MENDOZA ALÉM DO VINHO

Cidade, montanha e esportes radicais: O potencial de Mendoza, na Argentina, é altíssimo e vai muito além dos seus vinhedos. Aqui, mostro a infinidade de possibilidades e o meu (enxuto) roteiro de quatro dias

Considerada a Oitava Capital Mundial do Vinho, Mendoza está pertinho do Chile e aos pés das Cordilheiras dos Andes. Muito de sua fama vem do turismo, o que faz com que todos os locais saibam receber muito bem.

Mais visitada por brasileiros, europeus e norte-americanos do que por argentinos, fez sua fama graças ao vinho, herança da massiva imigração européia no século 19.

É um destino completo: mescla urbano e natureza e uma gastronomia sem igual. Já pensou em aproveitar um dos muitos feriados que temos no Brasil para dar um pulinho  logo ali?

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Maipú, Mendoza (AR)

Como chegar

Avião: Voo  direto de São Paulo pela GOL e LATAM.
Outras opções são com conexões em Santiago, Buenos Aires ou Cordoba

Carro: Alugando um carro, dá para emendar uma viagem a Córdoba ou a Santiago do Chile. Para os que tem mais tempo, uma alternativa é dirigir de Buenos Aires (1000km).

Ônibus: Diversas empresas fazem esse trecho sendo a mais barata a Central Argentino.

Leia também: [Parte II] Córdoba: As serras

Clima

Desértico – pouca chuva (200mm), verão ameno, inverno bem frio. Grande parte da irrigação do solo vem do degelo dos Andes e isso fica bem claro ao se notar as grandes canaletas que atravessam a cidade com essa função (abaixo).

buraco nas ruas
Cuidado para não tropeçar na calçada e cair no buraco, rs 

Outro detalhe a se considerar é que, assim como o seu vizinho Chile, está em uma área de atividade tectônica e frequentemente é abalada por sismos e terremotos.

O que fazer

O roteiro se divide pela cidade e seus Cassinos, restaurantes e Parques; o turismo de aventura, (trekking, rafting, ski) e claro, o enoturismo.

Bodegas

Bodega é o nome em espanhol dado às vinícolas.

O enoturismo é o protagonista em Mendoza e não é à toa. É nesta região que são produzidos aproximadamente 70% de todo o vinho nacional (os outros 30% se dividem entre os departamentos do norte – La Rioja, San Juan e Salta).

São mais de 1200 bodegas, sendo quase impossível não encontrar uma do agrado até de quem não gosta de vinho.

Em sua grande maioria, as bodegas se dividem nas regiões de Maipú, Luyan de Cuyo e Valle de Uco.

A melhor época para visitar é próximo à colheita, em fevereiro/março. No primeiro sábado de março acontece a famosa Festa Nacional da Vendímia que agita ainda mais a capital do vinho.

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Da minha seleção, visitei (todas em Maipú):

VISTANDES
Pouco procurado e de produção mais artesanal e de menor escala, o vinho produzido aqui só comercializado na própria bodega ou exportado ao México e a Alemanha. A visita garante uma exclusiva chance de degustação. Um diferencial: também é cultivada a uva Torrontés, originalmente espanhola.

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LA RURAL
Diferentemente da bodega anterior, aqui é produzido o vinho Rutini, largamente exportado ao Brasil e facilmente comprado em qualquer lugar da Argentina. A bodega que era casa do seu fundador, o sr. Rutini no século 19, hoje foi vendida a um banco Argentino e opera paralelamente à RUTINI WINES. Por se tratar de um grande conglomerado e bem conhecida, a visita estava lotada quando a fiz, o que foi um ponto super negativo, além de ter achado todas as explicações meio superficiais. Um diferencial: É nesta bodega que fica o Museo del Vino, um dos mais completos da Argentina. A visita guiada pela bodega passa pelo museu que preserva elementos originais do século 16 e mostra a história da Argentina Colonial por seus objetos.

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FAMÍLIA ZUCCARDI
De todas bodegas essa é a que tem a maior estrutura: vinhedos e restaurantes conversam entre si em um imenso terreno que produz o vinho Zuccardi, também facilmente encontrado na Argentina. O restaurante oferece um menu exclusivo, harmonizado com os principais vinho da casa. Um diferencial: Além dos vinhos, também produz azeites e servem degustação de seus três azeites no almoço: provavelmente os mais gostosos que você provará nessa vida.

familia zuccardi

DICAS PRECIOSAS PARA VISITAÇÃO:

  • Não alugue carro, contrate uma agência – Por razões óbvias: álcool e direção não combinam em nenhum lugar do mundo.
  • Priorize a reputação da bodega – Em geral as pessoas escolhem visitar as bodegas que produzem um vinho que já é conhecido. Eu mesma caí nesse erro e alerto que não é porque você gosta de determinado vinho que o tour/guia/vinicola valerá a pena. Como existem muitas opções, a agência é essencial para ajudar na escolha.
  • Faça visitas intercaladas – Mesmo que você seja um grande amante de vinhos, usar todos os seus dias na cidade para visitar bodegas pode ser um pouco fatigante. Intercale os dias de visitação com as outras atrações que a região oferece e, na minha opinião, não gaste mais do que três dias em vinhedos. Lembre-se: você terá a chance de experimentar bons vinhos em praticamente todos os restaurantes em Mendoza.

Fiz toda visitação com a Nossa Mendoza, que como já sugere o nome, está super preparada para receber brasileiros. Mais do que recomendado!

Montanhas

Visitar os Andes é um must do! São paisagens maravilhosas e a chance de ficar aos pés da maior montanha da América do Sul, o Aconcágua!

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Mendoza – Chile: Pela Ruta 7 

O paredão dos Andes separa a Argentina do Chile em paisagens que vão se modificando pelo caminho.

O trajeto pode ser feito por agência ou por conta própria. Por comodidade, aluguei o carro na Hertz, no centro de Mendoza.

A estrada é bem fácil: Ruta 7 na direção Chile. De qualquer forma, vale a pena prestar atenção às questões de segurança, já que acidentes são comuns por ali, seja por ultrapassagens proibidas ou fenômenos da natureza como deslizamentos de terra e nevascas.

No inverno o uso de correntes nas rodas é mandatório e a Polícia local fica bem alerta.

Se puder planejar, visite durante o verão, quando as chances de pegar todas estradas abertas é maior.

Mochileiros: A empresa responsável pelo trajeto de ônibus é a Andesmar

E não se esqueça de levar comidinhas e água, já que não existem muitas conveniências pelo caminho. Roupas de frio também são essenciais: a temperatura chega a zero no verão e a altitude difere 3000m de Mendoza.

A viagem dura cerca de 2:30 e pode ser feita como um bate-volta.

PARADAS

Além da estrada em si ser linda, algumas paradas são estratégicas pelo caminho.

Potrerillos: A 65km está o povoado de Potrerillos, que vale uma rápida parada no mirante da estrada para admirar a Represa de Potrerillos. Inaugurada em 2001, com água azul turquesa proveniente do Rio Mendoza, é responsável pela produção de 60% de energia consumida pelos locais.

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Represa de Potrerillos ao fundo

Uspallata: Primeira “grande cidade” pelo caminho, normalmente é onde se almoça. Há outros serviços como posto de informação turística, posto de gasolina, banco, farmácia e pousadas.

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Praça Central e Informações Turísticas em Uspallata 

Puente del Inca: Distante apenas 3km da entrada do Parque Provincial do Aconcágua, é um pequeno povoado que ficou famoso pela formação rochosa homônima. Por ali é possível fazer um lanche rápido, visitar lojinhas de artesanato/roupas e fotografar a ponte.

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Puente del Inca: No inverno também  se pode observar a formação de estalactites. 

Importante: Por questões de segurança,  a estrada que leva à ponte está fechada, assim como o acesso à mesma que pode ser vista através de um mirante.

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Feira de produtos locais em Puente del Inca

Aconcágua: Montanha mais alta com mais de 8000m, pode ser acessado pelo Parque em uma visita simples ao mirante, pela trilha de 3km que leva Laguna Los Horcones ou ainda, em expedição de semanas que leva ao seu cume.

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O Parque do Aconcágua costuma estar aberto entre novembro e fevereiro, mas isso é bem variável. Durante a minha ida na primeira semana de novembro, enfrentei uma nevasca no meio do caminho e não pude chegar lá.

Clique aqui para acompanhar o prognóstico de neve e abertura/fechamento do parque.

Cristo Redentor de los Andes: Um pouco mais a frente do Parque, está em Las Cuevas a estátua do Cristo Redentor. A estrada, sinuosa e de terra não é muito recomendada em veículos convencionais e normalmente fecha com o mal tempo.

Para esquiar

Na mesma ruta, Los Penitentes está a 180km do centro da capital, no povoado de Las Heras. Mais ao sul (4h de Mendoza), está Las Leñas como uma alternativa a Bariloche.

Gastronomia

O que não falta em Mendoza são bons restaurantes. A maioria deles ficam dentro das bodegas ou na região central da cidade.

Por onde passei:

Para comprar vinhos: Winery e Sol y Vino

Onde ficar

Existe basicamente duas opções de hospedagem: na cidade ou no campo.

Se você prefere a paz do campo, uma boa opção é o hotel The Vines, no Valle do Uco, famoso pelos vinhedos e pelo restaurante do famoso chefe Francis Mallmann, o Siete Fuegos.

Outras opções são: o Termas Cacheuta Hotel e Spa, em Cacheuta, região famosa pelas águas termais, as cabanas do Vista Calma em Porterillo com vista para a represa ou o Ayelen, em Los Penitentes, perfeito para esquiar.

Para quem quer aproveitar os arredores de dia e agitada cidade à noite, recomendo o Park Hyatt, onde me hospedei durante esses quatro dias.

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Foto: Park Hyatt Mendoza (Divulgação)

Já havia me hospedado anteriormente no Hyatt em San Antonio, no Texas e por se tratar de um hotel de rede, o serviço é bem semelhante.

Leia também: Texas e os Cowboys

Hotel, Spa & Cassino 

Instalado em um casarão bem em frente à principal praça da cidade, a Plaza Independencia, a infra-estrutura do hotel não deixa à desejar.

Anexo, há um Cassino integrado que funciona das 10:00 às 6:00, uma galeria de arte e o Spa Kaua (com piscina, academia, sauna e hidromassagem) e Business Center no Mezanino. O estacionamento é gratuito para 60 veículos e a parte gastronômica dispõe de cinco restaurantes: Bistro M – restaurante principal; Grill Q – Churrascaria tradicional; Las Terrazas – Lobby bar, que também oferece Afternoon Tea diariamente a partir das 17:00; Uvas Lounge – Bar da piscina e Âmbar Living – bar dentro do Cassino.

Da seleção oferecida pelo hotel, utilizei apenas o Bistro M e o room service para café da manhã todos os dias.

Nota: Assim como a maioria das redes norte-americanas, o café da manhã do Hyatt geralmente não é incluso. Há uma tarifa diferenciada que inclui café da manhã, porém como não era meu caso, fiz a minha seleção personalizada e solicitei por room service pelas manhãs.

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Área da piscina (Park Hyatt)
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Cassino (Park Hyatt)

O wifi é gratuito e liberado dentro de todas as áreas do hotel.

Quartos

Standard, Deluxe, Suite ou View.

Fiquei no Standard King (36 metros quadrados) com vista para o interior do hotel. Achei o quarto OK, cama king bem confortável, mini bar super recheado e estação de trabalho completa, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o banheiro. Nunca vi um banheiro tão grande, JURO que metade do quarto era banheiro, haha.

E foi no banheiro que também tive uma surpresa ótima: os amenities! Eles eram todos personalizados pelo próprio hotel com extrato de vinho. Uma delicadeza que amamos!

Na área do banheiro também está o closet, cofre, banheira e ducha.

Saiba mais: Para uma experiência personalizada, contate o Concierge.

Park Hyatt Mendoza ★★★★★
Chile 1124 – Mendoza/ Argentina – Tel: +54 261 441 1234

O que levar na mala

Independentemente da época do ano, leve um tênis bem confortável para as caminhadas e esportes (não necessariamente bota de trekking), vestido clássico (para os jantares), óculos de sol, um casaco de frio e muito hidratante (corporal e labial).

Custo Geral: $$$ (moderado)

[Family Trip] VIAJANDO COM A FAMÍLIA

Na maioria das vezes, costumo viajar sozinha ou com mais uma pessoa, mas no começo desse ano, recebi uma missão: planejar uma viagem de 20 dias pela América do Sul para minha família americana, que além de não falar uma palavra de português / espanhol, faria a primeira viagem para o hemisfério sul.

Para ler mais sobre América do Sul, clique aqui.

Devo confessar que na empolgação (afinal também viajaria junto), subestimei o desafio e verdade seja dita: foi mais complicado do que pensava.

Nosso roteiro:

A viagem começaria na cidade do Rio de Janeiro, onde nos encontraríamos, seguiria para Búzios, Foz de Iguaçu, Buenos Aires e Colonia Del Sacramento.

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Cogitamos incluir o Chile, mas ficaria inviável para o curto tempo que teríamos disponivel.

Duração:

20 dias – Incluindo o tempo em trânsito.

O grupo:

6 pessoas, misto.

O que levar em conta:

  1. Viajar em grupo sempre é mais complicado do que sozinho. É importante conhecer bem as preferências de cada um.
  2. Muitas vezes, organizar uma viagem assim significa abrir mão dos próprios gostos. Eu por exemplo, fujo de lugares muito turísticos, mas não poderia não levar estrangeiros ao Cristo Redentor estando no Rio de Janeiro.
  3. É importante confirmar e reconfirmar todos os passeios, voos e hotéis, já que imprevistos podem acontecer.
  4. A homogeneidade do grupo: no nosso caso, por exemplo, temos duas idosas, impossibilitando programas noturnos muito longos ou negligenciand as pausas durante o dia.
  5. Faça um roteiro que envolva todos (crianças, adultos e idosos).
  6. Comida é um negócio sério: cheque todas as restrições alimentares.
  7. Por fim: tente se divertir. Parece óbvio, mas quando se está a frente do planejamento de uma viagem, o estresse é tanto que às vezes parece ser impossível aproveitar também.

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No momento, a viagem está em andamento e, obviamente, renderá bons posts.

Para acompanhar em tempo real, clique aqui.

PARTE II: CÓRDOBA, AS SERRAS

:: No começo de julho visitei Córdoba, na Argentina e dividi minhas opiniões em dois posts: A cidade e as Serras. Nessa segunda parte, conto um pouco da minha experiência nas famosas Serras Cordobesas e como foi passar a noite em um dos hotéis mais lindos em que já estive. ::

Leia também: A cidade de Córdoba na Argentina

Como comentei no post anterior, apesar de ter achado a capital “mais do mesmo” e  ter ficado ligeiramente decepcionada, especialmente com a qualidade e atendimento dos serviços, me questionei sobre porque Córdoba é um destino tão popular dentro da Argentina.

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Durante muito tempo Córdoba foi muito mais famosa pelas Serras Cordobesas, isto é, as cidades montanhosas que ficam no interior da Província, do que pela capital em si. E eu entendi isso rapidamente quando peguei a estrada.

Como chegar

Acho que vale a pena alugar um carro, pois parte da graça dessa viagem, é poder ir parando nos vilarejos, tomando um café, tirando fotos pelo caminho. Caso a ideia seja um destino específico, como La Cumbrecita, é possível pegar um ônibus da Viação Pajaro Blanco em Villa General Belgrano.

Os vilarejos

Villa Carlos Paz: Amigos argentinos tinham me sugerido parar em Carlos Paz, mas a verdade é que, saindo da capital, não tinha ideia do que encontraria na minha primeira parada. De fato, há muito pouca informação sobre Carlos Paz e a região parece ser um refúgio dos próprios argentinos, já que está localizada a apenas 36km.

Logo na entrada, me espantei porque não pareceu uma vilinha, e sim uma cidade grande! Muito comércio e avenidas, até que fomos parar no lago San Roque e do nada, estávamos no meio da natureza. Por ali ocorrem diversas atividades no verão como canoismo, pescaria e passeios de barco. Por estarmos no inverno, a região estava completamente deserta.

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Seguimos sem entendermos muito os atrativos da cidade até que tcharan: o GPS nos levou a centro e bem, de repente me pareceu que estávamos em Punta del Este!

Muitas, mas muitas lojas e restaurantes e acho que é por ali que o agito acontece. Como estava bem cedo, aproveitamos para parar na Medialuna Calentitas (sim, uma casa de medialunas de…Punta del Este, rs) e tomar café da manhã.

O centro é tão mas tão turístico, que até wifi por lá é gratuito!

E antes de deixar a cidade, fizemos uma parada estratégica para comprar alfajores na fábrica da La Quinta. Nunca tinha experimentado o Alfajor cordobés e olha…MUITO melhor que os outras (sério!). Comprei apenas uma caixa e comi a caixa inteira em 2 dias na Serra, tanto que parei parei no free shop do aeroporto para comprar mais (obviamente com um preço bem menos vantajoso). Minha dica aqui é: Aproveite Carlos Paz para comprar MUITOS alfajores. Sim, tem várias fábricas e com preços bem mais atrativos do que na capital. Acho que vale a viagem, tipo, bate-volta, nem que seja pra comprar alfajor e almoçar…afinal, tão pertinho, não é mesmo?

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Na volta, fomos parados pela polícia rodoviária, e apesar de não estarmos fazendo nada de errado, fiquei apreensiva com a quantidade de postos policiais nas estradas de Córdoba.

Alta Gracia: A 36km de Córdoba, a segunda parada tinha apenas um objetivo: visitar a casa que Che viveu sua infância e adolescência. Nascido em Rosário, Che mudou-se com a família ainda bem pequeno para o interior de Córdoba porque, segundo os médicos, ele precisaria de ar das montanhas para seguir vivendo bem. Asmático crônico, por aqui ele ficou até ingressar na Universidade em Buenos Aires.  A casa que está super bem conservada, é claramente um grande atrativo ao turismo local e tem guias de visitação em diversas línguas.

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Na praça central tem wifi gratuito, uma feira local de artesanatos e algumas opções de cafés e restaurantes.

Villa General Belgrano: Casa da OktoberFest na Argentina, por algumas horas estivemos na Alemanha sem sair da Argentina. A região é uma espécie de Blumenau, com muitas comida argentina em casas alemãs (sim, difícil de entender rs). Paramos para um longo almoço no Cafe Rissen e compramos azeites. Se possível, evite visitar aos finais de semana, fomos num domingo e a cidade estava tão mas tão lotada que deu até vontade de sair dali. No mais, acho que não vale a parada se não for para comer.

Villa los Molinos: Apenas passei de carro por aqui, mas confesso que gostaria de ter ficado pelo menos uma noite. Bem no meio da Ruta 5, e a 90km da capital, tem um lago imenso artificial, chamado Dique Los Molinos, que viabiliza atividades de turismo. Pela estrada, há vários mirantes que rendem fotos maravilhosas  e alguns restaurantes com vista, sem esquecer os vários artesanatos, salames e queijos, vendidos em lojinhas ou nas estradas. Se você estiver indo a La Cumbrecita, se programe para, pelo menos, uma parada rápida na região.

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Calamuchita: A mais distante da capital, Calamuchita ou Valle de Calamuchita está a aproximadamente 150km de distância (ou 2h30min de carro). Cercada por montanhas e lagos e arquitetura européia, é famosa por abrigar a colina mais alta de Córdoba, o Cerro de Champaquí, pólo de turismo de aventura. Quando o assunto é comida, a região é famosa pela produção de berries, mais especificamente das frambuesas de Calamuchita.

La Cumbrecita: Localizado a 120km de Córdoba, esse pequeno vilarejo é considerado um dos mais românticos do país e destino certeiro de lua de mel. Conhecido como Pueblo Peatonal, leva esse nome por não ser permitida a circulação de carros em seu interior. Logo ao chegar, se avista vários guardas que cobraram o equivalente a 80 pesos argentinos para que seu carro seja estacionado na entrada e de lá, se segue a pé.

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Se você estiver hospedado em um dos hotéis da região, não é necessário pagar o estacionamento. Solicite um voucher no próprio hotel e apresente na entrada a um dos guardas de turismo.  Quando fui, não sabia desse detalhe, mas mostrei um email da reserva do hotel no meu celular e não precisei pagar.

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Dentre as atrações, milhares de restaurantes e lojinhas e trilhas fazem a fama do pueblo. Ah, e não se esqueça de usar sapatos bem confortáveis, já que não há asfalto e há grandes inclinações pelo trajeto.

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Por causa da curta distância (aproximadamente duas horas de carro), muita gente faz essa viagem como um bate-volta. Eu recomendo muito passar uma noite na cidade, que tem um clima todo especial e fica ainda mais romântica no inverno.

Dormindo em La Cumbrecita: O hotel dos sonhos

Acredito que grande parte da mágica da nossa viagem às Serras foi o hotel onde ficamos em La Cumbrecita. Como era aniversário do meu namorado, queria um lugar especial e o Casas Viejas parecia uma opção tranquila e afastada da lotação do centrinho.

Pois bem, o lugar superou (E MUITO) as nossas expectativas.

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O nosso primeiro desafio foi chegar lá. Sim, porque quando saímos do Centro de La Cumbrecita, tentamos ir por conta própria usando o GPS. Meus amigos, NÃO FAÇAM ISSO.

Por estar basicamente no meio do nada, o sinal do telefone não funciona e mais: você nunca vai achar esse hotel por conta própria e se o fizer, não conseguirá chegar com um carro convencional.

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Afastado a mais ou menos 3km do centro de La Cumbrecita, está literalmente, no meio de uma montanha. Sem estrada asfaltada, muita terra, neblina e neve, não tente ir por conta própria. Combine antecipadamente com o staff do hotel que horas você deseja que eles tem busquem na entrada do Centro. Você estaciona o carro lá, não paga e eles vão com um jeep buscar você.

Como não sabíamos disso, ficamos dando voltas pela região até termos a fantástica ideia de voltar ao Centro e pedir ajuda. O pessoal do turismo de La Cumbrecita ligou para o hotel e meia hora depois, eles estavam lá, socorrendo a gente.

Já no jeep e pegando a estrada para o hotel, entendemos porque o motorista demorou 30 minutos para dirigir 3km haha.

Até aí pode estar parecendo uma péssima ideia a nossa hospedagem, mas não.

O hotel, super exclusivo, tem apenas 6 quartos, restaurante para refeições (já que obviamente você não vai querer sair de lá pra nada) e um spa que nos recebeu com uma massagem gratuita.

Agora segura esse quarto, essa vista, essa vida.

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O quarto tem uma calefação super eficiente – são três aquecedores e uma lareira – frigobar, varanda externa com balanços e varanda interna com hidromassagem. O banheiro foi o único “ponto negativo” do quarto, já que além de pequeno, não tem aquecimento e água do chuveiro demora MUITO para aquecer (algo totalmente aceitável, lembrando mais uma vez que estávamos no meio do nada).

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As refeições no restaurante também estavam deliciosas, e é servida em 3 passos: entrada, prato principal e sobremesa. Avisei logo no check-in sobre minha restrição alimentar, e o chefe preparou uma opção vegetariana sem nenhum problema.

Quanto ao café da manhã, achei bem mais simples – apenas algumas opções de pães, frutas e bebidas quentes. Fica aí minha crítica ao hotel, que acho que poderia oferecer também opções mais saudáveis como cereais, iogurtes e ovos/omeletes.

No mais, só tenho a agradecer a maravilhosa estadia e todo o staff, super atencioso.

Ah, e não menos importante: eles aceitam cachorros 😉

Diárias a partir de R$750,00 

Leia mais: Planejando a sua viagem para a Argentina

 

 

 

CÓRDOBA [PARTE I]: A CIDADE

:: Estive em Córdoba, Argentina, semana passada e vou dividir as dicas em dois post: a cidade e as serras (hello, Eça de Queirós, haha) ::

Para ler na íntegra a segunda parte desse post, clique aqui.

A cidade

Com quase 1,5 milhões de habitantes, Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina e capital da Província homônima. Apesar do tamanho, não espere Buenos Aires. De cunho bem mais intimista, a região foi marcada pelo domínio jesuítico a partir do fim do século XVI, mais especificamente da Ordem Religiosa Companhia de Jesus, que esteve presente também em outros pontos da América com intuito da catequização, por meio da fé e do saber.

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Igrejas por todas as partes
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Arquitetura cheia de história

Como chegar

Localizada a 700km de Buenos Aires, Córdoba fica bem no meio do caminho entre a capital da Argentina e Mendoza. É uma parada estratégica se você estiver viajando de carro pela Argentina.

Se não, saindo do Brasil você pode voar sem conexões partindo do Rio de Janeiro ou São Paulo.

Rio de Janeiro: GOL ou Aerolíneas Argentinas

São Paulo: LATAM.

Voos com conexão costumam ser mais baratos e geralmente a escala é em Buenos Aires.

Clima

Tende a ser extremo: muito quente e chuvoso no verão e muito frio e seco no inverno [com possibilidade de neve]. Por sofrer influência das correntes do Pacífico e da Antártica, venta bastante o ano inteiro.

Durante a minha estadia (começo de julho), a temperatura esteve entre 8 e 16 graus, com uma leve (e atípica) garoa.

O povo

Por ser uma cidade universitária (a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América Latina – UNC – fica aqui), é uma cidade jovem. Apesar da empatia da maioria dos locais, senti deveras hostilidade dos serviços locais (garçons, staff do hotel e turismo no geral).

Transporte

Não experimentei o transporte público na cidade, mas ouvi dizer que as linhas de ônibus atendem bem a locomoção.

Taxi funciona bem, UBER ainda não chegou à cidade.

Onde ficar

Centro x Nueva Cordoba: Cordoba tem dois “centros hoteleiros” principais, que são os bairros de Nueva Cordoba e o Centro.

Apesar de ser mais bonitinho, tranquilo e com bons restaurantes, eu não recomendaria Nueva Cordoba para quem está indo pela primeira vez. Isso porque, a maioria das atrações turísticas está no centro e arredores, ou seja, se hospedando no Centro você faz quase tudo a pé e só pega táxi quando quiser ir jantar em um bairro mais afastado.

Windsor Hotel & Tower

Passei duas noites no Windsor, por ser central e ter todos os serviços de um hotel de luxo.

Localizado num casarão antigo a 200m da Plaza San Martin, marco da cidade e início do roteiro turístico clássico, o Windsor desponta (de acordo com o TripAdvisor) como uma das melhores opções de hospedagem na cidade.

Porém, ao chegarmos já nos deparamos com a primeira má-notícia em Córdoba: Após o check-in, subimos para o quarto e não conseguimos passar mais de 2 minutos lá dentro. O quarto 114 era todo de carpete e parecia que tinha morrido alguém lá dentro de tão horrível que estava o cheiro. Voltamos à recepção e trocamos nosso quarto sem problemas – apesar da antipatia do staff. Meu namorado criou a teoria que eles oferecem esse quarto a todos que chegam para ver que vai ficar no “quarto zuado” hahaha.

O quarto – dessa vez o definitivo – era dividido em antessala, com mesa de jantar, frigobar e sofá-cama, banheiro e quarto. No quarto, cama confortável, armários com roupões, e um serviço até então inédito para mim: concierge de travesseiros. Sim, eles deixam na cama dois modelos de travesseiros e um menu com mais 5 tipos e, caso você não se adapte com os modelos na cama, pode ligar sem custo e solicitar um outro modelo.

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Quanto ao que era oferecido pelo hotel, o básico: Concierge, estacionamento, wifi, piscina, restaurante/bar e academia. Acredito que de todos os serviços do hotel, o mais interessante é o restaurante/room service.  O restaurante do hotel, o Sibaris, é considerado o melhor do Centro e um dos melhores de Córdoba. Pedi room service no dia que cheguei e na noite seguinte, jantei no restaurante e em ambas as situações a comida estava maravilhosa (e com opções para celíacos e vegetarianos – algo extremamente difícil de achar na Argentina).

Vale lembrar que o Windsor é um hotel de 4, e não 5 estrelas.

Diárias a partir de R$370,00

Quorum Hotel & SPA

Minha estadia no Quorum foi de última hora: A LATAM me fez perder o voo e precisei passar mais uma noite na cidade. Esse é o hotel mais próximo do Aeroporto (aproximadamente 1,5km) e tem uma ótima infraestrutura (diga-se de passagem, melhor que a do Windsor). Ainda que esteja localizado no meio do nada, tem um Centro Empresarial ao lado, com lanchonete, restaurante e caixa eletrônico. Dentro do hotel, além de uma área de golf e tênis, tem também academia, piscina, spa e restaurante. Usei o spa e os preços eram bem atrativos e o serviço muito bom. No restaurante, o café da manhã era bem servido e o jantar também (embora tenha pedido uma salada que estava estranha). Quanto ao quarto, apesar de localizado no térreo, o nível de ruído foi baixíssimo e a cama super confortável. O banheiro era ENORME!

Diárias a partir de R$460,00

O que fazer

Plaza San Martin: Cartão-postal da cidade, a praça leva o nome do General San Martin, um dos líderes da independência de países latinos (Argentina, Chile e Peru) contra a Espanha. Aqui você encontra também a Catedral de Córdoba, o Cabildo e ponto de partida do ônibus de turismo (leia mais abaixo).

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City Tour: Saindo da Plaza San Martin num trajeto de aproximadamente 1h30 com duas paradas curtas, o ônibus de turismo modelo inglês da década de 60 acompanha um guia com explicações durante a viagem. Infelizmente, não há audioguia ou tradução para outro idioma, inviabilizando o entendimento de estrangeiros. Também não gostei muito da parte que não se pode descer e pegar o ônibus em outro ponto, então não sei se faria de novo.

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Catedral de Córdoba: Imponente Igreja localizada na Plaza San Martin, datada do começo do século XVIII e com estilo neoclássico, carrega diversas heranças dos jesuítas à cidade.

catedral de cordoba

A presença dos jesuítas na região de Córdoba entre os séculos XVI e XVIII deixou muita história, e claro, diversas Igrejas. Não consegui visitar todas, mas existe um Circuito Jesuítico que lista todas as Instituições a serem visitas na Capital e arredores. Clique aqui para saber mais (em espanhol).

Cabildo de Córdoba: Cabildos eram prédios com iniciativas públicas e o de Córdoba funcionou como sede do Governo e como sede da Polícia. O prédio colonial do século XVII hoje funciona como museu (gratuito) e Centro de Informações Turísticas.

Calle Peatonal: Primeira rua fechada para pedestres da Argentina, atravessa o centro com diversas lojas de roupas, calçados, presentes e restaurantes. Ah, e claro, como toda boa rua do Centro: muita gente (aqui vale o aviso: cuidado com bolsa, carteira, dinheiro e celular!).

Manzana Jesuítica: Parte do Complexo Jesuítico de Córdoba, a Manzana é uma imponente construção em estilo barroco e neoclássica, datada do século XIX e declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2000.

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Mercado de la Ciudad: Mercado público no Centro com produtos locais. Ótima parada para conhecer mais de alguns produtos típicos da culinária argentina.

Casa Naranja: Centro Cultural de iniciativa privada da operadora Naranja, que realiza ampla programação gratuita de artes.

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Campus da Universidade Nacional de Córdoba: Fundada no século XV, A UNC é a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América do Sul. Se pode conhecer mais da história por meio dos tours que eles disponibilizam em espanhol e em inglês.

Parque Sarmiento: Toda cidade que se preze tem um belo parque para chamar de seu, e em Córdoba não é diferente. Com muito verde, rosedais e largos artificiais, teve paisagismo assinado por Carlos Thays e é um ótimo passeio em dias mais quentes.

Nueva Cordoba: Bairro onde fica a sede da UNC e onde muitos estudantes elegeram para chamar de casa. Por ser um bairro jovem, tem muitas opções de entretenimento noturna e bons restaurantes, formando com seu vizinho, o bairro Guemes, um pólo gastronômico.

Onde comer

Como fiquei pouco tempo na cidade, acabei não visitando todos os locais que gostaria. Fiz duas refeições no próprio restaurante do hotel, em um café (que não me lembro o nome) e a última no Gran Vidreo.

Sibaris: Restaurante do hotel Windsor (onde fiquei) e eleito o melhor da região central, o cardápio é variado com muitas carnes e algumas opções de massas. A carta de vinho também é bem interessante. O preço é alto, mas vale a pena.

Gran Vidreo: Dentro de uma galeria de arte, esse restaurante tem um cardápio voltado pra alimentação saudável e com MUITA opção vegetariana. O preço é OK para quem mora em São Paulo, mas acho que acima da média em Córdoba.

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Almoço e cafezinho na Galeria Gran Vidreo

Queria ter ido:

El papagayo: Restaurante mais sofisticado em Nueva Cordoba e que dificilmente se consegue uma mesa, é protagonista na renovação do bairro e da gastronomia local. O menu é degustação e variado – dependendo da época e dos produtos da estação.

Gordó: Instalado na Galeria Barrio, o ponto alto aqui é o vinho. Extenso menu com diversas harmonizações. Como aqui em casa somos grande apreciadores da enogastronomia, ficamos bem interessados e só não fomos porque na noite que teríamos livres, o frio tomou conta da cidade e era inviável sair.

Tribeca: No bairro Guemes, uma espécie de Vila Madalena cordobesa, o Tribeca é uma destilaria que também oferece bons petiscos, música e um belo bar.

Percepção geral

Córdoba apesar de linda e cheia de história não me cativou tanto. Não sei se voltaria sem propósito, só para turistar. Por outro lado, a cidade é ponto de partida para as Serras, que são das paisagens mais lindas da Argentina e, muitas vezes, desconhecidas dos brasileiros.

Custo geral: $$(barato)

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HOSPEDAGEM EM BUENOS AIRES

Já estive em Buenos Aires algumas vezes e já vivi as mais diversas experiências de hospedagem.

Leia também: Sugestões de hospedagem mundo afora

Uma das vantagens de viajar muito para um mesmo lugar, é que além de eu poder falar da cidade com um pouco mais de propriedade, posso comentar também um ponto mais do que fundamental que é: onde dormir. Pensando nisso, nesta edição do #sleeepin vou compartilhar com vocês as  experiências que tive no último ano e dar algumas dicas essenciais para evitar cair em uma roubada.

A mais recente:

Semana passada me hospedei em Palermo para uma épica experiência de viagem, daquelas que tudo dá errado. Documentei essa epopeia aqui.

Desta vez, fiquei no hotel Mine, um hotel boutique, assim como quase todos os outros no bairro. Hotel Boutique é um conceito, que geralmente integra algumas características, como: ser um hotel menor, ter o atendimento mais personalizado, estar bem conectado com pequenos detalhes e experiências diferenciadas aos seus hospedes, além de ter um design moderno, com elementos de arte que agregue ao espaço.

Talvez por ser uma cidade que tem forte apego artístico e que preserva até hoje sua arquitetura do começo do século passado, toda inspirada nos prédios de Paris, Buenos aires é cheio desses.

Sempre prefiro passar minhas estadias mais longa em Buenos Aires em Palermo (tanto o Soho quanto o Hollywood) porque acho que se trata de um bairro jovem, alegre, com muita opção de gastronomia e entretenimento, mas que ao mesmo tempo foge do estresse das áreas comerciais, do turismo clássico (centro-san telmo) e que preserva bastante da arquitetura clássica (o que não acontece em Puerto Madero).

Sobre a minha experiência no Mine, já posso adiantar que foi super positiva:

  • O Staff bilíngue de verdade: Como sempre viajo com parte da família americana e que não fala uma palavra de espanhol, isso faz toda a diferença
  • O check-in e o check-out foram super rápidos e, inclusive, já sabiam até o nosso nome antes de passarmos pela porta (não sei como eles conseguem haha)
  • O hotel é lindo e todos os detalhes são super bem pensados
  • Como parte do atendimento personalizado, recebemos cartinha de boas vindas, chocolatinhos, welcome drinks e jornal em inglês todas as manhãs. ♥
  • A localização é maravilhosa e, ainda que longe do metrô, dá pra fazer tudo a pé. E mais importante: na mesma calçada, dois dos restaurantes mais amo (o Ninina e o Fifi)

Áreas comuns: 

  • Piscina com espreguiçadeira, protetor solar e água
  • Jardim com sofá
  • Sala de TV com mini biblioteca e DVDteca
  • Restaurante/bar
  • Wi-fi em todo o hotel
  • Guarda-chuva a disposição – que fez toda a diferença nos dias que estive em BsAs e que não parava de chover

Áreas comuns do hotel

Quarto:

quarto

O quarto era super espaçoso e tinha vista para a piscina. Só amor!

varanda
Acordar todo dia com essa vista
  • TV com DVD
  • Frigobar
  • Chaleira elétrica – para viciados em chá como eu ou para todos os outros argentinos que precisam preparar o mate, rs
  • Mesa
  • Banheiro com amenities, secador de cabelo e uma jacuzzi (sim, uma jacuzzi)
jacuzzi
Sim, uma jacuzzi

A única parte que não consigo opinar é com relação ao café da manhã, que não estava incluso na minha tarifa.

lustre
Detalhes do lustre da entrada

Diárias a partir de R$500 

Outras opções: 

No último tive algumas outras experiências. Foram elas:

Hilton Buenos Aires Hotel: O Hilton é daqueles hotéis que seguem o mesmo padrão (americano) de qualidade no mundo inteiro. Ou seja, é uma opção certeira se você gosta dos serviços. Está localizado em Puerto Madero, a área moderna (e mais cara) da cidade e é uma ótima opção se você está  na cidade a negócios ou se quer fugir um pouco do agito do centro ou do circuito Recoleta – Palermo.

Dazzler Hotel San Telmo: A rede Dazzler tem várias opções espalhadas pela América Latina, com hotéis de diversas categorias. O Dazzle San Telmo que, na verdade, fica no centro, se enquadra num quatro estrelas. É um ótimo custo benefício, porque além de quartos confortáveis e espaçosos, fica muito próximo a estações de metrô e serviços. Infelizmente, à noite, o centro não é muito seguro e fica bem morto, já que é uma área bem comercial. Por outro lado, é bem tranquilo pegar um táxi/uber e se deslocar para áreas mais boêmias como Palermo ou Recoleta.

Holiday Inn Ezeiza: Supresa boa, o Holiday Inn superou minhas expectativas. Isso porque, apesar de já ter me hospedado em outros hotéis da rede, sempre achei o preço pouco atrativo para os serviços que eles oferecem. Apesar de ter ficado por aqui por apenas uma noite, achei o atendimento (que é bilingue de verdade – coisa rara em BsAs), os serviços (room service, café da manhã e shuttle) muito bons. A localização é bem estratégica: é o hotel mais perto do aeroporto de EZE (uns 5 minutos de carro), numa área que realmente não tem nada pra fazer, o hotel é ponto de encontro de pessoas que estão em uma longa conexão ou tiveram algum cancelamento. No meu caso, passei a noite por lá porque meu voo saia as 7h da manhã e não queria madrugar para ir ate Ezeiza, que caso você não saiba, fica a uma hora (sem trânsito) do centro da capital.

L’hotel Palermo: Hotel Boutique super lindo e muito bem localizado. Os serviços são ótimos – tem chá e água saborizada a disposição 24h por dia, o café da manhã uma delícia e o staff, mega atencioso.  Talvez a minha infelicidade tenha sido o quarto que fiquei. Passei um fim de semana neste hotel e por ser uma área MUITO movimentada, não consegui dormir porque o barulho era insuportável. Tinha até gente com corneta embaixo da minha janela às 4 da manhã! JURO! Se você se hospedar por aqui, minha sugestão é ficar num quarto com vista para o jardim ou para os fundos.

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BUENOS AIRES E O ELTON JOHN QUE NÃO ACONTECEU

Na última sexta-feira, peguei a minha malinha e embarquei para mais uma aventura no país do doce de leite. E olha, dessa vez foi uma aventura mesmo!

buenos collage
Minha Buenos Aires

Eu quase posso dizer que absolutamente tudo deu errado, mas no fim deu certo.

Vocês sabem como funciona né?

Buenos Aires para mim (e para muitos brasileiros) não é mais novidade, afinal, o turismo na capital é intenso. Uma cultura totalmente diferente, muita comida boa e câmbio quase sempre favorável, ajuda bastante nesse intercâmbio. O que acontece é que depois de repetidas idas para a capital porteña, sempre rola aquele desespero do que fazer.

comidinhas buenos
Na dúvida, melhor comer

Desta vez, tive um desafio ainda maior: o que fazer (além de comer) em Buenos na chuva. E quando eu falo chuva, não é garoa. Com planos de ficar uns 4 dias na cidade, posso dizer que 3 deles foram de chuvas intensas.

Uma das razões, inclusive, de fazer essa viagem, era assistir Elton John e James Taylor juntinhos – sim, não consegui vê-los em São Paulo – e por fim, o show foi cancelado por causa da…CHUVA.

chuva buenos
A maior chuva que você respeita

Abaixo, segue uma listinha de passeios clássicos e não tão óbvios para se fazer em BsAs nos dias de chuva.

Para comer

Fiquei hospedada em Palermo – que já é um adianto na hora de pensar em comida. Isso porque a região é super famosa pelos bares e restaurantes. Tem alguns cantinhos que são imperdíveis e sempre dou um pulo quando estou em Palermo. São eles:

Fifi Almacén: Meu cantinho preferido para encontrar comida saudável com MUITA opção vegana/vegetariana. Os sucos são maravilhosos! Desta vez, pedi uma arepa que estava de tirar o fôlego, super quentinha e macia. Só amor!

Full City Cafe: Café colombiano que faz você se sentir em qualquer lugar, menos na Argentina haha. O menu, os garçons e praticamente todos os clientes adotaram o inglês como primeira língua. Os cafés são deliciosos, assim como todos os acompanhamentos.

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Café para todos os gostos no Full City

Ninina Bakery: Uma das padarias mais lindas que já estive nessa vida ♥! A decoração é maravilhosa, e se isso não fosse suficiente, eles tem um dos melhores brunchs que já experimentei nos últimos meses (e olha que vou a brunchs todos os finais de semana!). Ah, uma vantagem indiscutível: eles ficam aberto até 1am! Ótimo para quando você está indo dormir mas lembra que sempre tem espaço para mais uma medialuna.

brunch ninina
O brunch do Ninina

 

Entre a região de Palermo e Villa Crespo fica a Plaza Armenia, região onde se instalam diversos restaurantes armênios na cidade. Buenos Aires é na América Latina a cidade que mais recebeu imigrantes armênios no século passado. Essa pode ser uma ótima oportunidade de passear pela região e comer a comida local.

Para comprar

Paul French Gallery: Uma casa conceito que, assim como uma galeria, está toda disponível à venda. Acho os utensílios para cozinha e decoração em geral, imperdíveis. Tem também uma Paul Gallery em Punta del Este (lá é a Paul Beach House) e eu desaconselho fortemente a visita: os preços são extremamente abusivos (umas 10x o valor das coisas da loja em Buenos Aires) e cobrados em dólar (como em praticamente todas as lojas de Punta).

Tealosophy: Para quem, assim como eu, ama chá, é uma visita mais que necessária. Você encontra todos os blends possíveis com uma explicação tão didática que qualquer leigo consegue aprender um pouco mais desse universo.

Kioskos: A cada esquina da cidade você encontra os famosos kioskos, que nada mais são que conveniências para você comprar um snack. Para quem adora compra alfajor, biscoitos e chocolates locais, é uma alternativa fácil e barata de trazer um docinho de souvenir para todo mundo.

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Paradinha no kiosko

Shoppings: Não sou muito fã de shoppings, mas dessa vez precisei dar um pulo em um para comprar umas coisas que tinha esquecido. Fui ao Alto Palermo e além de ser uma ótima opção por concentrar diversas marcas locais, também tem um Cinemark enorme, que é uma ótima opção para matar umas horas chuvosas e de brinde, praticar o español.

Artsy:

O bairro por si só já é pra lá de artístico. Gente tocando nas ruas, feiras e muitas (mas muitas) galerias. Dessa vez, não consegui ir em nenhuma, mas o passeio que sempre recomendo é a ida ao MALBA que por mais clichê que seja, sempre tem alguma coisa acontecendo. Dessa vez, a expo era do projeto canadense General Idea, mas o acervo está sempre à disposição com muita coisa legal de América Latina – Tarsila do Amaral, Frida, Diego Riviera, Oiticica, entre outros. A arquitetura também é linda e sempre me lembra um pouco do MOMA, em NYC.

Onde dormir

Existem diversas opções de onde passar a noite. Nas minhas experiências mais recentes (inclusive nesta última), fiquei na região de Palermo Soho, famosa pelos hotéis boutiques. Me hospedei no Mine e vou contar tudo no próximo post.

Blogs favoritos

Tem alguns blogs que sempre dou uma olhada antes de dar um pulinho ali em Buenos. São eles:

Buenos Aires para Chicas: Projeto da Amanda Mormito, brasileira que morou por uma década em Buenos Aires e conhece bem cada cantinho. O blog foi descontinuado em 2015 quando ela voltou para o Brasil. Atualmente, Amanda mora em Singapura e segue dando dicas de viagens no blog Casa que Viaja.

Aires Buenos: Blog do brasileiro Túlio Pires Bragança, que além de manter o blog super em dia, ainda tem um canal e um tour (que estou louca para fazer mas ainda não consegui)

Aquí me quedo:  Também idealizado pela comunidade brasileira em BsAs, desta vez pela brasileira Gisele Teixeira, jornalista que gerencia esse blog super completo que foi considerado de Interesse Cultural pela Legislatura Portenha em 2015. Sempre atualizado e com dicas bem completas, vale muito a pena para conhecer uma Buenos menos óbvia.

Custo geral: $$(barato)