golfo. Chegando em Key West é aconselhável alugar um veículo, seja ele carro de golfe, e-car ou motocicleta, especialmente para quem se hospeda fora da região da Duval St.
Observação: Para barco ou avião, é extremamente importante informar, durante a reserva, a presença e os detalhes do seu animalzinho.
Clima
O clima é de calor o ano inteiro, mas alta temporada é no outono/inverno, quando a umidade e o calor dão uma leve trégua. Se possível, evite o período de agosto a outubro, famoso pelas fortes tempestades e possíveis furacões.
Onde ficar
Antes de sair de casa com Bart, sempre dou uma olhada no aplicativo Bring fido, que concentra todas as opções de pet-friendly de lazer, restaurantes e hotéis.
No caso especifico da nossa viagem, o peso/tamanho foi limitante na hora de escolher um hotel, já que Bart tem 45 libras, e boa parte deles permite apenas animais pequenos. Quebramos a nossa viagem em duas praias: Key Largo e Key West.
Key Largo: Ficamos no Baker’s Cay Resorte foi a decisão mais acertada da vida! O hotel é novo e peca em alguns aspectos, como não ter room service e o restaurante fechar às 22h (foi um problema no dia que chegamos super tarde e perdemos o jantar). Por outro lado, tem uma área externa imensa, uma praia privativa onde os animais são permitidos e uma trilha, perfeita para passear com os bichinhos.
Key West: Enquanto achamos que acertamos muito em Key Largo, não temos tanta certeza quanto a Key West. Primeiro porque se trata de uma cidade mais “badalada”, cheia de bares e clubes e lotada praticamente o ano inteiro. Segundo, por que apesar do hotel onde nos hospedamos, Havana Cabana, ser uma delícia e todos os funcionários amarem a nossa cachorrinha, achei que faltou bastante espaço para ela, tanto no quarto quanto no hotel em si, que tinha o lazer praticamente restrito à piscina. Voltaria com certeza ao Havana Cabana sozinha, mas acho que escolheria um hotel num estilo mais próximo ao hotel de Key Largo.
O que levar em conta na hora de escolher o hotel
Política do hotel em relação à permissão de animais
Área de lazer – Onde seu dog irá fazer as necessidades e passear. A maioria dos hotéis não permitem pets na área da piscina, e tudo bem, contanto que existam outros lugares onde humanos e cachorros possam coexistir sem maiores complicações.
Tamanho do quarto
Tratamento e receptividade a animais
Se tiver opção, escolha resorts a hotéis menores como pousadas e hotéis boutiques.
O que fazer nas Keys
Dirigir: A minha parte favorita da viagem às Keys, com certeza é o caminho. Por isso, não abri mão de dirigir até Key West. Das ilhas superiores até Key West, são cerca de duas horas de viagem. No caminho, além de passar por todas as cidadezinhas, a famosa Overseas Highway ou US-1, é uma estrada de 180km, que como o próprio nome sugere, atravessa praticamente toda as Keys, com exuberante vista da água. Quando parece que não dá para ficar mais lindo, a Seven Mile Bridge, nos arredores de Big Pine Key, surge como uma das pontes cênicas mais lindas que já vi. A parte negativa é que não existe um observatório, como na US-1 da California, por exemplo, mas valem algumas paradas pelo caminho para contemplar e, quem sabe, conseguir um bom ângulo para uma foto inesquecível.
Key Largo: A primeira das ilhas, conhecida como a capital mundial do mergulho, fica a uma hora de Miami. É a mais longa das ilhas, cercada por hotéis de praia e resorts e com o parque estadual John Pennekamp Coral Reef, famoso pelos corais e ótima opção para passar o dia com o pet.
Islamorada: Além das lojinhas e clima praiano cool de Islamorada, no Founders Park tem uma área para cachorro. O parque é privativo, mantido pela comunidade local e custa US$5 para uso tanto da área de animais, quanto de lazer (inclui piscinas e quadras).
Big Pine Key: A mais próxima da Key West, Big Pine Key tem uma das atrações mais legais, o Bahia Honda State Park, considerada uma das praias mais bonitas da região. Logo em frente tem um estacionamento de motorhome e, apesar de ter só passado por lá, fiquei com vontade de voltar com meu motorhome para uns dias de acampamento pé na areia.
Key West: Antro da badalação, bares e turismo gay, Key West me deixou com a sensação de estar numa New Orleans com praia. Com o calor que fazia enquanto visitava, confesso que fiquei limitada a sair com Bart apenas durante a noite. Andamos pela famosa Duval Ave e brincamos nos Higgs Beach Dog Park, um parque exclusivo para cachorros. Se tiver a chance de deixar seu animalzinho com alguém, dois passeios que super recomendo para amantes de literatura, é a casa do Ernest Hermingway e a casa do Tennessee Willians, ambas localizadas no mesmo quarteirão, a poucos metros da Duval.
Capital americana do entretenimento ou Disney para adultos, Las Vegas é a cidade mais kitsch que já visitei. Um contraste entre a ostentação americana e a dolce vita – Onde turistas oscilam entre letreiros luminosos que dão vida às longas noites e as piscinas de luxuosos hotéis, principal refresco para a ressaca e para os dias que são, quase sempre, bem quentes.
Localizada aos pés do deserto Mojave e próxima à fronteira dos estados de Utah, Arizona e Califórnia, é cercada de paisagens naturais maravilhosas, fazendo com que seja um ótimo destino para uma roadtrip.
Como chegar
No momento, não há voos diretos do Brasil. A melhor opção é voando direto de American Airlines para Los Angeles – ótima ideia incluir as duas cidades no roteiro. Ademais, Delta voa com conexão em Atlanta, Copa conecta no Panamá, e uma opção mais longa é a com a United, descendo primeiro em Chicago.
Quanto tempo ficar
Um fim de semana longo, bem planejado é mais do que suficiente. Se for esticar para o Grand Canyon, 5 dias é o ideal.
Melhor época para visitar
Para quem vai na primavera/verão, espere o clássico de Vegas: dias de calor na piscina do hotel. Já no inverno, por estar localizada no meio do deserto, faz frio de dia e de noite, e caminhar fica menos impossível. Viajei em fevereiro, e além de não precisar lidar com uma Vegas superlotada, peguei até neve – um evento comum no inverno nas montanhas das cercanias, mas super raro na cidade, mas que se você tiver sorte, pode acontecer.
Transporte
Para curtir apenas a Strip, vale a pena caminhar ou investir em Uber. Agora, se o plano é viajar para as montanhas, ir até a Califórnia ou dar um pulinho no Arizona, aluguel de carro é a melhor e mais conveniente solução. Os preços de aluguel de carro costumam ser bem em conta – aluguei o meu por 30 dólares a diária – e a maioria dos hotéis tem uma locadora própria disponível.
Atenção: Na hora de alugar, vale a pena ficar esperto sobre a política da locadora, que em Vegas costuma ser bem restrita. Evite pagar por milhas e tente retornar o carro no mesmo lugar que ele foi alugado – eu tentei devolver no aeroporto e o preço da diária praticamente dobrou.
O que fazer
Jogar
Sim, pode ser a sua primeira vez, mas você já deve imaginar que a coisa que os turistas mais fazem é jogar. Sinto que esse é um hábito mais americano – tanto eu quanto meus amigos brasileiros temos pavor de perder dinheiro, ainda mais com a atual cotação do dólar – porém, acho que pelo menos conhecer os cassinos é um exercício válido. Para se arrepender menos, selecione uma quantia pequena de dinheiro que esteja confortável para gastar e aproveite. Gosto bastante desse artigo da CNN que lista cada os melhores cassinos por categoria.
Conhecer hotéis
Protagonistas quando o assunto é Las Vegas, o papel dos hotéis vai muito além da hospedagem. É neles que ficam concentrados os cassinos, os melhores restaurantes e as melhores lojas. Mesmo que não se hospede em um dos hotéis clássicos (como o Bellagio, Caesar ou Wynn), eles são paradas obrigatórias. Quanto à hospedagem, orçamento, nível de barulho e localização devem ser prioridade. Quer fugir do óbvio? O jornal inglês The Guardian tem uma lista com os alternativos mais interessantes de Vegas.
Assistir a um show
Vegas não ganhou o título de capital do entretenimento à toa. Com o cair da noite, são tantos shows que é difícil escolher um só. Em sua maioria disponíveis em hotéis, você pode escolher entre comédia, esportes, teatro, música, casas de strip tease (ótimas para dar umas risadas com as amigas na despedida de solteira), ou um dos muitos shows do Cirque du Soleil. Eu assisti o O, espetáculo aquático do Cirque du Soleil no Bellagio.
Visitar um museu inusitado
Verdade seja dita: quase ninguém vai à Las Vegas pretendendo ir ao museu. Mas, se tiver com um tempinho extra e quiser aprender mais sobre a cidade, o Neon Museum é uma ótima escolha para ir à noite. De dia, visite o Erotic Heritage Museum, e se surpreenda com as inesperadas histórias americanas.
Caminhar (e fotografar)
Você pode alugar um carro antigo ou marcar um passeio de limusine, mas nada supera andar a pé pela Strip, a rua mais famosa de Las Vegas. Prepare a sola do sapato – afinal, são mais de 6km de comprimento. Comece pela famosa placa de Welcome to Las Vegas e saia sem destino. Além da Strip, a Fremont Ave, no centro de Vegas, já foi estrela no passado e hoje continua valendo à pena a visita, em especial com um tour noturno guiado.
Comer muito
Restaurantes não faltam em Vegas, e para todos os gostos. Se dinheiro não é uma questão, o É do chefe José Andres ou a SteakHouse do Gordom Ramsay são ótimas escolhas. Se o plano é partir para um dos famosos buffets, o Wynn tem um brunch maravilhoso no restaurante que é inspirado no clássico Alice no país das maravilhas. Quer um docinho? A rede Milk Bar (que tem os meus cookies favoritos) está no Cosmopolitan. Fora do burburinho da Strip, o Bootlegger serve comida italiana desde 1949. O orçamento está apertado? Tacos el Gordo ou o premiado Ping Pang Pong no hotel Gold Coast.
Vegas de cima
É verdade que Vegas tem tanta informação visual que chega a ser “poluída”. Que tal dar uma pausa e ver tudo de cima? Quase todos os hotéis tem um rooftop ou restaurante que proporciona uma boa vista aérea – A Voodoo Steakhouse, por exemplo, combina churrascaria e balada. Que tal jantar na torre Eiffel? No hotel Paris você pode, sem nem precisar ir à França. Gosta de aventura? É no hotel Linq que está a maior roda gigante do mundo, a High Roller. O observatório mais clássico? O Stratosphere.
Compras
Assim como qualquer cidade americana, é fácil de encontrar grandes marcas na cidade, além de fácil acesso aos supermercados e lojas de conveniências. Se o intuito da sua viagem é aproveitar os bons preços, uma ida até o Outlet Premium pode ser uma ideia. Se o plano é curtir a região da Strip, praticamente todos os hotéis tem boas lojas. Para compras de luxo, o Bellagio e o Wynn são boas alternativas. Souvenirs estão por todas as partes, mas a ABC é um grande conglomerado de tudo o que você pode querer. Fã de vintage? Meus favoritos são Vintage Vegas Antiques, Buffalo Exchange, Patina Decor, Glam Factory Vintage e claro, a casa de penhor Gold and Silver Pawn, famosa pelo programa de TV homônimo.
Conhecer os arredores
Como dito na introdução desse post, uma das grandes vantagens de Vegas é a sua localização. Para quem tem alguns dias de férias, vale a pena aproveitar os Parques Nacionais americanos, super preservados e de fácil acesso. O Red Rocks, pode ser facilmente visitado em um bate e volta – fica há aproximadamente 40 minutos. Também em Nevada, separe uns minutinhos para apreciar a escultura do artista Sueco Ugo Rondidone, Seven Magic Mountains, o único ponto de cor que você enxerga na estrada. Se vier de Los Angeles, visite o Death Valley, parte do deserto Mojave considerado o lugar mais quente dos EUA. Esticadinha até Utah? O Zion National Park é um must do. Clássico combo Nevada + Arizona? Sedona, capital nacional dos spas, e o Grand Canyon, não tem erro.
Se casar
Clichê, eu sei. Mas se você é “o diferentão” da turma, e não quer uma cerimônia qualquer, Las Vegas pode ser uma ótima escolha. Eu contei aqui como fui parar em Las Vegas e, de última hora, arranjei meu próprio casamento.
Dicas extras
Tips: as famosas caixinhas são tradição nos EUA e não devem ser negligenciadas. Em Las Vegas, especialmente, seja generoso com os serviços de alimentação ou spa (uma caixinha justa é 20% do valor do serviço) e turismo (guias).
Atrações com animais: Em muitos hotéis, há atrações que incluem animais – que vão de flamingos a golfinhos. Vale lembrar que a condição que esses animais são mantidos é, em geral, desconhecida, e que muitos dele estão totalmente fora do seu habitat natural (lembre-se: poucas espécies sobrevivem naturalmente no deserto). Eu sempre desencorajei esse tipo de atividade, então, leve tudo isso em consideração antes de montar seu roteiro.
Custo geral $$$(moderado)
Antes de viajar aos Estados Unidos, clique aqui para mais informações.
Yes, I do. Assim terminei minha primeira noite em Las Vegas, celebrando o amor de uma forma bem peculiar. Não subi ao altar, mas caminhei de braços dados com Elvis Presley, enquanto ele cantava hits como Love me Tender, em uma das noites mais frias do ano em Las Vegas. Sim, você leu direito: fazia aproximadamente 3 graus e na noite anterior havia nevado de um jeito não visto em Las Vegas há mais de 10 anos.
Não sou uma eterna romântica, confesso, e casar da maneira tradicional, sempre passou longe das minhas ideias. Alias, wanderlust como sou, sempre estive mais interessada na lua de mel, do que na festa em si.
Baixa temporada, passagens baratas e uma semana de férias, o que eu fiz? Fui casar em Las Vegas!
Como funciona
A parte mais complicada de todo o processo você já deve ter: o/a noivo/a. Daqui para frente é só aproveitar!
Existem várias razões que levam alguém a fazer uma cerimônia em Vegas – Além do casamento, tem a cerimônia de compromisso, a renovação de votos ou o elopement wedding.
Falando do casamento em si, esse pode se tratar de uma cerimônia simbólica (só pela diversão), ou legal; e pode ser realizada em diversas línguas, incluindo português.
Me casei na Graceland, com o Elvis, mas também fiquei tentada a casar na Kiss Love and Loud, a capela do Kiss, dentro do Hotel Rio.
Pacotes
Todas as capelas trabalham com pacotes prontos, que incluem o cerimonialista, o aluguel da capela por uns 30 minutos, algumas fotos e às vezes o buquê. Dá para adicionar itens como bolo, trajeto de limusine e live streaming.
Pode beijar a noiva!
No meu caso, escolhi o pacote Loving You, da cerimônia do Elvis, na Graceland Chapel, que incluía:
– Buquê e flor de lapela;
– 3 músicas do Elvis;
– Elvis entrando comigo;
– 6 fotos;
– Certificado de casamento;
– Bolo;
– Translado de limusine.
A única coisa chata, é que dentro da capela só são permitidas as fotos do fotógrafo oficial.
Tempo de preparação
É Las Vegas, e MUITA gente se casa de última hora. Eu organizei tudo em 3 dias, mas se você está vindo de fora dos Estados Unidos, já sabe a data da viagem e não quer arriscar, quanto antes melhor. Considere além das burocracias legais, a duração da viagem, o número de convidados e se haverá uma recepção antes/depois da cerimônia na capela e a contratação de serviços como cabelereiro e maquiagem. Entre 1 e 3 meses é o ideal para fazer tudo com bastante calma.
Licença
Caso opte pela cerimônia legal, é importante lembrar que antes de tudo, deve ser providenciada a licença de casamento. Sem pânico! Casar nos cartórios americanos é bem mais simples se comparado às burocracias brasileiras!
Como cada estado é independente e possui leis próprias, para o estado de Las Vegas, o procedimento acaba sendo ainda mais simples do que no resto do país.
– Para querer a licença, comece o processo online, clicando aqui e preenchendo a pré-requisição. Esse processo evita que você pegue uma fila de espera adicional no cartório.
– Dentro de um período de 60 dias após preencher a pré-requisição, ambos os noivos devem ir ao cartório com documentos com fotos (no caso de estrangeiros, o passaporte) e pagar uma taxa de US$77 (valor para 2019) e pronto. Uma vez emitida, a licença tem validade de um ano.
– Leve sua licença para a capela escolhida e case-se!
Importante: Para o estado de Nevada, é importante que não haja consanguinidade entre os noivos, ambos devem ser solteiros, e serem maiores de 18 anos.
Importante 2: Para a execução da cerimônia na capela, os noivos devem levar uma testemunha. Caso não tenha uma, as capelas costumam ter um serviço que, mediante o pagamento de uma pequena taxa, eles oferecem uma testemunha.
Validação no Brasil
O que acontece em Vegas, não necessariamente fica em Vegas. Além de ser um ato legal reconhecido em todo o EUA, os indivíduos casados carregam o título também no Brasil. Para que o registro seja validado, é necessário o comparecimento em cartório brasileiro com a documentação adequada em até 180 dias após a volta de ao Brasil.
Elopement Wedding, o que é isso?
Quem já se casou (ou planeja), sabe a encrenca que é fazer lista de convidados e correr o risco de esquecer alguém ou criar uma bela inimizade. Uma alternativa para quem quer manter um clima mais intimista, é o Elopement wedding, ou casamento a dois.
Muito menos popular no Brasil do que no resto do mundo, trata-se de uma cerimônia mais intimista, onde os votos são trocados entre os noivos sem nenhuma plateia. Além de reduzir os custos, você faz uma cerimônia para quem realmente importa: você e o seu noivo/a.
Bridezilla
Não sei vocês, mas ansiosa que sou eu, achei ótimo fazer tudo de última hora, tendo menos tempo de ficar neurótica.
Se você está planejando uma cerimônia maior, com mais convidados e etc, existe a opção de contratar uma assessoria de casamento – eu preferi não – ou até se aproveitar de algum pacote que já inclua a assessoria.
Tudo pronto, vamos casar?
Quanto aos detalhes que enlouquecem qualquer noiva (vestido, cabelo, maquiagem), eu preferi pegar levar e não me estressar tanto: comprei toda a vestimenta (tanto minha quanto do noivo) aqui na Flórida e fiz o cabelo/maquiagem no salão do hotel – que marquei quando fiz o check-in. Novamente, quase zero de planejamento. Era para ser divertido, e não estressante. E assim foi.
Melhor época
Vegas é lotada o ano todo, mas é durante os finais de semana, feriados e verão que acontece a alta temporada. Uma dica para economizar e evitar grandes aglomerações, é planejar a cerimônia entre janeiro e março.
Tá, mas quanto custa?
Muito menos do que um casamento convencional! Quando começamos a cogitar a ideia de nos casarmos, pensamos originalmente em fazer uma festa tradicional aqui pelas bandas da Flórida, onde moramos. Óbvio que, além dos valores serem ridiculamente altos, a logística ficaria complicada, já que boa parte da minha família e amigos estão no Brasil.
Para fazer uma festa OK para 50 pessoas no Brasil (lembrando, novamente, um modelo mais tradicional), gastaríamos entre 50 e 100 mil reais. Ou seja, NÃO hahaha.
Em geral, os valores dos casamentos nas capelas oscilam entre US$200 e US$1000. Neste intervalo, tem todos os tipos de cerimônias, desde as mais simples e “tradicionais”, até as mais malucas, como se casar dentro de um helicóptero, sobrevoando a Strip.
Em Vegas, além do baixo custo, você ainda tem a praticidade de comprar um pacote e não precisar se preocupar com mais nada.
Conhecer a África sempre foi um sonho para mim. Quando finalmente pude realizá-lo, fui mais do que premiada: consegui estender a minha passagem pelo continente e visitar vários países no sudeste africano, além de passar uma semana maravilhosa nas ilhas Seychelles. Como dividir meus dias entre as coisas que eu mais queria fazer não foi das tarefas mais fáceis, vou compartilhar por aqui como consegui reunir praia, safári e cidade numa mesma viagem.
E já que o ano acabou de começar e vou te falar por que incluir esse roteiro na lista de destinos maravilhosos para conhecer em 2019.
Meu roteiro
Sáfari, cidade, praia: dias muito felizes na África!
Joanesburgo: 4 noites
Zimbábue: 3 noites
Zâmbia: 1 noite
Botsuana: 1 noite
Kruger National Park: 4 noites
Cape Town: 14 noites
Seychelles: 7 noites
Tempo para deslocamento e conexões: 5 dias*
Como precisei voltar para Joanesburgo depois de cada parada, acabei passando a noite em algum hotel perto do aeroporto e aproveitando para descansar. Claro que você não precisa fazer isso e pode comprar voos com conexões curtas, mas não fiz isso porque achei arriscado e tinha algum tempo disponível para gastar.
Sugestão de roteiro para quem tem menos tempo
Nem todo mundo tantos dias livres para viajar. Que tal aproveitar as férias para conhecer os destaques da minha viagem?
África do Sul
Joanesburgo: 3 noites
Kruger: 2 noites
Cape Town: 5 noites**
**Vale lembrar que o clima em Cape Town é super instável e várias atrações não funcionam quando o vento está forte ou chovendo. Viajando no outono/inverno, as chances de pegar dias ruins e não conseguir fazer muitas coisas aumentam muito. Sugeri 5/6 dias para conhecer o “básico” de Cape Town, mas se puder ficar mais, fique.
Zimbábue
Victoria Falls: 2 noites
Botswana
Chobe National Park: 2 noites
Seychelles
Mahé: 3 noites
Praslin: 2 noites
La Digue: 1 noite
Sugestão de roteiros que pretendo fazer em breve
A África é imensa e claro, não consegui fazer nem um terço do que gostaria de ter feito! Depois de muita conversa com os locais e amigos que fiz pelo caminho, me animei (muito) a planejar outros roteiros!
Quênia e Tanzânia – Serigueti + Zanzibar
A Tânzania fica fora da área do Sudeste Africano, mais precisamente na porção oriental, “ali em cima” de Moçambique. É um país costeiro, limitado pelo Oceano Índico. O Parque Nacional do Seregueti é parada obrigatória – por lá acontece anualmente a Grande Migração, no qual Gnus, Zebras e Gazelas se movimentam anualmente. Mais umas horinhas de voos e se chega em Zanzibar, o paradisíaco arquipélago e aguas turquesas que pertence ao país. Tanta aventura não foi suficiente? Que tal aproveitar a fronteira e dar um pulo no Quênia e se hospedar junto às girafas no badalado hotel boutique Giraffe Manor?
África do Sul + Moçambique: Garden Route, Maputo, Tofo e Bazaruto
Tive duas semanas em Cape Town e poderia ter escolhido usar uma dessas semanas para fazer a Garden Route, um trajeto que vai de Mossel Bay a Storm River– numa estrada lindíssima que atravessa a costa sul africana. Não escolhi porque Cape Town tem tanta coisa para fazer que essas duas semanas aí nem foram suficientes.
Numa próxima vez, quero muito incluir Moçambique nessa rota aí, que excluí dessa vez porque o país requer visto com antecedência e não quis me submeter a tais burocracias. Moçambique me parece solar e feliz, rodeada pelo Oceano Atlântico e bom balneários de verão incríveis como Tofo e a ilha paradisíaca de Bazaruto – cara/complicada de chegar, que só rola estando lá perto.
Uganda + Congo
Entre um sáfari e outro, descobri que os gorilas na África estão lá pelas bandas de Uganda, mais precisamente no Parque Nacional de Bwindi, na fronteira com o Congo, e claro, fiquei morrendo de curiosidade. E já que estamos na fronteira, por que não dar um pulinho no Congo também né?
Madagascar
Uma ilha imensa – a quarta maior do planeta – bem pertinho da costa da África e com uma das faunas/floras mais ricas do mundo. O que não falta por lá é Parque Nacional para explorar!
África do Sul + Ilhas Maurício
Decidir ir para Seychelles não foi simples: me peguei por dias e dias correndo atrás de informações + voos, já que mais pertinho da África do Sul estão as ilhas Maurício. No fim, percebi que o tempo era bem instável por lá em fevereiro/março, período que estaria viajando, e não fui. Quero ir da próxima vez que estiver na África do Sul, o jeito mais fácil de chegar – outra opção é ir via Emirados Árabes.
Safári é, provavelmente, a primeira coisa que passa na cabeça de muita gente quando escuta a frase “viajar pela África”. Não é à toa. O continente é um dos maiores ecossistemas do mundo e é conhecido por essa forma tão própria de explorá-lo.
Durante as 6 semanas que fiquei no sul da África, aproveitei para fazer os mais variados safáris e, aproveitando, já vou desmistificar alguns mitos e contar alguns segredinhos que talvez, você nunca tenha ouvido falar.
Como?
A imagem que deve estar passando pela sua cabeça agorinha mesmo é um jipe, com um guia sentado e vários turistas de binóculos e roupa cáqui no fundo. É essa a forma talvez mais…clássica, mas o que pouca gente sabe, é que existem diversas formas de se fazer safári.
Obvio que, durante o tempo que passei na África, fiz muito mais do que safáris, mas quando o tópico é natureza, passei pelas mais inesperadas vivências, que foram desde um safári noturno de trem, até ser “assustada” por um hipopótamo embaixo do barco em um lago em Botsuana.
Safári de trem na Zâmbia
Você pode (e deve) explorar o máximo de possibilidades que estiver ao seu alcance.
Quando?
Quando o assunto é clima, é importante saber que no verão (entre outubro e abril), as chuvas são mais comuns, o que é ótimo para a vegetação, mas não tão bom para observar os animais, que acabam “se escondendo” entre os arbustos. No inverno, ao contrário, a seca aumenta, mas a temperatura é mais amena, fazendo dessa a melhor época para visitar o parque.
Estive em basicamente 4 países: Zâmbia, Zimbábue, Botsuana e África do Sul. Apesar de serem países fronteiriços, já adianto que a experiência foi completamente diferente em todos eles.
SAFÁRI NA ÁFRICA DO SUL – KRUGER, O FAMOSÃO.
Em posts anteriores, comentei um pouco da minha experiência na Zâmbia, Zimbábue e Botsuana, mas em nenhum desses lugares estive exclusivamente para fazer safári. E é aí que entra o Kruger, o Parque Nacional na África do Sul. Com certeza você já deve ter ouvido falar do dito cujo: é o maior e mais famoso da África do Sul, e favorito dos brasileiros que (pra variar) estão por todas as partes.
No Kruger fiquei 5 dias inteiros e 4 noites (muito mais que a maioria das pessoas costuma ficar), isolada em um hotel de luxo no meio do nada, vivendo basicamente de dois safáris por dia, cochiladas, massagens e muita comida maravilhosa. Estadia essa que só serviu para reforçar meu tipo de viagem preferido – slow travel (viagem devagar). Tem menos tempo, mas quer fazer? Vi gente ficando uma noite e aproveitando, mas a maioria fica entre 2 e 3 noites e tudo bem também.
Mas não se engane achando que tem que ser milionário para conhecer a África a fundo: de campings a hotéis de luxo, tem alternativas para todos os públicos, o que muda é o nível de conforto x perrengue que você está disposto a ser submetido.
O LODGE
Você não precisa ficar dentro do parque. É ficando fora que a sua viagem provavelmente ficará menos cara. Mas como comentei anteriormente, me dei ao luxo de ficar num desses hotéis do sonho, que a gente só vê em revista de gente rica, rs.
Escolhi o AM LODGE, e foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Foi meu hotel preferido na África, e um dos meus preferidos na vida – e olha que, o que eu já conheci de hotel nesse mundo…
Para chegar até ele, saí de Joanesburgo num avião de hélice da South Africa num voo que durou pouco mais de 30 minutos (graças a Deus!). Desci em Hoedspruit, uma base militar e menor aeroporto que já estive até hoje, e fui de encontro ao transfer.
Alias, uma curiosidade: praticamente todos os lodges oferecem um serviço gratuito de transfer do aeroporto mais próximo. O Kruger, é cercado por três aeroportos: Phalaborwa na porção norte, o Hoedspruit na porção central e o Mpumalanga na porção sul.
Chegando, fomos recepcionados com drinks geladinhos e toalhas úmidas e preenchemos além do formulário de check-in, um formulário com preferências pessoais no quesito comida, bebida e atividades. Em seguida, fomos levados para a nossa villa de carro, já que estávamos isolados por quase 2km da recepção e do prédio principal.
A villa em si daria um outro post, porque nunca vi tanta atenção a detalhes.
O nosso quarto no AM Lodge, que na verdade era uma CASA!
Uma cama gigante, uma sala de estar com tv/internet, minibar com bebidas e snacks inclusos à vontade, banheiro com banheira, chuveiro externo e varanda panorâmica para enumerar alguns dos pontos altos do quarto. Para mim, mais do que isso, era a privacidade: entre uma villa e outra, a distância era grande e do quarto não se ouvia nada além do barulho da selva.
Para alguns, tudo isso pode parecer também um pouco entediante, mas o calendário de atividades, passado praticamente dia a dia, era certeiro e super exclusivo: nosso grupo era formado por 4 pessoas (além do guia e do ranger), e enquanto não estivéssemos fazendo safári, sempre tinha uma atividade no próprio hotel, que iam desde almoço na casa da árvore até jantar de dia dos namorados surpresa, servido no quarto.
Almoçando na casa da árvore
No começo, confesso que para os meus hábitos noturnos, acordar às 5 da manhã não me deixava muito feliz. Porém, com o calor de matar durante o dia, é bem mais razoável o porquê sempre acabávamos tendo que levantar essa hora para o primeiro safári do dia – normalmente são 2 por dia e, ainda bem, o segundo é no pôr do sol.
A única coisa chata de tudo isso? O preço. A exclusividade e mordomia do AM Lodge custam cerca de USD800 por noite.
Por que?
Se ainda não consegui te convencer que essa é uma das experiências mais incríveis que você terá nessa vida, aí vão mais alguns tópicos para aumentar essa reflexão:
Biodiversidade imensa;
Proximidade com a natureza – não importa qual o jeito que você escolha fazer o seu safári, os bichinhos estão todos ali, do seu lado;
Sensação de segurança – É estranho pensar que, mesmo estando a poucos metros de um leão, em nenhum momento me senti como fosse ser atacada. Os bichinhos estão lá na casa deles e realmente, não ligam muito para os visitantes;
A aventura em si é bem democrática – não precisa de muito dinheiro para fazer, mas saiba que se for economizar, a chance de perrengue é maior;
Estar na África – já disse isso, mas não custa repetir: é impagável!
E aí, já preparou as malas?
Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.
Victoria Falls, ou Cataratas do Victoria são as quedas d’água mais famosas do continente africano e uma das maiores do mundo.
O nome em inglês foi dado em homenagem à rainha Victoria da Inglaterra, mas o nome original, em Lozi (idioma local) “Mosi-oa-Tunya, faz mais sentido. Em tradução literal, significa “fumaça que troveja” – isso porque as quedas são tão intensas, que em muitas partes do parque não se vê muito além de fumaça!
É um destino inteiramente turístico, mas muito pouco popular entre os brasileiros. Estive no Zimbábue durante a minha viagem de seis semana pela África e aproveitei para conhecer essa belezinha e os seus países fronteiriços. Se estiver pensando ir ao continente africano, não deixe esse roteiro de fora.
Localização
Localizado no sul da África, as Cataratas dividem território com a Zâmbia e o Zimbábue.
Como chegar
Do Brasil, o modo mais rápido é via Joanesburgo, o qual eu recomendo fortemente que você faça um stopover como eu fiz (saiba mais).
As companhias que voam para o Aeroporto de Victoria Falls, no Zimbábue são: British Airways, South Africa Airways e a Mango (uma low cost africana que pertence à South Africa).
A duração da viagem é de aproximadamente uma hora.
Quanto tempo
Eu fiquei três noites, o suficiente para uma viagem mais “low profile”. Se fosse dividir a hospedagem entre Zâmbia e Zimbábue, ficaria duas noites em cada.
Clima
O verão, entre dezembro e março, é bem quente e úmido, enquanto o inverno, entre junho e setembro, é fresco e seco. A melhor época para ver as cataratas em sua porção mais completa, é a partir de abril. Para ir à Devil’s Pool, setembro e outubro são os melhores meses.
Em fevereiro: muita chuva e pouca visibilidade
Durante o ano, as temperaturas variam entre 35 e 9 graus Celsius.
Em fevereiro, durante a minha visita, vivenciei dias quentes, noites frescas e chuva em 90% do tempo.
Língua
O Zimbábue é o país com a maior quantidade de línguas oficiais no mundo!
Um total de 16 línguas – Chewa, Chibarwe, Inglês, Kalanga, Koisan, Nambya, Ndau, Ndebele, Shangani, Shona, Sotho, Tonga, Tswana, Venda, Xhosa e língua de sinais.
O inglês é a mais comumente usada entre os turistas.
Moeda
Dólar americano
Visto e imigração
O visto tanto para o Zimbábue quanto para a Zâmbia é obrigatório para brasileiros e é emitido sem muitas complicações no aeroporto, na entrada.
Ao chegar no aeroporto, você deve preencher um formulário e entrar na fila adequada para o tipo de visto que você está solicitando. Ele pode ser:
Visto para o Zimbábue: US$50
Visto para a Zâmbia: US$50
Visto combinado para a Zambia e Zimbábue (Kaza): US$80
É exigido de turistas brasileiros a vacina contra a febre amarela. Clique aqui para saber como fazer seu Certificado Internacional de Vacinação.
* O Zimbábue é endêmico malária e apresenta risco de contração ao turista. Antes de viajar, consulte seu médico para prevenção e durante a estadia no país, evite roupas que exponha a pele e sempre use repelente. Caso não tenha sido oferecido, contate o seu hotel sobre a possibilidade de redes de proteção.
Segurança
Achei o Zimbábue relativamente seguro, apesar de ter ouvido relatos de furtos em regiões mais lotadas. Além das recomendações clássicas de segurança – como evitar andar sozinho à noite ou carregar muito dinheiro – eu tomaria cuidado e não daria muita atenção aos vendedores de souvenir. É muito comum que eles (literalmente) persigam os turistas oferecendo produtos em troca de dinheiro ou (pasmem) de objetos pessoais. Aconteceu várias vezes comigo, mas uma das mais estranhas foi quando eu estava fazendo uma trilha com meu namorado, não tinha mais ninguém por perto, e o vendedor seguiu a gente por quase 1km querendo minha camiseta (oi?!) ou a minha bandana em troca de uma girafa de madeira.
Hospedagem
Victoria Falls Hotel ★★★★★
Em um primeiro momento, eu jamais associaria luxo ao Zimbábue – país que, até então, eu conhecia muito pouco ou quase nada. Esse meu conceito (ou desconhecimento) foi rapidamente desmistificado a partir do momento que cheguei no Aeroporto de Victoria Falls e fui recepcionada por um dos motoristas do Victoria Falls Hotel, de uma simpatia ímpar, e uma felicidade genuína que, até hoje só conheci na África.
Existente desde 1904, foi originalmente construído para os trabalhos que estavam construindo a ferrovia Cape to Cairo, que pretendia ser a primeira a atravessar toda África (da África do Sul até o Egito), mas que logo tornou-se inviável e nunca foi concluída. Na década de 70, transformou-se em hotel e hoje leva o selo do grupo Leading Hotel of The World, um dos referencias em hotel de luxo.
O hotel está localizado às margens do Rio Zambezi, dentro do Parque Nacional das Cataratas de Victoria, e essa foi a razão maior pelo qual o escolhi. Apesar do custo elevado dos hotéis dentro do Parque, acho que compensa pela facilidade em deslocamento, a vista e o estresse de não precisar de ingresso ou horário para entrar e sair.
Café da manhã com vista ❤
São 9 opções de quarto diferentes – do básico à suíte presidencial – e além da atração principal, que fica logo à frente, as cataratas, tem também piscinas, spa, livraria, galeria de arte e restaurantes (Livingstone Room e Jungle Junction).
Quanto aos restaurantes, só tenho elogios, de todas as refeições que fiz por lá. Tanto o café da manhã quanto o chá da tarde, são servidos da área externa, o que é um grande diferencial. Para todas as refeições também há opção de serviço de quarto, que funciona 24 horas.
Diárias a partir de USD 400 com café da manhã
O que fazer
A (estratégica) parada em Victoria Falls era para relaxar (a minha viagem pela África durou 6 semanas), e acabei não fazendo nada que exigisse muito esforço por lá. Todos os passeios fiz com próprio hotel, o que deixou tudo ainda mais fácil. Ainda assim, as poucas noites que passei em Victoria Falls foram suficientes para que eu visitasse 2 outros países (Zâmbia e Botsuana).
Ver as cataratas do lado do Zimbábue – A melhor vista das cataratas, especialmente durante a cheia do rio. O ingresso custa 30 dólares, mas está incluso na hospedagem de quem fica no Victoria Falls Hotel.
Ver as cataratas do lado da Zâmbia: Desse lado, a vantagem é poder chegar mais perto das cataratas, mas a queda é menor. Há também a vantagem de poder entrar na Devil’s pool, durante a seca do rio. O ingresso custa o equivalente a 10 dólares e a entrada fica a 50m do controle de imigração.
Entrar na Devil’s Pool: Várias piscinas naturais se formaram pelas Cataratas, e a Devil’s Pool, que fica bem na borda com a queda d’água, é uma delas. Localizada parte zambiana do parque, só é acessível mais ao fim da época seca, de agosto até o fim do ano. Como viajei no fim de fevereiro, os níveis do rio já estavam mais altos, e por isso a atração estava fechada.
Fazer Safári noturno de trem: Sim, na minha ida à África teve Safári a pé, de carro, de barco e até de trem! Essa é uma travessia que começa no Zimbábue no pôr do sol, com parada na ponte que separa os dois países para fotos e jantar. Após a refeição ser servida, já de noite, os passageiros vão para a “varanda” procurar animais. O trem é o Bushtracks Express Train Steam e a viagem de aproximadamente 3 horas custou USD 180 por pessoa.
Atividades com adrenalina: Para os mais aventureiros (mais uma vez, não é meu caso), algumas atividades disponíveis são rafing, tirolesa e bungee jump.
Cruzeiro pelo Rio Zambezi: Existem milhares de tipos de passeios pelo rio – no nascer do sol, no pôr do sol, com jantar, com drinks…enfim, opção para todo mundo.
Voo panorâmico: Várias empresas oferecem voos com duração variada, com valores que começam em USD 100. Acabamos não fazendo – além de eu odiar voar, tínhamos um drone para imagens aéreas.
Visitar Botsuana – Não muito longe dali, fica a fronteira de Botsuana. Uma hora de carro e lá estava eu na fronteira, pronta para fazer safári no Chobe. No total, foram dois: um de barco (aquático) e um de jipe (terrestre), num passeio que durou o dia inteiro. Apesar de todos os outros safáris feitos na África do Sul, a experiência em Botsuana foi totalmente diferente. Por lá, os reis da selva são os elefantes, que estão por toda a parte.
Gastronomia
Ao contrário de todas as experiências gastronômicas que tive na África do Sul, (infelizmente) não comi nada muito local no Zimbabwe. A minha memória gustativa é bem voltada para os chás locais – a maior produtora é a empresa Taganda – os quais tomei diversas vezes, inclusive no chá da tarde. Para quem tiver mais tempo, alguns pratos tradicionais são: sadza (uma espécie de polenta), Muriwo Udenovi (folhas verdes refogadas num molho de amendoim), Mupunga Udenovi (arroz com manteiga de amendoim) e Nyama (um cozido de carne).
O que levar na mala
Prepare mais de uma muda de roupa por dia, porque você vai se molhar! E olha, nem é tanto por causa das cataratas, mas é porque chove bastante em Victoria Falls. Inclua roupas dry fit, capa de chuva e sapatos a prova de água. E claro, não tem como viver sem repelente – lembre-se que a Malária é um risco real no país.
Mais um natal que chegou, passou e rendeu! Uma das tristezas de morar fora, é não estar tão perto da família e amigos nessa época de fim de ano. Mas tenho que ser sincera e dizer que, enquanto amo revéillon no Brasil, acho que prefiro o natal daqui.
As tradições são super levadas à sério, e mesmo na Flórida (que muitas vezes nem parece EUA, rs), nessa época do ano é tudo tão mágico ❤
Aqui vão as 10 tradições mais presentes nas casas da maioria dos norte-americanos.
Gingerbread house
No ano passado, construí minha primeira casa de biscoito de gengibre. Não recomendo para pessoas ansiosas/inquietas! O processo em si leva um tempão e faz uma meleca, que acho que faria mais sentido se eu tivesse uns 5 anos haha. A parte mais legal de toda a “construção” com certeza é sentar com toda a família ajudando e no fim, claro, comer tudo.
Christmas Carols
Ao pé da letra “cantigas de natal”, são as músicas natalinas. Para cada uma delas, deve existir umas 800 versões e elas tocam por TODAS as partes. Sabe quando você vai pro shopping e está tocando “Então é natal”, da Simone? É mais ou menos isso, mas em absolutamente todos os lugares. Neste ano, fiz um passeio de barco turístico com a minha família em Tampa, e advinha? Teve até Christmas Carol Sing alone – resumindo: todos tivemos que cantar com a “banda” enquanto íamos rio abaixo, rs.
Decoração de natal
Como não amar cidades super iluminadas? É lindo demais! Até comentei que durante a minha viagem à Nova York fiquei realmente impressionada, em especial com as lojas que gastam uma micro-fortuna. As casas não ficam atrás, tem MUITA casa que contrata empresas especializadas em decoração natalina para transformar a casa numa obra de arte.
Rudolph
Dentre os animais natalinos, o que provavelmente mais se destaca é a rena. Ela é a responsável por puxar o trenó do bom velhinho e Rudolph, um personagem que é conhecido por ser a “rena de nariz vermelho”, característica que por sempre tê-lo diferenciado das outras renas, se provou util ao precisar liderar as outras renas na missão-trenó, durante as noites de neblina.
Filmes natalinos
Assim como as canções de natal, eles passam em todos os lugares e, em dezembro, sempre tem algum filme com a temática Natal estreiando no cinema. E sim, esqueceram de mim também é popular por aqui!
Stocking + Stocking Stuffer
A história das stockings, aquelas meias que vemos embaixo da chaminé, é bem contraditória. Talvez a versão mais aceita date do século 19, é que as meias foram “recheadas” por São Nicolau, como caridade a uma família necessitada. Desde então, pendurar as tais meias é sinônimos de que, em algum momento, até a manhã do natal, elas serão recheadas com presentes, os stocking stuffers. Para esses, em quase qualquer loja de departamento/farmácia/mercado em dezembro tem uma sessão destinada a esses presentinhos, que normalmente não podem ser muito grandes (ou não caberão na meia) e se enquadram mais na categoria de “lembrancinhas” do que de presentes.
Jantar
A primeira grande diferença com relação ao jantar de natal é que ele acontece na noite de natal. Uau, que surpresa rs! Parece óbvio, mas a maioria de nós brasileiros comemoramos na noite do dia 24, e não na noite do dia 25. Outro detalhe, é que em relação ao horário, assim como no Thanksgiving, o jantar é mais um almojanta (por volta das 17h) do que de um jantar propriamente dito. Por último, o detalhe mais importante, a comida: Presunto, Peru e cramberries são elementos que sempre aparecem. De sobremesa, nada muito importante como o nosso pavê. Normalmente, são servidas bolachinhas de gengibre.
Presentes
Uma coisa que me deixou bem chocada no meu primeiro natal aqui é a quantidade de presentes. Enquanto nós brasileiros estamos acostumados a ganhar um presente de cada membro da família (quando muito, rs), nos EUA cada membro da família tende a dar váááários presentes, mas claro, com valores menores, geralmente vindo da Stocking. O recorde, é claro, é entre as crianças: já vi criança recebendo cerca de 20 presentes dos avós! Eles são abertos na manhã do dia 25, e nem preciso dizer que esse é um dos momentos mais esperados por todo mundo né?
White Christmas
Enquanto no Brasil estamos acostumados com o calor do verão, na América do norte, é inverno. White Christmas significa Natal Branco e é o que a maioria dos americanos esperam para a noite do natal: muita neve.
Suéteres
Os suéteres natalinos, ou como chamam por aqui, Ugly Sweater (suéter feio), estão por todas as partes desde novembro. Algumas famílias “competem” para ver quem tem o suéter mais feio, enquanto em outras, é comum ver membros da família com suéteres combinando.
Secret Santa
Equivalente ao nosso amigo secreto, mas bem menos popular. Vejo mais Secret Santa acontecendo entre colegas de trabalho do que entre família propriamente dita – como acontece na minha por exemplo, no Brasil.
Para ler mais sobre tradições Norte-Americanas, clique aqui.
5 dicas para você curtir o feriado mais iluminado do ano sem gastar muito.
Leia Também:
Se é a sua primeira vez na cidade, um roteiro clássico: 39 horas em NYC
Eu já estive em Nova York algumas vezes, mas visitar a cidade em dezembro sempre me pareceu um sonho distante, especialmente quando a minha vontade era inversamente proporcional ao meu orçamento. Quando minha família veio me visitar aqui nos Estados Unidos, eles deixaram o roteiro bem aberto para fazermos o que eu achasse melhor na primeira vez deles na terra do Tio Sam, mas uma coisa, deixaram claro que não poderia ficar de fora: visitar Nova York e ver as luzes do natal. Bem, daí para frente o sonho não era só meu, rs.
No começo fiquei meio relutante, já que o orçamento da turma não era dos maiores, mas não desisti, e estou aqui para provar que é possível aproveitar o melhor da Big Apple na época mais iluminada (e cara), sem precisar decretar falência ao voltar das férias.
Aqui vão algumas dicas como não extrapolar o orçamento enquanto aproveita o melhor da cidade!
1) Hospedagem
Esse é, sem dúvidas, o grande encarecedor de qualquer viagem a Nova York! Sabendo que a cidade é formada por cinco regiões (Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island), uma alternativa que encontrei – e que, com certeza, repetirei – foi ficar fora de Manhattan. Eu sei que, especialmente para quem vai à cidade pela primeira vez, ficar em outra ilha, pode ser um pouco frustrante, já que é por lá que temos aquela imagem de filme.
Contudo, ficar fora da área mais turística, além de “embaratecer” o roteiro, é uma ótima chance de conhecer mais o dia-a-dia dos locais.
Dessa vez, escolhi o Brooklyn, e apesar de ter sido minha primeira vez, super recomendo por inúmeras razões (além do preço):
• Transporte fácil (ônibus, metrô, trem, ferry) por praticamente toda a ilha;
• Distancia relativamente curta das principais atrações de Manhattan;
• A nova sensação hipster, o bairro de Williamsburg;
• Barcleys Center – ginásio onde se encontra uma calendário ativo de atrações diversas;
O trânsito de NYC é sempre um caos, e se você, assim como eu, tem pavor de perder tempo dentro do carro, a melhor forma de se locomover pela cidade de é de metrô/trem. Não importa onde você se hospedará, as linhas atravessam toda a cidade e o custo-benefício é incrível, afinal, taxi em NY é uma experiência igualmente estressante e cara.
O preço do bilhete individual é US$3 com opções mais baratas para quem adquire o MetroCard.
Fonte: New York City Subway // clique para expandir
Aplicativos de carro compartilhado: Já usei o Uber e o Lyft.
3) Alimentação
Se tem uma coisa que Nova York tem, é restaurante. Sair para comer já é, por si só, um programão para fazer na cidade. Eu, pessoalmente, não acho que substituir todas as refeições pelas famosas dollar menu (ou menu de um dólar, popular entre redes de fast food) uma boa saída. Claro, que economizar, você vai. Mas também vai perder grande parte da essência da cidade.
Se você está planejando ficar em hotel, uma coisa chata da maioria é o café da manhã quase nunca estar incluso – mais uma refeição para colocar na conta. Por outro lado, alugando um apartamento dá para se organizar com a cozinha e economizar alguns trocados com refeições simples, como o café da manhã ou aquele lanchinho da tarde.
Supermercados
Existem milhares de supermercados pela cidade para abastecer a dispensa/minibar assim que chegar. Eu amo o Whole Foods, porque além de ter várias opções mais naturebas, também serve um buffet de comida barata e super decente.
Outras redes mais em conta são k-mart, o Trade Joe, ou a loja de departamento Target. Para quem fica em New Jersey, tem o Walmart.
Por onde comi
Dessa vez, acabei elegendo como refeição principal o “almojanta” para fazer fora de casa, além de uns lanchinhos adicionais.
Blank Bistro: Esse café/bistrô no Brooklyn foi um achado incrível para quando estávamos voltando do píer. Serve desde bebidas maravilhosas com café, até comidinhas com uma pegada oriental. As opções de brunch também me pareceram ótimas para quem quer tomar uma café da manhã “mais encorpado” fora de casa.
Broccolino: Saindo do jogo de basquete no Barclay’s center, caímos em um italiano do outro lado da rua – às 22h, todo mundo morrendo de fome e frio, não houve tempo para pesquisar, rs. A comida é ok, a pizza do Adrienne’s é melhor, mas a carta de vinhos é ótima, então recomendaria mais para beber do que para jantar.
Cerveceria Havermeyer: Bom para happy hours, esse mexicano no Brooklyn tem um preço especial no fim da tarde, e mini tacos que vão bem com uma das muitas margueritas do cardápio. O lugar em si é bem simples, mas engana: nos assustamos quando vimos a conta de 100 dolares para 2 bebidas+ snacks!
Momofuku Milk Bar: Para quando aperta aquela vontade de comer um doce quentinho numa tarde de inverno, o melhor cookie da cidade fica aqui.
Friedsman’s lunch (Chelsea Market): O Chelsea Market é um mundo e opções de comida por lá não faltam. Como estava adepta do “almojanta”, parei no Friedsman’s para comer uma saladona e seguir a viagem! Uma das vantagens deste restaurante, além do menu com opções mais saudáveis, é uma área própria para os clientes – dependendo do horário, pode ser bem difícil achar uma mesa nas áreas comuns do mercado.
Adrienne’s Pizza Bar: Foi quando peguei mais frio + chuva na cidade que bateu aquela vontade de comer uma boa pizza. Amo o Roberta’s, mas estava longe demais para andar até lá e fiquei nesse pizza bar que encontrei pelo caminho. Não me arrependo em nada dessa escolha. A pizza é maravilhosa – a Old Fashioned serve bem quatro pessoas.
Algumas companhias locais, como a Spirit e a Southwest, são velhas conhecidas quando o assunto é voar com o orçamento apertado nos Estados Unidos. Ambas são conhecidas como low cost, pois como o próprio nome já diz, oferecem passagens por um custo reduzido.
Já tinha experimentado esse modelo na Europa, mas foi a minha primeira vez nos Estados Unidos. O voo entre Orlando e New Jersey custou pouco menos que US$150, comprado uma semana antes da viagem – o que é uma bela barganha, comparado com a mesma rota em empresas convencionais durante o mês de dezembro. Apesar de não ter amado a experiência – várias coisas deixam bastante a desejar – recomendo contanto que;
• Você tenha tem pouca bagagem: pouca mesmo, só é permitido voar sem custo extra com uma mochila;
• Não se importe em descer num aeroporto mais afastado: eu desci em Newark e o Uber até o Brooklyn custou cerca de US$65 por trecho;
• Esteja ok com o fato de que não é possível escolher o assento previamente sem custo adicional;
• Não faça questão de algumas mordomias a bordo: como serviço de bordo, entretenimento e poltrona regulável.
Lembrando que: só compre o voo quando tiver certeza que vai voar. No caso da maioria das low coasts, em especial da Spirit, qualquer alteração/ cancelamento causa, além de um transtorno imenso, zero reembolso.
5) Passeios
Se também não é a sua primeira vez na cidade, uma boa notícia: várias atrações natalinas são gratuitas!
Quinta avenida lotada em dezembroA famosa árvore do Rockfeller Center
• Andar pela quinta avenida: As vitrines por aqui são a coisa mais linda do mundo! Macy’s, Saks, Tiffany, tem até shows! Respire fundo, enfrente a muvuca e vá.
• Pista de patinação e árvore do Rockfeller: Além da tradicional pista de patinação (a qual não tive coragem de me arriscar), a árvore do Rockfeller Center costuma ser uma das mais fotografadas! A de 2018 tinha mais de 20m de altura!
• Decoração de natal das casas: além das vitrines e lojas decoradas na quinta avenida, centenas de casas no bairro de Dyker Heights no Brooklyn preparam uma decoração (muitas vezes profissional) de natal! Vá no começo da noite para evitar grandes aglomerações.
NY City Pass: Se você também faz questão de visitar algumas atrações mais clássicas, vale a pena dar uma olhada nos city passes disponíveis – a economia de tempo e dinheiro compensam.
Clima: O fator clima está tão maluco em NY como no resto do mundo. Portanto, acompanhe a previsão nos dias que antecendem a viagem tanto para acertar na mala quanto para organizar o roteiro (acreditem: ninguém vai se sentir confortável passando o dia em atrações externas com temperaturas abaixo de zero!).
Natal atrasado: Se não der para passar o feriado em NYC, tudo bem. Você pode viajar no comecinho de janeiro e pagar mais barato ainda na passagem. As decorações ficam expostas até dia 6.
Para ler mais sobre os Estados Unidos, clique aqui
Você provavelmente nunca tinha ouvido falar de Seychelles até o momento que o país se tornou cenário da lua de mel real de Kate e William.
O arquipélago de Seychelles foi uma das minhas paradas durante a minha ida para a África – e uma das minhas grandes surpresas. Obviamente, o que me fez ir parar no meio do Oceano Índico foram as lindas praias, mas não esperava Anse Source D’Argent, considerada por diversas fontes a mais bonita do mundo; a maior semente do mundo, o Coco de Mer e até uma reserva natural que é apelidada de Jardim do Éden.
Um pedacinho de paraíso que você precisa conhecer!
Localização
Seychelles é formado por um conjunto de 115 ilhas, das quais a maioria ainda permanecem desabitadas.
Apesar de pertencer à África, Seychelles está mais próxima à Índia, com quem compartilha o nome da moeda, a culinária e diversos voos internacionais.
A partir do mapa, dependendo da escala, o país é um pontinho minúsculo no meio do oceano.
Como chegar
O aeroporto internacional fica em Vitória, a capital, localizada na ilha de Mahé.
A duração do voo é de aproximadamente 5 horas, saindo tanto da África do Sul quanto dos Emirados ‘Árabes.
Como estava viajando pela África (leia mais aqui), fiz o trajeto saindo de Joanesburgo, que era o mais conveniente, mas definitivamente não a melhor escolha. A aeronave operada pela Air Seychelles é um A320, o mesmo modelo que a LATAM usa na maioria dos voos domésticos de curta distância no Brasil, ou seja, super pequeno e com pouco espaço entre os assentos, bem desconfortável para um voo de 5 horas. Além disso, após o embarque ficamos 3 horas dentro do avião antes de decolarmos, devido à manutenção dos banheiros que haviam sido interditados na rota anterior. Quando enfim saímos e precisei ir ao banheiro, os mesmos continuavam sem descarga – imaginem o horror! Tirando tudo isso, a tripulação tentou ser gentil na medida do possível – pareciam estar mais exaustos que os passageiros – e a comida foi ok (serviram uma refeição quente com prato principal + salada + sobremesa e bebidas frias e quentes).
Segundo relatos dos hotéis que me hospedei, os atrasos nesta companhia são bem frequentes, então também vale a pena considerar a “questão tempo” nas ilhas.
Quanto tempo
Fiquei 7 dias hospedada nas ilhas de Praslin e Mahe e claro, não foi suficiente. Recomendo pelo menos 9 noites – 3 em Mahe, 3 em Praslin e 3 em La Digue.
Durante o dia, La Digue costuma ser lotada, já que muitos turistas aproveitam a curta distância saindo de Praslin para fazer um bate-volta. Não tive a chance de passar a noite lá, mas acredito que deve ser bem mais gostoso aproveitar o fim do dia e a noite na ilha bem mais tranquila.
Clima
Seychelles é realmente abençoada pela natureza. Fenômenos naturais (como as monções na Ásia, terremotos e tsunamis) são inexistentes. Faz calor o ano inteiro (entre 25 e 30 graus) e chove no verão – entre dezembro e março. Ainda assim, as chuvas são pancadas e dificilmente você perderá um dia por conta delas. No começo de março, peguei apenas lindos dias de sol e zero chuva.
Outro detalhe não menos importante: ainda que cercada por uma floresta tropical e consequentemente, mosquitos, doenças endêmicas comum das zonas tropicais como Malária e Febre Amarela não existem por lá.
Língua
Inglês, francês e criolo, sendo essa última a que os locais usam para se comunicarem entre si.
Moeda
Rupias de Seychelles.
Ao contrário dos hotéis, que trabalham bem com cartão de crédito, a maioria dos estabelecimentos menores só aceitam dinheiro. Leve Euros – que são bem aceitos pelo turismo – e troque no Centro de Mahé, onde há mais opções. Eu acabei sacando tudo já no primeiro dia no caixa eletrônico do aeroporto por conveniência e porque as taxas acabaram compensando.
Visto e imigração
Brasileiros não necessitam de visto com antecedência para entrar no país. Os dias de permanência são dados na entrada – no meu caso, 30 dias – e eles são bem chatos com relação aos comprovantes de saída do país, portando leve um comprovante de compra da passagem de volta.
Ah, a vacina de febre amarela é pré-requisito, mas em nenhum momento me pediram.
Não dá para contar com o transporte público e táxis são bem caros. A melhor maneira para se locomover é alugar um carro ou, para quem não se sente à vontade dirigindo com a mão inglesa, contratar um motorista.
Em Mahé aluguei carro pela Austral, em Praslin usei um motorista e em La Digue aluguei uma bicicleta, logo ao lado do desembarque dos barcos – a ilha é pequena e é isso que todo mundo faz.
Cuidado! Ao desembarcar em La Digue, você será abordado por diversos vendedores de aluguel de bike. Negocie o preço com antecedência e saiba dizer não se achar muito caro. Eu paguei 200 rúpias no aluguel da minha e 2 minutos depois vi o mesmo vendedor alugando por 100 para outra pessoa.
Detalhes do motorista de Praslin
Adrian Henry: +248 2 514 659
Entre ilhas
Entre Mahé e Praslin há um voo de 20 minutos pela Air Seychelles que custa caro.
A melhor opção acaba sendo os ferries, que saem dos terminais conhecidos como Jetty. Usei o serviço da Cat Cocos entre Mahe e Praslin (1 hora) e Praslin e La Digue (15 minutos). Existem 3 opções de cabine: a econômica Cat Cocos, a econômica Upper Deck e a Business Class.
Entre Mahe e Praslin viajei de Business Class e entre Praslin e La Digue de Upper Deck.
Clique aqui para entender a diferença entre as classes e o melhor custo-benefício.
Segurança
Seychelles é bem segura, do tipo de lugar que não precisa ficar se preocupando com as coisas na areia, com onde parar o carro e etc.
Hospedagem
Na hora de pensar na região para ficar em cada ilha, sugiro sempre começar procurando onde estão as melhores praias. Afinal, se você chegou até Seychelles, muito provavelmente é sombra e água fresca que você está querendo né?
No geral, acho que a melhor alternativa se você não estiver esbanjando dinheiro, é uma ilha de médio porte, como Praslin. Uma tendência natural é que o preço aumente à medida que a oferta diminui – logo, nas ilhas menores, espere preços absurdos. Se o orçamento está grande ou a ocasião pede (lua de mel ou casamento, por exemplo), a ilha de Fregate, eleita como um dos paraísos privativos mais caros do mundo, é uma possibilidade.
Mahe
Mahé é a maior ilha, onde fica o Aeroporto Internacional de Seychelles. É a mais democrática no quesito hospedagem – vai desde as mais em conta (não significa barata, rs), até alto luxo.
Hotel mediano, com fácil acesso e a internacionalmente reconhecida marca “Le Meridién”, e seu respectivo padrão de qualidade. Pertence à Marriott (SPG), fazendo que a reserva com uso de pontos seja uma ótima alternativa para reduzir os custos.
Varanda no Le Meridién, em Mahé
Pontos altos: Fácil acesso, quartos espaçosos e afastados, silêncio, amenities da propriedade (em especial a piscina e o spa) e internet.
Pontos baixos: Praia OK (para os padrões de Seychelles, obviamente, rs), refeições caras e não muito boas.
Um hotel de trânsito, terrível, onde passei minha última noite, já que meu voo era de manhã bem cedinho e essa era a hospedagem mais próxima do aeroporto. O lugar na verdade é uma casa na qual o dono aluga os quartos. Sinceramente, não recomendo. A ilha é pequena e mesmo ficando longe, provavelmente não lhe custará mais do que meia hora para chegar no aeroporto.
Pontos altos: Localização e preço
Pontos baixos: Quarto (decoração, conforto), limpeza e café da manhã (inexistente).
Diárias a partir de R$370,00
Outras opções:
Amei ter conhecido o Sunset Beach Hotel e super ficaria lá na minha próxima vez. A praia é uma das mais lindas de Seychelles e o ambiente é super de pousada acolhedora. Pode investir um pouco mais ($)? O Four Seasons é a melhor opção é Mahé.
Praslin
Praslin foi a minha ilha preferida para hospedagem. É relativamente grande, mas não tem o trânsito e a lotação de Mahé, dá aquela sensação de estar numa ilha deserta, sabe? Tem várias opções de hotel, desde os mais básicos até os resorts de luxo.
O fruto mais famoso de Praslin dá nome a esse hotel com cara de pousada. Localizado na praia de Anse Bois de Rose, ao sul da ilha, não é uma das mais bonitas – especialmente em época de chuvas, quando as algas se aproximam da praia.
Uma das piscinas do Coco de Mer
Pontos altos: Piscina dentro do mar, restaurante, preço “em conta”.
Pontos baixos: Internet, muuuitos mosquitos, localização.
Diárias a partir de R$1500,00
Outras opções:
Para lua de mel, Raffles, o mais famoso da ilha. Mas é no Constance Lamuria que está a praia privativa preferida dos locais.
La Digue
Não dormi na ilha, mas fiquei com vontade. Um hotel muito bem recomendado por lá é o Le Domaine de L’Orangerie.
O que fazer
Em Mahé
Sunset Beach, em Mahe
Mercado Municipal de Vitória: Vale especialmente para entender alguns dos poucos produtos locais e comprar souvenir por um preço em conta.
Templo Hindu: Legado do hinduísmo, a segunda maior religião de Seychelles depois do cristianismo, a construção do templo data da década de 80. O exterior é lindo mas, apesar de ter passado na frente várias vezes, por falta de tempo, não consegui entrar 😦
Eden Island: Uma ilhota conectada à Mahé, cheia de restaurantes legais, que valem a visita se você estiver buscando um jantar legal, fora do complexo hoteleiro da cidade. O restaurante Bravo está entre os mais populares e é uma ótima sugestão para happy hour/ jantar com uma vista incrível.
Praias: Fiquei hospedada na praia de Beau Vallon, mas as minhas preferidas foram Anse Royale, onde fiz uma das minhas refeições preferidas no delicioso Kafe Kreol e a SunsetBeach, recomendada pelos locais e exclusiva do hotel Sunset Beach Hotel. A entrada da última é controlada, então sugiro que você aproveite o bar do hotel para poder usar a praia.
Em Praslin
A famosa semente do Coco de Mer, no Valle de MaiAnse Georgette
Mergulho: Você pode mergulhar em qualquer ilha, mas escolhi Praslin porque foi onde tive um tempo extra. Existem várias empresas que oferecem o serviço, fiz pela Octupus Divers e recomendo o serviço.
Snorkeling: Com equipamento próprio, um dos lugares mais legais para fazer snorkel é na praia do Coco de Mer, durante o verão, quando as algas ainda não a invadiram.
Vallee de Mai: Reconhecida pela UNESCO como o Jardim do Éden (lugar bíblico onde Adão e Eva teriam vivido), uma reserva ambiental com o melhor da fauna/flora local e claro, diversos exemplares do famoso Coco de Mer. Apesar da semente estar espalhada por vários lugares mais turísticos, a árvore propriamente dita, uma espécie de palmeira, é protegida por estar, com frequência, ameaçada de extinção. No Valle de Mai, entretanto, é possível ver não só essa árvore, como entender o funcionamento de outras famosas da região. Há diversas opções de trilhas, que vão de leve a moderada. Na entrada do parque, ainda é possível contratar um guia. Esse lugar tem que estar na sua lista!
Praias: Alguns guias consideram a Anse Lazio a praia mais linda de Praslin. Eu me divido entre ela e Anse Georgette, ambas maravilhosas.
Em La Digue
Alugar uma bike: A ilha é pequena e o jeito mais fácil de dar uma volta nela é alugando uma bicicleta logo na chegada. Não sabe andar de bike? Sem problemas, eu também não sei, mas foi bem fácil encontrar uma bike de “3 rodas”. Se eu consegui, você consegue.
Conhecer a praia mais bonita do mundo: Fiquei meio decepcionada, confesso, quando cheguei na praia que, segundo o National Geographic, é a mais bonita do mundo. Ela não é feia, não me entendam mal, mas é bem difícil de nadar por causa das algas, e é lotada de turistas. Anse Source D’Argent, fica dentro de uma reserva privativa, onde você paga algumas rupias e passa por várias praias, plantações de baunilha e etc. Vale mais pelo passeio do que pela praia em si.
Gastronomia
Comida é um tópico interessante em Seychelles. Não sei fiquei mal-acostumada com os bons preços dos ótimos restaurante na África do Sul, onde fiquei três semanas, mas não comi muito bem em nenhum lugar da ilha.
O país produz muito pouco do que consome e a maior parte dos alimentos são importados de Dubai. Talvez por isso, a gastronomia seja baseada em itens encontrados na ilha como frutos do mar, frutas tropicais como o coco, o maracujá e a manga, e em curry e especiarias, sabores criolos influenciados pela vizinha Índia.
Fiz a maioria das refeições nos hotéis – já adianto que a comida do Coco de Mer era mais saborosa que a do Le Meridién – mas foram nos restaurantes que comi fora onde tive as minhas melhores refeições. Foram eles:
Café Kreol em Mahé
Restaurante e Café pé na areia localizado em uma das praias mais bonitas de Mahé, a Anse Royale, um mar azul calminho e sem algas para vocês passar horas ali observando. O staff é super atencioso, e o dono, originário das Ilhas Maurício, cumprimenta e serve todas as mesas. O espaço costuma ficar cheio, principalmente aos finais de semana, quando praticamente tudo em Mahé está fechado e as praias ficam mais lotadas. Ao consumir qualquer item, as cadeiras, à disposição na beira da praia, são gratuitas, assim como os banheiros e o chuveiro. Esse lugar merece uma visita!
Melhores pedidas: as pizzas, em especial a marguerita; e os peixes, que vêm acompanhados de chutney, lentilhas e arroz
Sunset bar – Hotel Sunset Beach em Mahé
Uma das praias preferidas pelos locais em Mahé fica escondidinha, dentro de um hotel, o Sunset Hotel. Como estava de carro e a entrada da praia é pelo hotel, resolvi usar o bar para conseguir estacionar lá e foi um dos programas mais legais que fiz em Seychelles. Cheguei lá por volta das 17h – o pôr do sol é entre 18h30 e 19h – fiquei uma horinha na praia (que realmente é maravilhosa) e fui para o bar, que é todo aberto e tem uns sofás gostosos, beber uns drinks e ver o pôr do sol.
Melhores pedidas: Sunset drink, água de coco e os sucos frescos
Bon Bon Plume em Praslin
No dia que fui visitar a Anse Lazio, a praia mais famosa (e mais bonita), aproveitei para comer no Bon Bom Plume, um restaurante delicioso que fica na praia e que todo mundo para comer uma coisinha ou almoçar. Ele funciona a partir do meio-dia, tem uma ótima estrutura de banheiros e mesas e garçons bem prestativos.
Curiosidade: Por aqui a semente gigante do Coco de Mer é servida como decoração e custa a bagatela de 500 Euros. Ouch!
O que levar na mala
Faz muito calor em Seychelles e por estar rodeada por uma floresta tropical, mosquitos são bem comuns. Não esqueça o repelente, o protetor solar e roupas muito leves.
Quanto custa
Seychelles não é barata. É um destino perfeito para lua de mel e pessoas que buscam se conectar com a natureza, num ambiente preservado, rústico, mas cheio de luxos por todas as partes.
Cape Town tem tanto restaurante bom que fica até difícil escolher onde comer. Prepare-se para a extensa lista de todos os lugares que comi enquanto estava na cidade e daqueles que gostaria de ter ido se tivesse mais tempo.
Se gula é um pecado, prepare-se para não sair ileso de Cape Town. Uma cidade jovem e muito misturada, tem (como já era de se esperar) comida do mundo todo e com uma vantagem que supera cidades como São Paulo, NYC e Londres: é muito mais barata!
Não importa se você está indo para ficar dois dias ou um mês, com certeza sairá da cidade deixando muita coisa para traz. Uma prova de que isso é uma grande verdade, é que, enquanto eu fazia a lista dos restaurantes pelos quais passei, não pude ignorar os que não tive tempo de conhecer.
Reservas
Alguns restaurantes são bem competitivos e conseguir uma mesa pode demorar dois meses (vide Test Kitchen). Mas uma coisa é certa: a maioria dos bons restaurantes cobram pela reserva – um valor que é abatido no valor total da conta. Portanto, cheque sempre a política de cancelamento e não reserve se não tem certeza. Um bom app para baixar antes mesmo de chegar na cidade é o Dineplan, usado pela maioria dos estabelecimentos, possibilita tanto fazer uma reserva de última hora, como administrar as reservas mais complicadas (como as que exigem antecedência e pré-pagamento).
Por onde comi em Cape Town
Waterfront
Marina de Cape Town e point (ultra) turístico
Mondiall: No Waterfront tem vários restaurantes e é bem difícil de escolher, sendo que o Mondiall é provavelmente um dos mais ecléticos, ótimo para receber grandes turmas e agradar todo mundo. Tem opção de brunch, bar, jantar… e com uma culinária bem mista.
Minha escolha: Gnocchi do chefe
Vista Marina: Caro e bem mediano, achei. O menu é bem básico, para aqueles dias que a gente não está querendo nada muito diferente. Como o próprio nome sugere, o ponto alto é a vista, que acabei não aproveitando por conta de uma noite de neblina em Cape Town. Como o lugar também tem um bar externo, pode ser uma boa opção para começar a noite.
Minha escolha: Entrada mediterrânea e pizza
Mar e Sol: Um restaurante português, para quando bate aquela saudadezinha de casa. A comida é uma delícia, mas o que vale a pena aqui mesmo é a vista, bem de frente para a Marina. O restaurante não fecha entre almoço e jantar, então se puder, vá lá pelas 16h, quando o espaço está mais vazio, e peça uma mesa no piso superior.
Minha escolha: Peixe do dia
Sea Point
Mojo Market: Funcionando diariamente, é de domingo (quando tem música ao vivo) que esse mercado vira uma das atrações preferidas em Sea Point. Reune diversos stands com pratos rápidos de todas as partes do mundo e algumas lojinhas com produção local de moda e acessórios.
Minha escolha: Sanduiche de falafel no pita
Centro
The Fork: Restaurante à la espanhol de tapas, desses bons para ir com os amigos no happy hour. O menu de tapas é bem extenso e tem opção para todo mundo. A parte boa? Como elas são bem tamanho “coquetel”, dá para experimentar várias diferentes.
Minha escolha: Tapas do dia – pedi 5 tapas para 2 pessoas
Truth Coffee Roasting: Eleito a melhor cafeteria do mundo pelo Daily Telegraph, é indispensável a visita até para quem não gosta de café. O menu é completo e serve desde “padaria” até almoço/brunch. Tive a infelicidade de visitar esse lugar na minha última semana da cidade, mas tenho certeza que se tivesse ido antes, almoçaria lá todos os dias, rs.
Minha escolha: Cafés e confeitaria
Solo: Tinha alta expectativa com esse restaurante, mas confesso que saí meio decepcionada. O lugar é todo bonitinho (tem uma área externa onde é fácil esquecer o barulho do Centro), e assim como o Truth Coffee, tem boas sugestões tanto para café da manhã quanto para almoço. Fui no café e além de ter recebido uma refeição OK, muitos dos itens do cardápio não estavam disponíveis, uma pena ☹.
Minha escolha: Ovos mexidos + smoothie do dia
True Italic: Apesar das muitas opções de restaurantes bons, foi bem difícil achar um italiano simples, desses que não precisa de reserva, para uma vontade repentina que surgiu em uma noite mais fria. Terminei no True Italic, que era o mais próximo de onde estava hospedada e tinha uma (última) mesa disponível quando cheguei, já depois das nove da noite. O ambiente e o menu são bem simples, mas o nhoque que pedi supriu levemente a minha vontade de carboidrato. Se puder se planejar, faça reserva em outro (eu sugiro o Il Leone).
Minha escolha: Nhoque clássico
Gardens
O bairro dos restaurantes/bares descolados
Black Sheep*: Queridinho dos descolados de Cape Town, vive lotado. Apesar da fama, da boa comida e da localização, é um restaurante mais tranquilo, desses que não precisa se arrumar demais para ir. O menu é semanal e bem eclético, com um pé no orgânico, e outro na culinária sul-africana.
Minha escolha: menu vegetariano da semana
Kloof Street House**: A minha escolha para provar comida local! Bem menos turístico do que o Mama África, por exemplo, tem uma decoração linda, gente descolada e um menu típico, mas bem revisitado – algumas opções não são tão apimentadas como a maioria dos pratos sul-africanos. Não importa a hora, vive lotado!
Minha escolha: Assado de lentilha e alcachofra com cenoura, puré de cumin e avocado.
Camps Bay
Roundhouse**: Meu restaurante preferido por vários motivos: serviço impecável, comida autoral e deliciosa, vista incrível e um preço tão bom, que parece não pagar tudo isso. É um restaurante fino, ou seja, tem dresscode, um garçom por mesa e o menu é degustação (com opção vegetariana). São 8 pratos e do amuse bouche até a sobremesa, só melhora. Separe um tempo – a minha experiência demorou mais de 3 horas – reserve, e vá com o coração aberto, não tem como se arrepender. Dica: a harmonização com vinho é, definitivamente, um must do.
Minha escolha: Menu Degustação vegetariano.
Der Waterkant
The Loading Bay: Queridinho dos locais, tem uma pegada meio hipster, e divide o espaço com duas lojas (uma de roupas masculinas e uma Aesop). O menu é bem saudável e faz tanto às vezes de café quanto de restaurante para um almoço rápido. O cardápio de sucos é imperdível, uma ótima opção para quem quer ter um detox no meio de tanta comilança em Cape Town.
Minha escolha: Green Goodness
Constantia
Simon’s*: Uma das vantagens de Constantia, é poder conhecer algumas boas vinícolas sem precisar sair da cidade. Aqui fica a vinícola mais antiga da Cidade do Cabo, a Groot Constantia, e seus dois restaurantes: o Johnkersuis e o Simon’s. O último, mais casual, tem um preço mais acessível e reservas não precisam ser feitas com tanta antecedência. É bom, mas nada excepcional – uma parada estratégica para quando estiver visitando a região.
Minha escolha: Massa napolitana
Kirstenboch
The Kirstenboch Tea Room: Dentro do Jardim Botânico, este restaurante serve muito mais do que os chás que dão nome ao lugar. O menu é enorme e super eclético, com várias opções vegetarianas e veganas – uma coisa que me impressionou bastante foi como as garçonetes eram treinadas para sugerir pratos para cada dieta específica, algo bem raro, especialmente para os veganos, que quase sempre precisam explicar o que eles podem comer.
Minha escolha: Hamburguer vegetariano
Newsland
Região de vinícolas dentro da cidade
Myoga**: Dos restaurantes que fui com menu degustação, esse foi o mais barato – com certeza a melhor opção se você não quer gastar muito, mas ao mesmo tempo, quer ter uma experiência única. O restaurante fica em uma vinícola na Grande Cape Town, dá para ir tranquilamente de táxi, e está dentro de um hotel que é a coisa mais linda.
Minha escolha: Menu vegetariano de cinco passos
Não fui, mas queria ter ido
Woodstock
O bairro artsy – diversos grafites e galerias
Test Kitchen**: Considerado o melhor restaurante da cidade e premiadíssimo. As reservas devem ser feitas com muita, muita antecedência – a agenda abre 2 meses antes e vive lotada.
The Pot Luck**: Do mesmo grupo do Test Kitchen, tem um ambiente mais descontraído, um menu mais em conta e abre tanto para o almoço quanto para o jantar.
Constantia
La Colombe**: Para quem procura uma experiência única em vinícolas, essa é uma parada obrigatória. É um misto de culinária francesa e asiática bem no estilo fine dining.
Centro
Skinny Legs: Intitulado como Luxury Café, me parece ser meio café, meio bistrô, com pratos clássicos revisitados – e bastante opção vegetariana. Fiquei com bastante vontade de tomar um café por lá.
Sea Point
The Creamery: Uma coisa que fiquei ligeiramente decepcionada em Cape Town foi em relação às sorveterias: não achei tantas quanto estava esperando. A The Creamery é unanimidade quanto o assunto é sorvete: em todos os rankings ela é a líder.
Der Waterkant
Il Leone*: Um dos poucos italianos que encontrei perto do apartamento que estava e as três vezes que tentei, não consegui – vive lotado. O lugar também nunca responde às solicitações de reserva por email, por tanto, se você for, melhor arriscar um dia durante a semana, e o quanto mais cedo possível.
Grand Daddy Rooftop: Na verdade, um hotel. A graça do lugar é o rooftop que tem uma programação especial todos os dias e um cinema ao ar livre que serve snacks e bebidas enquanto passa todos os tipos de clássicos do cinema.
Green Point
Gold*: Muitos turistas pensam no Mama Africa quando o assunto é experimentar a clássica culinária africana. Ao invés, eu recomendaria ir ao Gold, favorito entre os locais e mais autêntico.
The Crypt*: Adoro Jazz Bar e esse além de ser super central, tem esse nome porque é, literalmente, uma cripta. Ademais, a programação diária de jazz é sempre surpreendente, assim como o bom gosto do menu.
Camps Bay
Café Caprice: Camps Bay é famosinha pela agitação e muito acontece neste misto de restaurante e bar. Conhecido por estar sempre cheio de gente bonita, também é famoso por ser o point das celebridades que visitam a cidade.
* Reservas devem ser feitas com antecedência
** Reservas devem ser feitas com antecedência e são cobradas – verifique a política de cancelamento.
Antes de viajar para a África do Sul, a coisa que mais ouvi foi “você precisa conhecer Cape Town, não tem como não se apaixonar por aquela cidade”. E claro, fui mais uma vítima, caí de amores. Mas uma coisa que me incomodou um pouco antes de viajar, enquanto ainda procurava saber mais do dia-a-dia da cidade – sim, sou dessas turistas que adora viver a cidade como morasse lá de verdade – foi o excesso de elogios pela cidade. Entendo, não é para menos, a cidade é linda mesmo. Mas será que quem vive lá não tem nada a reclamar? Com mais de três milhões de habitantes vindos do mundo inteiro, conversei com alguns locais e tirei minhas próprias conclusões do melhor e do pior de Cape Town.
Para amar
Geografia
Não tem como não sorrir em um lugar cercado de montanhas e com praias lindas por todas as partes. Me sentia engolida – no bom sentido – toda vez que percebia onde estava. O céu mais azul do que qualquer outro verão por aí e o pôr do sol mais sutil. Para amar cada segundo.
Meio Europa, meio Califórnia
De todos os lugares que estive pela África, posso afirmar que foi em Cape Town que encontrei uma cidade mais organizada, limpa e com uma cara de primeiro mundo. Apesar da geografia lembrar muito o Rio de Janeiro, senti uma vibe mais Califórnia, com muita vida ao ar livre e comida saudável.
Infraestrutura
Uma das vantagens de estar em uma cidade grande é poder contar com uma infraestrutura igualmente desenvolvida – e nesse quesito Cape Town não decepciona. São milhares de opções de entretenimento, gastronomia, transporte, hospitais e por aí vai.
Restaurante
Como se come bem! Além da culinária local, que sofreu bastante influência asiática – em especial a cozinha Cape Malay – se encontra todos os tipos de gastronomias, desde as mais econômicas até restaurantes premiadíssimos (como o Test Kitchen). Os meus bairros preferidos para comer bem foram o De Waterkant, Greenpoint e Camps Bay.
Custo de vida
A cidade mais cara e mais turística da África do Sul consegue ser imensamente mais barata que São Paulo e com um custo benefício que compensa mais do que qualquer viagem para a Europa.
Pessoas
Uma das cidades mais miscigenadas do mundo! É difícil de acreditar que a pouco mais de duas décadas a população vivia totalmente segredada pelo regime do apartheid. E por onde se passa, se vê sorrisos. Ah e os imigrantes, eles são muito bem recebidos, tá? Tanto que a comunidade brasileira não para de crescer (posso me mudar para lá também?) rs.
Nem tanto
Trânsito
Acho que desde o primeiro momento que pisei na cidade, foi a coisa que mais me chamou atenção. Parte do problema também deve ter sido um reflexo da alta temporada, mas uma cidade sem metrô e com tanta acontecendo por toda a parte, é quase impossível não pegar o carro para se locomover, e aí, já viu. Fiquei chocadíssima quando demorei uma hora e meia para ir de Green Point até o Jardim Botânico em Kirstenboch – Detalhe: sem trânsito, demora-se 15 minutos para percorrer essa distância de 13km.
Clima
Uma das minhas principais escolhas para eleger Cape Town como minha casa na África do Sul no verão, com certeza foram os famosos dias ensolarados com vista para o mar. O problema é que o clima é totalmente instável na região – e pelo que me contaram, é bem pior durante o outono e a primavera. Mesmo durante os dias quentes e ensolarados, era bem comum se deparar com temperaturas na casa dos 16°C à noite. Ah e sobre os ventos então, não sei nem o que dizer…oh lugar que venta! Com certeza não foi à toa que os navegadores nomearam o sul da Península como Cabo das Tormentas.
Falta d’água
Só fui me dar conta do fator água quando já estava em solo africano. Como Cape Town foi a minha última parada no sudeste africano, encontrei muita gente pelo caminho me advertindo para “tomar longos banhos antes de chegar lá”. Pode ser que, dependendo de quando você está lendo esse texto, essa informação não faça mais sentido, mas em fevereiro de 2018 Cape Town enfrentou a maior seca dos últimos 100 anos! A falta de chuva nos anos anteriores levou a cidade a racionar para manter os baixos reservatórios ativos. Apesar das casas não sofrerem tanto (tinha agua normalmente no Airbnb que fiquei), avisos por toda parte me manteve alerta com relação à economia. Nos estabelecimentos públicos, a maioria das torneiras ficavam fechadas e o sabonete foi substituído pelo álcool gel.
Os turistas
Prepare-se para encontrar turistas por toda a parte, e nem sempre eles serão generosos. Várias vezes tive que engolir gente cortando filas quilométricas em algum monumento, desperdiçando água mesmo com as placas por toda a parte não nos deixando esquecer sobre a seca e atrapalhando a circulação dos locais. Em resumo: nada diferente do que encontramos em qualquer outra cidade muito turística.
Diria que Cape Town é um Rio de Janeiro com alma californiana. É definitivamente um país dentro da África do Sul e não é estranho, que talvez por essas e outras razões também seja a cidade mais turística do país. É uma cidade ensolarada, de gente jovem e almas gentis, que faz você se sentir em casa em meio a tanta miscigenação (e que bom!).
É a capital legislativa do país e casa de quase 3 milhões de pessoas, vindas de toda parte do mundo – e hello, claro, brasileiros são comuns por aqui.
A duas horas de voo de Joanesburgo, está localizada na região do Cabo, ao sudoeste da África do Sul.
Localização | Imagem: Google Maps
Como chegar
Ainda não existem voos diretos do Brasil e, assim como a maioria dos destinos na África do Sul, uma conexão em Joanesburgo será necessária.
De São Paulo, a South Africa Airways e a LATAM tem voos diretos ao Aeroporto Internacional OR Tambo com aproximadamente 10 horas de duração.
O trânsito na cidade não é dos melhores e você gastará muito tempo e energia alugando um carro. Eu recomendo uma hospedagem próxima ao centro e o uso de uber (que funciona super bem) para visitar qualquer atração mais distante. Se você estiver com pouco tempo, o ingresso de dois dias do ônibus City Sightseeing faz a função tanto de transporte quanto de guia. Para visitar as atrações fora da cidade (como as winelands ou a região de Cape Peninsula), aí sim recomendo o aluguel de carro.
Clima
O clima em Cape Town é bem…instável. Durante todo ano venta muito e não é incomum as oscilações climáticas no decorrer do dia. No verão, entre dezembro e março, as temperaturas são agradáveis, mas faz um friozinho pela manhã – entre 16°C e 28°C. Já no inverno, entre junho e setembro, além do termômetro baixar, as fortes chuvas são comuns.
Gastronomia
Para saber mais sobre a gastronomia do Cabo, clique aqui.
Quanto tempo
Eu fiquei duas semanas e não foi fácil administrar tudo o que eu queria fazer – especialmente quando o tópico era gastronomia. Ainda assim, como a maioria das pessoas não tem todo esse tempo, eu recomendaria pelo menos uma semana.
O que fazer
Cuidado o FOMO (fear of missing out, ou medo de estar perdendo alguma coisa) vai te pegar! Tem tanta, mas tanta coisa para fazer em Cape Town, que me sentia constantemente ansiosa para fazer tudo! Fiz tudo o que gostaria em 2 semanas? Claro que não, e você provavelmente também não conseguirá fazer, mas aqui vai os destaques da cidade e por onde passei – em alguns lugares, mais de uma vez.
Table Mountain: Cape Town é rodeada por montanhas, e a Table Mountain é a mais icônica, aquela que todo mundo – até quem tem menos tempo – sobe para tirar foto. Recebe esse nome porque tem seu cume reto, se assemelhando a uma mesa. É fácil de chegar ao topo com o teleférico, mas imagino que deve ser incrível fazer a trilha – tive preguiça e não fiz, confesso.
Jardim Botânico: O maior Jardim Botânico da África e um dos maiores do mundo, é realmente impressionante a diversidade que se encontra por aqui. Por ser mais afastado – fica localizado em Stellenboch, a uma meia hora do centro – dá para se sentir no interior. É um ótimo lugar para fazer piqueniques e se estiver visitando durante a primavera, não deixe de procurar as Proteas, plantas símbolo do país.
V&A Waterfront: Um complexo bem turístico, mas que é uma delícia de passar umas horas. Tem um shopping imenso, cheio de opções para compras, um aquário bom para levar as crianças e vários passeios de barco, mas o que eu gostei mesmo foram dos restaurantes e das lojinhas de souvenir, espalhadas por toda parte.
Castle of Good Hope: O castelo mais antigo do país, construído no século 17, ainda está ativo – dependendo da hora, você verá a troca da guarda. Transformado em museu, recomendo visitar com um dos tours guiados que acontecem diariamente.
Lion’s Head: Mas uma das montanhas que todo mundo adora ir para fazer a famosa trilha. Eu acabei não tendo tempo de fazer, mas para quem adora Trekking, vale a ida no comecinho do dia ou no fim da tarde, acompanhada de um guia – são aproximadamente 1h30 para chegar ao topo.
Robben Island: Ilha onde está a prisão por onde diversos presos políticos passaram e onde Mandela ficou mais tempo em cárcere, hoje é abriga uma pequena comunidade de pouco mais de 100 pessoas e um museu, que reconta as histórias (de terror), vivida pelos presos do Apartheid. O barco que leva para a ilha sai diariamente em diversos horários, mas vive cheio, então é melhor comprar os ingressos pela internet com alguma antecedência.
Bo Kaap: O bairro todo colorido foi casa de escravos e hoje abriga grande parte da população islâmica de Cape Town. Cheio de lojinhas e com um Spice Market bem interessante, você pode ir por conta própria ou se juntar a um dos dois tours guiados que acontecem diariamente às 14:00 e às 16:20.
Signal Hill: Uma das montanhas que cercam a cidade, a Signal Hill é conhecida por ser um ótimo point para observar o pôr do sol com uma vista incrível. É mais fácil de chegar do que os outros picos da cidade (de carro, uber, ou até mesmo com o ônibus City Sightseeing) e não exige grandes caminhadas para conseguir um lugar privilegiado.
Museu de Arte Contemporânea: Inaugurado em 2017, o Zeitz MOOCA tem um dos maiores acervos de arte contemporânea da África do Sul, somado a uma arquitetura de deixar qualquer um boquiaberto. Por ser relativamente novo, o museu está passando por constantes melhorias, mas vale muito a pena visitar e se juntar a um dos tours guiados, oferecidos pelos curadores.
Company’s Garden: Um parque na região central, cheio de verde e ótimo para um break entre uma atração e outra. Leva esse nome por ser o jardim (garden) mais antigo do país, datado do século 17, onde os europeus costumavam plantar produtos para abastecer os navios que por ali chegavam.
Mergulho com os tubarões: A água gelada é um dos grandes atrativos dos tubarões brancos, que aparecem aos montes na costa da África do Sul. Um dos “esportes” bem comum é a Cage Diving (ou mergulho dentro de uma gaiola). Eu claramente não tive coragem de fazer isso, mas meu namorado fez e (tirando o frio), ele adorou.
Praias: Está viajando no verão e quer perder uns dias pelas praias? Camps Bay é a minha favorita. É a praia onde tudo acontece, com bons restaurantes, gente jovem e muito agito. Quer sossego? Que tal se hospedar em Clifton, um dos metros quadrados mais caros do país?! Gosta de surfar? Do outro lado, ali no Pacífico, Muizenberg atrai turistas de toda a parte do mundo. Porém, não custa nada lembrar: A praia é para curtir da areia, porque as águas são congelantes e ironicamente, mais frias no verão do que no inverno – devido às correntes de degelo da Antártica.
Experiências
Em algumas cidades do mundo, o Airbnb oferece experiências – atividades propostas pelos próprios moradores como forma de emergir na cultura local de um jeito nada óbvio. Cape Town é uma dessas cidades e tive duas experiências por lá.
História do apartheid através de um Tour guiado pelo District 6: Se você não tem a oportunidade de passar pelo museu do Apartheid em Joanesburgo (leia mais aqui), passear pelo District 6, um bairro cheio de história e que ainda traz muitos resquícios do período, é mandatório para não passar ileso a essa história tão recente do país.
Yoga e Brunch em Lllandulo Beach: Definitivamente, uma das coisas mais legais que fiz em Cape Town! A Christi, instrutora de Yoga, oferece essa aula em uma casa linda com vista para o mar e em seguida, serve um brunch maravilhoso – um dos melhores que já comi na vida! Ela comanda também a Hello Happiest, especializada em aulas e retiros. Juro que saí de lá querendo voltar todo dia.
Fora da cidade
West Coast National Park: Se tem uma coisa que tem na África do Sul é Parque Nacional, e claro, é impossível ir em todos. Mas, para fugir do agito turístico dos principais parques e ainda pegar uma estrada em direção ao norte (enquanto todo mundo está indo ao sul), o West Coast é uma ótima alternativa para passar o dia, fazer piquenique ou só sentar para observar os lindos lagos!
Winelands: A África do Sul está entre os dez maiores produtores de vinho do mundo e a região do Cabo é famosa por produzir boa parte deles. Ao redor de Cape Town, existem as Winelands (ao pé da letra, Terras do Vinho) sendo que regiões mais visitadas são Paarl, Stellenboch, Franschhoek, Durbanville e Constantia. Essa última bem pertinho do centro da cidade (cerca de 20 minutos) tem a vinícola mais antiga do país, a Groot Constantia. Já em Paarl, a parada na vinícola Babylonstoren é tão obrigatória quanto almoçar no restaurante deles, o Babel, um antro de comida orgânica e um paraíso tanto para os vegetarianos quanto para os amantes de carne de caça (mas faça reserva antes). Ah, e se sobrar um tempo na cidade, não perca o Afrikaans Museum, ótimo para entender um pouco mais da origem da língua mais falada na região, e o Afrikaans Language Monument, ótimo para fotos.
Cape Peninsula: Basicamente, Cape Península é o nome da região que vai em direção ao sul e contornando toda a costa até a pontinha do país, e é o passeio que todo mundo tira um dia para fazer enquanto está em Cape Town. Apesar do Cabo da Boa Esperança ser o acirrado lugar para tirar fotos – ali tem uma famosa plaquinha – sugiro perder mais tempo em Cape Point, um observatório ao livre que é de tirar o folego. Ah e não exclua do seu roteiro a parada em Simon’s Town, uma cidadezinha simpática onde estão os famosos pinguins africanos.
Não esqueça de levar um casaco, costuma fazer frio na região mesmo no verão!
Adote um Pinguim: a SANCCOB é a única ONG certificada da região que resgata e reabilita pinguins selvagens. Você pode contribuir adotando um pinguim ou sendo um voluntário!
Onde ficar
O jeito mais prático que encontrei para me sentir como parte da cidade foi alugando um apartamento em um dos bairros mais charmosos da cidade, De Waterkant. Localizado no CBD (ou Central Business District, como é chamada a região central da cidade), é uma ótima escolha para quem, assim como eu, adora explorar cafés e restaurantes, e ainda fica a uma distância caminhável do Waterfront. Outras opções de bairros interessantes para o mesmo propósito são Gardens e Green Point.
Vai ficar menos tempo na cidade ou quer ter a comodidade de estar em um hotel? Eu escolheria um desses:
Cape Grace: Hotel cinco estrelas no Waterfront, é lindo de doer. Uma ótima opção para quem tem pouco tempo na cidade: De lá é fácil de acessar as principais atrações e ao mesmo tempo, nos dias que você não quiser ir longe, dá para se manter entretido com as atrações do Waterfront.
Mount Nelson: O hotel mais tradicional de Cape Town – e provavelmente o mais luxuoso também. Pertence ao grupo inglês Belmond, e talvez por isso tem o high tea mais estrelado da cidade. Fica no Gardens, uma região que, como já disse antes, é ótima para comer bem.
The President: Uma das paradas do ônibus City Sightseeing em Sea Point, um dos bairros mais jovens e descolados da cidade, tem quatro restaurantes e um serviço de ioga fazendo a alegria de quem busca uma atmosfera mais leve e ainda confortável em Cape Town.
The Twelve Apostles: Era impossível não notar esse hotel toda vez que passava de carro por Camps Bay. Além da vista privilegiada e de um aclamado spa, ainda tem alguns serviços únicos, como piqueniques para as mais diversas ocasiões – com essa vista, fiquei morrendo de vontade, confesso.
Quanto custa
O custo-benefício de Cape Town é inacreditável. Uma cidade onde se come (e bebe) muito bem e por muito pouco, o transporte (Uber, mais especificamente) é barato e as hospedagens variam, com opções para todos os bolsos.
Joanesburgo – ou Joburg, como é carinhosamente chamada pelos africanos – é a maior cidade da África do Sul e possivelmente a mais (ingratamente) ignorada pelos turistas que passam pelo país. Por ser o hub das aeronaves na porção sul do continente africano, muita gente acaba ficando pelo aeroporto mesmo, sem a menor vontade de conhecer mais da cidade, afinal, por que perder tempo com um lugar tão caótico quanto São Paulo, NYC e outras capitais pelo mundo?
Joburg vista de Soweto
Aproveitando o voo direto de São Paulo e a minha conexão entre outros destinos que viajei na África*, dei uma chance a essa metrópole onde está grande parte história do país.
*Todos os voos que peguei durante a viagem na África saíram de Joanesburgo, o que meu obrigou a passar por lá cinco vezes. No entanto, só consegui aproveitar a cidade na primeira e na última parada, quando fiquei dois dias em cada.
Localização de Joanesburgo na África do Sul | Imagem: Google Maps
Eu separaria de três a quatro dias na cidade – é o tempo suficiente para visitar as principais atrações.
Clima
O clima na África do Sul é subtropical, equivalente ao do sul do Brasil. Em Joanesburgo, mais especificamente, por causa da altitude, pode fazer bastante frio no inverno (entre julho e setembro), podendo chegar bem próximo a zero graus Celsius. No verão as temperaturas são amenas, entre 20 e 30 graus, com bastante chuva.
Transporte
Esse é um tópico importante! A cidade é grande e você não conseguirá fazer muito à pé.
City Sightseeing: O famoso ônibus hop on / hop off de dois andares (já falei dele em outros carnavais). Se você tem poucos dias na cidade, é uma opção interessante, uma vez que as distâncias em Joburg costumam ser grandes.
Metrô: Recebe o nome de Gautrain e não tem muitas estações, mas é uma opção barata para sair do aeroporto, por exemplo, em direção aos principais bairros
Táxi: Só peguei uma vez, no trajeto Aeroporto – Sandton e custou R600.
Uber: O jeito mais fácil e barato para se locomover – funciona bem em toda a cidade.
Segurança
Bairro de Sandton | Imagem: Divulgação Wikipedia Commons
Minha grande preocupação em Joanesburgo era com relação à segurança, afinal ouvi muitas reclamações nesse quesito. Chegando lá, vi que pode não ser o lugar mais seguro do mundo, mas não há muito para se preocupar também – nada muito diferente do que vivemos nas grandes capitais do Brasil, por exemplo. As recomendações básicas de segurança são as mesmas: evitar andar sozinho à noite, carregue objetos valiosos a mostra e mantenha os pertences sempre próximos ao corpo.
Onde ficar
Conforme mencionei o tópico segurança acima, sugiro os bairros de Sandton, Melrose e Rosebank.
Ao chegar na África do Sul, minha primeira parada foi o Winston, um hotel boutique bem charmosinho que fica na “divisa” de Rosebank com Melrose, uma área de classe média (bem) alta, diga-se de passagem. Fiquei duas noites por lá e desses dias, passei bastante tempo no hotel, já que o voo de 11h e um belo jetlag de 5h me pegaram de jeito. Já no check-in, por volta do meio dia, fui surpreendida bem positivamente por um café da manhã cortesia à la carte, servido no quarto – acho que pela minha cara, o cansaço e a fome estavam bem claros, rs. O quarto já estava pronto (apesar do horário do check-in ser oficialmente às 15h) e depois de comer e tomar um banho puder dormir a tarde inteira.
Um dos pontos mais altos não só deste hotel, mas dos serviços na África é o bom humor e educação das pessoas, fiquei impressionada!
Quarto
Os quartos se dividem nas categorias Courtyard range, Superior range e Deluxe range e fiquei na última categoria, a mais simples de todas, no térreo, de frente para a piscina. Apesar de ter ficado num piso baixo, o silêncio era impressionante e qualidade do sono foi muito boa. Minha única queixa foi para os travesseiros, que achei um pouco alto demais (para o meu gosto), mas que foram facilmente substituídos pelo staff quando solicitei.
Lindamente decorado – como o resto do hotel – a categoria deluxe tem cama king size, ventilador de teto/ar condicionado, cofre, tv, máquina de café (com cápsulas), chaleira elétrica, frigobar, água cortesia e uma pequena área de trabalho. No banheiro, ducha potente separada da banheira e amenities L’Occitane, robe e chinelos.
Áreas comuns
Na área externa, o hotel tem uma linda piscina – que deve funcionar mais como decoração já que o tempo de Joanesburgo não costuma ser dos mais quentes – jardim, e no segundo piso, uma pequena biblioteca. Para quem estiver de carro, o estacionamento está disponível gratuitamente.
Restaurante
Dividido em duas áreas, o restaurante propriamente dito e o bar, as refeições no hotel são um espetáculo à parte. Comida deliciosa, com muita opção de pratos locais e um atendimento para lá de especial. Além do café da manhã (incluso), usei o restaurante principal para jantar duas vezes e não me arrependo. Alias, recomendo muitíssimo o Toffee Pudding de sobremesa, um misto de pudim e bolo cheio de caramelo com sorvete de baunilha como acompanhamento: indescritível!
Um ponto negativo para o hotel é com certeza a falta de academia, que pode ser suprida com um voucher comprado por RAD30 na recepção para um day pass em uma academia que fica nas cercanias.
A internet é gratuita em todas áreas do hotel e funciona relativamente bem.
Outro hotel boutique bem legal que tive a chance de conhecer foi o Saxon, uma opção mais luxuosa, para quem procura um pouco mais de conforto.
Sandton é o bairro mais empresarial de Joburg. É por lá que a maioria das empresas ficam e não à toa, tem um Hilton. Confesso que só escolhi o Hilton pela localização, mas a verdade é que as instalações são ótimas, além daquele estilão de hotel americano, cheio de funcionalidades, funcionários prestativos e serviço que, dificilmente, irá decepcionar.
Quarto
Há três categorias principais de quartos: Guest room, Suites e Executive rooms. Fiquei na primeira, a Guest room, um quarto bem básico de 32m2. O que eu normalmente gosto dos Hilton pelo mundo é a estação de trabalho no quarto, que tende a ser espaçosa e bem funcional, e com esse quarto não foi diferente. Além disso, a facilidade de ter máquina de chá e café – que parece ser uma tendência nos hotéis sul-africanos – ajuda muito quem, como eu, não acorda ou dorme sem um bom chá. O banheiro também é ótimo, com uma bancada da pia bem grande (perfeita para quem precisa dividir) e chuveiro e banheira separados. Outros itens relevantes são: cofre, frigobar e chinelos. Uma coisa que eu odeio: carpete no quarto – mas se você não tem rinite, talvez seja um detalhe a desconsiderar.
Áreas comuns
O hotel é bem amplo e tem uma estrutura ótima para viajantes a trabalho: o business center ocupa um andar praticamente inteiro! No entanto, quem está a passeio se mantem entretido com a ótima piscina no térreo, com a quadra de tênis e com a academia, supercompleta. O estacionamento também está disponível e conta com mais uma facilidade: uma locadora da Hertz. Se quiser alugar o carro, você pega e devolve no próprio hotel.
O Hilton Honors, programa de fidelidade do Hilton, permite vários upgrades além de facilidades como check-in e escolha de quarto pelo celular antes de chegar no hotel.
Restaurantes
São 4 restaurantes: o bar da piscina, Faces (restaurante para refeições rápidas no Lounge), Lotus (grill e sushi bar) e o Tradewinds (restaurante principal onde é servido o jantar e café da manhã). As refeições são boas e super bem servidas em todos eles, mas meu destaque vai mesmo para o café da manhã, que pode ser pago a parte ou incluído na hora da reserva – esses hotéis americanos têm essa coisa chata de quase nunca ter café da manhã incluso na tarifa do quarto.
A internet é ótima e funciona bem em todo o hotel.
Parte da rede Marriott, essa foi a principal razão para eu ter escolhido ficar duas vezes neste hotel entre as minhas conexões (hello, starwood!)*. O padrão de qualidade é o mesmo no mundo todo e o preço não é tão abusivo, como a maioria dos hotéis próximos a aeroportos. Além disso, o hospede tem à disposição o serviço de transfer de/para o aeroporto a cada meia hora, sem nenhum custo adicional. Para quem tem uma conexão mais longa e quer ficar com conforto perto do aeroporto, o Protea é a minha sugestão.
* Starwood Preferred Guests (SPG) é o programa de fidelidade que recentemente se uniu à Marriott – que até então tinha um programa próprio (Marriott Rewards) – e engloba além dos hotéis da rede Marriott mais onze marcas.
Quarto
Há três categoria de quartos, que se distinguem basicamente pelo tamanho. São elas (do maior para o menor): Bedroom Suite, First Class Deluxe e Business Class Room. Fiquei duas vezes na First e o ponto alto do quarto com certeza foi o conforto da cama! Realmente não dava vontade de sair dali. Por outro lado, o tamanho do quarto e do banheiro deixam a desejar. Este último, me lembrou bastante os do Ibis Budget, os quais a área do chuveiro e da pia são integrados ao quarto – aqui, separados apenas por uma cortina. De resto, uma pequena estação de trabalho facilita bastante a vida de quem precisa de um cantinho para responder os e-mails e se a fome apertar no meio da noite, o frigobar do quarto está ali, bem ao lado da máquina de café/chá.
Áreas comuns
O que mais achei interessante aqui foi a arquitetura do prédio, que é toda industrial, com paredes de cimento e muito ferro nas estruturas principais. A piscina é ótima – apesar de não ser aquecida e nunca estar muito quente em Joburg e a academia, localizada no subsolo, é pequena, mas funciona bem. O ponto alto deste hotel é o restaurante, que foge bastante do menu hambúrguer/spaguetti de todos restaurantes de hotel. Na recepção, água, chá e café são disponibilizados gratuitamente 24h por dia.
A internet é gratuita em todas áreas do hotel e funciona relativamente bem.
Importante: No Aeroporto Internacional há 2 hotéis Protea: um dentro do terminal internacional, somente para passageiros em trânsito (dentro da área de embarque) que leva o nome de Protea Hotel OR Tambo Transit e um do lado de fora do aeroporto, há 2 minutos do Terminal 2. Caso faça a reserva com antecedência, verifique qual a melhor opção: no caso do primeiro, é necessário que você esteja vindo de um destino internacional e indo para um destino internacional, apenas conectando em Joanesburgo; já o segundo, você poderá chegar por um terminal e sair por outro, inconveniências, já que ele não está dentro do aeroporto.
Outro hotel que usei para as muitas conexões que fiz na cidade. A rede City Lodge, assim como a Protea, está presente em toda a África do Sul e passei uma noite por lá antes de ir para Seychelles – a minha conexão era de 23h.
Diferentemente do Protea, não é necessário pegar o Shuttle para chegar neste hotel que está localizado no estacionamento do desembarque.
Uma alternativa semelhante de um hotel de trânsito um pouco melhor – pelo dobro do preço – e ainda assim localizado dentro da área do aeroporto é o Intercontinental.
Quarto
Os quartos são todos padronizados, espaçosos, com cama pequena – tamanho queen – e não muito confortável. Uma estação de café e chá está à disposição para uso gratuito, mas não há frigobar. Já no banheiro, uma vantagem em relação ao Protea: ele é amplo e fechado, dando total privacidade.
Áreas comuns
Por ser um hotel de trânsito, o serviço das áreas comuns é bem básico e só tem o necessário: academia, business center, e restaurante. Usei apenas o restaurante que achei bem mediano, mas quebra um galho. A parte boa é que como o hotel está dentro do aeroporto, facilmente você acessa qualquer outro serviço do JNB.
A internet é bem sentimental, funciona bem de vez em quando.
Para uma experiência diferenciada de hospedagem, indico o Hostel Curiocity, que embora não tenha me hospedado, ouvi críticas bem positivas e, ao mesmo tempo que é uma opção mais econômica, está bem no centro do bairro de Maboneng, região cercada de antigos galpões de fábricas, totalmente revitalizado (e seguro), mais conhecido por ter se tornado o point hipster de Joburg.
O que fazer
Não se engane se alguém disser que não tem nada para fazer em Joanesburgo!
Compras: Para quem tem interesse em fazer compras na África do Sul, recomendaria Joanesburgo, pela grande oferta e consecutivamente, preços menores, especialmente em itens típicos ou souvenirs – o African Art Craft Market, é uma ótima pedida. Artigos de luxo e necessidades, o Rosebank Mall e o Sandton City Centre, dois grandes shoppings próximos às regiões hoteleiras, têm de sobra. Se você, como eu, é do tipo que prefere mesmo investir em comidas/bebidas locais, não esqueça de levar para casa um bom vinho ou uma garrafa de Amarula – ambos podem ser comprados em qualquer liquor shop – ou ainda parar em um dos supermercados para fazer o carregamento de Rooibos, o famoso chá sul-africano. Gosta de joalheria e tem um dinheiro extra para investir? A África do Sul é a maior produtora de diamantes do mundo, vale a pena dar uma olhada.
Museu do Apartheid: Se você tiver pouco tempo na cidade e tiver que escolher fazer apenas uma coisa, eu diria para ir ao Museu do Apartheid. É uma ótima forma de começar a sua jornada pela África do Sul entendendo melhor como foi o regime do Apartheid que existiu até pouco tempo e ainda permanece na memória do país. O museu é enorme e completíssimo, há milhares de painéis interativos, além de um restaurante, uma lojinha (com um ótimo acervo de livros) e algumas máquinas de snack, para quando uma descansada entre uma sala e outra. Recomendo pelo menos 3h para ficar por ali.
Gold Reef City: Uma “cidade”, como sugere o nome, com parque de diversões, opera, hotel e Cassino.
Soweto: Durante o Apartheid, a população negra tinha menor acesso às terras, e por não poder se misturar com a população branca, acabou isolada em Townships, comunidades autossuficientes no subúrbio das grandes cidades. Abreviação de South Western Townships, é a maior Township da África do Sul, com aproximadamente 2 milhões de pessoas, e responsável por ter desempenhado um papel essencial na luta contra o regime segregacionista, uma vez que vários líderes políticos cresceram ali. É interessante notar o contraste que existe, desde favelas a casas de classe média alta da população que enriqueceu e permaneceu. A rua mais famosa, a Vilakazi, é ponto turístico por ser a única no mundo onde dois ganhadores do Nobel viveram – Mandela e Tutu. É seguro e você pode ir por conta própria, mas a ida com um guia será uma experiência muito mais enriquecedora. Não deixe de visitar a Casa onde Mandela passou maior parte da sua vida e o museu Hector Pieterson, uma homenagem ao estudante morto nas manifestações que buscavam igualdade no sistema educacional entre negros e brancos.
Constitution Hill: Uma prisão por onde Mandela e Gandhi passaram durante o Apartheid. Não fui, mas também sugiro ir com um guia, porque se tem uma coisa que esse lugar deve ter, é história.
Johannesburg Art Gallery: Um dos maiores acervos de arte Africana do continente. Do prédio ao acervo, é um programa imperdível para os amantes de arte e o melhor: a entrada é gratuita.
Arts on Main: Em Maboneng, região central da cidade que foi recentemente revitalizada e agora é um reduto hipster, além de restaurantes, lojas independentes e galeria, está o Arts on Main, que é uma combinação de tudo isso em um só lugar. O espaço conta com um restaurante ótimo, o Canteen, uma livraria alternativa, a David Krut Bookshop e, aos domingos, a área externa do Arts on Main recebe o Market on Main, um mercado local que vende um pouquinho de tudo.
Nelson Mandela Square: Um grande complexo de compras, com Centro de Informações turísticas, teatro e a razão pelo qual a maioria dos turistas vão até lá: uma imensa estatua do Mandela, onde todo mundo acaba tirando uma foto.
Nos arredores
Se você tem um pouco mais tempo para um bate e volta
The Lion Park: Rola uma grande propaganda em torno desse parque, que fica em Hartbeespoort, cerca de 40km do centro de Joanesburgo. Trata-se de uma maneira viável de ver os animais africanos sem precisar ir a um safari propriamente dito, os quais costumam ser distantes e caros. Mas, na verdade, O que acontece aqui é que se trata de um zoológico, e eu não fui, simplesmente por não apoiar a prática – ainda mais depois de ter tido a chance de passar quase 10 dias fazendo safaris e vendo animais livre, leve, soltos e felizes. De qualquer forma, se você pode não compartilhar das mesmas filosofias que eu, e esse pode ser um passeio possível estando em Joburg.
Craddle of Humankind: Que a espécie humana começou na África você deve ter aprendido na escola, mas uma coisa que provavelmente não te ensinaram é que um dos maiores sítios arqueológicos do mundo – com mais de 40% dos fósseis dos nossos ancestrais – fica a uma hora de Joanesburgo.
Pretoria: Capital administrativa da África do Sul, distante 60km de Joanesburgo, Pretoria tem alguns museus de história e o imperdível Union Buildings, sede da presidência. Agora, se você está procurando por uma boa razão mesmo, sugiro o premiado restaurante Mosaic, que fica dentro do hotel de luxo The Orient. E por falar em experiências luxuosas, é de Pretoria que sai o Blue Train em direção a Cape Town, uma viagem de um dia e meio em um dos trens mais luxuosos do mundo.
Gastronomia
Em toda a minha passagem pela África, achei Joanesburgo um dos melhores lugares para comer. Os ares de metrópole, cheia de gente ocupada, faz com que a maior diversão da população seja aproveitar as delicias da gastronomia.
Little Addis: Minha primeira refeição em Joanesburgo foi aqui. Imagina, eu tinha acabado de passar 11h acordadas em um voo noturno, sofrendo com um jetlag de 5 horas e morrendo de fome, mesmo ainda sendo hora do café da manhã no Brasil. Fui parar em Maboneng, bairro hipster, e tive que me decidir entre comida etíope ou café da manhã judeu (no Eat Your Heart Out). Escolhi a primeira opção e não me arrependo, foi uma das melhores refeições que fiz durante toda a viagem e o melhor: dois pratos e duas bebidas por 10 dólares! A comida é etíope e super temperada e além de algumas carnes, tem opções vegetarianas incríveis. Pedi a meia porção do prato vegetariano e foi mais do que suficiente, só peça o preto cheio se estiver em mais de 3 pessoas.
Marble: Tudo passa pelo Grill – esse é o conceito que define o restaurante, que claro, tem muitas carnes como carro-chefe. O que causa estranhamento, entretanto, são as (poucas, confesso) boas opções vegetarianas, especialmente na entrada, como a combinação de aspargos com avocado grelhado e as beterrabas assadas na brasa. De prato principal, o risoto – que também é a única opção vegetariana – é uma delícia. Faça reserva antes, costuma ser cheio, mas se for de última hora, o bar comporta bem os clientes.
Luke Dale Roberts: Uma das minhas tristezas em Cape Town foi não ter conseguido ir ao Test Kitchen, o restaurante mais famoso da cidade e que – pasmem – precisa reservar com pelo menos dois meses de antecedência. Quando soube que o mesmo chefe tem outros três restaurantes, não perdi tempo ao reservar o Luke Dale-Roberts, em Joanesburgo. E nossa, que experiência incrível! Mesmo recém-chegada de Seychelles e super cansada, fiquei impressionada com a cozinha autoral! O menu é degustação e pode ser de 5 ou 8 pratos, com harmonização de vinho ou chá. Pedi o menu vegetariano com harmonização de chás e estava incrível! O restaurante cobra uma (salgada) taxa de reserva, que deve ser feita pelo menos duas semanas antes da visita.
Tashas: Espalhado por várias cidades do país, esse café é daqueles lugares perfeitos para uma refeição rápida (e saudável) ou um brunch mais elaborado. Gostei bastante porque tem muitas opções de saladas funcionais e pratos vegetarianos/veganos, além de all day breakast.
Dw 11-13: Mais um da seleção de fine dining, não fui, mas ouvi tantos comentários positivos que resolvi indicar. Fica dentro do Dunkel Shopping, próximo ao bairro de Melrose, e também funciona com menu degustação. Abre tanto para o almoço quanto para o jantar.
The Restaurant: Totalmente fora do circuito turístico, é o restaurante do hotel onde passei as minhas primeiras noites na cidade, o The Winstor, em Rosebank. O bairro em si tem muitos restaurantes bacanas – os quais não consegui ir por falta de disposição – mas me surpreendi tão positivamente com a comida desse hotel boutique, que super indico para quem está passando por ali e quer provar uma comida africana, mas bem muito feita. O toffee pudding, sobremesa inglesa facilmente encontrada na África do Sul, é a melhor pedida no The Restaurant – Comi três vezes em duas noites.
Quanto custa
África do Sul tem um custo benefício maravilhoso! Não compare os custos de uma cidade grande como São Paulo com os de Joanesburgo. Além da moeda deles ser bem desvalorizada com relação à nossa, é bem fácil comer, se hospedar e se locomover com um orçamento de mochileiro. Quer luxo? Também tem e bastante 😉
Custo Geral: $$(barato)
Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.
Depois de quase um mês na África do Sul, o que não faltam são histórias sobre um dos lugares mais impressionantes que já estive.
Sáfari| Pôr do sol no Kruger
Já começo dizendo que se você já esteve na África do Sul e não se apaixonou, provavelmente tem alguma coisa errada com você. E se nunca foi, eu darei uma série de motivos pelos quais você não pode deixar a África fora da sua bucket list.
Por que África?
Temos muito mais em comum com a África do que a simples Pangeia (sim, já estivemos geograficamente juntos há 200 milhões de anos). Um continente cheio de cores, de pessoas alegres, solicitas e educadas, comida boa (e barata) e uma opção para todos os tipos de viagem. Gosta de natureza? Tem. Gosta de vinícolas? Tem. Cidade grande? Tem também. Praia? Opa, claro que tem. De mochileiros aos adeptos a roteiros de luxo, tem uma África para todo mundo. E falando em África do Sul então, o que não faltam são lugares maravilhosos com um custo bem baixo e voos diretos que saem do Brasil diariamente.
A figura de Mandela
É impossível pensar numa introdução à África do Sul sem citar a figura de Nelson Mandela. Claro que eu, você e todo mundo já ouvimos falar dele, mas entender a sua influência no país é uma coisa que eu só fui entender mesmo quando cheguei lá. Nomes de rua, praça, hotéis, escolas, no dinheiro… Por onde se passa tem uma foto do Mandela, militante e presidente do Partido político ANC – African National Congress – que entre outras causas lutava pelo fim do Apartheid*, foi condenado a prisão perpetua e libertado em 1990 após muitas negociações durantes os 27 anos que esteve em cárcere. A sua liberdade foi aclamada internacionalmente, vista pelas ações diplomáticas ao redor do mundo como um dos principais passos para um país livre. Dentro da África do Sul, 120 mil pessoas se reuniram no estádio de Soweto – Township onde Mandela cresceu – para escutar o seu primeiro discurso oficial uma semana após ser liberto.
Robben Island | A prisão onde Mandela passou 18 anos de sua vida
A movimentação em torno da liberdade de Mandela e outros presos políticos no começo da década de 1990 levaram a mudança da constituição em 1993, o fim do apartheid no ano seguinte e sua eleição. Desde então, ele se tornou o pai da nação, tendo seu aniversário e o primeiro dia de seu mandato como feriados nacionais, e o dia da sua morte um dos maiores lutos da África do Sul.
Para entender mais dessa história, visite:
Robben Island em Cape Town
Consititution Hill em Joanesburgo
Museu do Apartheid em Joanesburgo
Soweto em Joanesburgo
* O Apartheid foi um regime segregacionista que entre 1948 e 1994 separou a África do Sul entre brancos (descendência europeia) e não-brancos (incluía-se pessoas de “cor” – miscigenados – negros e asiáticos). O regime claramente favorecia os brancos que tinham acesso aos melhores serviços e condições de vida. Durante esse período, criou-se diversas prisões políticas, nas quais toda e qualquer pessoa que discordasse do regime imposto pelo Estado era condenada, muitas vezes, por toda a vida. Da lista de detidos pelo governo, Mandela era considerado o número um, por causa de sua influência política diante à comunidade.
Bandeira
Adotada em 1994, com o fim do Apartheid, leva o vermelho do sangue do povo, o azul do céu, o verde das florestas, o amarelo do ouro e por fim, branco e preto, a união das raças.
Informações úteis
Fuso horário: GMT -2, ou seja, 5h de diferença do horário de Brasília
Distância: 7500km – de São Paulo a Joanesburgo – ou, aproximadamente, 11h de voo.
Código (DDI) +027
Telefonia
Usei o chip local da MTN, que mais deu problema do que qualquer outra coisa, portanto recomendo as outras companhias (Vodaphone ou Virgin Mobile).
Paguei R10 pelo chip comprado na Edgars.
O pacote de 1GB de internet custava R49 por semana.
Gastronomia
Depois dos dias que passei por lá, diria que a culinária Sul-Africana, fortemente influenciada por outras cozinhas como a malaia, europeia e pelas inúmeras tribos, é prioritariamente carnívora. A maioria dos pratos tem algum tipo de carne, em especial as carnes dos animais locais de caça, como o kudu. Ser vegetariana não foi função das mais fáceis por lá, e acabei não experimentando muita coisa, mas se você quiser dar uma chance, os pratos mais encontrados por lá são:
Bobotie: Assado de carne. Mais especifica da culinária Cape Malay, influenciada pelos imigrantes malaios na região do Cabo.
Biltong: Carne desidratada de vários animais, normalmente vende em pequenos pacotes para comer como snack.
Chakalaka: Mistura de cenoura ralada, feijão, pimenta e molho, servido como acompanhamento.
Shakshuka: Mix de vegetais, feijões e ovos poché. É um prato típico do norte da África, mas se come bastante também na África do Sul, em especial no café da manhã.
Braai: Churrasco sul-africano com as carnes locais
Pap: À base de milho, uma espécie de polenta branca é servida como acompanhamento.
Ah, e não se esqueça que a África do Sul está entre os dez maiores produtores mundiais de vinho!
Babyleston | Vinhedo em PaarlGroot | Vinhedo em Constantia
Gorjeta: Assim como no Brasil, a gorjeta vem especificada na conta e normalmente é em 10%. Para guias e mensageiros de hotel, é de bom grado dar gorjeta, mas não é malvisto não dar.
Reservas: Nos melhores restaurantes, a reserva é mandatória e requer o pagamento de uma taxa para segurar a mesa, que é reembolsada no fechamento da conta final no estabelecimento. Alguns restaurantes oferecem um cancelamento reembolsável com 48h de antecedência, mas é bom se organizar para evitar perder dinheiro – eu, por exemplo, precisei pagar R1500 quando reservei o Luke Dale-Roberts em Joanesburgo, imagina o prejuízo se não tivesse ido?
Supermercados
Alugou apartamento ou quer só comprar umas coisinhas para deixar na bolsa?
Os mais fáceis de encontrar são o Spar, Pick and Pay e o Woolworths, uma loja enorme de departamento que também vende comida.
Moeda
A moeda nacional é o Rand (abrevia-se R ou ZAR).
Numa conversão simples, R$1,00 = R4,00 (2018).
Rands | Mandelas por toda parte
Visto e imigração
Brasileiros podem permanecer por 90 dias no país sem necessidade de visto prévio. São indispensáveis o passaporte válido e o Certificado de Vacinação da Febre Amarela.
Clique aqui para saber como fazer seu Certificado Internacional de Vacinação.
Aeroporto
O aeroporto Internacional OR Tambo (JNB) é onde tudo acontece e muito provavelmente você terá que passar por ele, seja para viajar dentro da África do Sul ou para outros países do sudeste africano. É considerado o Aeroporto mais seguros do mundo – eles checam mesmo os documentos e informações umas 10 vezes entre o check-in e o avião – e por sorte tem uma ótima estrutura de restaurantes, salas VIP e hotel, caso sua conexão seja longa.
Para saber mais sobre esse e outros aeroportos na África, clique aqui
Também passei pelo Aeroporto de Cape Town (CPT) rapidamente e pelo Aeroporto de Hoedspruit (HDS) na região do Kruger – que na verdade é um aeroporto militar e o menor que já pousei na vida!
Onde ficar
Passei por várias hospedagens durante o mês, foram elas:
Voice Map: Guia de várias atrações não só na África, mas no mundo todo. Você baixa a atração e pode ir ouvindo a história do lugar, dos quadros (se estiver no museu) e por aí vai.
Fly SAA: Comprei todas as passagens pela South Africa Airways. Eles vendem também de companhias parceiras por um preço mais em conta. Ex: Mango e South Africa Express
Dineplan: A maioria dos restaurantes usam o Dineplan para fazer reservas.
Culture Trip: Ótima fonte de pesquisa de coisas não-óbvias para fazer, lugares para visitar e bons restaurantes para se aventurar.
My MTN: Usei o chip da MTN (não recomendo), mas vale para qualquer operadora que você escolher.
E alguns dos que sempre uso:
App in the Air: Sincroniza todas as informações da sua viagem na mesma interface. Algumas funcionalidades são pagas.
Google Trips: A mesma função do App in the air, mas totalmente gratuito. Uso os dois porque apesar do App in the air ser mais completo, às vezes ele não sincroniza.
Em absolutamente todas as casas/hotéis que fiquei, o interruptor da luz do banheiro fica do lado externo.
A tomada é modelo três pinos e a voltagem é 220v.
Assim como no Brasil, há flanelinhas ajudando você a estacionar na rua em troca de gorjeta.
Os vendedores de souvenir – especialmente em Joanesburgo – são extremamente insistentes, e às vezes até vão sair te perseguindo até você olhar a barraca/produto deles.
O país tem 11 línguas oficiais e todo mundo (que conheci) fala ao menos três.
Nem sempre você entenderá o inglês deles – o sotaque é forte.
Uma das heranças da colonização inglesa, é a direção do lado direito. O mais estranho é o fato que as faixas são sempre ao contrário também – facilitando atropelamentos já que estamos sempre esperando o carro vir do lado contrário.
Apesar de Joanesburgo ser a maior cidade do país com quase 4 milhões de habitantes, ela não é a capital. Na verdade, a África do Sul tem três capitais: Pretória (capital administrativa), Cidade do Cabo (capital legislativa) e Bloemfontein (capital judiciária).
Comecei outubro/2017 viajando: durante vinte dias, eu e minha família passamos pelo Brasil, Argentina e Uruguai. Nesta série, mostro o lado mais turístico e o que não se pode passar em branco em sua primeira viagem a esses países.
A minha parte preferida da viagem com certeza foi essa! Foz de Iguaçu é uma delícia e parada obrigatória para todo mundo que está viajando pelo Brasil. Essa foi a minha segunda vez na cidade, então acabarei fazendo algumas comparações com o roteiro da viagem de 2015.
As Cataratas são divididas em dois “parques”: O Parque Nacional do Iguaçu, em Foz de Iguaçu, no Brasil, e o Parque Nacional del Iguazu, em Puerto Iguazu, na Argentina.
Por ser em uma região limítrofe, pouco importa onde se hospedar se estiver com tempo. Se não, defina os passeios com antecedência e veja o que compensa mais. Achei que do lado brasileiro há mais atrações diurnas (ótimo para famílias) enquanto que do lado Argentino, apesar de ter uma queda d’água mais impressionantes (a famosa Gargante del Diablo), há pouco para se fazer durante o dia, mas boas opções de restaurantes e agitos noturnos.
Como chegar
Os dois principais aeroportos são:
Aeroporto Internacional de Foz de Iguaçu (FOZ) – Brasil
Aeroporto Internacional Cataratas del Iguazu (IGR) – Argentina
Pousar no Brasil e ficar na Argentina (e vice-versa) é bem tranquilo. Neste caso, você passará pela imigração por terra, então é preferível fazê-lo tarde da noite ou bem cedinho, para evitar grandes filas.
Sugiro pousar no Aeroporto brasileiro, já que a oferta de voos costuma ser melhor.
Clima
As estações são definidas pela chuva: inverno seco e verão chuvoso. A temperatura é alta durante todo o ano.
Programe a sua visita: O volume das Cataratas atinge o auge durante os meses de setembro e outubro.
Moeda
Real no Brasil e Pesos na Argentina, mas se for fazer os passeios com agências, a cotação é feita com base em dólares. O mesmo também é aceito em alguns estabelecimentos e em compras feitas no Paraguai.
Visto e imigração
As cataratas estão na fronteira do Brasil (Foz de Iguaçu) com a Argentina (Puerto Iguazu) e muito próximas à fronteira do Paraguai (Ciudad del Este). Para circular entre os países, um RG emitido recentemente já é suficiente para cidadãos brasileiro, embora ache que é mais prático viajar com o passaporte. A imigração por via rodoviária costuma ser bem simples, mas evite horários como começo e fim do dia por causa do trânsito.
Transporte
A localização é determinante também com relação ao transporte. Em 2015, tinha pouco tempo e queria descansar, me hospedei dentro do Parque (do lado Argentino) e não precisei usar nenhum transporte, além do táxi de/para o aeroporto.
Dentro das cidades de Foz de Iguaçu e Porto Iguazu, assim como nos respectivos aeroportos, se encontra táxis com preços amigáveis.
Para as áreas mais remotas, há duas opções:
Carro: Mais barato e permite mais flexibilidade de horários.
Shuttle/ Agência: Mais caro e mais cômodo. Fiz todos os meus passeios com diretamente com o hotel (leia mais abaixo), reservando direto com o concierge (leia mais abaixo).
Onde ficar
Tanto do lado argentino quanto do brasileiro, me hospedei dentro do Parque Nacional.
Em 2015, tive apenas dois dias em Puerto Iguazu e por sorte me hospedei no Sheraton e consegui fazer todos os passeios andando a partir do hotel, o que otimizou demais o meu tempo. O hotel, agora parte do grupo do Meliá, manteve a mesma a estrutura e oferece várias trilhas para o Parque saindo do jardim do hotel.
As áreas comuns incluem restaurante, gift shop, spa, academia e piscina.
Ponto alto da Family Trip foi a hospedagem em Foz: ficamos no Belmond Cataratas e tivemos uma experiência incrível!
O hotel é lindo e é o único dentro do Parque, o que proporciona lindas manhãs e um pôr do sol para lá de exclusivo. Além disso, o serviço é excepcional! O hotel é inteirinho bilíngue (o que fez muita diferença para a parte da minha família que não fala português), e o serviço de concierge nos disponibilizou um guia e um motorista full time!
Outros detalhes que fazem a diferença, é a arrumação do quarto duas vezes por dia com reposição de água e um par de havaianas como welcome gift!
Com certeza foi um dos hotéis mais lindos onde já me hospedei!
As áreas comuns incluem restaurantes (3 no total: um na área da piscina, um casual e um de alta gastronomia), lojas, academia, spa e piscina.
Diárias a partir de R$1500,00
O que fazer
Comparando as duas viagens, uma coisa que percebi é que tem muito mais atividades do lado brasileiro do que do lado argentino.
Na Argentina
Cataratas del Iguazu: O ponto alto do lado argentino das Cataratas é a Garganta del Diablo, a queda mais intensa das Cataratas.
Ice bar: Um bar todo feito de gelo, com temperaturas em torno de 10 graus negativos. Só dá para ficar lá dentro 30 minutos, então é entrar, beber, tirar umas fotos e sair antes de congelar (literalmente).
Casino: Casas de jogos são permitidas na Argentina e é claro, não faltaria em Puerto Iguazu.
Free Shop: O maior Duty Free que já vi na vida está lá, no meio de uma estrada depois da imigração argentina. Não fui, mas acredito que, assim como nos outros free shops do mundo, compense para comprar perfumes e bebidas. Eu deixaria para comprar eletrônicos no Paraguai.
No Brasil
Cataratas do Iguaçu: Você veio até aqui para isso, não é mesmo? A visitação do parque é aberta a todos, mas a vantagem de se hospedar no Belmond é poder ver o pôr do sol com exclusividade (o parque fecha às 17h para os visitantes externos) e claro, ter a comodidade de visitar toda a área à pé. As quedas d’água, entretanto, são mais “suaves” do lado brasileiro, o que não é totalmente ruim, já que a vista também é melhor.
Macuco Safari: Aqui é basicamente a combinação de dois tours: uma curta caminhada pela floresta com o guia e em seguida, o passeio de barco pelas cataratas. O barco não tem muita emoção, totalmente diferente do que fiz na Argentina, e permite uma visão melhor das Cataratas.
Parque das Aves: Não queria fazer, mas fiz e adorei! Super instrutivo, explica a ampla fauna da região e todas as espécies que você pode imaginar de pássaros estão por lá.
Itaipu: Localizada em uma área comum ao Brasil e ao Paraguai, a hidrelétrica tem a maior produção de energia do mundo. Acredite, o tour é bem mais interessante do que parece e dá para aprender muito! Acho esse passeio imperdível!
Templo Budista: Uma atração que ninguém espera encontrar ali, na tríplice fronteira, e que foge totalmente do ecoturismo de Foz. O local é lindo e a entrada é gratuita.
Museu de Cera (Dreamland): Não fui porque acho Museu de Cera tudo meio que a mesma coisa. Acho que é uma opção legal para quem viaja com criança.
Voos de helicóptero: Morro de medo de avião, então pulei essa atividade que também era oferecida pelo hotel. É um sobrevoo de 10 minutos pelas Cataratas dos dois lados. Acredito que deve render ótimas fotos, mas preferi ficar com as fotos que tirei com o drone (dá quase na mesma).
Gastronomia
Apesar de não serem all-inclusive, fiz todas as minhas refeições nos hotéis onde me hospedei.
O café da manhã estava incluído na diária do Belmond e do Sheraton.
O que levar na mala
Roupas leves (shorts, camisetas, regatas)
Capa de chuva
Tênis confortável
Roupa dry-fit
Muitas meias
Biquíni/maiô/ sunga
Havaianas
Óculos de sol
Chapéu/viseira
Necessaire: protetor solar, repelente, desodorante, elásticos/grampos de cabelo
Kit básico de primeiros socorros (na primeira vez, me cortei em uma pedra e na última, fui picada por um marimbondo no primeiro dia).
GoPro
Dicas práticas
Uma coisa que sempre falo para todo mundo que me pede dicas de Foz é: Você ficará molhado durante toda a viagem. Sim, quase todos os passeios envolvem água, e quando não, a umidade e o calor são tão grandes que com certeza, você estará suando.
Prepare-se para andar muito, então não esqueça de incluir um bom par de tênis para as trilhas.
É comum ser “perseguido” por alguns animais, especialmente macacos e coatis. É importante não os alimentar e sempre trancar portas e janelas, assim como ficar atento aos pertences pessoais (sim, já vi macacos “roubando” tênis da varanda de outros hóspedes).
Entre cores e sabores, um dos grandes – talvez o maior – atrativo da princesinha do Caribe é a gastronomia. Aqui, uma longa (e deliciosa lista) de onde comer em Cartagena.
Gastronomia democrática é a descrição que mais faz sentido para mim quando penso em comer em Cartagena. Isso porque a cidade tem tanta opção de restaurante, que não é difícil agradar praticamente todo mundo. Confesso que sou chata com comida – além de ter muitas restrições alimentares, sou bem exigente com o que como – e mesmo assim, a Colômbia, e em especial Cartagena, encheram minha alma (e meu estômago) de alegrias.
Por isso, achei que falar de comida em Cartagena mereceria uma atenção especial, até porque, posso comentar cada restaurante com a propriedade de quem comeu em praticamente todos, rs.
Crepes and Waffles: No meu primeiro dia da cidade fiquei em choque ao passar em frente desse restaurante e ver uma fila dobrando a esquina. Pouco tempo depois, entendi a razão de tamanho alvoroço em frente ao que me pareceu só mais uma lanchonete em meio a tantas outras na cidade. A rede, que na verdade está espalhada pela América do Sul (inclusive no Brasil), é um misto de sorveteria, lanchonete e café e, uma ótima opção para fazer qualquer uma das refeições durante o dia. Listei para o café da manhã porque recomendo muito os waffles que dão nome ao estabelecimento com um cafezinho, mas também estive lá para jantar e provei os sanduíches no pão pita e as sopas. Ótimo para aqueles dias que rola uma preguiça de se arrumar pra sair, mas ao mesmo tempo se quer comer algo gostoso.
La brioche: Imbatível no quesito internet rápida e gratuita, é uma opção maravilhosa para os nômades digitais, rs. O menu não fica atrás e eles fazem ótimos combos para o café da manhã, que mais uma vez, podem ser consumidos a qualquer hora do dia. A croissanterie é bem diversificada e vale a pena experimentar, assim como os smothies – mais do que essenciais no calorzão da cidade.
Ábacos libros: Um cantinho imperdível para quem ama literatura, essa livraria toda cheia de charme, tem um cafeteria, que além de bebidas quentes, serve alguns petiscos rápidos. Minha sugestão é o café gelado ou um dos chás quentes da casa nova iorquina Harney & Sons.
Se volvió Prispri: Espaço pequeno e com decoração fofa, o Prispri tem um menu especial para o café da manhã – que funciona até às 11h – e várias outras opções que também servem de almoço ou lanche, muitas delas vegetarianas. É um ótimo local para experimentar o pan de bono, o famoso pão de queijo colombiano. Ah, e diferentemente das outras sugestões dessa lista, o wifi aqui não só não está disponível, como tem uma placa bem grande desenconrajando os clientes a usar celular e proibindo o uso de laptops no estabelecimento.
Juan Valdez: Sinceramente, não achei o café imperdível, porém bons petiscos e uns drinks bem gelados valem a visita aos Starbucks Colombiano. Quer trazer uma lembrancinha em conta? Os sacos de caramelos de café são bem diferentes e com certeza agradarão quem gosta de café.
Almoço / Jantar
O prato típico da região é arroz de coco, patacones (um empanado de banana da terra) e peixe. No almoço, as famílias tradicionalmente começam a refeição com uma sopa, que costuma variar o sabor.
Juan del Mar: Meu favorito na cidade. É um restaurante de frutos do mar e provavelmente será o melhor peixe que você experimentará por lá. As porções, mesmo individuais costumam ser grandes e ter acompanhamentos, então divida. Entre eu e meu namorado, pedimos o peixe mediterrâneo, patacones, arroz de coco, uma salada, um ceviche além do couvert e das bebidas. Sobrou comida! Ah, as limonadas (tanto a de yerbabuena quanto a de coco), são as melhores que provei na Colombia.
Carmen: Um dos mais aclamados (e caros) restaurantes da cidade, serve pratos típicos, porém revisitados. Achei a comida maravilhosa, mas acho que só vale o investimento se for para experimentar o menu degustação, que pode ser de 5 ou 7 passos. Pedi o de 5 passos com harmonização e valeu muito a pena. No meu caso, o menu era 100% ovolacteovegetariano, e os pratos me surpreenderam muito positivamente. Minha única “reclamação” seria com relação ao tamanho dos pratos, que eram enormes… Cada porção era praticamente uma porção normal, o que me fez deixar o quarto prato, um risoto de cogumelos maravilhoso, quase inteiro. Das opções servidas, meu favorito foi o terceiro prato: um risoto de quinoa com tomates e cenoura – o molho era de comer rezando!
Menu vegetariano de 5 passos no Carmen
Maria: Em um dos dias que estava sem muita disposição, atravessei a rua e fui ao Maria, que também está entre os melhores da Colombia (só descobri essa informação chegando lá). Achei o menu decepcionante para vegetarianos, mas entre as entradas, haviam 2 opções veganas e escolhi o ceviche de quinoa enquanto que meu namorado foi de tacos e ceviche convencional. Acabamos ficando só com as entradinhas mesmo, mas o menu principal me pareceu interessante, especialmente aos que gostam de frutos do mar.
Ceviche vegano no Maria
1621: Mais um queridinho da alta gastronomia, localizado dentro do Sofitel, hotel cheio de história que me hospedei nos primeiros dias, achei o preço justo apesar do ambiente sofisticado. Pedi uma salada de quinoa com cítricos e sobremesa, um sorbet de lulo, fruta típica com sabor que lembra laranja. Se não estiver no hotel, reserve. E se possível, tente ficar em uma das mesas do jardim, vale muito a pena.
No jardim do Sofitel provando o menu do 1621
Restaurante El Claustro: O outro restaurante do Sofitel, com menos fama e preços mais amigos. Comi por lá umas 2 vezes, afinal, estava hospedada no hotel, mas para quem vem de fora, o recomendaria para o café da manhã (um dos melhores que já comi na vida) ou para o chá da tarde, que acontece diariamente no saguão.
El Santíssimo: Outro restaurante badalado no Centro, a graça aqui é um menu todo “engraçadinho” no qual cada prato recebe um nome relacionado à santíssima Trindade. O cardápio de sobremesa, por exemplo, é composto dos sete pecados capitais. A proposta é trazer à mesa um menu caribenho, redesenhado por técnicas francesas. O espaço é imenso, lindamente decorado. Funciona bem tanto para casais quanto para grupos.
Candé: Meu segundo restaurante preferido dessa lista. O ambiente é uma graça, o atendimento é ótimo e eu fui surpreendida muito positivamente pela comida. A ideia aqui, assim como Juan del Mar é pratos típicos da culinária colombiana costeña, porém MUITO bem feitos. Como cortesia, formos recebidos com uma mini porção de yuca no açúcar, que me pareceu muito estranho quando vi, mas que me dá água na boca de lembrar. Gostei também que, além da maioria dos acompanhamentos serem vegans, um dos pratos principais é vegetariano e foi a minha escolha: quibes de lentilha, com arroz de coco e feijão preto e uma saladinha de guacamole. UMA DELÍCIA, e super farto, nem consegui terminar de comer.
Veggie cheio de sabor no Candé
Yuca é um tubérculo bastante popular na região andina que se assemelha bastante em textura, cor e sabor à mandioca.
Andante, Allegro, Vivacce: Estava com tanta fome neste dia, que parei no primeiro restaurante italiano que vi pela frente. A surpresa, foi boa. O ambiente é bem intimista e o dono fica ali na porta a noite toda, dando as boas-vindas. Pedi o ravióli de zucca e estava uma delícia. Já meu namorado não deu tanta sorte com a massa com frutos do mar.
Vera: Localizado dentro do Hotel Tcherassi, não fui, mas vi tanta gente falando bem que resolvi coloca-lo aqui na lista. Especializado em culinária italiana, pode ser uma boa para fugir da comida local por um dia. Segundo nosso concierge, é impossível fazer reserva lá (seja por email ou telefone), mas quase sempre se consegue uma mesa arriscando a ida sem reserva prévia.
La Cocina de Socorro: Localizado em Getsemaní, foi o eleito pelo nosso guia para sermos introduzido à culinária colombiana. Verdade seja dita: já estávamos na Colômbia há 10 dias, mas trata-se dos clássicos que já comentei nos outros restaurantes. O preço é mais amigo, comparado com os bons restaurantes do Centro.
Marea by Rausch: A marca Rausch na Colombia é tão forte quanto a Atala no Brasil, quando se trata de alta gastronomia. O duo, formado pelos irmãos Jorge and Mark Rausch, vive sendo premiado e o restaurante Criterion, em Bogotá, vive por aí nas listas dos melhores do mundo. Em Cartagena, o Marea, propõe um menu cheio de frutos do mar e uma vista impagável do Centro Histórico. Fui? Não, por falta de tempo, mas fiquei com vontade.
Bons Drinks
Se tem uma coisa para não se sentir falta na cidade são de muitos e bons bares. Mesmo não sendo a pessoa mais alcoólatra que conheço, visitei alguns lugares que podem ser tanto um bom esquenta como a noitada por si só.
Quer provar algo bem típico e tem disposição para o álcool? Vá de Coco Loco, a colombiana combinação de rum, vodca, tequila, creme de coco e limão.
Pôr do sol no Cafe del Mar
Cafe del Mar: Se tem um motivo pelo qual esse lugar é famoso, certamente não é os drinks. Sim, é aqui o pôr do sol mais bonito da cidade e essa foi a minha razão principal para conhecer. Dada a fama que lhe foi atribuída, chegue cedo para garantir uma boa vista. Vale lembrar que existe uma consumação miníma (não tenho certeza, mas acho que era 30 mil pesos) e que não é dos lugares mais baratos. Quando estive por lá, provei o drink com o nome da casa Café del Mar, a limonada de limão (MA-RA-VI-LHO-SA), uma porção de chips de banana (patacon) e uma tábua de frios que acompanha uns paezinhos. A conta fechou em 120 mil pesos.
El báron: Na praça San Pedro Claver, não poderia ser mais central. É um desses bares que tem tudo o que a gente precisa: bons drinks, bom atendimento e boa localização. Chegue no começo da noite e peça uma mesa do lado de fora – sim, o balcão é lindo mas não compensa quando dá para acompanhar o movimento da cidade.
Café Havana: O bar mais famoso da cidade fica em Getsemaní, onde a vida noturna é pra lá de anima. Muita salsa e drinks típicos embalam a noite até às 4 da manhã. É uma experiência bem turística, mas interessante.
Bazurto Social Clube: Estava na minha lista e infelizmente, não consegui ir. O bar que é meio restaurante, tem uma decoração kitsch e era um dos favoritos de García Marquez, o mais famoso escritor colombiano. Atenção na hora de planejar a sua visita: funciona de quarta a sábado, a partir das 22h.
Hard Rock Café: Sempre acabo no Hard Rock mais interessada na lojinha do que no restaurante propriamente dito. Acho a comida cara e sem graça, mas pode ser uma boa opção de happy hour com os amigos.
Alquímico: Em frente a um dos hóteis que me hospedei na Calle del Colegio, esse bar, super descolado tem música alta e gente bonita. Diria que por si só ele já faz a noitada. Para quem gosta de um ambiente mais sofisticado com drinks criativos e comida boa, recomendo.
Sorveterias
Quando bater o desespero no calor intenso de Cartagena, minhas sugestões são a La Paletería e Gelateria Paradiso. Ambas localizadas no Centro Histórico, a primeira, como o próprio nome sugere, vende picolés, enquanto a segunda, mais tradicional e eleita por muitos a melhor da cidade. Para um sorvete mais “divertido”, a Mr. Cool vende um Gelato Molecular, na Calle del Colegio.
Comidas de rua
Las Pelanqueras: Andando pelo centro, você verá diversas vezes algumas mulheres de vestimentas super coloridas, andando para cima e para baixo com bacias de frutas na cabeça.
Mercado de Bazurto: O popular mercado de rua acontece bem cedinho e é bem similar às nossas feiras livres no Brasil. A graça aqui está em poder experimentar e conhecer um pouquinho de tudo que é produzido e comido nas mesas colombianas. Um passeio gostoso e que foge do óbvio.
Café: Não tem como fugir de café estando na Colombia né? Para uma experiência ainda mais autêntica, carrinhos gourmet vendem drinks de café (na sua maioria, gelados) pelo Centro. Recomendo: Café com Baileys!
Arepas: É o salgado tipicamente colombiano – diria que equivale à nossa coxinha, rs – feito de milho e com recheios diversos. Especialmente em Cartagena, o recheio mais tradicional é de ovos, mas o meu favorito é o de queijo. Eles são facilmente encontrados em quase todas as esquinas sendo preparadas por vendedores ambulantes.
Muitos adjetivos poderiam descrever Cartagena: apaixonante, calorosa, acolhedora, turística…mas nenhum faz tanto sentido quanto fotogênica.
Precisa viver em outro planeta para nunca ter ouvido falar da minha queridinha. Cidade mais visitada da Colômbia, casa de Gabo, dona do principal porto do país e garantia de uma boa festa, Cartagena costuma estar – com frequência – nas lista de hot destinations pelo mundo.
Mochileiros, viajantes de luxo, família, casais, viajantes desacompanhados… Do momento do pouso até a triste despedida, ninguém se arrepende de passar por aqui.
E a melhor parte? Tudo isso pertinho do Brasil!
O título já diz muito, mas reforço: Cartagena entrou definitivamente na lista das minhas cidades preferidas no mundo. Talvez seja a atmosfera cultural, o clima tropical envolto pelo mar do Caribe – ou tudo isso junto, mas a verdade é que cheguei na cidade para ficar míseros dois dias e acabei ficando oito, e já adianto: não foi suficiente.
Como chegar
A partir do Brasil:
AVIANCA: via Bogotá
LATAM: via Bogotá
COPA: via Cidade do Panamá
Fui de LATAM e voltei de Copa e achei e o serviço da segunda imensamente melhor: voos pontuais, check-in rápido, tripulação prestativa, ótimo espaço entre as poltronas e refeições bem decentes (para classe econômica).
O voo partindo de Bogotá dura cerca de 1h30 e a partir da Cidade do Panamá, 50 min.
Clima
QUENTE, mas quente mesmo. Durante o ano todo, a temperatura oscila entre 25 e 30 graus, mas a umidade é altíssima, fazendo que durante o dia a sensação térmica fique bem próxima aos 40 graus.
Nos meses de maio a setembro costuma chover, mas o clima é bem incerto, então esteja preparado para possíveis pancadas de chuva mesmo fora de época.
Língua
Oficialmente, espanhol. Inglês e Portunhol também são amplamente praticados.
Moeda
Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil achá-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei por sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico para minha viagem a San Andrés.
Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido nos últmos 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação é banido o embarque.
Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.
Transporte
O táxi é a opção mais prática para quem se hospeda fora do circuito central, enquanto que, ficando na Cidade Amuralhada, se faz tudo a pé. Alugar um carro faz sentido para conhecer as outras cidades costeiras, como Barranquila e Santa Marta.
Para conhecer os principais pontos de turismo, o ônibus Hop on/ Hop off está disponível em toda a cidade.
Onde ficar
Dividi a minha estadia em dois hotéis:
Sofitel Santa Clara ★★★★★
Dos hotéis mais lindos que já fiquei nessa vida e cheio de história. O local que hoje é hotel cinco estrelas, costumava ser o famoso Convento de Santa Clara, que deu vida à obra Do Amor e outros demônios, do escritor Gabriel Garcia Marquéz. É o hotel mais luxuoso de Cartagena, um dos melhores em que já me hospedei e uma ótima opção para uma comemoração especial.
Foto: Divulgação Sofitel
Quartos
Os quartos são das categorias Classic,Superior ou Luxury e variam entre 26m2 e 34m2. Fiquei no Luxury, no último andar com vista total da piscina e parcial do mar. O quarto de 34m2 tinha frigobar, máquina de café/chá, água e frutas cortesia, dock station da Bose, TV e equipamento de vídeo. No banheiro, chuveiro sem banheira e amenities Lanvin.
Quarto idêntico ao que fiquei no Sofitel | Foto: Divulgação Sofitel
Áreas comuns
Minha parte preferida desse hotel com certeza foi a piscina! Ela é imensa e está bem ao centro do prédio principal, circundando toda a propriedade. Além da estética, piscinas em Cartagena são um caso de sobrevivência – não à toa quase todo hotelzinho tem uma. Como faz muito calor durante o dia, é bem difícil fazer qualquer coisa que não seja ficar de pernas para o ar (ou melhor, na água) se refrescando.
A infraestrutura também favorece: o bar da piscina também fica ali à disposição para os melhores drinks e snacks, não precisando sair de lá nem para almoçar.
Restaurantes
Bar da piscina: serve drinks e snacks e funciona da abertura ao fechamento da piscina
El Claustro: Informal, serve café, almoço, jantar e chá da tarde.
1621: Requintado e um dos mais premiados de Cartagena, recomendo a visita mesmo para quem não está no hotel. Reservas são obrigatórias, faça-as com antecedência e solicite uma mesa na área externa (jardim).
O café da manhã pode ou não estar incluído na reserva, no meu caso, não estava. Mesmo assim, paguei o equivalente a 70 reais para ter o café da manhã completo no El Claustro e valeu cada centavo. O café também abre ao público externo e é uma ótima alternativa para fazer uma refeição bem completa sem precisar gastar muito.
Bem-estar
Spa e academia completa.
O wifi cobre bem toda a área do hotel e funciona super bem.
Diárias a partir de R$1200,00
Épica House Luxury Hotel ★★★
Como mencionei anteriormente, cheguei na cidade para ficar dois dias e prolonguei a estadia para uma semana! Amei ter ficado no Santa Clara (impossível não gostar), mas em semana de Festival de Música (leia mais abaixo), o hotel estava lotado e não consegui estender meus dias por lá.
Como a cidade é cheia de hotéis boutique, escolhi dar uma chance ao Épica House, que fica super bem localizado e tem uma proposta que me pareceu bem interessante. Trata-se de três casarões antigos que foram reformados e anexados, formando uma grande casa, mas que ainda assim, podem funcionar como locações distintas. Se você estiver em um grande grupo, por exemplo, pode fechar uma casa e terá cozinha e piscina privativa.
Área do café da manhã | Foto: Divulgação – Épica Luxury House
Caso esteja interessado em uma viagem mais “calma”, penso que considere outro hotel, já que a Épica está ao lado de um clube noturno e os hóspedes que alugam a casa inteira costumam dar festas até altas horas sem que o pessoal do hotel faça nenhuma interdição.
Quartos
Há duas categorias: a Standard e a Deluxe e acabei me hospedando nas duas.
Nas duas primeiras noites fiquei na categoria Standard na casa anexa e foi um pesadelo! O quarto era pequeno, sem janelas e com um super cheiro de mofo. Para piorar, as paredes pareciam invisíveis durante a noite, quando a casa vizinha fazia festa até de madrugada e conseguia ouvir tudo! Na terceira noite fui transferida para um quarto Deluxe na casa principal e tudo mudou! O pé direito era altíssimo, com uma janela imensa que ia quase do teto ao piso e por ser no último andar, era um silêncio reinava.
Quarto Deluxe idêntico ao que fiquei após o upgrade | Foto: Divulgação – Épica Luxury House
Áreas comuns
Em cada casa há uma piscina e esse é basicamente o único entretenimento disponível. Como não há restaurante, o café da manhã é servido gratuitamente no último andar da casa principal.
Alerta fraude: Logo no check-in fomos informados que o café da manhã era preparado por um chefe que elaborou um menu especial. A verdade é que não há um menu prévio e o “chefe” em questão preparou ovos todos os dias como a única opção.
O wi-fi é gratuito, mas não funciona muito bem em nenhum lugar.
No geral achei o hotel lindo, mas é um custo-benéficio que simplesmente não compensa. Reservando com antecedência, se encontra hotéis-boutique melhores e pelo mesmo valor.
Diárias a partir de R$$460,00
O que fazer
Compras
Esmeraldas: É tanta loja que acaba sendo difícil escolher. Achei o preço MUITO melhor em San Andrés, então se você também está indo para lá, é melhor se conter em Cartagena. Em Bogotá também tem um Museu de Esmeraldas com uma loja, acredito que também seja mais em conta.
Callejon de los Estribos: Extensa rua onde estão as principais lojas e um dos melhores lugares para comprar a famosa Wayu bag.
Dica: Os preços da Wayu variam de acordo com o material, estampa, cores e tamanho, portanto, pesquise bastante! Comprei a minha por US$35, mas vi por até US$85.
Las bovedas: Uma construção toda em arco onde cada porta é uma lojinha. Tem de tudo, inclusive muitas esmeraldas.
Carrinho de drinks de café em frente a Las Bovedas
Abaco libros: Uma pequena livraria que também é cafeteria. É uma delícia para passar as horas e comprar alguns exemplares em espanhol – Para quem gosta de Gabo, eles têm praticamente todos os títulos!
Pela cidade
City Tour: Cartagena é um lugar cheio de história e ter um guia ajuda muito entender as coisas e “ligar os pontos”. Há opções de tours em grupos e até mesmo um ônibus hop on, hop off, como em toda boa cidade turística, mas se puder, recomendo mesmo fazer com um guia particular, que além de ir no seu ritmo, pode customizar a experiência.
Portas de Cartagena
Anualmente a prefeitura premia a varanda mais decorada do Centro Histórico. Assim, é comum encontrar as famosas e coloridas casinhas por todo o canto, o maior cenário aberto para turistas.
Igrejas: Para quem gosta de arte Sacra, as catedrais de Cartagena dão um show a parte. As principais são: São Pedro, Santo domingo e La Catedral.
Museus: um prato cheio para quem gosta de cultura, a visita aos prédios históricos é imperdível. Fora do eixo turístico do centro, o Castelo de San Felipe de Barajas construído para proteção durante as frequentes guerras no “novo mundo” é um must do. Vá bem cedinho pela manhã para evitar o calorzão e a lotação. Já na Cidade Amarulhada, se você gosta de arte, separe uma horinha para conhecer o Museu de Arte Moderno, onde a entrada é gratuita. Por fim, mas não menos importante, o Palácio da Inquisição, onde costumava funcionar o tribunal do santo oficio.
Castillo San Felipe de Barajas
Existem alguns pequenos “museus de esmeralda” espalhados por Cartagena, mas não se engane – eles não passam de lojinhas onde na entrada, tem alguma explicação. Por curiosidade visitei o que fica em Bocagrande, o maior deles. Nele, fiz um tour guiado que mostra o processo de lapidação e as principais variedades espalhadas pelo mundo.
Tour Gabriel Garcia Marquez: Não fiz, mas queria muito ter feito. Uma das coisas que me deixou bem chateada é que a antiga casa de Gabo é uma residência privada e não está aberta a visitação. Como uma alternativa, algumas agências oferecem um tour guiado onde são detalhados os lugares que fizeram parte da história do autor pela cidade.
Festival Internacional de Música: Anualmente, em janeiro, Cartagena recebe o Festival de Música Clássica. Os concertos estão espalhados em várias locações, e claro, os mais tradicionais (como o que acontece no Castelo de San Felipe Barajas) esgotam antes, então é bom comprar com antecedência. As vendas normalmente abrem em meados de novembro. Comprei meu ingresso logo que cheguei na cidade para Estive assistir um concerto de música mexicana e colombiana, mas quase tudo já estava esgotado.
Noite: O que não falta são atrações noturnas, a maioria funcionando de quarta a sábado a partir das 22h da noite. Recomendo o Bazurto Social Club e o Café Havanna
Bairros
Beeeem resumidamente, podemos dividir Cartagena geograficamente em três principais bairros.
Cidade amuralhada: É o que muita gente chama de Cartagena propriamente dita: Turistica, histórica, Patrimônio da Unesco. Acho que vale muito a pena se hospedar por aqui e ter aquela magia ao acordar de manhã que só Cartagena traz. Um milhão de lojas, hotéis, restaurantes e atrações… é bem difícil ficar entediado por aqui.
Getsemaní: Famosa pela boêmia, aqui estão a maioria dos bares e alguns bons restaurantes. No passado, pertenceu à área murada, sendo hoje vizinha do que conhecemos com o Centro de Cartagena. A principal atividade aqui com certeza é a vida noturna e um ponto super positivo é que é fácil se deslocar à pé até a cidade Amarulhada.
A rede Four Seasons está construindo em Getsemaní o hotel que será o mais luxuoso de Cartagena.
Bocagrande: É a cidade nova, algo como um Porto Madero em Buenos Aires. Por aqui, estão os prédios mais modernosos e é onde fica a costa, propriamente dita. Funciona bem para viagens corporativas e/ou se você gosta de se hospedar em grandes redes, como os hotéis Hilton.
Você pode até arriscar ir em uma das praias da cidade, não é ruim, mas também não é maravilhosa. A areia e a água escura, de origem vulcânica, passam longe do que se espera de uma região banhada pelo Mar do Caribe.
Para apreciar o clássico cartão-postal caribenho, visite uma das ilhas que formam o arquipélago.
Isla del Rosário
Islas del Rosário: Relutei em fazer esse passeio, afinal já tinha passado 6 dias em San Andrés, mas como estendi minha estada em Cartagena, acabei indo à Praia Blanca, uma das que formam as Islas del Rosário. Ao comprar esses tours, normalmente a agência reserva um clube de praia onde você passará o dia com uma infraestrutura legal e almoço incluído. Saí do hotel na Cidade Amuralhada às 8h e voltei às 17h, ou seja, vai o dia inteiro. Vale se programar direitinho e se tiver um tempo livre, conhecer uma das ilhas.
Protetor Solar, repelente, roupas de banho (biquíni, sunga, etc), chapéu e roupas muito leves.
Sobre mosquitos: Não vi muita gente dando atenção aos mesmos, mas vale ressaltar a importância do repelente, especialmente para quem viajar na época das chuvas ou para os day tours às ilhas anexas.
Quanto custa
Por ser a cidade mais turística da Colômbia, não é a mais barata. Se por um lado tudo é feito a preços turísticos, por outro a cidade oferece muita opção, e baratear ou encarecer a estadia, dependerá definitivamente das escolhas que você fizer. Para quem está acostumado com Estados Unidos/Europa, diria que é uma viagem bem em conta.
Agora sim, FELIZ ANO NOVO! Estava meio desaparecida por motivos de: curtindo demais cada cantinho da Colômbia.
E 2018 não poderia ter começado melhor: sombra e água (do Caribe) fresca, comida boa e muita mandiga para fazer esse ano vingar. San Andrés é o melhor dos dois mundos: a latinidade colombiana e a paz do Caribe.
San Andrés, é uma das ilhas do arquipélago caribenho, junto com Providencia e Catalina, que apesar de pertencer à Colômbia desde 1803, está muito mais próxima da Nicarágua.
Um pontinho no Mar do Caribe | Imagem: Google Maps
O voo partindo de Bogotá dura cerca de 2h00 e a partir da Cidade do Panamá, aproximadamente 1h.
Clima
Calor ameno o ano inteiro – entre 22 e 28 graus Celsius – com período de chuvas que vai de agosto a novembro.
Porém, atenção: de acordo com os locais, essa previsão está mudando, tanto que dos 6 dias que fiquei na ilha em janeiro, quatro foram de chuvas.
Língua
Oficialmente, espanhol e crioulo inglês – herança da presença inglesa na ilha. Devido à imensa quantidade de turistas brasileiros, portunhol também é amplamente praticado.
Moeda
Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil acha-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico (leia mais abaixo).
Visto e Imigração
Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido em menos de 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação não te deixarão nem embarcar no voo.
Clique aqui para saber como fazer o seu certificado
Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.
Boleto turístico: Para entrada na ilha, deve ser adquirido o boleto turístico pelo valor de COP105.000,00. Vendido no guichê da própria companhia aérea na sala de embarque da conexão ou na entrada do país, deve ser pago integralmente em dinheiro na moeda local. Como fiz a minha conexão em Bogotá, saquei o dinheiro por lá mesmo, no caixa eletrônico. Após a imigração, uma das vias do boleto retorna ao passageiro e deve ser guardado e apresentado na saída do país.
A super população é um constante problema em San Andrés, fazendo que a permanência seja restrita: a entrada só é concedida para turistas que portem passagem de ida e de volta.
Transporte
Os meios de transporte mais convencionais para longas distância são a moto e a mula (um carrinho de golfe de alta velocidade, que funciona com combustível). Para quem se hospeda longe do centro, o táxi também é uma opção.
Atenção: Os táxis são super velhos e, muitas vezes difíceis de identificar. Todos operam sem taxímetro, cobrando o quanto quiserem. Para evitar surpresas desagradáveis, é essencial combinar o preço antes de entrar no carro. No aeroporto, há um ponto de táxi na saída, que funciona 24h.
Onde ficar
A coisa que mais li/ouvi é que para aproveitar San Andrés tem que ficar no Centro. Particularmente, discordo. Optei por um hotel super reservado à beira-mar na Praia de Cocoplum, divisa com a Praia de Rocky Cay, na região de San Luís. Achei a praia maravilhosa, além do incomparável sossego, essencial para quem curtir um Caribe mais relax.
Praia de Cocoplum
Atenção: San Andrés é desses lugares quase sempre cheios, mas é de dezembro a março e de junho a agosto que costuma ficar pior. Caso viaje em uma dessas épocas, sugiro reservar com o máximo de antecedência. Quando fui fazer a minha reserva, três meses antes de viajar, encontrei opções limitadíssimas!
Verdade seja dita: o bom serviço não é dos pontos altos de San Andrés, e o mesmo vale para a hotelaria. A ilha é dominada pelo Decameron, rede de resorts locais que funcionam no esquema all inclusive. Confesso que fujo desse tipo de hotel e encontrar um bom hotel que não fosse de rede por lá não foi das tarefas mais facéis.
A principal razão para escolher o Cocoplum foi a localização: suficientemente distante do agito para me garantir alguns dias de paz e descanso.
No TripAdvisor, o hotel divide as opiniões: há quem ame e há quem odeie. Muitos reviews o classificam como muito ruins, falando sobre gente que foi assaltada, staff que abriu o cofre, problemas com a limpeza do quarto, chuveiro que não funcionava, e por aí vai. Sorte ou não, não tive nenhum problema com o hotel e ainda achei as instalações bem melhores que a média, com a vantagem de ser pé na areia.
Em sua área comum conta com uma pequena piscina – usada somente pelas crianças –restaurante, guarda-sol/cadeiras de praia, praia privativa com serviço de bar exclusivo, serviço de massagem e agendamento de passeios.
Economize! San Andrés não tem fonte de água doce, assim sendo, toda água é proveniente de dessalinização.
Área externa: ruim não tava, rs
Os quartos se dividem nas categorias Standard, Family ou Junior. Escolhi a última categoria por ser a única disponível para reserva – que foi feita 3 meses de antecedência – e acomoda bem quatro pessoas em 46 m². São dois cômodos, o primeiro uma ante sala com uma cama de solteiro e um sofá cama, seguido por um quarto com cama queen, TV, cofre, ar condicionado, armários, frigobar e vista para o mar.
Tanto a categoria Junior quanto a Family são ótimas alternativas para quem viaja em família.
Vista do quarto
O banheiro, bem simples, porém espaçoso, tinha uma ducha horrível – bem fraquinha -mas que felizmente operava com água quente 24h.
Atenção: Na maioria dos hotéis, a energia é obtida por placas solares. Dependendo do tempo, o abastecimento pode ser prejudicado, sendo bem comum que do fim da tarde em diante não se tenha água quente. Tomei banho apenas uma vez durante a noite e a água estava aquecida, mas na dúvida, melhor não correr o risco.
Restaurante
O café da manhã é incluso, mas eu diria que foi a única parte negativa da estadia. Há um buffet bem simples com café, leite, iogurte, cereal e pães e um cardápio fica à disposição nas mesas com outras opções, permitindo que cada hospede monte um combo com até três itens, dentre eles ovos, panquecas, queijo, presunto, misto quente, etc. Não era ruim, mas comer a mesma coisa durante seis manhãs seguidas me deixou um pouco entediada, não aguentava mais ver ovos na minha frente no último dia, rs.
Já ao contrário do café, as refeições que não estavam inclusas – almoço e jantar – eram bem gostosas. O cardápio era imenso e foi difícil enjoar, mesmo tendo jantando no hotel várias vezes.
Obs. Apenas o café da manhã estava incluso nas minhas diárias, mas sei que existe uma opção de meia pensão, incluindo também o jantar.
Diárias a partir de R$400.
O que fazer
Compras: Assim como em outros países da América Central, o centro de San Andrés funciona como um enorme Duty Free. Os produtos são isentos de impostos, o que torna bem interessante a compra de importados, com preços bem mais convidativos do que os do aeroporto. Outros itens que valem uma olhada são protetores solar – comprei todos por lá por um preço bem justo – e esmeraldas. Achei os preços de esmeraldas em San Andrés bem melhores do que os de Bogotá e Cartagena, então guarde um dinheirinho se tiver interesse em itens de joalheria.
Tour pela ilha: O jeito mais fácil de conhecer todos os cantinhos da ilha é alugando uma moto ou carrinho de golfe.
Atenção: Existem dois tipos de carrinhos: o carrinho de golfe e o mule, que é a versão motorizada a base de combustível. Se possível, alugue o segundo, que é mais caro, mas bem mais potente.
Se a ideia é somente dar uma volta, sem ficar muito em nenhum lugar, recomendo o aluguel por umas 3h, é mais do que suficiente. Caso tenha alguma atividade planejada, tipo, passar umas horas na West View ou almoçar/jantar, compensa alugar uma diária completa.
Os preços variam bastante, e em alta temporada, quando a demanda é alta, pode sair bem caro. No Renta Car Esmeralda, 3h saiam por COP 180.000 e a diária, COP 450.000.
Rocky Cay: Uma ilhota de 26m2 onde a principal atração é a prática de snorkel e a visita a um navio encalhado. Na maré baixa, se chega lá andando a partir da praia.
Johnny Cay, Haines Cay e El Acuario: Tour mais popular por lá, acontece diariamente, e assim como a ilhota anterior, visa a apreciação da vida marinha por meio de mergulho e/ou snorkelling. Os barcos saem do centro e levam cerca de 15 minutos para chegar na primeira ilha.
La piscinita: Um pedacinho de mar cercado por rochas que formam uma piscina natural.
West View: Uma área privada ótima com trampolim, bar e cadeiras de praia. A entrada custa COP3000,00 por dia.
Praia Spratt Bright: É a praia do centro. A mais cheia, com mais comércio e também uma das mais fáceis de se perceber os famosos 7 tons de azul.
Mergulho: Uma das principais atividades, San Andrés possui a terceira maior extensão de corais do mundo e uma água bem cristalina que favorece a observação de diversas espécies marinhas.
Snorkelling: Para os menos aventureiros, há vários locais de fácil acesso para pratica de snorkelling. É possível comprar os equipamentos no centro ou aluga-los com os guias ou na recepção da maioria dos hotéis.
Parasail: Sobrevoo no mar feito de paraquedas puxado por um barco, dura cerca de 15 minutos e depende essencialmente da condição climática para ser feito.
Visitar as outras ilhas: Providencia e Catalina, as outras ilhas do arquipélago são bem mais calmas que a big sister. Se chega de avião ou de barco.
Noite: Coco Loco é o nome do point da ilha. Fica no Centro e toca prioritariamente ritmos latinos.
Spratt Bright
Reveillon na Colombia
Para quem planeja passar o réveillon na Colômbia, super recomendo a experiência. Estava um pouco apreensiva antes de marcar a viagem porque achei muito pouca informação do que acontecia na ilha durante essa temporada – além do fato que, assim como quase todos os outros lugares do mundo, estaria lotada.
Como desembarquei por lá no dia 29 à noite, não tive muito tempo de agendar nada, mas por sorte, o nosso hotel planejou uma super festa no Acqua Beach Club, um clube de praia, localizado ao lado do hotel, pés na areia na super tranquila praia de CocoPlum. Ou seja, se você, assim como eu, evita muvuca sempre que pode, essa é uma opção interessante para descansar e ao mesmo tempo aproveitar uma festança – se tem uma coisa que os colombianos, assim como nós brasileiros, sabe fazer muito bem, é festa.
A festa custava COP 150.000 para o público externo e foi gratuita para os hospedes do hotel.
Estrutura montada no Acqua Beach ClubApresentação do Carnaval de Barranquilla
O Menu
O cardápio da nossa festa foi bem farto – como costuma ser nas celebrações de fim de ano na Colômbia – e com bastante frutos do mar. Entre os pratos, tivemos:
Polvo apaixonado
Ceviche Costeño
Ceviche de manga
Lombo russo
Salada de lagosta
Salada fresca
Arroz com amêndoa
Degustação de sobremesas
E ao fim, claro, as famosas uvas.
As tradições
Assim como nós temos por hábito vestir branco e pular ondas, eles também têm alguns costumes interessantes. Em toda mesa de fim de ano, há uvas em abundância, já que cada convidado deve comer 12 unidades (uma para cada mês do ano), para trazer sorte e fartura. Outra coisa que achei divertida/macabra é que é costurado um boneco, o qual eles chamam de año viejo, e um pouco antes da meia noite, o boneco é levado para uma área aberta, e queimado – dessa forma, toda a energia ruim do ano anterior é incinerada. E por último, ouvi locais dizendo que à meia-noite, corre-se no quarteirão, em volta de casa, com uma mala vazia. O intuito? Atrair novas viagens durante o ano que se inicia. Confesso que achei essa última interessante e pensei em fazer, não fosse a complicada logística de correr pela areia de branco, com uma mala, haha.
Año viejo sendo queimado
Gastronomia
Fiquei completamente apaixonada pela comida colombiana, super fresca, sortida, e em muitos aspectos parecida com a nossa.
O prato típico é peixe, banana e arroz de coco.
La Regatta: Restaurante de frutos do mar mais famoso/sofisticado. Precisa de reserva com bastante antecedência, acabei não conseguindo ir.
Perú Wok: Um misto de culinária peruana e caribenha, com uma área externa com vista para o mar. Os pratos são SUPER bem servidos, então para quem não come muito, sugiro dividir os pratos principais. O preço é justo pela qualidade/quantidade de comida.
Punta Sur: Localizado ao extremo sul da ilha, talvez seja uma boa parar por lá no dia do tour pela ilha. Mais uma vez, o ponto forte são os frutos do mar, em especial os peixes. Vale a visita pela vista.
The Grog: O restaurante que mais gostei e por sorte, era vizinho ao nosso hotel. Pé na areia, bem simples e barato, provavelmente o melhor peixe de San Andrés está aqui. Abre somente para o almoço e fecha às terças. Recomendo muito!
Mister Panino: Para aqueles dias em que se está cansada de comer frutos do mar, italiano sempre salva. Esse restaurante é o mais popular de comida mediterrânea, fica escondidinho em uma galeria e vale a visita para comer uma boa massa. Recomendo o spaguetti ao pesto que comi, mas, mais uma vez, se não estiver com muita fome, melhor dividir, vem bastante comida.
Da Vanni: Mais um italiano, dessa vez, não tão bom quanto o Mr Panini. O espaço é bem amplo e o cardápio também. A pizza que vi em outras mesas me pareceu melhor que a massa que pedi.
Pallet&Co: Quiosque de picolé em frente à praia de Spratt Bright, não tem erro. Todos são super artesanais e mega cremosos.
Quiosque de sorvete: um retrato da felicidade, rsDoces típicos
O que levar na mala
Protetor solar, hidratante, repelente, roupas leves, sapatilha para mar (evita cortes em corais).
A região central de SP, conhecido como Centrão ou Centro da Cidade é uma área que engloba os bairros da Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, República, Liberdade, Sé e Santa Cecília.
Como é sabido, as distâncias em São Paulo – assim como seu trânsito – são imensas, o que muitas vezes dificulta a vida do turista inexperiente. Pensando nisso, levantei as principais atrações que podem ser visitadas as pé, sem grandes dificuldades, compreendendo basicamente a Sé e a República.
A maioria dos passeios são de graça (ou muito baratos) e há opções de gastronomia para todos os bolsos. Então, por que não dar uma chance ao Centrão?
Centro de São Paulo – Imagem: SP-Turismo (clique para ampliar)
Passeios
Praça da Sé + Igreja da Sé: Não se pode negar que, apesar do ambiente hostil, marcado por mendigos e não muito seguro, a Praça da Sé é um cartão postal. Nela, visitar a Igreja da Sé é um to do. Uma das principais construções góticas no Brasil, há visitas guiadas para conhecer a cripta. Em frente à Catedral, não deixe de ver o marco zero da cidade.
Caixa Cultural: Bem pertinho da Praça da Sé, o prédio mantido pela Caixa tem exposições temporárias imperdíveis e o mais importante: gratuitas.
Mosteiro de São Bento: O mosteiro em si, é lindo. Mas a minha parada é sempre para visitar a padaria do mosteiro. Ao entrar, vire à esquerda, num pequeno balcão onde são vendidos pães e bolos feitos pelos monges e o imperdível pão de mel (não deixe de levar)!
CCBB: O prédio do Centro Cultural Banco do Brasil é lindo, e merece a visita. Além do mais, a agenda cultural é extensa, e quando não gratuita, é bem barata. No primeiro andar, um café e a lojinha para a merecida pausa na visita.
Pateo do Collegio: Local onde aconteceu a primeira missão jesuítica no século 16, hoje é aberto à visitação o complexo que integra tanto a Igreja quanto o Museu Anchieta.
BM&F Bovespa: Pelo Centro também fica a bolsa de valores que comanda o Brasil. Além da visitação, são oferecidos diversos cursos gratuitos de economia doméstica e investimentos que merecem ser feitos.
Edifício Copan: Projetado por Niemeyer na década de 50 e de enorme relevância à arquitetura nacional, hoje é um dos cartões-postais da cidade.
Edifício Matarazzo: Também conhecido por Banespinha, por ter sido sede do banco Banespa, atualmente sedia a Prefeitura de São Paulo. Mediante agendamento, há visita guiada que conta a história do prédio e conduz o turista a um (inesperado) jardim suspenso no último andar.
Edificio Martinelli: O prédio mais alto da América Latina por muito tempo, continua sendo um dos mirantes de São Paulo. Infelizmente, encontra-se fechado para visitação no momento.
Teatro Municipal: Um dos prédios mais imponentes do Centro, se puder, não deixe de assistir um espetáculo. Se não, programe a sua visita guiada – ela dura uma hora e acontece diariamente de terça a sábado.
Compras
25 de Março: A rua mais famosa de São Paulo vende absolutamente de tudo! De roupa, a tapetes, passando por coisas de cozinha e eletrônicos. Eu, particularmente, amo para comprar acessórios (bijouterias, bolsas de praia e chapéus). Antes de ir, vale uma passada pelo site para ver a oferta de lojas e produtos e ir com destino certo, poupando tempo e energia.
Dica: No mês de dezembro as lojas da 25 tem o horário estendido e funcionam inclusive aos finais de semana. Porém, se possível, evite! É nessa época do ano que os arredores se tornam intransitáveis. Se não tiver jeito e precisar ir de qualquer forma, tente aproveitar as manhãs, quando está menos cheio.
Shopping 25 de Março: Para os que não gostam de bater perna ao ar livre, uma alternativa na região da 25 é o Shopping homônimo. Com duas unidades (na própria Rua 25 e na Rua Barão de Duprat), mais parece uma galeria, com corners que vendem de tudo.
Galeria Pagé Se o assunto é telefonia e eletrônicos, o lugar é aqui. Na esquina da rua 25 de Março, 170 lojas trazem todas as novidades do setor por preços bem convidativos.
Shopping Light: Ao lado da Estação Anhangabaú do metrô, o prédio histórico que ficou conhecido por ser o Mappin nos anos 90, se reconfigurou no clássico formato de shopping, com lojas e praça de alimentação. No mesmo prédio está uma das sedes da Polícia Federal e alguns outlets, como o da Nike.
Galeria do Rock: Apesar do nome, dos cinco andares + subsolo, apenas dois são, de fato, dedicados ao Rock ‘n Roll, ainda assim, não desmerecendo a visita. Trata-se, provavelmente, do maior local dedicado a objetos de rock. De roupas a CDs raríssimos, se acha de tudo, e melhor, por um preço ótimo!
Rua Santa Efigênia: Próxima à Galeria do Rock, na região da República, a Rua Santa Efigênia é o paraíso dos eletrônicos, aparelhos musicais e acessórios para vídeo games. Deve-se tomar cuidado com as lojas que não emitem/nota e garantia e sempre pedir um descontinho extra na hora da compra.
Gastronomia
Quando o assunto é comida, São Paulo nunca decepciona, e com o centro não é diferente: de italiano a peruano, passando por cafeterias e bares, tem opção para todos os gostos (e bolsos).
Bar Brahma ($$$): o famoso que fica na tal esquina da Av. Ipiranga com a Av. São João. Serve petiscos, lanches e aos sábados, uma famosa feijoada com samba toma conta do quarteirão.
Terraço Itália ($$$$$): Localizado no Edifício Itália, o segundo prédio mais alto de SP (165m), é tradicionalíssimo para comida italiana e jantares românticos com São Paulo de fundo. Reserve com antecedência.
Bar da Dona Onça ($$$): No térreo do Copan e com um cardápio de pratos e petiscos brasileiros muito bem trabalhados, tem um menu de caipirinhas de fazer inveja. Tudo isso num ambiente super descolado. Funciona do meio dia à meia noite: não poderia ser mais paulistano.
Esther Rooftop ($$$$): Mais um mirante merece atenção. No edifício Esther, na República, tem a cozinha autoral de Oliver Anquier, que dessa vez revisita pratos tipicamente brasileiros.
Paribar ($$): Bar descolado, com boas comidinhas e que funciona o dia inteiro. Tem um bônus importante: um brunch completíssimo das 10 às 17h, todos os domingos.
Café Girondino ($$$): Café, restaurante e bar – a tradicional casa que fica pertinho do Mosteiro é minha parada obrigatória para comer uma coisinha quando estou na região. Todos os pratos são deliciosos e bem servidos, mas guarde espaço para a sobremesa: o arroz doce (com toque de limão) é dos deuses!
Rinconcito Peruano ($): Tradicional casa de comida peruana com preço justo e muito visitado pelos imigrantes andinos. Para quem quer comida simples, mas bem feita.
Hamburgueria do Sujinho ($): Filial da tradicional hamburgueria da Consolação, o espaço do centro é menor, com o mesmo cardápio. Em geral, as porções são bem servidas e o hamburguer veggie é ótimo! Não deixe passar também a maionese verde e as batatinhas. Vá preparado e leve dinheiro: eles não aceitam cartão.
Casa Mathilde ($): Doceria portuguesa, como se pode imaginar, tem no longo balcão MUITAS opções de doces amanteigados e cheios de gema na composição. Para acompanhar, a cafeteria serve cafés, chás e alguns salgados.
Mercado Municipal ($$): Comida por aqui não falta, seja nos restaurantes ou nas muitas barraquinhas de comida. Vá com fome e prove as frutas que são oferecidas enquanto caminha e para arrematar a visita, vá de sanduíche de mortadela ou pastel de bacalhau, no famoso Hocca Bar.
Cambridge Hotel: Primeira casa da Gambiarra e anfitrião da famosa festa Gay, a Ursound, o Cambridge tem festas para públicos diversos em uma extensa agenda de eventos.
Club Caravaggio: a festa mais famosa aqui é a Trash 80’s, aos sábados, e que como sugere o nome, tem música retrô dançante.
Love Story: Uma das mais famosas, antigas e democráticas casas de São Paulo, tem festa eletrônica quase todos os dias e um público bem diverso.
Alberta 3: Com uma pegada mais Rock ‘n Roll e público mais descolado, aqui é ótimo para aqueles dias que você está procurando comer um petisco enquanto dança Franz Ferdinand. Da lista, é a minha favorita.
Trackers: Com festas variadas, que vão do Jazz ao Rock Progressivo, às vezes tem música ao vivo.
Dica: As agendas de balada em São Paulo oscilam bastante. Mantenha-se informado pelo site/Facebook das casas.
Transporte
O roteiro acima é todo pensado para ser feito à pé, mas não se iluda: é praticamente impossível ir a todos os lugares em um só dia. Por isso, recomendamos 3 dias (ou mais) para conseguir visitar tudo.
O Centro é muito privilegiado quanto ao acesso via transporte público: muitas linhas de ônibus vindas de praticamente todas as zonas de SP e algumas estações de metrô (Linha vermelha – Sé, Anhangabaú e República e Linha azul – Sé e São Bento).
Um jeito de tornar tudo ainda muito mais fácil e barato é fazer o Bilhete Único, o cartão de transporte paulistano. Com ele, é possível integrar viagens gratuitamente ou com desconto (no caso de ônibus + metrô/ trem).
Uma alternativa ao transporte convencional é utilizar a Linha Turismo. Recém lançado, o ônibus de dois andares funciona como os demais disponíveis em grandes metrópoles do mundo (hop on/ hop off). Por R$40, a linha dá direito a 24h de uso, podendo entrar e sair em qualquer parada durante esse tempo, sendo o primeiro embarque na Luz, em frente ao Parque da Luz, diariamente. Há áudio-guias em português, inglês e espanhol.
Itinerário da Linha Turismo SP – Foto: Veja SP
Horários:
Dias úteis e sábados: saídas às 9h, 12h40 e 16h
Domingos e feriados: saídas às 10h, 13h40 e 17h
Hospedagem
Se você está querendo explorar ao máximo o Centro, uma boa opção é se hospedar por lá. Contudo, lembre-se que durante a noite, deve-se evitar a locomoção à pé, afinal a maioria dos estabelecimentos estão fechados e a as ruas ficam desertas.
Algumas opções de hospedagem (com preços variados), são:
Para quem quer aproveitar o Centro, mas não abre mão de uma noitada, sugiro a hospedagem na Vila Madalena ou no Jardins. Ambos possuem metrô e fácil acesso ao Centro e, de noite, uma vida noturna agitadíssima.
Segurança
Parece óbvio, mas vale a lembrança: evite se locomover a pé à noite, portar objetos de valor, falar/mexer ao celular e usar mochilas. Mantenha todos os pertences junto ao corpo e evite sair pelo Centro após escurecer.
Se necessário, procure ajuda do Posto Policial mais próximo ou a Delegacia de Apoio ao Turista.
DEATUR – DELEGACIA ESPECIALIZADA EM ATENDIMENTO AO TURISTA
R. Cantareira, 390 – Centro, São Paulo – SP – Tel: (11) 3120-4417
:: Gabi Morandini é brasileira, já morou no México e agora vive na Espanha onde é nossa correspondente nos trazendo o melhor da Europa. ::
Quem já foi à Espanha, ou conhece um pouco sobre o país, já deve ter ouvido falar das tapas. Para quem não conhece, tapas são pequenas porções de comida servidas junto com as bebidas nos bares e restaurantes. Elas são uma espécie de amostra do que pode ser pedido no local.
Em grande parte do país, a tapa é paga, porém, quem vai à Andaluzia, região sul da Espanha, fica maravilhado ao perceber que as tapas são por conta da casa. É isso mesmo, são grátis! Funciona assim: você pede uma bebida e o garçom deixa um pratinho de tapa para você. No geral, a tapa vem para quem pede refrigerante, vinho ou cerveja.
Essa comidinha pode ser presunto espanhol fatiado, o famoso jamón, uma fatia de pão com chorizo (linguiça), pão com tomate (uma espécie de bruschetta à moda espanhola), um pedaço de tortilla, chips de batata, azeitonas etc. É o que no Brasil conhecemos por “tira-gosto”, mas um pouco mais bem servido.
Dependendo do local, a tapa é tão boa que, ao pedir duas bebidas – que virão acompanhadas de duas porçõezinhas de comida – você já fica satisfeito. Há dois “estilos” de tapa na Andaluzia: as tapas por elegir, quando o estabelecimento te dá opções e deixa você escolher o vai acompanhar sua bebida, ou o modo mais tradicional, no qual a tapa servida é o que a casa manda mesmo.
Ficou com vontade de, como dizem os espanhóis, “ir de tapas” pela Andaluzia? Então confira alguns locais onde isso é possível.
Granada
Muita gente conhece Granada por causa da Alhambra, uma fortaleza muçulmana que é um dos monumentos mais visitados na Espanha. Nessa cidade ainda se nota a influência árabe, pois ela conta com diversos vestígios da época em que os mouros dominaram a Península Ibérica.
Em Granada, seja na capital ou nos povoados, os bares têm o costume de servir tapas gratuitas, e há quem diga que essa cidade serve as melhores tapas da Espanha.
Na capital, há diversos bares de tapa no centro histórico, na área que abrange desde a Catedral até a Gran Vía del Colón.No bairro do Albaicín, caminho para a Alhambra, também é possível tapear.
Mas, como essas regiões são mais turísticas, pode valer a pena explorar bairros menos centrais, ou ir aos povoados, já que é nesses locais que, geralmente, encontramos comidas típicas e preparadas de forma mais caseira.
Jaén
Desconhecida pelos estrangeiros, Jaén é uma província em que a tapa gratuita também marca presença. A questão gastronômica é muito valorizada na capital e em toda a província, e isso porque Jaén é o maior produtor mundial de azeite de oliva.
Para promover o produto, o governo local incentiva jornadas gastronômicas e os bares e cooperativas fazem acordos para usar e expor os azeites nos estabelecimentos. Assim, em Jaén, o turista comerá as mais diversas tapas feitas a partir de azeitonas e azeite extra-virgem, como pão, jamón e azeite; peixe ao vinagrete, croquetas fritas no azeite etc.
Na capital, o centro histórico (chamado de Casco Antiguo) concentra os melhores bares de tapa, principalmente nos arredores da Calle Maestra e Calle Campanas – onde estão as tascas mais tradicionais, que funcionam desde o século XIX – e também na Calle Barnabé Soriano.
Almería
Ao contrário das duas capitais citadas anteriormente, Almería fica no litoral, banhada pelo mar mediterrâneo. Com isso, as tapas mais comuns por lá usam frutos do mar, algo que agrada imensamente aos espanhóis e também aos estrangeiros.
Você terá a chance de comer boquerones fritos (peixinhos), camarão, langostino cozido, bacalhau e calamares fritos (lula), por exemplo.
O centro da cidade, na região da Calle Rambla Amatisteros e Calle Granada, conta com diversos bares de tapa. E já que se trata de uma cidade com praia, no Paseo Marítimo, a avenida que fica a beira-mar, também é possível tapear.
O ritual da tapa
Entre os espanhóis, a cultura da tapa segue um ritual: eles vão de bar em bar, tomam uma ou duas bebidas com tapa em um lugar, depois mais uma ou duas em outro, geralmente em bares que já conhecem e os agradam.
Ah, e uma observação importante: não se assuste se houver vários guardanapos no chão. Na Espanha, é “normal” jogar o papel no solo, é só ao final do expediente os funcionários limpam o local. Aliás, o chão sujo serve com indicativo de qualidade: quanto mais papel no chão, melhor o bar, afinal, mais gente parou ali para comer.