:: Aproveitei o último feriado e viajei a Minas Gerais para passar 5 dias e 4 noites curtindo o melhor da capital mineira e seu entorno. Neste segundo post, trago meu roteiro para curtir o melhor da capital mineira num fim de semana. ::
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Não é a toa que Belo Horizonte é uma das capitais mais acolhedoras do país. O mineiro praticamente abre as portas para receber os turistas e transforma a experiência de qualquer viajante em um momento inesquecível. Não bastasse tanta gentileza, a culinária é um deleite, o clima é agradável e dentro do Estado as atrações vão desde cidades históricas à grande metrópole, passando por muita natureza e o maior museu a céu aberto do mundo.
Precisa de mais razões para conhecer esse pedacinho (imperdível) de Brasil?
Como chegar
De localização privilegiada, BH está bem ao centro das outras capitais do sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória), sendo facilmente acessada por via rodoviária. Caso esteja planejando ir de avião, o Aeroporto Internacional de Confins (a 40km do Centro de BH) recebe voos de todo o país.
De lá, além de táxi e Uber, uma opção mais econômica é pegar o ônibus executivo Conexão Aeroporto, (a partir de R$12,25). As paradas são no Aeroporto da Pampulha, no Ipiranga, no Terminal de Betim e no Terminal Rodoviário de BH.
Onde ficar
A escolha da localização dependerá do propósito da sua viagem. O meu bairro preferido na capital mineira é o Savassi, que não fica muito distante do Centro, tem ótimas opções de compras e restaurantes e vida própria tanto de dia quanto de noite.
Neste post aqui contei tudo sobre o hotel boutique me hospedei na Savassi.
Transporte:
Além do Conexão Aeroporto, que utilizei numa viagem passada a Belo Horizonte, confesso que nunca precisei do transporte público. De qualquer forma, a malha rodoviária é larga, sendo possível se deslocar facilmente de ônibus e há também um curto trajeto no qual é possível se deslocar de metrô.

A empresa responsável pela operação é a BH Trans (clique aqui para consultar itinerários e horários).
Culinária
Não dá pra ignorar o tópico. Minas Gerais tem uma das culinárias mais tradicionais do país e se quiser experimentar de tudo um pouco, esteja preparado para ganhar uns quilinhos, já que a carne de porco, derivados de leite e muitos doces açucarados fazem parte do menu.
Alguns itens não dá pra deixar em branco:
Lacticínios: Minas é uma das maiores produtoras de leite e boa parte da sua culinária vem de lactícinios. O queijo de Minas, famoso por ser branquinho e bem curado (salgado), está por toda parte, assim como o doce de leite (o Viçosa é o meu preferido #ficadica) e, claro, o pão de queijo.
Cachaças: Carro-chefe da nossa famosa caipirinha, Minas tem as melhores cachaças do Brasil. Para os apreciadores, o Mercado Municipal está cheio de opções (e degustação) de todos os tipos.
Feijão: Outra iguaria amada pelos brasileiros, o feijão faz parte de vários pratos mineiros, entre eles o tutu de feijão – um feijão bem amassadinho com farinha – e o feijão tropeiro, que é a mistura do feijão com farinha, carne de porco e às vezes, ovo.
Restaurantes
Alguns dos meus queridinhos em BH são:
Para almoçar
Café com Letras: Localizado dentro do CCBB, ótimo para dar um pausa na visita daquela exposição mais longa. Não bastasse a localização, o menu é ótimo, e tem desde pratos clássicos da culinária brasileira e italiana, até lanches para os que não querem perder muito tempo. A lista de opções veganas também não faz feio! E o mais importante: tudo com um precinho super digno.
Para a sobremesa
Lullo Gelato: Meu sorvete preferido em BH, não poderia deixar essa dica passar em branco. A fila é sofrida, mas o sorvetinho cremoso, com uma casquinha quentinha feita na hora, é uma bela recompensa!
Chá da tarde
Chacomigo: Como não sou muito fã de café, sempre que viajo dou uma olhada nas casas de chá e o Chacomigo além de ter esse nome divertido, está localizado em Santo Antonio numa casinha super gracinha e com mais de vinte opções de chás a serem combinados com os quitutes, igualmente deliciosos.
Para quando bate a fome no meio do dia
Pão de queijaria: Ir até Minas Gerais e não comer (muito) pão de queijo chega a ser um desacato. Para quem procura uma versão revistada de um aperitivo tão clássico, a Pão de Queijaria oferece vários “sanduíches” de pão de queijo, nos mais diversos sabores. Para os menos aventureiros, a versão clássica também é uma delícia e eles vendem pacotes congelados, perfeito para levar para casa (e continuar comendo).
Para ir a dois
Glouton: Um dos restaurantes mais famosos da cidade e com uma pegada ao mesmo tempo sofisticada e descolada, o restaurante localizado do ladinho da Praça da liberdade, serve pratos contemporâneos com muitos ingredientes locais (o queijo produzido na Serra da Canastra é figurinha carimbada em vários pratos do menu) e uma bela carta de vinhos para harmonização. Não é dos mais baratos, confesso, mas vale a pena para quem procura uma noite para lá de especial.
Percebi que praticamente todas as minhas sugestões estão a uma distância caminhável da Savassi. Tá aí mais um motivo para se hospedar lá!
O que fazer
A falta de mar transformou Belo Horizonte em uma capital boêmia e, sobretudo, feita para ser aproveitada ao ar livre. São muitas as opções para a vivenciar a cidade do lado de fora, desde passeando pelas praças e parques até apreciar uma cervejinha na área externa de muitos dos botecos.
Perto da Savassi
Centro Cultural Banco do Brasil: Com certeza o meu museu preferido em BH. Sempre tem alguma coisa acontecendo (exposição, teatro, música) e o melhor: de graça!
Memorial de Minas Gerais: Em um casarão lindo de frente à Praça da Liberdade, é imperdível para quem quer conhecer um pouquinho mais da história de MG.
Praça da Liberdade: O nome não faz jus ao que esse espacinho verde no meio da Savassi representa. Um misto de praça, parque, pista de cooper, tem de tudo por aqui. Crianças correndo, vendedores de coco e pipoca…e tudo isso cercado de coqueiros e belíssimos prédios de instituições culturais. Merece muito a visita!
Mercado Municipal: Tem dois passeios culturais que amo: visitar casas de célebres que foram transformadas em museus e mercados locais. No Brasil, o meu mercado preferido é o de Belém (tem post aqui), mas por Minas ter uma culinária tão peculiar, acho que vale bastante a visita (principalmente para os malucos por doce de leite).
Mais afastado
Pampulha: Região que tem como cartão postal a Lagoa da Pampulha. Com 18km de extensão, este complexo é com certeza um dos grandes atrativos da cidade. No seu entorno, parque de diversão, hostels e restaurantes. À sua margem, muitos Niemeyers: o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e a Igreja de São Francisco de Assis. Para essa visita, reserve pelo menos uma tarde, tem bastante coisa boa para ver por aqui.
Mineirão: Programa imperdível para quem gosta de futebol, o estádio que sediou a copa do Mundo em 2014 oferece visitas guiadas diariamente. Confira o calendário antes de viajar e se possível, se programe para ver uma partida. Inesquecível!