CARTAGENA: GASTRONOMIA DEMOCRÁTICA

Entre cores e sabores, um dos grandes – talvez o maior – atrativo da princesinha do Caribe é a gastronomia. Aqui, uma longa (e deliciosa lista) de onde comer em Cartagena.

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Gastronomia democrática é a descrição que mais faz sentido para mim quando penso em comer em Cartagena.  Isso porque a cidade tem tanta opção de restaurante, que não é difícil agradar praticamente todo mundo. Confesso que sou chata com comida – além de ter muitas restrições alimentares, sou bem exigente com o que como – e mesmo assim, a Colômbia, e em especial Cartagena, encheram minha alma (e meu estômago) de alegrias.

Por isso, achei que falar de comida em Cartagena mereceria uma atenção especial, até porque, posso comentar cada restaurante com a propriedade de quem comeu em praticamente todos, rs.

Leia também: Cartagena, a fotogênica

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Café da manhã – Brunch

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Imagem: Divulgação | Crepes and Waffles

Crepes and Waffles: No meu primeiro dia da cidade fiquei em choque ao passar em frente desse restaurante e ver uma fila dobrando a esquina. Pouco tempo depois, entendi a razão de tamanho alvoroço em frente ao que me pareceu só mais uma lanchonete em meio a tantas outras na cidade. A rede, que na verdade está espalhada pela América do Sul (inclusive no Brasil), é um misto de sorveteria, lanchonete e café e, uma ótima opção para fazer qualquer uma das refeições durante o dia. Listei para o café da manhã porque recomendo muito os waffles que dão nome ao estabelecimento com um cafezinho, mas também estive lá para jantar e provei os sanduíches no pão pita e as sopas. Ótimo para aqueles dias que rola uma preguiça de se arrumar pra sair, mas ao mesmo tempo se quer comer algo gostoso.

La brioche: Imbatível no quesito internet rápida e gratuita, é uma opção maravilhosa para os nômades digitais, rs. O menu não fica atrás e eles fazem ótimos combos para o café da manhã, que mais uma vez, podem ser consumidos a qualquer hora do dia. A croissanterie é bem diversificada e vale a pena experimentar, assim como os smothies – mais do que essenciais no calorzão da cidade.

Ábacos libros: Um cantinho imperdível para quem ama literatura, essa livraria toda cheia de charme, tem um cafeteria, que além de bebidas quentes, serve alguns petiscos rápidos. Minha sugestão é o café gelado ou um dos chás quentes da casa nova iorquina Harney & Sons.

Se volvió Prispri: Espaço pequeno e com decoração fofa, o Prispri tem um menu especial para o café da manhã – que funciona até às 11h – e várias outras opções que também servem de almoço ou lanche, muitas delas vegetarianas. É um ótimo local para experimentar o pan de bono, o famoso pão de queijo colombiano. Ah, e diferentemente das outras sugestões dessa lista, o wifi aqui não só não está disponível, como tem uma placa bem grande desenconrajando os clientes a usar celular e proibindo o uso de laptops no estabelecimento.

Juan Valdez: Sinceramente, não achei o café imperdível, porém bons petiscos e uns drinks bem gelados valem a visita aos Starbucks Colombiano. Quer trazer uma lembrancinha em conta? Os sacos de caramelos de café são bem diferentes e com certeza agradarão quem gosta de café.

Almoço / Jantar

O prato típico da região é arroz de coco, patacones (um empanado de banana da terra) e peixe. No almoço, as famílias tradicionalmente começam a refeição com uma sopa, que costuma variar o sabor. 

Juan del Mar: Meu favorito na cidade. É um restaurante de frutos do mar e provavelmente será o melhor peixe que você experimentará por lá. As porções, mesmo individuais costumam ser grandes e ter acompanhamentos, então divida. Entre eu e meu namorado, pedimos o peixe mediterrâneo, patacones, arroz de coco, uma salada, um ceviche além do couvert e das bebidas. Sobrou comida! Ah, as limonadas (tanto a de yerbabuena quanto a de coco), são as melhores que provei na Colombia.

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Carmen: Um dos mais aclamados (e caros) restaurantes da cidade, serve pratos típicos, porém revisitados. Achei a comida maravilhosa, mas acho que só vale o investimento se for para experimentar o menu degustação, que pode ser de 5 ou 7 passos. Pedi o de 5 passos com harmonização e valeu muito a pena. No meu caso, o menu era 100% ovolacteovegetariano, e os pratos me surpreenderam muito positivamente. Minha única “reclamação” seria com relação ao tamanho dos pratos, que eram enormes… Cada porção era praticamente uma porção normal, o que me fez deixar o quarto prato, um risoto de cogumelos maravilhoso, quase inteiro. Das opções servidas, meu favorito foi o terceiro prato: um risoto de quinoa com tomates e cenoura – o molho era de comer rezando!

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Menu vegetariano de 5 passos no Carmen 

 

Maria: Em um dos dias que estava sem muita disposição, atravessei a rua e fui ao Maria, que também está entre os melhores da Colombia (só descobri essa informação chegando lá). Achei o menu decepcionante para vegetarianos, mas entre as entradas, haviam 2 opções veganas e escolhi o ceviche de quinoa enquanto que meu namorado foi de tacos e ceviche convencional. Acabamos ficando só com as entradinhas mesmo, mas o menu principal me pareceu interessante, especialmente aos que gostam de frutos do mar.

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Ceviche vegano no Maria

1621: Mais um queridinho da alta gastronomia, localizado dentro do Sofitel, hotel cheio de história que me hospedei nos primeiros dias, achei o preço justo apesar do ambiente sofisticado. Pedi uma salada de quinoa com cítricos e sobremesa, um sorbet de lulo, fruta típica com sabor que lembra laranja. Se não estiver no hotel, reserve. E se possível, tente ficar em uma das mesas do jardim, vale muito a pena.

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No jardim do Sofitel provando o menu do 1621

Restaurante El Claustro: O outro restaurante do Sofitel, com menos fama e preços mais amigos. Comi por lá umas 2 vezes, afinal, estava hospedada no hotel, mas para quem vem de fora, o recomendaria para o café da manhã (um dos melhores que já comi na vida) ou para o chá da tarde, que acontece diariamente no saguão.

El Santíssimo: Outro restaurante badalado no Centro, a graça aqui é um menu todo “engraçadinho” no qual cada prato recebe um nome relacionado à santíssima Trindade. O cardápio de sobremesa, por exemplo, é composto dos sete pecados capitais. A proposta é trazer à mesa um menu caribenho, redesenhado por técnicas francesas. O espaço é imenso, lindamente decorado. Funciona bem tanto para casais quanto para grupos.

Candé: Meu segundo restaurante preferido dessa lista. O ambiente é uma graça, o atendimento é ótimo e eu fui surpreendida muito positivamente pela comida. A ideia aqui, assim como Juan del Mar é pratos típicos da culinária colombiana costeña, porém MUITO bem feitos. Como cortesia, formos recebidos com uma mini porção de yuca no açúcar, que me pareceu muito estranho quando vi, mas que me dá água na boca de lembrar. Gostei também que, além da maioria dos acompanhamentos serem vegans, um dos pratos principais é vegetariano e foi a minha escolha: quibes de lentilha, com arroz de coco e feijão preto e uma saladinha de guacamole. UMA DELÍCIA, e super farto, nem consegui terminar de comer.

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Veggie cheio de sabor no Candé

Yuca é um tubérculo bastante popular na região andina que se assemelha bastante em textura, cor e sabor à mandioca.

Andante, Allegro, Vivacce: Estava com tanta fome neste dia, que parei no primeiro restaurante italiano que vi pela frente. A surpresa, foi boa. O ambiente é bem intimista e o dono fica ali na porta a noite toda, dando as boas-vindas. Pedi o ravióli de zucca e estava uma delícia. Já meu namorado não deu tanta sorte com a massa com frutos do mar.

Vera: Localizado dentro do Hotel Tcherassi, não fui, mas vi tanta gente falando bem que resolvi coloca-lo aqui na lista. Especializado em culinária italiana, pode ser uma boa para fugir da comida local por um dia. Segundo nosso concierge, é impossível fazer reserva lá (seja por email ou telefone), mas quase sempre se consegue uma mesa arriscando a ida sem reserva prévia.

La Cocina de Socorro: Localizado em Getsemaní, foi o eleito pelo nosso guia para sermos introduzido à culinária colombiana. Verdade seja dita: já estávamos na Colômbia há 10 dias, mas trata-se dos clássicos que já comentei nos outros restaurantes. O preço é mais amigo, comparado com os bons restaurantes do Centro.

Marea by Rausch: A marca Rausch na Colombia é tão forte quanto a Atala no Brasil, quando se trata de alta gastronomia. O duo, formado pelos irmãos Jorge and Mark Rausch, vive sendo premiado e o restaurante Criterion, em Bogotá, vive por aí nas listas dos melhores do mundo. Em Cartagena, o Marea, propõe um menu cheio de frutos do mar e uma vista impagável do Centro Histórico. Fui? Não, por falta de tempo, mas fiquei com vontade.

Bons Drinks

Se tem uma coisa para não se sentir falta na cidade são de muitos e bons bares. Mesmo não sendo a pessoa mais alcoólatra que conheço, visitei alguns lugares que podem ser tanto um bom esquenta como a noitada por si só.

Quer provar algo bem típico e tem disposição para o álcool? Vá de Coco Loco, a colombiana combinação de rum, vodca, tequila, creme de coco e limão.

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Pôr do sol no Cafe del Mar

Cafe del Mar: Se tem um motivo pelo qual esse lugar é famoso, certamente não é os drinks. Sim, é aqui o pôr do sol mais bonito da cidade e essa foi a minha razão principal para conhecer. Dada a fama que lhe foi atribuída, chegue cedo para garantir uma boa vista. Vale lembrar que existe uma consumação miníma (não tenho certeza, mas acho que era 30 mil pesos) e que não é dos lugares mais baratos. Quando estive por lá, provei o drink com o nome da casa Café del Mar, a limonada de limão (MA-RA-VI-LHO-SA), uma porção de chips de banana (patacon) e uma tábua de frios que acompanha uns paezinhos. A conta fechou em 120 mil pesos.

El báron: Na praça San Pedro Claver, não poderia ser mais central. É um desses bares que tem tudo o que a gente precisa: bons drinks, bom atendimento e boa localização. Chegue no começo da noite e peça uma mesa do lado de fora – sim, o balcão é lindo mas não compensa quando dá para acompanhar o movimento da cidade.

Café Havana: O bar mais famoso da cidade fica em Getsemaní, onde a vida noturna é pra lá de anima. Muita salsa e drinks típicos embalam a noite até às 4 da manhã. É uma experiência bem turística, mas interessante.

Bazurto Social Clube: Estava na minha lista e infelizmente, não consegui ir. O bar que é meio restaurante, tem uma decoração kitsch e era um dos favoritos de García Marquez, o mais famoso escritor colombiano. Atenção na hora de planejar a sua visita: funciona de quarta a sábado, a partir das 22h.

Hard Rock Café: Sempre acabo no Hard Rock mais interessada na lojinha do que no restaurante propriamente dito. Acho a comida cara e sem graça, mas pode ser uma boa opção de happy hour com os amigos.

Alquímico: Em frente a um dos hóteis que me hospedei na Calle del Colegio, esse bar, super descolado tem música alta e gente bonita. Diria que por si só ele já faz a noitada. Para quem gosta de um ambiente mais sofisticado com drinks criativos e comida boa, recomendo.

Sorveterias

Quando bater o desespero no calor intenso de Cartagena, minhas sugestões são a La Paletería e Gelateria Paradiso. Ambas localizadas no Centro Histórico, a primeira, como o próprio nome sugere, vende picolés, enquanto a segunda, mais tradicional e eleita por muitos a melhor da cidade. Para um sorvete mais “divertido”, a Mr. Cool vende um Gelato Molecular, na Calle del Colegio.

Comidas de rua

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Las Pelanqueras: Andando pelo centro, você verá diversas vezes algumas mulheres de vestimentas super coloridas, andando para cima e para baixo com bacias de frutas na cabeça.

Mercado de Bazurto: O popular mercado de rua acontece bem cedinho e é bem similar às nossas feiras livres no Brasil. A graça aqui está em poder experimentar e conhecer um pouquinho de tudo que é produzido e comido nas mesas colombianas. Um passeio gostoso e que foge do óbvio.

Café: Não tem como fugir de café estando na Colombia né? Para uma experiência ainda mais autêntica, carrinhos gourmet vendem drinks de café (na sua maioria, gelados) pelo Centro. Recomendo: Café com Baileys!

Arepas: É o salgado tipicamente colombiano – diria que equivale à nossa coxinha, rs – feito de milho e com recheios diversos. Especialmente em Cartagena, o recheio mais tradicional é de ovos, mas o meu favorito é o de queijo. Eles são facilmente encontrados em quase todas as esquinas sendo preparadas por vendedores ambulantes.

Clique aqui para ler mais sobre a minha viagem à Colômbia 

 

CARTAGENA, A FOTOGÊNICA

Muitos adjetivos poderiam descrever Cartagena: apaixonante, calorosa, acolhedora, turística…mas nenhum faz tanto sentido quanto fotogênica.

Precisa viver em outro planeta para nunca ter ouvido falar da minha queridinha. Cidade mais visitada da Colômbia, casa de Gabo, dona do principal porto do país e garantia de uma boa festa, Cartagena costuma estar – com frequência – nas lista de hot destinations pelo mundo.

Mochileiros, viajantes de luxo, família, casais, viajantes desacompanhados… Do momento do pouso até a triste despedida, ninguém se arrepende de passar por aqui.

E a melhor parte? Tudo isso pertinho do Brasil!

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O título já diz muito, mas reforço: Cartagena entrou definitivamente na lista das minhas cidades preferidas no mundo. Talvez seja a atmosfera cultural, o clima tropical envolto pelo mar do Caribe – ou tudo isso junto, mas a verdade é que cheguei na cidade para ficar míseros dois dias e acabei ficando oito, e já adianto: não foi suficiente.

Como chegar

A partir do Brasil:

AVIANCA: via Bogotá

LATAM: via Bogotá

COPA: via Cidade do Panamá

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Fui de LATAM e voltei de Copa e achei e o serviço da segunda imensamente melhor: voos pontuais, check-in rápido, tripulação prestativa, ótimo espaço entre as poltronas e refeições bem decentes (para classe econômica). 

O voo partindo de Bogotá dura cerca de 1h30 e a partir da Cidade do Panamá, 50 min.

Clima

QUENTE, mas quente mesmo. Durante o ano todo, a temperatura oscila entre 25 e 30 graus, mas a umidade é altíssima, fazendo que durante o dia a sensação térmica fique bem próxima aos 40 graus.

Nos meses de maio a setembro costuma chover, mas o clima é bem incerto, então esteja preparado para possíveis pancadas de chuva mesmo fora de época.

Língua

Oficialmente, espanhol. Inglês e Portunhol também são amplamente praticados.

Moeda

Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil achá-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei por sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico para minha viagem a San Andrés.

Leia mais: Revéillon em San Andrés

Visto e Imigração   

Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido nos últmos 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação é banido o embarque.

Clique aqui para saber como fazer o seu certificado.

Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.

Transporte 

O táxi é a opção mais prática para quem se hospeda fora do circuito central, enquanto que, ficando na Cidade Amuralhada, se faz tudo a pé. Alugar um carro faz sentido para conhecer as outras cidades costeiras, como Barranquila e Santa Marta.

Para conhecer os principais pontos de turismo, o ônibus Hop on/ Hop off está disponível em toda a cidade.

Onde ficar

Dividi a minha estadia em dois hotéis:

Sofitel Santa Clara ★★★★★

Dos hotéis mais lindos que já fiquei nessa vida e cheio de história. O local que hoje é hotel cinco estrelas, costumava ser o famoso Convento de Santa Clara, que deu vida à obra Do Amor e outros demônios, do escritor Gabriel Garcia Marquéz. É o hotel mais luxuoso de Cartagena, um dos melhores em que já me hospedei e uma ótima opção para uma comemoração especial.

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Foto: Divulgação Sofitel

Quartos

Os quartos são das categorias Classic, Superior ou Luxury e variam entre 26m2 e 34m2. Fiquei no Luxury, no último andar com vista total da piscina e parcial do mar. O quarto de 34m2 tinha frigobar, máquina de café/chá, água e frutas cortesia, dock station da Bose, TV e equipamento de vídeo. No banheiro, chuveiro sem banheira e amenities Lanvin.

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Quarto idêntico ao que fiquei no Sofitel | Foto: Divulgação Sofitel

Áreas comuns

Minha parte preferida desse hotel com certeza foi a piscina! Ela é imensa e está bem ao centro do prédio principal, circundando toda a propriedade. Além da estética, piscinas em Cartagena são um caso de sobrevivência – não à toa quase todo hotelzinho tem uma. Como faz muito calor durante o dia, é bem difícil fazer qualquer coisa que não seja ficar de pernas para o ar (ou melhor, na água) se refrescando.

A infraestrutura também favorece: o bar da piscina também fica ali à disposição para os melhores drinks e snacks, não precisando sair de lá nem para almoçar.

Restaurantes

Bar da piscina: serve drinks e snacks e funciona da abertura ao fechamento da piscina

El Claustro: Informal, serve café, almoço, jantar e chá da tarde.

1621: Requintado e um dos mais premiados de Cartagena, recomendo a visita mesmo para quem não está no hotel. Reservas são obrigatórias, faça-as com antecedência e solicite uma mesa na área externa (jardim).

O café da manhã pode ou não estar incluído na reserva, no meu caso, não estava. Mesmo assim, paguei o equivalente a 70 reais para ter o café da manhã completo no El Claustro e valeu cada centavo. O café também abre ao público externo e é uma ótima alternativa para fazer uma refeição bem completa sem precisar gastar muito.

Bem-estar

Spa e academia completa.

O wifi cobre bem toda a área do hotel e funciona super bem.

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Diárias a partir de R$1200,00

Épica House Luxury Hotel ★★★

Como mencionei anteriormente, cheguei na cidade para ficar dois dias e prolonguei a estadia para uma semana! Amei ter ficado no Santa Clara (impossível não gostar), mas em semana de Festival de Música (leia mais abaixo), o hotel estava lotado e não consegui estender meus dias por lá.

Como a cidade é cheia de hotéis boutique, escolhi dar uma chance ao Épica House, que fica super bem localizado e tem uma proposta que me pareceu bem interessante. Trata-se de três casarões antigos que foram reformados e anexados, formando uma grande casa, mas que ainda assim, podem funcionar como locações distintas. Se você estiver em um grande grupo, por exemplo, pode fechar uma casa e terá cozinha e piscina privativa.

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Área do café da manhã | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Caso esteja interessado em uma viagem mais “calma”, penso que considere outro hotel, já que a Épica está ao lado de um clube noturno e os hóspedes que alugam a casa inteira costumam dar festas até altas horas sem que o pessoal do hotel faça nenhuma interdição.

Quartos

Há duas categorias: a Standard e a Deluxe e acabei me hospedando nas duas.

Nas duas primeiras noites fiquei na categoria Standard na casa anexa e foi um pesadelo! O quarto era pequeno, sem janelas e com um super cheiro de mofo. Para piorar, as paredes pareciam invisíveis durante a noite, quando a casa vizinha fazia festa até de madrugada e conseguia ouvir tudo! Na terceira noite fui transferida para um quarto Deluxe na casa principal e tudo mudou! O pé direito era altíssimo, com uma janela imensa que ia quase do teto ao piso e por ser no último andar, era um silêncio reinava.

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Quarto Deluxe idêntico ao que fiquei após o upgrade | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Áreas comuns

Em cada casa há uma piscina e esse é basicamente o único entretenimento disponível. Como não há restaurante, o café da manhã é servido gratuitamente no último andar da casa principal.

Alerta fraude: Logo no check-in fomos informados que o café da manhã era preparado por um chefe que elaborou um menu especial. A verdade é que não há um menu prévio e o “chefe” em questão preparou ovos todos os dias como a única opção.

O wi-fi é gratuito, mas não funciona muito bem em nenhum lugar.

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No geral achei o hotel lindo, mas é um custo-benéficio que simplesmente não compensa. Reservando com antecedência, se encontra hotéis-boutique melhores e pelo mesmo valor.

Diárias a partir de R$$460,00

O que fazer

Compras

Esmeraldas: É tanta loja que acaba sendo difícil escolher. Achei o preço MUITO melhor em San Andrés, então se você também está indo para lá, é melhor se conter em Cartagena. Em Bogotá também tem um Museu de Esmeraldas com uma loja, acredito que também seja mais em conta.

Callejon de los Estribos: Extensa rua onde estão as principais lojas e um dos melhores lugares para comprar a famosa Wayu bag.

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Dica: Os preços da Wayu variam de acordo com o material, estampa, cores e tamanho, portanto, pesquise bastante! Comprei a minha por US$35, mas vi por até US$85.

Las bovedas: Uma construção toda em arco onde cada porta é uma lojinha. Tem de tudo, inclusive muitas esmeraldas.

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Carrinho de drinks de café em frente a Las Bovedas

Abaco libros: Uma pequena livraria que também é cafeteria. É uma delícia para passar as horas e comprar alguns exemplares em espanhol – Para quem gosta de Gabo, eles têm praticamente todos os títulos!

Pela cidade

City Tour: Cartagena é um lugar cheio de história e ter um guia ajuda muito entender as coisas e “ligar os pontos”. Há opções de tours em grupos e até mesmo um ônibus hop on, hop off, como em toda boa cidade turística, mas se puder, recomendo mesmo fazer com um guia particular, que além de ir no seu ritmo, pode customizar a experiência.

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Portas de Cartagena

Anualmente a prefeitura premia a varanda mais decorada do Centro Histórico. Assim, é comum encontrar as famosas e coloridas casinhas por todo o canto, o maior cenário aberto para turistas.

Igrejas: Para quem gosta de arte Sacra, as catedrais de Cartagena dão um show a parte. As principais são: São Pedro, Santo domingo e La Catedral.

Museus: um prato cheio para quem gosta de cultura, a visita aos prédios históricos é imperdível. Fora do eixo turístico do centro, o Castelo de San Felipe de Barajas construído para proteção durante as frequentes guerras no “novo mundo” é um must do. Vá bem cedinho pela manhã para evitar o calorzão e a lotação. Já na Cidade Amarulhada, se você gosta de arte, separe uma horinha para conhecer o Museu de Arte Moderno, onde a entrada é gratuita. Por fim, mas não menos importante, o Palácio da Inquisição, onde costumava funcionar o tribunal do santo oficio.

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Castillo San Felipe de Barajas

Existem alguns pequenos “museus de esmeralda” espalhados por Cartagena, mas não se engane – eles não passam de lojinhas onde na entrada, tem alguma explicação. Por curiosidade visitei o que fica em Bocagrande, o maior deles. Nele, fiz um tour guiado que mostra o processo de lapidação e as principais variedades espalhadas pelo mundo.

Tour Gabriel Garcia Marquez: Não fiz, mas queria muito ter feito. Uma das coisas que me deixou bem chateada é que a antiga casa de Gabo é uma residência privada e não está aberta a visitação. Como uma alternativa, algumas agências oferecem um tour guiado onde são detalhados os lugares que fizeram parte da história do autor pela cidade.

Festival Internacional de Música: Anualmente, em janeiro, Cartagena recebe o Festival de Música Clássica. Os concertos estão espalhados em várias locações, e claro, os mais tradicionais (como o que acontece no Castelo de San Felipe Barajas) esgotam antes, então é bom comprar com antecedência. As vendas normalmente abrem em meados de novembro. Comprei meu ingresso logo que cheguei na cidade para Estive assistir um concerto de música mexicana e colombiana, mas quase tudo já estava esgotado.

Noite: O que não falta são atrações noturnas, a maioria funcionando de quarta a sábado a partir das 22h da noite. Recomendo o Bazurto Social Club e o Café Havanna

Bairros

Beeeem resumidamente, podemos dividir Cartagena geograficamente em três principais bairros.

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Cidade amuralhada: É o que muita gente chama de Cartagena propriamente dita: Turistica, histórica, Patrimônio da Unesco. Acho que vale muito a pena se hospedar por aqui e ter aquela magia ao acordar de manhã que só Cartagena traz. Um milhão de lojas, hotéis, restaurantes e atrações… é bem difícil ficar entediado por aqui.

Getsemaní: Famosa pela boêmia, aqui estão a maioria dos bares e alguns bons restaurantes. No passado, pertenceu à área murada, sendo hoje vizinha do que conhecemos com o Centro de Cartagena. A principal atividade aqui com certeza é a vida noturna e um ponto super positivo é que é fácil se deslocar à pé até a cidade Amarulhada.

A rede Four Seasons está construindo em Getsemaní o hotel que será o mais luxuoso de Cartagena.

Bocagrande: É a cidade nova, algo como um Porto Madero em Buenos Aires. Por aqui, estão os prédios mais modernosos e é onde fica a costa, propriamente dita. Funciona bem para viagens corporativas e/ou se você gosta de se hospedar em grandes redes, como os hotéis Hilton.

Leia mais: Buenos Aires e o Elton John que nunca aconteceu

Praias

Você pode até arriscar ir em uma das praias da cidade, não é ruim, mas também não é maravilhosa. A areia e a água escura, de origem vulcânica, passam longe do que se espera de uma região banhada pelo Mar do Caribe.

Para apreciar o clássico cartão-postal caribenho, visite uma das ilhas que formam o arquipélago.

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Isla del Rosário

Islas del Rosário: Relutei em fazer esse passeio, afinal já tinha passado 6 dias em San Andrés, mas como estendi minha estada em Cartagena, acabei indo à Praia Blanca, uma das que formam as Islas del Rosário. Ao comprar esses tours, normalmente a agência reserva um clube de praia onde você passará o dia com uma infraestrutura legal e almoço incluído. Saí do hotel na Cidade Amuralhada às 8h e voltei às 17h, ou seja, vai o dia inteiro. Vale se programar direitinho e se tiver um tempo livre, conhecer uma das ilhas.

Leia também: Cartagena – Gastronomia democrática

O que levar na mala  

Protetor Solar, repelente, roupas de banho (biquíni, sunga, etc), chapéu e roupas muito leves.

Sobre mosquitos: Não vi muita gente dando atenção aos mesmos, mas vale ressaltar a importância do repelente, especialmente para quem viajar na época das chuvas ou para os day tours às ilhas anexas.

Quanto custa

Por ser a cidade mais turística da Colômbia, não é a mais barata. Se por um lado tudo é feito a preços turísticos, por outro a cidade oferece muita opção, e baratear ou encarecer a estadia, dependerá definitivamente das escolhas que você fizer. Para quem está acostumado com Estados Unidos/Europa, diria que é uma viagem bem em conta.

Custo geral $$ (barato)