:: Na última semana de agosto, cruzei todo o continente americano para passar uma curtíssima temporada no Canadá. Foram apenas quatro dias, nos quais visitei algumas regiões da Província de Ontário, a partir de Toronto. ::
Maior país da América do Norte, o Canadá está localizado ao norte dos Estados Unidos – único país que faz fronteira. É nessa região também que se encontra grande parte da população (Toronto, por exemplo, tem quase 3 milhões de habitantes), com economia mais desenvolvida e climas mais amenos.

Como chegar
Há voos diretos do Brasil, partindo de São Paulo com destino a Toronto (aproximadamente 12h de voo), pela Air Canada.
Outras opções são com conexões, normalmente nos EUA.
Vale lembrar que é necessário um visto americano válido para conexões nos EUA.
Visto
Recentemente, o Canadá facilitou bastante a vida do turista brasileiro ao “retirar” a obrigatoriedade do visto e permitir que entrássemos no país apenas com uma autorização facilmente emitida pelo viajante, o ETA (Eletronic Travel Autorization), que custa apenas $7 CAD.
Para mais informações sobre os vistos, visite o site do Canada Immigration and Citzenship (CIC), clicando aqui.
Tudo lindo, tudo ótimo, se não fosse por um detalhe: a tal autorização só é válida para entrada no país por avião. O visto convencional ainda é necessário para entrantes marítimos ou rodoviários.
Como precisei ir aos Estados Unidos e voltar de carro, fui atrás da burocracia convencional.
A verdade é que toda a informação disponível na internet é meio confusa e ultrapassada, e o site do Canadá é bem descritivo, mas peca em alguns aspectos.
De forma geral, o modo como o visto é processado é bem parecido com o modelo americano. Você entra no site, se cadastra, preenche alguns formulários e anexa alguns documentos (necessário scanner) e ao fim, paga uma taxa de $100 CAD. Fiquei bem assustada quando comecei o processo, mas a verdade é que é bem mais fácil do que parece. Com um pouco de organização, tudo dá certo. Se aprovado, é enviada uma notificação por email pedindo que o passaporte seja encaminhado ao CIC (por correio ou pessoalmente). E o mais importante: é tudo aprovado online e você não passa por nenhuma entrevista presencial.
Clique aqui para ver o passo a passo detalhado.
Ah, outro ponto importante: Em 10 dias já estava com o passaporte em mãos – do momento que submeti os formulários/documentos e paguei, até o momento que o recebi em casa com o visto. SUPER RÁPIDO!
Cruzando a fronteira
Durante a minha estadia no país, entrei e saí de avião e de carro – precisei ir também ao norte dos Estados Unidos. Em ambas as fronteiras não tive nenhuma complicação, mas o mais interessante está por vir: meu passaporte não foi carimbado em nenhuma das vezes! Fiquei bem apreensiva, porque sempre esperava um carimbo e ele nunca chegava e comecei a pensar que teria problemas ao sair do país, mas não, deu tudo certo. Procurei várias informações em vários veículos e não encontrei nenhuma resposta (alias, se alguém souber, pode me contar). Lembrando que, como comentei anteriormente, tenho um visto de turista de múltiplas entradas.
Idioma
Bilíngue: Inglês e francês.
Ainda que seja, de fato, falado apenas na província de Quebec, o francês está presente nas placas de todo o país, assim como em órgãos públicos e documentos oficiais.
Clima
O clima é bem variado, devido à dimensão do país, mas uma coisa é certa: pode fazer muito frio, especialmente no norte. Na regiões mais habitadas, ao sul, o verão é a época mais agradável para visitar, com temperaturas que passam dos trinta graus, na costa oeste, por exemplo. Ah, e vale lembrar que por estarem no hemisfério norte, o verão acontece entre junho e setembro!

Moeda
Dólar Canadense, que possui uma cotação um pouco menor do que o vizinho, Dólar Americano.

Para saber a cotação do dia, clique aqui.
Curiosidades
A rede local de cafeteria chama Tim Hortons, e serve além de café e acompanhamentos, alguns lanches.
Existem vários banheiros públicos espalhados pelas cidades e além gratuitos são totalmente limpos – sério, os mais limpos que já conheci em vida!
Não importa em qual lugar da rua/avenida/rodovia você esteja: ao primeiro passo de ameaçar atravessar, todos os carros param.
As estradas são bem monótonas e as distâncias, imensas – Imagino quão longa não deve ser uma roadtrip que atravesse o país! Os postos de serviço não são muito próximos e as paradas sempre tem uma conveniência chamada On Route.

O povo é super receptivo, o que provavelmente explica a quantidade de imigrantes que encontrei em Toronto. Muitos, muitos descendentes de árabe e indianos.
PS: Essas observações são da minha percepção em viagem na província de Ontario, mas acredito que muita coisa seja parecida no resto do país.
Lugares para visitar
- Conheça a vida urbana nas grandes cidades: Toronto, Montreal, Vancouver e Calgary.
- No inverno, veja a aurora boreal à noite na região noroeste, no entorno da cidade de yellowknife.
- Observe os ursos polares na Great Bear Rainforest.
- Visite a cidade de Niagara e as Cataratas.
- Passei pela história de Old Town Lunenbourg – Patrimônio Mundial pela UNESCO
- Sinta a natureza no primeiro Parque Nacional Canadense, o Banff, em Alberta.
- E muito mais!
Se animou? No próximo post conto mais como foram meus dias e o roteiro em Ontario! 😉