“DE TAPAS” PELA ANDALUZIA

:: Gabi Morandini é brasileira, já morou no México e agora vive na Espanha onde é nossa correspondente nos trazendo o melhor da Europa. ::

Quem já foi à Espanha, ou conhece um pouco sobre o país, já deve ter ouvido falar das tapas. Para quem não conhece, tapas são pequenas porções de comida servidas junto com as bebidas nos bares e restaurantes. Elas são uma espécie de amostra do que pode ser pedido no local.

Em grande parte do país, a tapa é paga, porém, quem vai à Andaluzia, região sul da Espanha, fica maravilhado ao perceber que as tapas são por conta da casa. É isso mesmo, são grátis! Funciona assim: você pede uma bebida e o garçom deixa um pratinho de tapa para você. No geral, a tapa vem para quem pede refrigerante, vinho ou cerveja.

tapas

Essa comidinha pode ser presunto espanhol fatiado, o famoso jamón, uma fatia de pão com chorizo (linguiça), pão com tomate (uma espécie de bruschetta à moda espanhola), um pedaço de tortilla, chips de batata, azeitonas etc. É o que no Brasil conhecemos por “tira-gosto”, mas um pouco mais bem servido.

Dependendo do local, a tapa é tão boa que, ao pedir duas bebidas – que virão acompanhadas de duas porçõezinhas de comida – você já fica satisfeito. Há dois “estilos” de tapa na Andaluzia: as tapas por elegir, quando o estabelecimento te dá opções e deixa você escolher o vai acompanhar sua bebida, ou o modo mais tradicional, no qual a tapa servida é o que a casa manda mesmo.

Ficou com vontade de, como dizem os espanhóis, “ir de tapas” pela Andaluzia? Então confira alguns locais onde isso é possível.

Granada

Muita gente conhece Granada por causa da Alhambra, uma fortaleza muçulmana que é um dos monumentos mais visitados na Espanha. Nessa cidade ainda se nota a influência árabe, pois ela conta com diversos vestígios da época em que os mouros dominaram a Península Ibérica.

Em Granada, seja na capital ou nos povoados, os bares têm o costume de servir tapas gratuitas, e há quem diga que essa cidade serve as melhores tapas da Espanha.

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Na capital, há diversos bares de tapa no centro histórico, na área que abrange desde a Catedral até a Gran Vía del Colón. No bairro do Albaicín, caminho para a Alhambra, também é possível tapear.

Mas, como essas regiões são mais turísticas, pode valer a pena explorar bairros menos centrais, ou ir aos povoados, já que é nesses locais que, geralmente, encontramos comidas típicas e preparadas de forma mais caseira.

Jaén

Desconhecida pelos estrangeiros, Jaén é uma província em que a tapa gratuita também marca presença. A questão gastronômica é muito valorizada na capital e em toda a província, e isso porque Jaén é o maior produtor mundial de azeite de oliva.

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Para promover o produto, o governo local incentiva jornadas gastronômicas e os bares e cooperativas fazem acordos para usar e expor os azeites nos estabelecimentos. Assim, em Jaén, o turista comerá as mais diversas tapas feitas a partir de azeitonas e azeite extra-virgem, como pão, jamón e azeite; peixe ao vinagrete, croquetas fritas no azeite etc.

Na capital, o centro histórico (chamado de Casco Antiguo) concentra os melhores bares de tapa, principalmente nos arredores da Calle Maestra e Calle Campanas – onde estão as tascas mais tradicionais, que funcionam desde o século XIX – e também na Calle Barnabé Soriano.

Almería

Ao contrário das duas capitais citadas anteriormente, Almería fica no litoral, banhada pelo mar mediterrâneo. Com isso, as tapas mais comuns por lá usam frutos do mar, algo que agrada imensamente aos espanhóis e também aos estrangeiros.

Você terá a chance de comer boquerones fritos (peixinhos), camarão, langostino cozido, bacalhau e calamares fritos (lula), por exemplo.

O centro da cidade, na região da Calle Rambla Amatisteros e Calle Granada, conta com diversos bares de tapa. E já que se trata de uma cidade com praia, no Paseo Marítimo, a avenida que fica a beira-mar, também é possível tapear.

O ritual da tapa

tapas e cerveja

Entre os espanhóis, a cultura da tapa segue um ritual: eles vão de bar em bar, tomam uma ou duas bebidas com tapa em um lugar, depois mais uma ou duas em outro, geralmente em bares que já conhecem e os agradam.

Ah, e uma observação importante: não se assuste se houver vários guardanapos no chão. Na Espanha, é “normal” jogar o papel no solo, é só ao final do expediente os funcionários limpam o local. Aliás, o chão sujo serve com indicativo de qualidade: quanto mais papel no chão, melhor o bar, afinal, mais gente parou ali para comer.

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O QUE É QUE O PORTO TEM?

Essa cidade lusitana foi eleita o Melhor Destino Europeu em 2017 (prêmio que já tinha ganhado duas vezes), mas, apesar de Portugal estar na moda entre os brasileiros, tem muita gente que não sabe nada sobre o Porto.

Quando pensamos em visitar a terrinha, logo vem à mente a capital, Lisboa. Neste post elenco algumas razões para visitar o Porto, já que ele desbancou (com todo merecimento) não só Lisboa, como muitas outras cidades que são consideradas super destinos na Europa.

Razão #1 – Preços super econômicos!

Portugal como um todo tem preços muito atrativos! E especificamente no Porto é possível aproveitar muito com pouco. Não é difícil encontrar restaurantes com menus completos a 5 euros, por exemplo (e quando digo completo me refiro a pão, sopa, prato principal e sobremesa ou café).

As hospedagens também são ótimas para o bolso dos viajantes. Quando visitei a cidade, em fevereiro de 2015, gastei míseros 60 euros em uma pensão para ficar em um quarto de casal com meu marido por 7 dias.

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Não foram 60 euros por dia, e sim 60 euros pela semana toda! É claro que não havia café da manhã, nem almoço ou jantar, era apenas o quarto, mas mesmo assim valeu super a pena. Em uma busca rápida no Booking, é possível encontrar boas opções de hospedagem com diárias na faixa dos 100 reais por dia (em período de baixa temporada).

Outro ponto econômico diz respeito às atrações. Muitas delas são gratuitas ou com entradas a preço simbólico (1 ou 2 euros). A atração mais cara que visitei foi o Palácio da Bolsa, que na época valia 8 euros por pessoa e incluía visita guiada (em 3 línguas!) que durou mais de 1h, além da degustação de 2 taças de vinhos locais.

Com tudo isso, o que quero dizer é que no Porto você gasta pouco e consegue 1) comer bem, 2) arrumar um local estruturado e cêntrico para ficar e 2) conhecer vários pontos turísticos.

Razão #2 – Tem muita atração!

Apesar de ser uma cidade pequena para os parâmetros de um brasileiro, o Porto concentra diversas atrações turísticas, principalmente na região central e no bairro da Ribeira.

Abaixo, a lista dos pontos imperdíveis:

  • Sé do Porto
  • Palácio da Bolsa
  • Estação São Bento
  • Mercado do Bolhão
  • Rio Douro (bairro da Ribeira)
  • Ponte D. Luís I
  • Igreja de São Francisco
  • Livraria Lello
  • Palácio Epicospal
  • Igreja de Santa Clara
  • Igreja de São Lourenço
  • Museu Casa do Infante
  • Estádio do Dragão
  • Vila Nova de Gaia
  • Torre dos Clérigos
  • Praia do Carneiro

Só isso tá bom?

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A catedral da Sé, chamada por lá de Sé do Porto
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A estação São Bento é cheia de detalhes, como os azulejos azuis, que também estão presentes em outros monumentos da cidade

Razão #3 – O vinho do Porto e o rio Douro

Agora o nome Porto começa a aparecer na sua lembrança, né? Pois é, o famoso vinho do Porto vem dessa cidade portuguesa. Na verdade, vem da cidade vizinha, Vila Nova de Gaia, porém era pelo porto do Porto que o enviavam ao exterior, por isso que, apesar de Gaia concentrar as adegas, o vinho leva o nome da outra cidade.

O acesso a esse líquido sagrado é super fácil: basta atravessar a ponte Dom Luís I (que pode ser cruzada a pé, inclusive) e você já está em Gaia. Praticamente todas as bodegas da cidade oferecem, por alguns eurinhos, degustação dos vinho que vendem.

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Degustação de vinho é o que não falta na viagem

Quem decidir fazer  o “cruzeiro pelo rio Douro” (um passeio de barco de uns 30 minutos, que me custou 11 euros para 2 pessoas), pode ganhar como bônus da empresa de “cruzeiros” um vale para degustar vinho em alguma adega.

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A ponte D. Luís I e a cidade vizinha, Vila Nova de Gaia

Os enófilos de plantão que quiserem expandir a experiência podem buscar por passeios mais completos no Douro. Há alguns que levam os turistas rio acima, para que possam visualizar e até visitar as videiras que dão origem ao vinho do Porto.

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Razão #4 – Harry Potter nasceu aqui!

Quem ama a saga HP, como eu, vai ficar emocionado de visitar o local onde nasceram os primeiros rascunhos dessa história mágica. A autora do livro, J.K. Rowling, morou na cidade, e foi lá que começou a dar forma aos livros.

Alguns locais que ela frequentava serviram para inspirar os cenários descritos nos livros. A Livraria Lello, por exemplo, considerada uma das mais bonitas do mundo, foi inspiração para as escadas que se movimentam em Hogwarts. Outro local que parece encantado, e que foi transpassado do imaginário da autora ao livro, é o Café Majestic, que também é premiado por sua beleza.

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Por dentro da belíssima Livraria Lello

Viu como o Porto tem muito a oferecer aos turistas? É raro conhecer alguém que não se encante por esse local. Por essas e outras que você pode apostar nesse destino quando planejar uma viagem à Europa.

 

 

RUTA PUCC: VIAGEM AO MUNDO MAIA

Quem vai ao sul do México precisa saber que há muito mais do que Cancún para se conhecer. É difícil resistir a essa pérola da Quintana Roo, mas se você se aventurar por outros lados da península de Yucatán, não vai se arrepender, principalmente se você se interessa pela cultura maia.

Nosso ponto de partida será Mérida, capital de Yucatán, uma cidade que, mais de uma vez, foi eleita como a melhor para se viver no México, e onde, de fato, reina a tranquilidade.

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Da rodoviária central de Mérida (localizada na Rua 69) sai um ônibus para uma rota turística chamada La Ruta Puuc, que passa por diversos parques arqueológicos repletos de monumentos maias. O único dia em que o passeio pode ser feito com esse ônibus é domingo, saindo às 8h da manhã e voltando às 4h da tarde.

Outras opções são alugar um carro e ser seu próprio guia, e a vantagem é que você faz o caminho no seu próprio tempo; ou contratar o passeio com alguma agência de viagem da cidade (há várias no centro, próximo ao ayuntamiento ou prefeitura).

Desde 2600 a.C.

Foi mais ou menos em 2600 antes de Cristo que os maias começaram a ocupar o México e outras área da América Central, como Belize e Guatemala. Esse povo chama a atenção pelo fato de ter desenvolvido língua e códices e ter altos conhecimentos de astronomia, inclusive construindo templos nos quais podem ser vistos jogos de luz e sombra durante os solstícios e equinócios.

Quanto à língua, quem visita o sul do México pode se deparar com algumas pessoas que ainda conversam em maia. E na Ruta Puuc muitas placas de informação são trilíngues (espanhol/maia/inglês).

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A ruína maia mais conhecida talvez seja Chichén Itzá, que também fica em Yucatán, a mais ou menos 130 km de Mérida, por isso ela não entra na Ruta Puuc (é mais fácil de ser visitada se você estiver em Cancún).

La Ruta Puuc

Os sítios arqueológicos que fazem parte dessa rota são Uxmal (o mais impressionante, com uma pirâmide gigante e muitas outras construções), Kabah, Sayil, X-Lapak, Labná, Oxkintok, Grutas de Calcehtok e Grutas de Loltún. Bem fácil de pronunciar, né?

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Alguns são gratuitos, em outros o preço da entrada varia de 50 a 150 pesos mexicanos (1 BRL = +/- 5 MXN). Se você der sorte e tiver um bom espanhol, não vão perceber que você é estrangeiro, e você conseguirá entrar de graça ou pagando menos ao se passar por mexicano (já que eles nem olham seu documento para se certificar; comigo só olharam em uma das atrações).

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Dica: quem for com o ônibus deve ficar muito atento para não ser deixado para trás! Ele faz paradas de mais ou menos 30 min em cada sítio, exceto em Uxmal, que é o maior e por isso a visita dura mais tempo. Volte no horário informado pelo motorista, pois não o vi muito preocupado em conferir se todas as pessoas do passeio estavam de volta ao ônibus para prosseguir a viagem.

Cenotes, maravilhas naturais

O único ponto em que a Ruta Puuc deixa a desejar é que ela não passa por cenotes. Mas a sorte de quem vai para Mérida ou Cancún é que há muitos pela região, e fica fácil visitar pelo menos algum deles.

Um cenote é um poço de água doce que os maias chamavam de “dzonot”. Eles acreditavam que essas águas eram “portais” para chegar a outro mundo, por isso tratavam os cenotes como locais sagrados.

Quem estiver em Mérida pode dar um pulinho em um sítio arqueológico chamado Dzibilchaltun, onde fica o cenote Xlakah (fica na estrada rumo à praia Progreso). Esse cenote é de superfície, completamente aberto, mas não deixa nada a desejar aos cenotes que ficam em grutas. A cor azul esverdeada da água é impressionante, e o melhor de tudo é que se pode nadar, um alívio se você visitar a região entre maio e agosto, já que a primavera e o verão no sul do México são tao quentes como no Brasil.

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Para mais opções de lugares que contam com essa belezinha da natureza, você pode optar por explorar os que existem na região de Valladolid (são pelos menos 5). Essa cidade fica próxima à Mérida (aproxidamente 160 km).

A experiência de visitar as construções maias é marcante, pois esse é um daqueles lugares em que você fica se questionando como a humanidade foi capaz de desenvolver tanta coisa em tempos tão remotos. E se você conseguir ir a um cenote, prepara-se para perder o fôlego com a beleza.

 

Madrid: paixão de pronto

Minha primeira vez em Madrid  foi tão rápida (2 dias) que aproveitei só um pouco de tudo que a capital espanhola tem para oferecer. Mesmo faltando muita coisa legal, o que vi foi suficiente para me encantar pela cidade! E é bom ficar com um gostinho de quero mais, porque aí você tem voltar.

Para quem quiser fazer um “intensivão” pela cidade, para dar conta de ver tudo que importa, acredito que uns 4 a 5 dias, pelo menos, são necessários.

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Mas vamos ao que interessa, as melhores atrações desse roteiro corrido.

Museu do Prado

Toda vez que eu pegava os livros de Artes ou História na escola e via aqueles lindos quadros que ilustravam as explicações, eu reparava que boa parte deles trazia na legenda a indicação “Museu do Prado, Madri, Espanha”. Eu então pensava: “esse museu deve ser o melhor do mundo, e deve ser enorme para caber todos esses quadros!”.

É por isso que o Prado foi uma das visitas programadas no roteiro. Fui na manhã do primeiro dia na cidade, e o museu foi a primeira parada. O ingresso custa 15 euros, justos, na minha opinião. O dia que fui havia pouca fila para comprar, talvez porque era inverno, uma época em que o turismo não é tão forte na cidade (mas mesmo assim tem bastante movimento!).

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Devo ter passado umas 3 horas percorrendo os corredores do museu, e não foi suficiente. Algumas salas ficaram de fora. Imagino que as pessoas fiquem muitas horas no Prado, já que há vários bancos espalhados pelo museu para você se recarregar enquanto vai de uma sala a outra.

Além de ver os mais renomados quadros dos mais renomados pintores, foi possível admirar diversos estudantes de Artes que reproduziam as pinturas em suas telas enquanto os transeuntes admiravam cada uma delas (a original, na parede, e a cópia, em desenvolvimento).

Dica: quem preferir visitar o museu de graça, pode optar pelo final do horário de funcionamento, quando não é necessário pagar nada para entrar (seg. a sexta das 18h às 20h e domingos e feriados das 17h às 19h).

Parque do Retiro

Esse é outro local em que você gasta facilmente uma infinidade de horas, principalmente nos dias em que a temperatura estiver mais agradável. Há quiosques com opções de comida e bebida, e muitíssimo espaço para um belo piquenique.

O Parque do Retiro é enorme, com muito espaço para caminhar e praticar esportes, com vários lagos (inclusive um bem grande, onde dá para passear de barquinho).

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Dentro do parque há dois museus: o belíssimo Palácio de Cristal, que abriga exposições temporárias e gratuitas, e o Palácio de Velázquez, que abriga exposições também temporárias, mas as curadas pelo Museu Reina Sofia. A entrada é gratuita.

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Palácio Cristal

Puerta del Sol

O centro de Madrid é genial! Diversos edifícios de arquitetura belíssima, muitos lugares para comer, lojas de souvenirs e todas as lojas de departamentos mais legais da Espanha, como El Corte Inglés, H&M, Zara, Primark etc.

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É nas imediações do metrô Puerta del Sol que o agito é maior, principalmente após às 20h, quando as pessoas começam a sair do trabalho. Os espanhóis têm o costume muito forte de passar no bar com os amigos, parceiros, até com os filhos, após o expediente.

Em grandes cidades, como Madrid e Barcelona, as lojas costumam ficar abertas até às 22h, principalmente no verão, e tudo contribui para um ambiente movimentado e cosmopolita.

Após as comprinhas pelas lojas do centro, vale a pena passar no Museu do Jamón, que fica por essa região. Esse é um dos poucos restaurantes originalmente espanhóis no meio de tantos estabelecimentos comandados por chineses, e nele é possível pagar barato para fazer um programa obrigatório para qualquer pessoa que visite a Espanha: comer jamón e tomar vinho!

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Museo del Jamon: parada gastronômica obrigatória!

Dica extra

Quem gosta de fazer compras e está se planejando para viajar à Espanha pode dar preferência à época das rebajas, que são as promoções (as de inverno são em jan/fev, e as de verão em agosto). Os preços diminuem de verdade e você acha roupa em loja boa por 1 euro!