PRIMEIRA VEZ EM LAS VEGAS

Quanto tempo, onde ir e o que comer na capital americana do entretenimento.

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Casamento em Las Vegas

vegas sunset

Capital americana do entretenimento ou Disney para adultos, Las Vegas é a cidade mais kitsch que já visitei. Um contraste entre a ostentação americana e a dolce vita – Onde turistas oscilam entre letreiros luminosos que dão vida às longas noites e as piscinas de luxuosos hotéis, principal refresco para a ressaca e para os dias que são, quase sempre, bem quentes.

Localizada aos pés do deserto Mojave e próxima à fronteira dos estados de Utah, Arizona e Califórnia, é cercada de paisagens naturais maravilhosas, fazendo com que seja um ótimo destino para uma roadtrip.

Como chegar

No momento, não há voos diretos do Brasil. A melhor opção é voando direto de American Airlines para Los Angeles – ótima ideia incluir as duas cidades no roteiro. Ademais, Delta voa com conexão em Atlanta, Copa conecta no Panamá, e uma opção mais longa é a com a United, descendo primeiro em Chicago.

Quanto tempo ficar

Um fim de semana longo, bem planejado é mais do que suficiente. Se for esticar para o Grand Canyon, 5 dias é o ideal.

Melhor época para visitar

Para quem vai na primavera/verão, espere o clássico de Vegas: dias de calor na piscina do hotel. Já no inverno, por estar localizada no meio do deserto, faz frio de dia e de noite, e caminhar fica menos impossível. Viajei em fevereiro, e além de não precisar lidar com uma Vegas superlotada, peguei até neve – um evento comum no inverno nas montanhas das cercanias, mas super raro na cidade, mas que se você tiver sorte, pode acontecer.

Transporte

Para curtir apenas a Strip, vale a pena caminhar ou investir em Uber. Agora, se o plano é viajar para as montanhas, ir até a Califórnia ou dar um pulinho no Arizona, aluguel de carro é a melhor e mais conveniente solução. Os preços de aluguel de carro costumam ser bem em conta – aluguei o meu por 30 dólares a diária – e a maioria dos hotéis tem uma locadora própria disponível.

Atenção: Na hora de alugar, vale a pena ficar esperto sobre a política da locadora, que em Vegas costuma ser bem restrita. Evite pagar por milhas e tente retornar o carro no mesmo lugar que ele foi alugado – eu tentei devolver no aeroporto e o preço da diária praticamente dobrou.  

O que fazer

Jogar

Sim, pode ser a sua primeira vez, mas você já deve imaginar que a coisa que os turistas mais fazem é jogar. Sinto que esse é um hábito mais americano – tanto eu quanto meus amigos brasileiros temos pavor de perder dinheiro, ainda mais com a atual cotação do dólar – porém, acho que pelo menos conhecer os cassinos é um exercício válido. Para se arrepender menos, selecione uma quantia pequena de dinheiro que esteja confortável para gastar e aproveite. Gosto bastante desse artigo da CNN que lista cada os melhores cassinos por categoria.

cassino

Conhecer hotéis

Protagonistas quando o assunto é Las Vegas, o papel dos hotéis vai muito além da hospedagem. É neles que ficam concentrados os cassinos, os melhores restaurantes e as melhores lojas. Mesmo que não se hospede em um dos hotéis clássicos (como o Bellagio, Caesar ou Wynn), eles são paradas obrigatórias. Quanto à hospedagem, orçamento, nível de barulho e localização devem ser prioridade. Quer fugir do óbvio? O jornal inglês The Guardian tem uma lista com os alternativos mais interessantes de Vegas.

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Assistir a um show

Vegas não ganhou o título de capital do entretenimento à toa. Com o cair da noite, são tantos shows que é difícil escolher um só. Em sua maioria disponíveis em hotéis, você pode escolher entre comédia, esportes, teatro, música, casas de strip tease (ótimas para dar umas risadas com as amigas na despedida de solteira), ou um dos muitos shows do Cirque du Soleil. Eu assisti o O, espetáculo aquático do Cirque du Soleil no Bellagio.

Visitar um museu inusitado

Verdade seja dita: quase ninguém vai à Las Vegas pretendendo ir ao museu. Mas, se tiver com um tempinho extra e quiser aprender mais sobre a cidade, o Neon Museum é uma ótima escolha para ir à noite. De dia, visite o Erotic Heritage Museum, e se surpreenda com as inesperadas histórias americanas.

Caminhar (e fotografar)

Você pode alugar um carro antigo ou marcar um passeio de limusine, mas nada supera andar a pé pela Strip, a rua mais famosa de Las Vegas. Prepare a sola do sapato – afinal, são mais de 6km de comprimento. Comece pela famosa placa de Welcome to Las Vegas e saia sem destino. Além da Strip, a Fremont Ave, no centro de Vegas, já foi estrela no passado e hoje continua valendo à pena a visita, em especial com um tour noturno guiado.

strip

Comer muito

Restaurantes não faltam em Vegas, e para todos os gostos. Se dinheiro não é uma questão, o É do chefe José Andres ou a SteakHouse do Gordom Ramsay são ótimas escolhas. Se o plano é partir para um dos famosos buffets, o Wynn tem um brunch maravilhoso no restaurante que é inspirado no clássico Alice no país das maravilhas. Quer um docinho? A rede Milk Bar (que tem os meus cookies favoritos) está no Cosmopolitan. Fora do burburinho da Strip, o Bootlegger serve comida italiana desde 1949. O orçamento está apertado? Tacos el Gordo ou o premiado Ping Pang Pong no hotel Gold Coast.

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Vegas de cima

É verdade que Vegas tem tanta informação visual que chega a ser “poluída”. Que tal dar uma pausa e ver tudo de cima? Quase todos os hotéis tem um rooftop ou restaurante que proporciona uma boa vista aérea – A Voodoo Steakhouse, por exemplo, combina churrascaria e balada. Que tal jantar na torre Eiffel? No hotel Paris você pode, sem nem precisar ir à França. Gosta de aventura? É no hotel Linq que está a maior roda gigante do mundo, a High Roller. O observatório mais clássico? O Stratosphere.

Compras

Assim como qualquer cidade americana, é fácil de encontrar grandes marcas na cidade, além de fácil acesso aos supermercados e lojas de conveniências. Se o intuito da sua viagem é aproveitar os bons preços, uma ida até o Outlet Premium pode ser uma ideia. Se o plano é curtir a região da Strip, praticamente todos os hotéis tem boas lojas. Para compras de luxo, o Bellagio e o Wynn são boas alternativas. Souvenirs estão por todas as partes, mas a ABC é um grande conglomerado de tudo o que você pode querer. Fã de vintage? Meus favoritos são Vintage Vegas Antiques, Buffalo Exchange, Patina Decor, Glam Factory Vintage e claro, a casa de penhor Gold and Silver Pawn, famosa pelo programa de TV homônimo.

pawn shop

Conhecer os arredores

Como dito na introdução desse post, uma das grandes vantagens de Vegas é a sua localização. Para quem tem alguns dias de férias, vale a pena aproveitar os Parques Nacionais americanos, super preservados e de fácil acesso. O Red Rocks, pode ser facilmente visitado em um bate e volta – fica há aproximadamente 40 minutos. Também em Nevada, separe uns minutinhos para apreciar a escultura do artista Sueco Ugo Rondidone, Seven Magic Mountains, o único ponto de cor que você enxerga na estrada. Se vier de Los Angeles, visite o Death Valley, parte do deserto Mojave considerado o lugar mais quente dos EUA. Esticadinha até Utah? O Zion National Park é um must do. Clássico combo Nevada + Arizona? Sedona, capital nacional dos spas, e o Grand Canyon, não tem erro.

red rocks

Se casar

Clichê, eu sei. Mas se você é “o diferentão” da turma, e não quer uma cerimônia qualquer, Las Vegas pode ser uma ótima escolha. Eu contei aqui como fui parar em Las Vegas e, de última hora, arranjei meu próprio casamento.

casamento

Dicas extras

  • Tips: as famosas caixinhas são tradição nos EUA e não devem ser negligenciadas. Em Las Vegas, especialmente, seja generoso com os serviços de alimentação ou spa (uma caixinha justa é 20% do valor do serviço) e turismo (guias).
  • Atrações com animais: Em muitos hotéis, há atrações que incluem animais – que vão de flamingos a golfinhos. Vale lembrar que a condição que esses animais são mantidos é, em geral, desconhecida, e que muitos dele estão totalmente fora do seu habitat natural (lembre-se: poucas espécies sobrevivem naturalmente no deserto). Eu sempre desencorajei esse tipo de atividade, então, leve tudo isso em consideração antes de montar seu roteiro.

Custo geral $$$(moderado)

Antes de viajar aos Estados Unidos, clique aqui para mais informações.

CASAMENTO EM LAS VEGAS

Um destination wedding bem fora do comum

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Morar fora – Por que todo mundo quer sair do Brasil?

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Yes, I do. Assim terminei minha primeira noite em Las Vegas, celebrando o amor de uma forma bem peculiar. Não subi ao altar, mas caminhei de braços dados com Elvis Presley, enquanto ele cantava hits como Love me Tender, em uma das noites mais frias do ano em Las Vegas. Sim, você leu direito: fazia aproximadamente 3 graus e na noite anterior havia nevado de um jeito não visto em Las Vegas há mais de 10 anos.

Não sou uma eterna romântica, confesso, e casar da maneira tradicional, sempre passou longe das minhas ideias. Alias, wanderlust como sou, sempre estive mais interessada na lua de mel, do que na festa em si.

Baixa temporada, passagens baratas e uma semana de férias, o que eu fiz? Fui casar em Las Vegas!

Como funciona

A parte mais complicada de todo o processo você já deve ter: o/a noivo/a. Daqui para frente é só aproveitar!

Existem várias razões que levam alguém a fazer uma cerimônia em Vegas – Além do casamento, tem a cerimônia de compromisso, a renovação de votos ou o elopement wedding.

Falando do casamento em si, esse pode se tratar de uma cerimônia simbólica (só pela diversão), ou legal; e pode ser realizada em diversas línguas, incluindo português.

Onde

Capela em Las Vegas não é um problema, elas estão por todas as partes. As mais famosas são: Little Church of the West, Chapel of the Bells, Chapel of the Flowers, Viva Las Vegas Chapel e Bellagio Chapel.

capela bonita

Me casei na Graceland, com o Elvis, mas também fiquei tentada a casar na Kiss Love and Loud, a capela do Kiss, dentro do Hotel Rio.

Pacotes

Todas as capelas trabalham com pacotes prontos, que incluem o cerimonialista, o aluguel da capela por uns 30 minutos, algumas fotos e às vezes o buquê. Dá para adicionar itens como bolo, trajeto de limusine e live streaming.

beijar a noiva
Pode beijar a noiva!

No meu caso, escolhi o pacote Loving You, da cerimônia do Elvis, na Graceland Chapel, que incluía:

– Buquê e flor de lapela;

– 3 músicas do Elvis;

– Elvis entrando comigo;

– 6 fotos;

– Certificado de casamento;

– Bolo;

– Translado de limusine.

A única coisa chata, é que dentro da capela só são permitidas as fotos do fotógrafo oficial.

Tempo de preparação

É Las Vegas, e MUITA gente se casa de última hora. Eu organizei tudo em 3 dias, mas se você está vindo de fora dos Estados Unidos, já sabe a data da viagem e não quer arriscar, quanto antes melhor. Considere além das burocracias legais, a duração da viagem, o número de convidados e se haverá uma recepção antes/depois da cerimônia na capela e a contratação de serviços como cabelereiro e maquiagem. Entre 1 e 3 meses é o ideal para fazer tudo com bastante calma.

Licença

Caso opte pela cerimônia legal, é importante lembrar que antes de tudo, deve ser providenciada a licença de casamento. Sem pânico! Casar nos cartórios americanos é bem mais simples se comparado às burocracias brasileiras!

Como cada estado é independente e possui leis próprias, para o estado de Las Vegas, o procedimento acaba sendo ainda mais simples do que no resto do país.

– Para querer a licença, comece o processo online, clicando aqui e preenchendo a pré-requisição. Esse processo evita que você pegue uma fila de espera adicional no cartório.

– Dentro de um período de 60 dias após preencher a pré-requisição, ambos os noivos devem ir ao cartório com documentos com fotos (no caso de estrangeiros, o passaporte) e pagar uma taxa de US$77 (valor para 2019) e pronto. Uma vez emitida, a licença tem validade de um ano.

– Leve sua licença para a capela escolhida e case-se!

Importante: Para o estado de Nevada, é importante que não haja consanguinidade entre os noivos, ambos devem ser solteiros, e serem maiores de 18 anos.

Importante 2: Para a execução da cerimônia na capela, os noivos devem levar uma testemunha. Caso não tenha uma, as capelas costumam ter um serviço que, mediante o pagamento de uma pequena taxa, eles oferecem uma testemunha.

Validação no Brasil

O que acontece em Vegas, não necessariamente fica em Vegas. Além de ser um ato legal reconhecido em todo o EUA, os indivíduos casados carregam o título também no Brasil. Para que o registro seja validado, é necessário o comparecimento em cartório brasileiro com a documentação adequada em até 180 dias após a volta de ao Brasil.

Elopement Wedding, o que é isso?

Quem já se casou (ou planeja), sabe a encrenca que é fazer lista de convidados e correr o risco de esquecer alguém ou criar uma bela inimizade. Uma alternativa para quem quer manter um clima mais intimista, é o Elopement wedding, ou casamento a dois.

Muito menos popular no Brasil do que no resto do mundo, trata-se de uma cerimônia mais intimista, onde os votos são trocados entre os noivos sem nenhuma plateia. Além de reduzir os custos, você faz uma cerimônia para quem realmente importa: você e o seu noivo/a.

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Não sei vocês, mas ansiosa que sou eu, achei ótimo fazer tudo de última hora, tendo menos tempo de ficar neurótica.

Se você está planejando uma cerimônia maior, com mais convidados e etc, existe a opção de contratar uma assessoria de casamento – eu preferi não – ou até se aproveitar de algum pacote que já inclua a assessoria.

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Tudo pronto, vamos casar?

Quanto aos detalhes que enlouquecem qualquer noiva (vestido, cabelo, maquiagem), eu preferi pegar levar e não me estressar tanto: comprei toda a vestimenta (tanto minha quanto do noivo) aqui na Flórida e fiz o cabelo/maquiagem no salão do hotel – que marquei quando fiz o check-in. Novamente, quase zero de planejamento. Era para ser divertido, e não estressante. E assim foi.

Melhor época

Vegas é lotada o ano todo, mas é durante os finais de semana, feriados e verão que acontece a alta temporada. Uma dica para economizar e evitar grandes aglomerações, é planejar a cerimônia entre janeiro e março.

Tá, mas quanto custa?

Muito menos do que um casamento convencional! Quando começamos a cogitar a ideia de nos casarmos, pensamos originalmente em fazer uma festa tradicional aqui pelas bandas da Flórida, onde moramos. Óbvio que, além dos valores serem ridiculamente altos, a logística ficaria complicada, já que boa parte da minha família e amigos estão no Brasil.

Para fazer uma festa OK para 50 pessoas no Brasil (lembrando, novamente, um modelo mais tradicional), gastaríamos entre 50 e 100 mil reais. Ou seja, NÃO hahaha.

Em geral, os valores dos casamentos nas capelas oscilam entre US$200 e US$1000. Neste intervalo, tem todos os tipos de cerimônias, desde as mais simples e “tradicionais”, até as mais malucas, como se casar dentro de um helicóptero, sobrevoando a Strip.

Em Vegas, além do baixo custo, você ainda tem a praticidade de comprar um pacote e não precisar se preocupar com mais nada.

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PARA AMAR CAPE TOWN E NEM TANTO

Os prós e os contras da cidade mais badalada da África do Sul

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CAPE TOWN – COMO NÃO SE APAIXONAR?

ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

Antes de viajar para a África do Sul, a coisa que mais ouvi foi “você precisa conhecer Cape Town, não tem como não se apaixonar por aquela cidade”. E claro, fui mais uma vítima, caí de amores. Mas uma coisa que me incomodou um pouco antes de viajar, enquanto ainda procurava saber mais do dia-a-dia da cidade – sim, sou dessas turistas que adora viver a cidade como morasse lá de verdade – foi o excesso de elogios pela cidade. Entendo, não é para menos, a cidade é linda mesmo. Mas será que quem vive lá não tem nada a reclamar? Com mais de três milhões de habitantes vindos do mundo inteiro, conversei com alguns locais e tirei minhas próprias conclusões do melhor e do pior de Cape Town.

Para amar

Geografia

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Não tem como não sorrir em um lugar cercado de montanhas e com praias lindas por todas as partes. Me sentia engolida – no bom sentido – toda vez que percebia onde estava. O céu mais azul do que qualquer outro verão por aí e o pôr do sol mais sutil. Para amar cada segundo.

Meio Europa, meio Califórnia

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De todos os lugares que estive pela África, posso afirmar que foi em Cape Town que encontrei uma cidade mais organizada, limpa e com uma cara de primeiro mundo. Apesar da geografia lembrar muito o Rio de Janeiro, senti uma vibe mais Califórnia, com muita vida ao ar livre e comida saudável.

Infraestrutura

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Uma das vantagens de estar em uma cidade grande é poder contar com uma infraestrutura igualmente desenvolvida – e nesse quesito Cape Town não decepciona. São milhares de opções de entretenimento, gastronomia, transporte, hospitais e por aí vai.

Restaurante

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Como se come bem! Além da culinária local, que sofreu bastante influência asiática – em especial a cozinha Cape Malay – se encontra todos os tipos de gastronomias, desde as mais econômicas até restaurantes premiadíssimos (como o Test Kitchen). Os meus bairros preferidos para comer bem foram o De Waterkant, Greenpoint e Camps Bay.

Custo de vida

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A cidade mais cara e mais turística da África do Sul consegue ser imensamente mais barata que São Paulo e com um custo benefício que compensa mais do que qualquer viagem para a Europa.

Pessoas

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Uma das cidades mais miscigenadas do mundo! É difícil de acreditar que a pouco mais de duas décadas a população vivia totalmente segredada pelo regime do apartheid. E por onde se passa, se vê sorrisos. Ah e os imigrantes, eles são muito bem recebidos, tá? Tanto que a comunidade brasileira não para de crescer (posso me mudar para lá também?) rs.

Nem tanto

Trânsito

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Acho que desde o primeiro momento que pisei na cidade, foi a coisa que mais me chamou atenção. Parte do problema também deve ter sido um reflexo da alta temporada, mas uma cidade sem metrô e com tanta acontecendo por toda a parte, é quase impossível não pegar o carro para se locomover, e aí, já viu. Fiquei chocadíssima quando demorei uma hora e meia para ir de Green Point até o Jardim Botânico em Kirstenboch – Detalhe: sem trânsito, demora-se 15 minutos para percorrer essa distância de 13km.

Clima

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Uma das minhas principais escolhas para eleger Cape Town como minha casa na África do Sul no verão, com certeza foram os famosos dias ensolarados com vista para o mar. O problema é que o clima é totalmente instável na região – e pelo que me contaram, é bem pior durante o outono e a primavera. Mesmo durante os dias quentes e ensolarados, era bem comum se deparar com temperaturas na casa dos 16°C à noite. Ah e sobre os ventos então, não sei nem o que dizer…oh lugar que venta! Com certeza não foi à toa que os navegadores nomearam o sul da Península como Cabo das Tormentas.

Falta d’água

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Só fui me dar conta do fator água quando já estava em solo africano. Como Cape Town foi a minha última parada no sudeste africano, encontrei muita gente pelo caminho me advertindo para “tomar longos banhos antes de chegar lá”. Pode ser que, dependendo de quando você está lendo esse texto, essa informação não faça mais sentido, mas em fevereiro de 2018 Cape Town enfrentou a maior seca dos últimos 100 anos! A falta de chuva nos anos anteriores levou a cidade a racionar para manter os baixos reservatórios ativos. Apesar das casas não sofrerem tanto (tinha agua normalmente no Airbnb que fiquei), avisos por toda parte me manteve alerta com relação à economia. Nos estabelecimentos públicos, a maioria das torneiras ficavam fechadas e o sabonete foi substituído pelo álcool gel.

Os turistas

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Prepare-se para encontrar turistas por toda a parte, e nem sempre eles serão generosos. Várias vezes tive que engolir gente cortando filas quilométricas em algum monumento, desperdiçando água mesmo com as placas por toda a parte não nos deixando esquecer sobre a seca e atrapalhando a circulação dos locais. Em resumo: nada diferente do que encontramos em qualquer outra cidade muito turística.

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

ÁFRICA DO SUL: UM RESUMO

Depois de quase um mês na África do Sul, o que não faltam são histórias sobre um dos lugares mais impressionantes que já estive.

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Sáfari| Pôr do sol no Kruger

Já começo dizendo que se você já esteve na África do Sul e não se apaixonou, provavelmente tem alguma coisa errada com você. E se nunca foi, eu darei uma série de motivos pelos quais você não pode deixar a África fora da sua bucket list.

Por que África?

Temos muito mais em comum com a África do que a simples Pangeia (sim, já estivemos geograficamente juntos há 200 milhões de anos). Um continente cheio de cores, de pessoas alegres, solicitas e educadas, comida boa (e barata) e uma opção para todos os tipos de viagem. Gosta de natureza? Tem. Gosta de vinícolas? Tem. Cidade grande? Tem também. Praia? Opa, claro que tem. De mochileiros aos adeptos a roteiros de luxo, tem uma África para todo mundo.  E falando em África do Sul então, o que não faltam são lugares maravilhosos com um custo bem baixo e voos diretos que saem do Brasil diariamente.

A figura de Mandela

É impossível pensar numa introdução à África do Sul sem citar a figura de Nelson Mandela. Claro que eu, você e todo mundo já ouvimos falar dele, mas entender a sua influência no país é uma coisa que eu só fui entender mesmo quando cheguei lá. Nomes de rua, praça, hotéis, escolas, no dinheiro… Por onde se passa tem uma foto do Mandela, militante e presidente do Partido político ANC – African National Congress – que entre outras causas lutava pelo fim do Apartheid*, foi condenado a prisão perpetua e libertado em 1990 após muitas negociações durantes os 27 anos que esteve em cárcere. A sua liberdade foi aclamada internacionalmente, vista pelas ações diplomáticas ao redor do mundo como um dos principais passos para um país livre. Dentro da África do Sul, 120 mil pessoas se reuniram no estádio de Soweto – Township onde Mandela cresceu – para escutar o seu primeiro discurso oficial uma semana após ser liberto.

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Robben Island | A prisão onde Mandela passou 18 anos de sua vida

A movimentação em torno da liberdade de Mandela e outros presos políticos no começo da década de 1990 levaram a mudança da constituição em 1993, o fim do apartheid no ano seguinte e sua eleição. Desde então, ele se tornou o pai da nação, tendo seu aniversário  e o primeiro dia de seu mandato como feriados nacionais, e o dia da sua morte um dos maiores lutos da África do Sul.

Para entender mais dessa história, visite:

  • Robben Island em Cape Town
  • Consititution Hill em Joanesburgo
  • Museu do Apartheid em Joanesburgo
  • Soweto em Joanesburgo

* O Apartheid foi um regime segregacionista que entre 1948 e 1994 separou a África do Sul entre brancos (descendência europeia) e não-brancos (incluía-se pessoas de “cor” – miscigenados – negros e asiáticos).  O regime claramente favorecia os brancos que tinham acesso aos melhores serviços e condições de vida. Durante esse período, criou-se diversas prisões políticas, nas quais toda e qualquer pessoa que discordasse do regime imposto pelo Estado era condenada, muitas vezes, por toda a vida. Da lista de detidos pelo governo, Mandela era considerado o número um, por causa de sua influência política diante à comunidade.

Bandeira

bandeira

Adotada em 1994, com o fim do Apartheid, leva o vermelho do sangue do povo, o azul do céu, o verde das florestas, o amarelo do ouro e por fim, branco e preto, a união das raças.

Informações úteis

Fuso horário: GMT -2, ou seja, 5h de diferença do horário de Brasília

Distância: 7500km – de São Paulo a Joanesburgo – ou, aproximadamente, 11h de voo.

Código (DDI) +027

Telefonia

Usei o chip local da MTN, que mais deu problema do que qualquer outra coisa, portanto recomendo as outras companhias (Vodaphone ou Virgin Mobile).

Paguei R10 pelo chip comprado na Edgars.

O pacote de 1GB de internet custava R49 por semana.

Gastronomia

Depois dos dias que passei por lá, diria que a culinária Sul-Africana, fortemente influenciada por outras cozinhas como a malaia, europeia e pelas inúmeras tribos, é prioritariamente carnívora. A maioria dos pratos tem algum tipo de carne, em especial as carnes dos animais locais de caça, como o kudu. Ser vegetariana não foi função das mais fáceis por lá, e acabei não experimentando muita coisa, mas se você quiser dar uma chance, os pratos mais encontrados por lá são:

Bobotie: Assado de carne. Mais especifica da culinária Cape Malay, influenciada pelos imigrantes malaios na região do Cabo.

Biltong: Carne desidratada de vários animais, normalmente vende em pequenos pacotes para comer como snack.

Chakalaka: Mistura de cenoura ralada, feijão, pimenta e molho, servido como acompanhamento.

Shakshuka: Mix de vegetais, feijões e ovos poché. É um prato típico do norte da África, mas se come bastante também na África do Sul, em especial no café da manhã.

Braai: Churrasco sul-africano com as carnes locais

Pap: À base de milho, uma espécie de polenta branca é servida como acompanhamento.

Ah, e não se esqueça que a África do Sul está entre os dez maiores produtores mundiais de vinho!

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Babyleston | Vinhedo em Paarl
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Groot | Vinhedo em Constantia

Gorjeta: Assim como no Brasil, a gorjeta vem especificada na conta e normalmente é em 10%. Para guias e mensageiros de hotel, é de bom grado dar gorjeta, mas não é malvisto não dar.

Reservas: Nos melhores restaurantes, a reserva é mandatória e requer o pagamento de uma taxa para segurar a mesa, que é reembolsada no fechamento da conta final no estabelecimento. Alguns restaurantes oferecem um cancelamento reembolsável com 48h de antecedência, mas é bom se organizar para evitar perder dinheiro – eu, por exemplo, precisei pagar R1500 quando reservei o Luke Dale-Roberts em Joanesburgo, imagina o prejuízo se não tivesse ido?

Supermercados

Alugou apartamento ou quer só comprar umas coisinhas para deixar na bolsa?

Os mais fáceis de encontrar são o Spar, Pick and Pay e o Woolworths, uma loja enorme de departamento que também vende comida.

Moeda

A moeda nacional é o Rand (abrevia-se R ou ZAR).

Numa conversão simples, R$1,00 = R4,00 (2018).

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Rands | Mandelas por toda parte

Visto e imigração

Brasileiros podem permanecer por 90 dias no país sem necessidade de visto prévio. São indispensáveis o passaporte válido e o Certificado de Vacinação da Febre Amarela.

Clique aqui para saber como fazer seu Certificado Internacional de Vacinação.

Aeroporto

O aeroporto Internacional OR Tambo (JNB) é onde tudo acontece e muito provavelmente você terá que passar por ele, seja para viajar dentro da África do Sul ou para outros países do sudeste africano. É considerado o Aeroporto mais seguros do mundo – eles checam mesmo os documentos e informações umas 10 vezes entre o check-in e o avião – e por sorte tem uma ótima estrutura de restaurantes, salas VIP e hotel, caso sua conexão seja longa.

Para saber mais sobre esse e outros aeroportos na África, clique aqui

Também passei pelo Aeroporto de Cape Town (CPT) rapidamente e pelo Aeroporto de Hoedspruit (HDS) na região do Kruger – que na verdade é um aeroporto militar e o menor que já pousei na vida!

Onde ficar

Passei por várias hospedagens durante o mês, foram elas: 

Em Joanesburgo

Em Cape Town

Airbnb

No Kruger

AM Lodge

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AM LODGE | Minha casinha dos sonhos no meio do Kruger

Playlist

Para se animar enquanto faz as malas, escute a nossa playlist no Spotify clicando aqui.

Leituras recomendadas

Para baixar antes de viajar

A lista de aplicativos que mais usei na África:

  • Orderin: Para pedir delivery de comida
  • Voice Map: Guia de várias atrações não só na África, mas no mundo todo. Você baixa a atração e pode ir ouvindo a história do lugar, dos quadros (se estiver no museu) e por aí vai.
  • Fly SAA: Comprei todas as passagens pela South Africa Airways. Eles vendem também de companhias parceiras por um preço mais em conta. Ex: Mango e South Africa Express
  • South Africa: Guia de turismo oficial do país
  • Dineplan: A maioria dos restaurantes usam o Dineplan para fazer reservas.
  • Culture Trip: Ótima fonte de pesquisa de coisas não-óbvias para fazer, lugares para visitar e bons restaurantes para se aventurar.
  • My MTN: Usei o chip da MTN (não recomendo), mas vale para qualquer operadora que você escolher.

E alguns dos que sempre uso:

  • App in the Air: Sincroniza todas as informações da sua viagem na mesma interface. Algumas funcionalidades são pagas.
  • Google Trips: A mesma função do App in the air, mas totalmente gratuito. Uso os dois porque apesar do App in the air ser mais completo, às vezes ele não sincroniza.
  • Airbnb: Para encontrar apto/quartos.
  • Flight Stats: Para conferir o status dos voos.
  • Google Maps: Ótimo para fazer download da cidade e poder se locomover off-line.
  • Unit Convert: Para converter em reais ou dólares o preço das coisas
  • Google Voice: Para ligações internacionais

Curiosidades

  • Em absolutamente todas as casas/hotéis que fiquei, o interruptor da luz do banheiro fica do lado externo.
  • A tomada é modelo três pinos e a voltagem é 220v.
  • Assim como no Brasil, há flanelinhas ajudando você a estacionar na rua em troca de gorjeta.
  • Os vendedores de souvenir – especialmente em Joanesburgo – são extremamente insistentes, e às vezes até vão sair te perseguindo até você olhar a barraca/produto deles.
  • O país tem 11 línguas oficiais e todo mundo (que conheci) fala ao menos três.
  • Nem sempre você entenderá o inglês deles – o sotaque é forte.
  • Uma das heranças da colonização inglesa, é a direção do lado direito. O mais estranho é o fato que as faixas são sempre ao contrário também – facilitando atropelamentos já que estamos sempre esperando o carro vir do lado contrário.
  • Apesar de Joanesburgo ser a maior cidade do país com quase 4 milhões de habitantes, ela não é a capital. Na verdade, a África do Sul tem três capitais: Pretória (capital administrativa), Cidade do Cabo (capital legislativa) e Bloemfontein (capital judiciária).

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

 

ORLANDO: 8 DICAS PRÁTICAS

Orlando, nos Estados Unidos é, muitas vezes, o primeiro destino do viajante internacional e as tarifas aéreas, com preços cada vez mais atrativos, tornam cada dia mais possível realizar o sonho de conhecer o Mickey pessoalmente, rs.

Está de malas prontas e completamente perdido? Prepare o checklist e aproveite o melhor da sua viagem.

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Seguro de saúde

Acho que é a maior e melhor lição que você tirar deste texto: NÃO SAIA DE CASA (PARA NENHUM LUGAR NO MUNDO) SEM COBERTURA! E este não poderia deixar de ser porque, além da paz que faz ter um seguro, os EUA são um dos lugares mais caros do mundo para contratar uma assistência particular. E sim, qualquer coisa pode acontecer, com qualquer e ninguém quer começar as férias já no prejuízo, né?

Prepare o bolso

Muita gente tem a impressão que os americanos vão à Disney toda a semana, mas isso não passa de um GRANDE mito. Visitar os parques é extramente caro e até hoje me impressiono quando escuto que fulano passou uma semana em Orlando e fez um parque por dia. Primeiramente, porque haja disposição e logo em seguida, porque É CARO! E quando me refiro ao preço, vale lembrar que além da entrada, tem alimentação, alguns serviços adicionais (como aluguel de carrinho de bebê) e claro, lembrancinhas (pelo menos uma orelha de Mickey você acabará comprando!).

Aluguel de carro

Uma das coisas mais negativas (pelo menos para mim, que odeio dirigir) é precisar de carro em quase todos os destinos americanos. Orlando não foge à regra: tudo é muito longe e espalhado. A boa notícia é que, em geral, se paga muito pouco para alugar um veículo muito bom. Ponha isso na conta e se estiver viajando com mais gente, só dividir.

Aeroporto

Uma das coisas que mais me impressionou no Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) a última vez que estive por lá, com certeza foi a desorganização e demora dos procedimentos. Como as coisas são complicadas! A mala por exemplo, após a retirada na esteira, volta para uma inspeção numa espécie de “check in secundário” e demora pelo menos mais uma hora para ser recolhida. Sem falar os MILHARES de turistas perdidos fazendo com que fique tudo ainda mais difícil. Não seja essa pessoa: siga os passos clássicos (imigração, check-in e recolhimento de bagagens) de acordo com as orientações de um oficial e  facilite a sua vida e a do coleguinha.

América que fala português

Faltou nas aulas de inglês e está com medo de sair do Brasil? Por aqui isso não será um problema! Ainda que brasileiros estejam no mundo todo, Orlando é uma cidade recordista no quesito turistas tupiniquins. E isso é tão sabido, que TODO mundo fala português no aeroporto, parques e algumas lojas.

Conheça os arredores

Uma boa é intercalar o clássico roteiro de compras e parques com os arredores como a cidade de planejada de Walt Disney, Celebration; os Parques Estaduais da Flórida; um passeio pelos famosos airboatsou dar uma pulo no mar em Tampa.  – se quiser ir mais longe: Miami está logo ali, a 380km.

Leia também: Airboat Ride em Inverness, Florida.

Compras

Loja por aqui é o que não falta e com preços infinitamente melhores do que os encontrados no Brasil. Faça uma lista antes de tudo o que precisa e separe um dia ou dois para fazer as compras por localização, afinal não compensa tanto assim viajar para só para comprar (embora muita gente discorde).

Dica: Lembre-se de considerar o câmbio do dia e ver se o item (também disponível no Brasil) vale mesmo a pena ser comprado

Parques

Você não chegou até aqui por nada: chegou a hora de finalmente conhecer o Mickey! Além da Disney propriamente dita, Orlando também é famosa pelo Sea WorldUniversal e Busch Gardens.  O que visitar vai depender do tempo/dinheiro que estão envolvidos na sua viagem. Separe os parques por interesse e distância, se possível se hospede próximo ou dentro dos parques, comece as visitas o mais cedo possível e lembre-se de intervalar os dias com atividades na cidade. Nas pausas, descanse!

Leia também: Planeje a sua viagem para os EUA 

RIO: UMA INTRODUÇÃO

:: Comecei outubro viajando: durante vinte dias, eu e minha família passaremos por Brasil, Argentina e Uruguai. Nesta série, mostro o lado mais turístico e o que não pode passar em branco na sua primeira viagem a esses países. ::

Não é à toa que o Rio de Janeiro é o destino mais conhecido de estrangeiros no Brasil. A cidade reúne (muito democraticamente) montanha, praias e cidade, o que basicamente significa ter muita coisa para fazer e sempre com uma vista de tirar o fôlego.

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Vista da Lagoa Rodrigo de Freitas

Está indo ao Rio pela primeira vez? Dá uma olhada nesse guia super básico sobre a capital carioca.

Como chegar: 

Avião: Existem duas opções de aeroportos – O Santos Dumont, que administra voos domésticos e está localizado na região central da cidade e o Galeão, que fica na Ilha do Governador, a 17 km do Centro (aproximadamente 40 min) e recebe voos de todo o mundo.

Navio: O porto está localizado na região central, no Pier Mauá, e foi eleito diversas vezes como o melhor da América Latina. De lá, saem e chegam grandes navios diariamente. Para consultar a programação, clique aqui.

Ônibus: A rodoviária municipal recebe ônibus de todo o país. Para consultar linhas e horários, clique aqui.

Carro: A 450km de São Paulo, a viagem dura cerca de 5h30 pela via Dutra.

Clima:

Costumo de dizer que o clima do Rio varia entre quente, muito quente e insuportável, rs. Os locais chamam de “frio” (que normalmente ocorre entre maio e agosto) temperaturas ao redor de 20°C, rs.

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Setembro no Rio: sol e calor “moderado”.

Durante o verão (entre dezembro e fevereiro) os termômetros ficam ao redor dos 40°C e a sensação térmica pode chegar a 50°C. Nessa época também temos a alta temporada (férias, feriados e Carnaval), contribuindo para que a cidade fique lotada. Se possível, fuja!

Chuvas podem acontecer durante todo o ano, mas são mais frequentes no verão – dia de intenso calor com fortes chuvas no final da tarde/começo da noite.

O povo:

Nascidos no Rio são conhecidos como carioca, palavra de origem tupi que significa casa do homem branco (referência à colonização).

Segurança:

Assim como no resto do Brasil, é melhor não bobear: evite andar nas ruas durante a noite, pegar táxi na rua (prefira os aplicativos), mantenha seus pertences próximo ao corpo e não saia às ruas com muito dinheiro e passaporte.

Se precisar registrar uma ocorrência durante a estadia, existe no bairro do Leblon uma delegacia direcionada aos turistas, onde o atendimento pode ser feito em outras línguas.

DEAT – Delegacia de Apoio ao Turista – R. Humberto de Campos, 315 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ, 22430-190

Transporte:

Transporte público

O transporte público é composta basicamente por ônibus e metrô. Para validar integrações e economizar, vale a pena fazer um RioCard.

Dica extra: Uma opção para economizar saindo dos aeroportos ou da rodoviária, é o ônibus executivo conhecido como Frescão. A linha 2018 (Galeão-Alvorada) é a responsável por esse trajeto por R$16,00 (valor da tabela de 2017).

Transporte particular

UBER, CABIFY e 99POP funcionam bem em toda a área metropolitana, assim como os táxis.

Para evitar qualquer golpe em táxis, sempre recomendo solicitá-los por aplicativos e nunca parar um veículo na rua.

Dica extra: Durante a Family Trip contratei uma van com motorista, afinal estávamos em seis pessoas e seria bem complicado depender sempre de dois táxis. Foi MUITO difícil achar um preço justo com qualquer agência e já estava quase desistindo quando um amigo me recomendou os serviços do Joselito! RECOMENDO MUITO! A van é nova e ele super prestativo. Apesar de não falar inglês, o Joselito também presta serviço com o um guia bilíngue. Para entrar em contato com ele, clique aqui.

Alimentação:

Por ser uma cidade grande, dá para encontrar de tudo. Vou fazer um post contando mais sobre os restaurantes que visitamos na viagem, mas para os ansiosos, já tem post disponível com os meus preferidos (aqui).

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Quer ter a típica experiência carioca? Vá a praia e peça um mate (chá escuro gelado) com biscoito Globo (biscoito de polvilho).

Hospedagem: 

Tem de tudo e para todos os bolsos.

Já fiquei:

Hostels:

Hotéis:

Airbnb:

  • Ipanema: Apartamento que fiquei durante a atual viagem! Enorme, comportou bem o grupo, a uma quadra da praia e pertinho do bar Garota de Ipanema.
  • Leblon: Fiquei com meu namorado no reveillon neste apto de dois quartos no Leblon, que é a melhor locação para quem gosta de comer bem, já que está cercado de restaurantes bons, e ao mesmo tempo, de sossego (trata-se de uma área residencial)

Observação: Em brevepost detalhado falando de hospedagem durante a Family Trip. Aguardem!

Curiosidades:

  • Ao contrário do que muitos turistas pensam, o Carnaval não acontece apenas no Rio, e sim simultaneamente em todo o país, durante quatro dias.
  • Apesar da fama de Copacabana, outras praias são mais propicias para banho, como a desconhecida Prainha, famosa entre os surfistas.
  • Nem só de praia a cidade é feita: Uma das capitais do país, o Centro está cheio de história que vale a pena ser desvendada.
  • O Cristo Redentor, ponto turístico mais visitado, é extremamente lotado em qualquer época do ano e horário, e provavelmente, você não conseguirá uma boa foto por lá.
  • Os corpos que desfilam pelas praias da zona sul são inacreditáveis: é MUITA boa forma junta!

Para ler mais sobre o Rio de Janeiro, clique aqui

 

 

[Family Trip] VIAJANDO COM A FAMÍLIA

Na maioria das vezes, costumo viajar sozinha ou com mais uma pessoa, mas no começo desse ano, recebi uma missão: planejar uma viagem de 20 dias pela América do Sul para minha família americana, que além de não falar uma palavra de português / espanhol, faria a primeira viagem para o hemisfério sul.

Para ler mais sobre América do Sul, clique aqui.

Devo confessar que na empolgação (afinal também viajaria junto), subestimei o desafio e verdade seja dita: foi mais complicado do que pensava.

Nosso roteiro:

A viagem começaria na cidade do Rio de Janeiro, onde nos encontraríamos, seguiria para Búzios, Foz de Iguaçu, Buenos Aires e Colonia Del Sacramento.

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Cogitamos incluir o Chile, mas ficaria inviável para o curto tempo que teríamos disponivel.

Duração:

20 dias – Incluindo o tempo em trânsito.

O grupo:

6 pessoas, misto.

O que levar em conta:

  1. Viajar em grupo sempre é mais complicado do que sozinho. É importante conhecer bem as preferências de cada um.
  2. Muitas vezes, organizar uma viagem assim significa abrir mão dos próprios gostos. Eu por exemplo, fujo de lugares muito turísticos, mas não poderia não levar estrangeiros ao Cristo Redentor estando no Rio de Janeiro.
  3. É importante confirmar e reconfirmar todos os passeios, voos e hotéis, já que imprevistos podem acontecer.
  4. A homogeneidade do grupo: no nosso caso, por exemplo, temos duas idosas, impossibilitando programas noturnos muito longos ou negligenciand as pausas durante o dia.
  5. Faça um roteiro que envolva todos (crianças, adultos e idosos).
  6. Comida é um negócio sério: cheque todas as restrições alimentares.
  7. Por fim: tente se divertir. Parece óbvio, mas quando se está a frente do planejamento de uma viagem, o estresse é tanto que às vezes parece ser impossível aproveitar também.

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No momento, a viagem está em andamento e, obviamente, renderá bons posts.

Para acompanhar em tempo real, clique aqui.

ROTEIRO EM SÃO PAULO – COMPRAS DE DECORAÇÃO

Leia também: TOP 3 Gastronomia completa: Comprar + Comer

Leia também: Roteiro em São Paulo – Centro

Minha formação em arquitetura não deixou escapar a paixão por bom design.

Há quem ache decorar uma ação fútil, mas não se engane, os princípios do design e da decoração de qualquer ambiente (necessário, vamos ser realistas, não se vive apenas entre quatro paredes) é proporcionar conforto, bem-estar, praticidade e atender às necessidades diárias da vida. O bom design não é apenas belo, mas também bom realizador de sua ação proposta. Se algum objeto, de qualquer porte, não executa bem a sua tarefa, gera resíduos, se desmonta, não é fácil de manusear, e outros aspectos similares, ele acaba sendo um produto ruim, por mais lindo que seja.

Nem sempre bom design é acessível, sei muito bem disto. Nos últimos anos, grandes lojas de móveis e decoração se instalaram no Brasil com a proposta de aproximar o consumidor deste setor, afirmando reunir bons preços à qualidade.

Na minha opinião, apesar de realmente construírem uma cultura que valoriza e adquire design, estas marcas também são responsáveis pela “padronização” da estética e do visual e tudo parece ter a mesma “cara”. Com o tempo, sinto que nossos espaços ficam se industrializando, se copiando, não tendo mais identidade nem personalidade.

Cada lar tem que ter o seu jeito, seguir seu estilo, e mudar junto com você e com os outros moradores. Buscar identidade na vida deve refletir também no ambiente em que vivemos, por mais que você passe boa parte do tempo fora, a casa deve ser uma extensão de quem vive nela.

Tem coisa mais linda que ter louças e outras peças antigas, e herdadas da família, que pertenceram a outras épocas, foram usadas em celebrações, ou até mesmo no dia-a-dia na casa da avó? Lembro-me sempre das xícaras e pratos alaranjados com desenhos geométricos (dos anos 70, eu acho) que minha avó usava para nos servir o lanche da tarde em sua casa. A licoreira rosê que ela guardava na cristaleira também nunca passou despercebida, e pouco tempo atrás fui saber que foi um presente de seu casamento celebrado nos anos 40.

Mesmo que você não tenha objetos com este valor histórico e sentimental, é uma delícia ir atrás de itens únicos, como estes que mencionei, em antiquários, feiras de antiguidades, e até mesmo comprar itens que você goste e cultivar sua própria história. É assim que tudo sempre começa, não é mesmo?

Para esta missão, resolvi ir atrás de lojas que pudessem vender itens especiais, criativos e que criassem raízes e memória. Não foi tão difícil assim, e listo aqui TRÊS lugares para você ir visitar na cidade e dar aquela “garimpada” gostosa:

COLLECTOR 55

Super descolada, a loja começou apenas online (e realiza um bom serviço neste ramo), mas pode ser deliciosamente visitada na sua unidade em Pinheiros. Uma pequena casa tem os itens expostos nas paredes, prateleiras, mesas e cestos, e aposto que a delicadeza das louças, as estampas das almofadas e mantas, e a rusticidade estilosa de outros itens vão fazer você curtir.

LOJA MOD

Também pequenina, esta loja fica no térreo de um edifício em Higienópolis, em frente a uma das laterais do Parque Buenos Aires (delícia!), e agrega, com muito jeitinho, muitos objetos e mobiliários de pequeno porte. Você roda, roda e roda a loja, querendo tudo, é sempre muito tentador.

LOJA WESTWING

A versão física da tão famosa Westwing chegou a São Paulo a um tempinho, e é uma espécie de “recorte” de tudo que a marca comercializa online. Você deve conhecer o sistema de campanhas que eles realizam no site, como uma espécie de grupo de produtos, em pequenas quantidades (meio que exclusivos), e a loja segue esta mesma linha. Tudo parece irresistível, mas nem sempre muito acessível. Em um grande espaço, a loja cria ambientes, como em uma casa, e expõe os produtos coerentes com cada canto, desde grandes móveis a objetos de cozinha e decoração.

No local também ocorrem atividades gratuitas e eventos aos clientes, como workshops e oficinas. Para participar é só ficar atento nas redes sociais.

Mais informações:

Collector 55 – Rua Mateus Grou, 503 – Pinheiros.

Loja MOD – Rua Alagoas, 503 – Higienópolis.

Westwing – Rua Simpatia, 51 – Vila Madalena.

ENTENDA: DESASTES NATURAIS

Impossível ignorar as notícias e imagens de destruição que tomaram conta do mundo na última semana devido aos estragos causados pelo Furacão Irma.

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Barbuda após a passagem do Furacão Irma – Fonte: CNN

Com isso, muita gente fica apreensiva em planejar as férias nesse período, mas antes de mais nada, vamos entender como esses fenômenos ocorrem e por que, talvez você, como turista, não precise se preocupar tanto assim.

Para classificar a intensidade do furacão, utiliza-se a escala Saffir-Simpson, que varia varia de um a cinco, de acordo com a imagem baixo.

Coast Guard San Juan crews prepare for Hurricane Irma
Fonte: US Department of Defense

Furacão, Tufão, Ciclone ou Tornado.

A nomenclatura pode causar um pouco de confusão, mas furacão, tufão, ciclone e tornado são eventos distintos cuja ocorrência varia.

O ciclone é uma tempestade, formada nos Oceanos, com ventos fortes, que geralmente causa redemoinhos. Para cada localização específica, o ciclone recebe um nome diferente. Quando ocorre no Pacífico recebe o nome de tufão, e no Oceano Atlântico, furacão. Ambos são mais propensos à ocorrência no período que vai de maio a novembro.

O tornado, também se forma a partir de chuvas, mas normalmente ocorrem em áreas continentais (veja mais no vídeo abaixo).

Rota de furacões

A Hurricane Season (ou época de furacões) se inicia no primeiro dia de junho e termina no primeiro dia de novembro. Mesmo durante esse período, a possibilidade de ocorrência de furacões altamente destrutivos é remota, por isso, não deixe de planejar uma viagem só porque está na temporada. Saiba que caso ocorra algo no meio da suas férias, há possibilidade de evacuação e as companhias aéreas irão reorganizar os voos.

Curiosidade: Os furacões recebem nomes para que sejam facilmente lembrados. Estes, são intercalados entre nomes femininos e masculinos e todos os furacões mais destrutivos tem o nome arquivado, não podendo ser repetido.

No Atlântico, boa parte do Caribe, Golfo do México e Sudoeste dos Estados Unidos são atingidos.

As ilhas que estão fora da rota de furação pertencem a porção mais austral do caribe e para quem não quer arriscar, uma boa seria ir para as ilhas ABC (Aruba, Bonaire e Curação).

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Rota do furacão Irma – Fonte: The Guardian

Para classificar a intensidade do furacão, utiliza-se a escala Saffir-Simpson, que varia varia de um a cinco, de acordo com a imagem baixo.

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Fonte: disasterpreparednesscourse.com

Desastres naturais nos EUA 

Todo o foco recente se voltou ao Sudoeste dos Estados Unidos, mais especificamente para a Florida, onde o Irma atingiu boa parte do Estado. Mas o país sofre esporadicamente também com terremotos e tornados. O infográfico abaixo (extraído do New York Times) mostra as áreas com mais risco de desastres naturais nos EUA.

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Clique para ampliar – Fonte: New York Times (30/04/11)

 Para mais dicas úteis, clique aqui.

TOP 3: CAFÉ DA MANHÃ NOS EUA

Uma coisa é certa: difícil visitar os Estados Unidos Unidos e não voltar com uns quilinhos a mais. É tanta coisa gostosa (e açucarada), que não é fácil se controlar.

Algo que sempre me chamou muito a atenção é a predileção por café da manhã salgado, diferentemente do café típico francês, por exemplo, no qual as estrelas principais são as geleias e confeitaria.

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Meu café da manhã no Texas: Hash browns, omelete, torradas, geleias, chá, suco e parfait de iogurte

Cafe da manhã x Brunch

A palavra surge da combinação das palavras breakfast (café da manhã) e lunch (almoço), e a ideia é que seja uma refeição mais tardia que o café, misturando pratos das duas refeições. Ao contrário do que muita gente pensa, no dia a dia os americanos não tomam um café da manhã super completo como vemos em filmes. Muitos, inclusive, se satisfazem com um café e um bagel comprado no caminho do trabalho.

Já no brunch, é o momento no qual amigos e famílias se reúnem aos finais de semana, algo como o nosso tradicional “almoço de domingo” no Brasil. Normalmente acontece a partir das 11 da manhã e vai até o meio da tarde. É sempre iniciado com uma mimosa (combinação de espumante com suco de laranja, seguido por pães, ovos, batatas, bacon, salmão, salada, panquecas, waffles, sucos e cafés.

Clique aqui para conhecer meus brunchs preferidos em NYC

O almoço normalmente é “pulado” e a próxima refeição, o jantar, começa bem cedo – a partir das 17h (contei mais sofre essa tradição do jantar no fim da tarde aqui).

Os favoritos

Batatas: Hash Brown e  Roasted Potatoes

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A primeira vez que cheguei numa cadeia de hotéis norte-americanos, fora dos Estados Unidos, me choquei com a quantidade de batatas no buffet. Provei e me apaixonei instantaneamente, tanto que sempre faço aqui em casa aos finais de semana. A batata é assada, servida com uns temperinhos que combinam perfeitamente com omelete e bacon! Uma variação bastante popular e que também amo, são os hash browns. Estes, são as batatas raladas, modeladas como se fossem pequenas panquecas e grelhadas no azeite.

Breakfast Burrito

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Achei excêntrico. A primeira vez que ouvi falar de breakfast burrito, foi na California, região bastante influenciada pela culinária mexicana. Basicamente é uma massa de burrito recheada com ovos, queijo e bacon, mas que pode sofrer variações (abacate e feijão preto, por exemplo). Confesso que gosto do mais simples possível, apenas com ovos e queijos, mas o limite para o recheio é o céu.

Quer aprender a fazer? Olha essas sugestões do Buzzfeed!

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Blueberry, strawberry, raspeberry, blackberry… Os países do norte são um prato cheio para quem ama essas frutinhas, tão raras e caras no nosso querido Brasil. Nas compotas, panquecas, muffins ou in natura servidas com iogurte e granola (o famoso parfait), elas estão por todas as partes! Uma dica de passeio imperdível para quem for ficar por mais tempo nos EUA, é passear pelas farmer’s markets (feira livre), que acontecem na rua uma vez por semana e comprar frutas, bacon e ovos, frescos e orgânicos, direto do produtor.

Para mais curiosidades sobre os Estados Unidos, clique aqui.

VISITANDO O CANADÁ: VISTO E PRIMEIRAS IMPRESSÕES

:: Na última semana de agosto, cruzei todo o continente americano para passar uma curtíssima temporada no Canadá. Foram apenas quatro dias, nos quais visitei algumas regiões da Província de Ontário, a partir de Toronto. ::

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Maior país da América do Norte, o Canadá está localizado ao norte dos Estados Unidos – único país que faz fronteira. É nessa região também que se encontra grande parte da população (Toronto, por exemplo, tem quase 3 milhões de habitantes), com economia mais desenvolvida e climas mais amenos.

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Imagem:Wikimedia Commons

Como chegar

Há voos diretos do Brasil, partindo de São Paulo com destino a Toronto (aproximadamente 12h de voo), pela Air Canada.

Outras opções são com conexões, normalmente nos EUA.

Vale lembrar que é necessário um visto americano válido para conexões nos EUA.

Visto

Recentemente, o Canadá facilitou bastante a vida do turista brasileiro ao “retirar” a obrigatoriedade do visto e permitir que entrássemos no país apenas com uma autorização facilmente emitida pelo viajante, o ETA (Eletronic Travel Autorization), que custa apenas $7 CAD.

Para mais informações sobre os vistos, visite o site do Canada Immigration and Citzenship (CIC), clicando aqui.

Tudo lindo, tudo ótimo, se não fosse por um detalhe: a tal autorização só é válida para entrada no país por avião. O visto convencional ainda é necessário para entrantes marítimos ou rodoviários.

Como precisei ir aos Estados Unidos e voltar de carro, fui atrás da burocracia convencional.

A verdade é que toda a informação disponível na internet é meio confusa e ultrapassada, e o site do Canadá é bem descritivo, mas peca em alguns aspectos.

De forma geral, o modo como o visto é processado é bem parecido com o modelo americano. Você entra no site, se cadastra, preenche alguns formulários e anexa alguns documentos (necessário scanner) e ao fim, paga uma taxa de $100 CAD. Fiquei bem assustada quando comecei o processo, mas a verdade é que é bem mais fácil do que parece. Com um pouco de organização, tudo dá certo. Se aprovado, é enviada uma notificação por email pedindo que o passaporte seja encaminhado ao CIC (por correio ou pessoalmente). E o mais importante: é tudo aprovado online e você não passa por nenhuma entrevista presencial.

Clique aqui para ver o passo a passo detalhado.

Ah, outro ponto importante: Em 10 dias já estava com o passaporte em mãos – do momento que submeti os formulários/documentos e paguei, até o momento que o recebi em casa com o visto. SUPER RÁPIDO!

Cruzando a fronteira

Durante a minha estadia no país, entrei e saí de avião e de carro – precisei ir também ao norte dos Estados Unidos. Em ambas as fronteiras não tive nenhuma complicação, mas o mais interessante está por vir: meu passaporte não foi carimbado em nenhuma das vezes! Fiquei bem apreensiva, porque sempre esperava um carimbo e ele nunca chegava e comecei a pensar que teria problemas ao sair do país, mas não, deu tudo certo. Procurei várias informações em vários veículos e não encontrei nenhuma resposta (alias, se alguém souber, pode me contar). Lembrando que, como comentei anteriormente, tenho um visto de turista de múltiplas entradas.

Idioma

Bilíngue: Inglês e francês.

Ainda que seja, de fato, falado apenas na província de Quebec, o francês está presente nas placas de todo o país, assim como em órgãos públicos e documentos oficiais.

Clima

O clima é bem variado, devido à dimensão do país, mas uma coisa é certa: pode fazer muito frio, especialmente no norte. Na regiões mais habitadas, ao sul, o verão é a época mais agradável para visitar, com temperaturas que passam dos trinta graus, na costa oeste, por exemplo. Ah, e vale lembrar que por estarem no hemisfério norte, o verão acontece entre junho e setembro!

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Imagem: Wikimedia Commons

Moeda

Dólar Canadense, que possui uma cotação um pouco menor do que o vizinho, Dólar Americano.

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Imagem: Wikimedia Commons

Para saber a cotação do dia, clique aqui.

Curiosidades

A rede local de cafeteria chama Tim Hortons, e serve além de café e acompanhamentos, alguns lanches.

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Existem vários banheiros públicos espalhados pelas cidades e além gratuitos são totalmente limpos – sério, os mais limpos que já conheci em vida!

Não importa em qual lugar da rua/avenida/rodovia você esteja: ao primeiro passo de ameaçar atravessar, todos os carros param.

As estradas são bem monótonas e as distâncias, imensas – Imagino quão longa não deve ser uma roadtrip que atravesse o país! Os postos de serviço não são muito próximos e as paradas sempre tem uma conveniência chamada On Route.

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Imagem: Wikimedia Commons

O povo é super receptivo, o que  provavelmente explica a quantidade de imigrantes que encontrei em Toronto. Muitos, muitos descendentes de árabe e indianos.

PS: Essas observações são da minha percepção em viagem na província de Ontario, mas acredito que muita coisa seja parecida no resto do país.

Lugares para visitar

  • Conheça a vida urbana nas grandes cidades: Toronto, Montreal, Vancouver e Calgary.
  • No inverno, veja a aurora boreal à noite na região noroeste, no entorno da cidade de yellowknife.
  • Observe os ursos polares na Great Bear Rainforest.
  • Visite a cidade de Niagara e as Cataratas.
  • Passei pela história de Old Town Lunenbourg – Patrimônio Mundial pela UNESCO
  • Sinta a natureza no primeiro Parque Nacional Canadense, o Banff, em Alberta.
  • E muito mais!

Se animou? No próximo post conto mais como foram meus dias e o roteiro em Ontario! 😉

MORANDO FORA

Com frequência escuto pessoas próximas dizendo que está cada dia mais difícil viver no Brasil por diversas razões, como segurança, desemprego e alto custo de vida.

Por outro lado, também é comum que muita gente, mesmo sem ter planos de ficar fora do Brasil por muito tempo, queira ter a experiência de conhecer e se integrar a uma nova cultura, seja para fazer um curso, aprender uma nova língua ou diversificar o currículo com uma expatriação.

Sempre amei viajar, e em 2012, resolvi juntar o útil ao agradável: viajei para Paris para um intercâmbio acadêmico e, paralelamente, melhorar o meu francês. Claro, estava empolgada e posso afirmar que foi uma das melhores experiências da minha vida.

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Primeiro dia em Paris (2012)

Quando conto essa história, todo mundo imagina a sorte que é acordar, olhando para a Torre Eiffel, sair por aí com uma baguete debaixo do braço, jantando pain au chocolat com champanhe. Clichês a parte, a vida não é bem essa – nem em Paris e em nenhum lugar do mundo.

eiffel tower

Juntando tudo isso, acho que é importante frisar que estar de saída, seja ela definitiva ou temporária, demanda alguns cuidados:

1) Objetivo

Acho que o primeiro passo do planejamento começa por entender o seu objetivo. A ideia é trabalhar, estudar, viajar? Por quanto tempo? Qual valor irá agregar ao seu futuro? Sozinho ou acompanhado?

2) Localização

Não importa para onde você esteja indo, sempre existirão coisas boas e coisas não tão boas assim. Pergunte a si próprio se o país que você planeja viajar atende bem as suas expectativas com relação à localização. Morar na Austrália pode não ser uma boa opção se você pensa em visitar a família com frequência no Brasil, fazer intercâmbio na Dinamarca pode ser complicado para quem não gosta de frio ou ir para os Estados Unidos pode ser bem frustante se você quer viajar para outros estados/países aos finais de semana.

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Uma das vantagens de morar na Europa: poder visitar vários lugares de trem, ônibus ou avião. Na foto, meu primeiro fim de semana fora de Paris, visitando o Castelo de Fontainebleau – na Île de France

3) Língua

Nem sempre é tão simples aprender uma nova língua e, ao mesmo tempo que pode ser um desafio, é essencial. Não são todos os lugares que todo mundo fala inglês como segunda língua, e a sensação de isolamento de não poder se comunicar é um grande motivo para tornar a sua mudança um fiasco.

4) Custo

Dinheiro não cresce em árvore e mesmo que você esteja indo trabalhar, é importante avaliar o custo de vida da região para não se surpreender no futuro. Ah, e sempre viaje com uma reserva de emergência – Alias, você deveria ter uma mesmo que não esteja planejando viajar tão cedo (clique aqui para saber mais).

Quer comparar o custo de vida entre as cidades? Clique aqui e conheça o Expatisan.

Além de mim, tanto a Gabi quanto a Mari, colaboradoras aqui do blog, já passaram/estão passando por experiências fora do Brasil.

“A primeira vez que morei fora foi por pouco tempo: 4 meses. Eu fui para o México fazer um intercâmbio profissional pela AIESEC. A experiência foi curta, mas bem intensa, principalmente por ser a primeira vez que vivia uma mudança desse tipo. As melhores lembranças que tenho são as amizades que fiz na cidade em que vivi (Aguascalientes): a hospitalidade do povo mexicano é realmente mágica. A maior dificuldade foi me adaptar à comida, que além de muito picante, era bem gordurosa e os horários das refeições são completamente diferentes do nosso (tudo bem mais tarde: café às 11h-12h, almoço às 16h, jantar depois das 21h).

A segunda experiência de morar fora estou vivendo agora, dessa vez na Espanha. O contexto é completamente diferente: vim pois meu marido ganhou uma bolsa de estudos no país, e, como ele tem nacionalidade espanhola, decidimos que era hora de executar esse plano que já tínhamos em mente. Faz um ano que estou na Espanha e o ponto mais difícil tem sido a integração. Como trabalhamos em casa, temos pouco convívio com as pessoas da cidade, fizemos poucos amigos por enquanto. Eu sinto falta de ter alguém para conversar e que entenda tudo o que digo, rs. A maior vantagem é a possibilidade de desfrutar de muitas coisas que não conseguíamos no Brasil, desde bons restaurantes, até produtos top de linha no supermercado, a facilidade de viajar para destinos encantadores ou mesmo de comprar artigos pessoais que antes eram inacessíveis.

As dicas práticas mais valiosas que posso dar para quem pretende morar fora são: 1) pesquise o funcionamento de tudo no país, conheça as principais leis e os comportamentos a evitar. Muitas vezes o que é permitido no Brasil pode ser proibido em outros lugares, e mesmo uma postura que parece simples no nosso país pode nos comprometer quando estamos em outro. Agora, a dica 2: traduza e legalize documentos que possam ser úteis ou necessários no país de destino, desde certidão de casamento, nascimento de filhos, se for o caso, certificados de estudos, comprovações de renda etc. Ter esses documentos no idioma local e reconhecidos legalmente ajuda a tocar a vida, você pode dar seguimento aos estudos, por exemplo, solicitar ou prolongar vistos de permanência e fazer muitos outros trâmites oficiais.”

(Gabriela Morandini – Colaboradora)

Saiba mais sobre a AIESEC clicando aqui

“Acho a expressão “morar fora” muito conveniente. De fato, é estar fora da sua zona de conforto, do seu espaço comum e das referências que construímos ao longo do tempo.

Pode ser complicado, mas também pode ser enriquecedor. Claro, estando sozinho nesta aventura, tudo triplica de tamanho, mas acho, de verdade, que o resultado é ainda mais fortalecedor como experiência.

Nas minhas três situações, breves porém intensas, diria que há em comum três etapas: desconforto, adaptação e comodidade. (Seria muito bom também atingir a fase “pertencimento”, mas passei a ter cada vez mais certeza de que esta sensação é exclusiva de nossa terra mãe).

Como adultos, o início exige concentração, observação e aprendizado. Entender alguns aspectos, como hábitos, cultura, rotina, linguagem (dominando, ou não, o idioma local, estrangeiros soam como estrangeiros) e preços (afinal, dinheiro não nasce em árvore!) demandam tempo e dedicação, mas quando mais absorvidos, fazem a confiança crescer. Na minha opinião, quando se está longe de tudo, este é um dos sentimentos mais agradáveis de se adquirir.

O momento seguinte representa consolidar seu espaço na sua nova comunidade e retomar hábitos comuns, do dia a dia, que parecem simples e banais, mas fundamentais para o bem-estar (e, sinceramente, só notei quanto viver o “básico” é bom ao conseguir realizar estas simples tarefas). Fazer compras, usar o transporte público, cumprimentar vizinhos, se exercitar na praça e pedir comida por telefone são apenas alguns exemplos de atividades que me fortalecem diante da aventura de estar sozinha em lugar “não tão mais” estranho.

O final, e aí varia um pouco de quanto tempo você permanece neste lugar, é se sentir à vontade. “Cômodo” para mim é não ter mais tantos receios, reconhecer caminhos apenas olhando o nome de ruas ou pontos de referência e de algum modo, encontrar seu próprio ritmo em meio a tantas novidades e se sentir bem com aquilo que você construiu, sem fazer comparações com aquilo que você tinha antes.

Por mais sofrido que tudo até possa recer (não quero desanimar ninguém, é sempre muito bom, acreditem!), a experiência sempre parece chegar ao fim quando você, finalmente, se sente em “casa”.

E sei lá, talvez seja para ser assim. Você volta para a outra “casa”, percebe o quanto sentiu saudade… mas daí a saudade passa e você abre a internet e começa a planejar tudo de novo e o “novo” nunca soou tão gostoso.”

(Mariana Dualibi – Colaboradora)

Malas prontas? Convencido que essa será uma das melhores experiências da sua vida? 🙂

 

COMO SE LOCOMOVER EM SÃO PAULO

São Paulo não é para amadores, mas também é bem menos pior do que parece. Nasci, me criei e vivi boa parte da minha vida aqui e nesses meus quase trinta anos, fiz muitos amigos estrangeiros e acompanhei muitos amigos de outros estados se mudando para a capital. E por quê?

De ritmo frenético, barulhenta e às vezes caótica, São Paulo é uma das poucas cidades do mundo que sabe receber tão bem, que muitas vezes quem por aqui chega, não sai mais.

Infelizmente, todos as cidades têm o seu calcanhar de Aquiles, e para mim, o mais sofrido em SP é a locomoção, e a lógica é bem simples: muita gente, espalhada por 1.521 km² e pronto, se instaurou o caos. Mas, pensando nisso, escrevi esse “mini-guia” introdutório para facilitar a vida do transeunte na Selva de Pedra.

Entendendo São Paulo

A cidade de São Paulo é a maior da América Latina e uma das maiores megalópoles do mundo. Ao total, são mais de doze milhões de pessoas que desfilam em ritmo frenético, 24h por dia, 7 dias por semana. Popularmente é divida pelos locais por zona sul, norte, leste, oeste e centro. Há ainda as cidades que cercam a capital e que juntas, correspondem à Região Metropolitana (ver mapa abaixo).

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Fonte: Emplasa

Como toda grande cidade, sofre com o trânsito e excesso de carros e como alternativa, instaurou-se o rodízio de carros na área delimitada abaixo:

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Foto: São Paulo Turismo

Por possuir longas distâncias e um relevo diverso (a região da zona oeste, por exemplo, possui muitas ladeiras), muitas vezes é inviável fazer alguns percursos a pé. Pensando nisso, listo a seguir os meios de locomoção possíveis por aqui.

TRANSPORTE PÚBLICO

Alternativa mais barata (e muitas vezes mais rápida) de circular pela cidade.

Metrô: Método mais rápido de circulação, mas que infelizmente não cobre toda a cidade. Atualmente são seis linhas com um plano de expansão. Para os turistas, é altamente recomendável se hospedar numa região que tenha uma estação próxima. Elas estão sinalizadas e são bem fáceis de serem localizadas. Uma curiosidade bem paulistana: os locais utilizam as catracas do metrô como ponto de encontro.

Informações: 0800 77 07 722

Trens: Similar ao metrô, os trens operam com agilidade porém mais lentamente. Abrange uma área mais periférica da cidade e pode ser utilizado em baldeação com o metrô sem custo adicional.

Informações: 0800 05 50 121

Atenção: Tanto o trem quanto o metrô podem ter horários especiais e/ou estações desabilitada aos finais de semana. Mantenha-se informado entrando com frequência nos sites das operadoras responsáveis (Metrô e CPTM) ou baixando os apps disponíveis (aqui e aqui)


Mapa do Transporte Metropolitano – Clique na imagem para ampliar (Fonte: Metrô SP)
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Ônibus: É o modo mais democrático de circular pela cidade. Diferentemente da malha ferroviária, os ônibus atendem bem todas as regiões da cidade e operam 24h por dia (consulte as linhas noturnas disponíveis, elas podem variar). Com o advento do Bilhete Único, as linhas operam em distância menores, já que as baldeações não são cobradas quando realizadas em até duas horas. A empresa responsável por toda a operação é a SPTrans e pelo site deles é possível verificar as linhas em operação, áreas onde existem corredores de ônibus e informações sobre o Bilhete Único.

Informações: 156

Toda a região da Grande São Paulo é coberta pelo Bilhete Único. Saiba mais aqui.

TRANSPORTE PRIVADO

Ótima alternativa para curtas distâncias ou durante a noite.

Aplicativos: Modo mais seguro e rápido de andar pela cidade, baixe os aplicativos antes de começar seu roteiro. Vale ficar atento aos cupons de desconto que normalmente conseguem reduzir bastante a tarifa.

99táxisEasy: Possuem tanto táxis quanto carros particulares com uma tarifa mais em conta ou executiva.

Uber: Aplicativo mais popular de carros, com boas tarifas e muitos carros em circulação, o que reduz o tempo de espera. Aceita tanto cartão de crédito quanto dinheiro.

Cabify: Opção menos popular, mas com um serviço melhor do que o Uber. Funciona bem em dias de trânsito, já que não opera com tarifa dinâmica, diminuindo os custos para o passageiro.

Dica extra: Para comparar as tarifas de todos os aplicativos e conseguir cupons de desconto exclusivos, baixe o aplicativo VAH (disponível para Android e IoS)

Helicóptero: São Paulo é a cidade com o maior número de helicópteros registrados no mundo. São mais de quatrocentas aeronaves que atendem os endinheirados buscando fugir do tão caótico trânsito. Se esse não for seu caso, vale a pena também contratar o serviço para ter uma vista aérea por alguns minutos. A Helimarte oferece pacotes de horas e até o Cabify lançou o serviço no qual é possível solicitar via aplicativo, popularmente chamado de Cabifly.

Bicicletas: Procurando um meio barato, sustentável e saudável para se locomover? A Prefeitura recentemente revisitou algumas áreas com ciclovias (clique aqui para mais informações). Para alugar, só acessar o site do projeto Bike Sampa ou baixar o aplicativo. O pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou Bilhete Único. Ah, e claro, os principais parques da cidade também possuem aluguel de bike.

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Foto: Bike Sampa

Carro próprio: Super não indico essa opção para ninguém, turistas ou locais. O trânsito é complicadíssimo, estacionamentos públicos são raros e os privados, caríssimos. Acho que ter carro por aqui só compensa para quem mora MUITO afastado.

Para saber mais sobre São Paulo, clique aqui.

ORGANIZANDO A VIDA DO VIAJANTE FREQUENTE

Viajar é uma delícia e eu amo, mas já parou para pensar na confusão que pode virar a vida de um viajante frequente? Mudanças bruscas de temperatura/altitude, ar condicionado de avião, fuso horário… São muitos fatores que claramente tiram nosso corpo da rotina e que podem nos debilitar.

As dicas abaixo são para viajantes frequentes mas obviamente se aplicam muito bem a qualquer viajante.

1) Tenha um checklist

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Parece óbvio, mas ter um checklist faz tudo ficar mais fácil. Entre uma viagem e outra, você não precisa ficar fazendo listas e mais listas para checar se não está esquecendo nada: o checklist já está pronto! Claro que para algumas viagens requerem uma atenção especial, mas ter um checklist do básico já poupa bastante tempo (acredite).

2) Programa de milhas em dia

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Para quem viaja muito de avião (ou não), é sempre importante lembrar de registrar todos os voos no Programa de Fidelidade. Se puder escolher, sempre viaje com a mesma aliança e esteja sempre atualizado sobre as vantagem da sua associação. Alguns cartões de crédito também oferecem vantagens especiais.

As principais alianças são: One World, Star Alliance e SkyTeam 

3) Deixe a necessaire de viagem pronta

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Infelizmente, não podemos deixar a mala sempre pronta, já que cada viagem é única e requer ajustes, mas com certeza você pode ter uma necessaire sempre pronta. Para isso, mantenha todos os seus produtos em travel sizes. Eu sou super adepta do travel light, mas acho que não dá pra economizar quando o assunto é necessaire. Tente levar tudo o que você usa no dia-a-dia (em travel size) e talvez alguns extras , já que naturalmente sua pele e cabelo irão sofrer alterações.

4) Faça check-in com antecedência

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A maioria das companhias abre o check-in online entre 72h e 48h antes do voo. Além de poupar um tempão em filas intermináveis no aeroporto, se programar para fazer o check-in antes de sair de casa pode garantir uma assento mais interessante – lembre-se que próximo ao meio o avião chacoalha menos – e quem sabe ainda garantir aquele upgrade para a business class.

Se a ideia é tentar aquele upgrade, não espere o check-in: quanto antes, melhor. Logo depois de comprar a passagem, já peça para entrar na lista – as chances são maiores.

A GOL está oferecendo check-in por reconhecimento facial: mais uma facilidade, já que nem sempre os aplicativos das companhias funcionam bem.

5) Entretenimento sempre

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Poucas coisas são piores que do que passar horas e horas sentada numa máquina voadora sem ter nada para fazer. Se você, assim como eu, morre de medo de avião, esse ócio é mais uma oportunidade para sofrer de pânico dentro de aviões. A menos que você seja daquela rara espécie que dorme (naturalmente) antes do avião decolar e só acorda quando já pousou, melhor usar esse tempo útil em rota e em conexões para adiantar algum trabalho, ler, ouvir música ou até jogar alguma coisa que distraia a mente.

6) Mantenha os documentos em dia

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Manter um arquivo digital e físico com os principais documentos é mais do que essencial para evitar dores de cabeça de última hora. Após a compra da passagem, confirme a necessidade de visto para entrada no país, mantenha uma cópia autenticada do passaporte, e compre um plano de saúde internacional. O certificado de vacinação contra febre amarela está sendo solicitado em vários destinos, devido ao aumento de casos recentes no país, então não espere comprar a passagem: tome a vacina mesmo que não tenha nada em mente para um futuro próximo – ela deve ser tomada com dez dias de antecedência e dura dez anos.

Clique aqui para saber como fazer seu certificado de vacinação.

Ah, e não menos importante: coloque todos esse itens numa bolsinha/carteira destinada a isso.

7) Inclua chá na sua mala

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Eu sei que não é todo mundo que toma/gosta de chá, mas é sempre importante ter alguns saches na bolsa. Isso porque quando viajamos, saímos da rotina, o que é péssimo pro corpo, e a chance de você ter dor de cabeça, problemas gastroentestinais ou de sono, são altos. Imagina se você, que viaja com frequência for tomar um remédio toda vez que se sentir indisposto? Tem um monte de chá que dá um alívio quase que imediato e ainda dá aquela abraçada no corpo por dentro. Meus escolhidos? Sempre tenho comigo boldo, camomila e hortelã (no mínimo) e calculo um sache de cada por dia.

8) Mantenha um kit básico de medicamentos

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Eu sei que acabei de falar que devemos evitar medicação (e mais ainda, automedicação) ao máximo, mas em alguns casos, medicamentos se tornam necessários. Converse com seu médico sobre uma farmácia básica (antialérgicos, antiinflamatorios, analgésicos e tudo o que seja recomendado) para uma emergência. Eu, por exemplo, sou asmática e super alérgica, e apesar de ter tudo sempre controlado, mantenho esse tipo de remédio na bolsa). Ah, e não se esqueça de carregar a medicação com você na bagagem de mão, talvez seja necessário ainda em trânsito. E lembre-se de sempre checar com a companhia aérea as exigências de receita médica.

9) Pelo amor de Deus, beba água.

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Tão batido quanto usar protetor solar, mas sério: beba água. Se manter hidratado faz toda a diferença na saúde em qualquer lugar, no avião então, nem se fala. Se você é como eu que as vezes perde o apetite, enjoa ou qualquer coisa do gênero, tente pelo menos se manter muuuito hidratado. A diferença que a ingestão de água faz é mágica.

10) Snacks. por favor.

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Já é mais que sabido que comida de avião não é das melhores e atualmente, muitas companhias já nem oferecem mais lanches gratuitamente em voos domésticos. Para evitar problemas, carregue sempre algum lanchinho – não precisa ser nada elaborado, mas qualquer coisa é melhor que nada. Confesso que em voos nacionais, por não ter restrição de líquidos, muitas vezes levo até suco, chá (já pronto) e sopa (sim, sou dessas).

11) Fuso horário: o que fazer?

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Eu sou provavelmente a pior pessoa para dar dicas de fuso porque sinto muito quanto viajo – a partir de duas horas de diferença, sempre fico meio perdida, mau-humorada e sem sono ou com sono demais. Dando uma googlada, existem milhares de dicas, mas a verdade é que nem sempre conseguimos chegar um dia (ou vários dias) antes para fazer o ajuste. A única dica que posso dar é: mantenha uma alimentação equilibrada, tome banhos de sol, beba muita água e evite cochilos.

12) Deixe a casa impecável

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A ideia aqui é sair de casa com tudo nos trinques e quando voltar, encontrar uma sensação de paz, e não um pesadelo. Não adianta achar que viajando estamos fugindo de tudo: uma hora sempre voltamos para casa. E sim, ninguém quer chegar de viagem cansado e ter que arrumar a casa. Limpe a geladeira, tire todo o lixo, feche os registros, mantenha os móveis abertos para ajudar na circulação e encontre alguém para ficar com uma cópia das chaves para alimentar os pets, regar as plantas e entrar em caso de emergência.

Leia também:

  • O Pinterest tá cheio de checklists para você não esquecer nada. Escolha seu favorito e baixe aqui.
  • Viciada em cosméticos e ainda assim quer viajar só com a mala de mão? A Estee abriu a necessaire super recheada e ainda assim, compacta.
  • A StarAlliance foi eleita a melhor aliança do ano pela consultoria especializada Skytrax.
  • A revista Casa e Jardim listou os 20 itens essenciais para manter a casa segura enquanto você viaja.

 * Imagens extraídas do Pixebay

Para mais dicas úteis, clique aqui

[INSPIRAÇÃO] BLOGS DE VIAGEM

Muita gente me pergunta por onde começo minhas pesquisas antes de viajar e se sigo diariamente algum blog. Neste post, venho compartilhar meus favoritos [em inglês e em português] de gente que não só viaja, mas escreve muito bem sobre o tema.

Em português [PT]

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Amanda Viaja: Ex-agrônoma e atual blogueira, Amanda escreve também para o Estadão na coluna homônima Amanda Viaja. Seu estilo é mais sucinto e que vai além de roteiros: são diversos textos reflexivos, dicas e roteiros. Já recomendei o canal do Youtube dela aqui no blog algumas vezes, mas caso você não tenha visto, vale a pena se inscrever.

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lala rebelo

Lala Rebelo: Provavelmente o blog pessoal mais completo. Larissa (a.k.a Lala) tem uma didática incrível e fotos maravilhosas, tudo isso em post super bem detalhados. O instagram dela também SURREAL! Queremos todas ser Lala, rs

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Viaje na viagem: Atualizado com frequência, acho que o Viaje na Viagem é um dos blogs em português com mais informação recente. Já falei deles anteriormente aqui quando mencionei o Praiometro, um gráfico que mostra a pluviosidade e os melhores meses para viajar às melhores praias da América Latina.

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Carpe Mundi: Sempre atualizado e com roteiros incríveis, sempre que estou completamente sem ideia de destino para uma determinada situação, entro aqui.

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casa que viaja

Casa que viaja: Blog da Amanda Mormito, que alimentava o melhor guia de Buenos Aires (na minha opinião), o Buenos Aires para Chicas. O blog de Buenos Aires foi descontinuado, uma vez que Amanda migrou das terras porteñas para Cingapura e em seu novo blog, traz um monte de dicas espertas de destinos asiáticos.

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logo-you-must-go 

You must go: Minha descoberta recente, comecei acompanhando pelo Instagram e adoro os stories da Renata Araújo, jornalista por trás do blog. Confesso que as dicas de hotéis às vezes são meio inacessíveis ao público geral, afinal trata-se de conteúdo de luxo, mas ela sempre tem dicas ótimas de restaurantes, tópico que me interessa tanto quanto a viagem em si.

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RBBV-cover2

RBBV: Rede de blog de viagens, reúne uma extensa coleção de posts para todos os destinos possíveis. Buscando por destino, aparece o blog que viajou e a data da viagem. É sempre minha primeira opção de busca quando estou completamente perdida e quero ter uma noção mais geral do lugar que estou indo.

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Em inglês [ING]

clumsy traveler

The clumsy traveller: Eu adoro o Instagram da Sebrin, e acho o máximo essa história de mulher viajando para tudo o que é lado, sem depender de ninguém e sem medo de cara feia, além do título em si já ser bem divertido (em português, a viajante atrapalhada).

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blondeabroad

The blonde abroad: A história da Kirsten é basicamente o sonho de todo mundo: Loira, bonita e rica, residente na Califórnia, com uma carreira bem-sucedida no mercado financeiro. Olhando de longe, parecia que ela já tinha tudo. Até que cansada, largou tudo isso, começou um blog e foi viajar pelo mundo. Hoje, um dos blogs de viagem mais premiados, ela dá dicas de viagem focando em solo traveler.

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points guy

The points guy: Você já pensou em viajar por aí gastando nada ou muito pouco, só com programas de fidelidade? Pois é, Brian Kelly não só pensou como materializou a ideia. Aqui, além das dicas básicas e notícias de viagem, você encontra também as melhores opções de voos/hotéis e tudo o que se tem direito através de programas de fidelidade.

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A-Luxury-Travel-Blog-Top-100-Travel-Sites

A luxury travel blog: Não sou muito fã de conteúdo de luxo porque gosto de viajar o mais barato possível, porém de vez em quando não faz mal a ninguém. No Luxury Travel Blog, todo o conteúdo do tipo está reunido, ou seja, tudo num lugar só!

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SÃO PAULO: FAVORITOS DE FÉRIAS 

Apesar de morar em São Paulo, quase não fico aqui e quando estou na cidade, estou ocupada #paulistanos haha. Nas minhas quatro semanas de férias, consegui 10 dias inteirinhos para não fazer nada na cidade. Como sou super inquieta e a capital paulista, assim como eu, não pára nunca, aproveitei para encontrar amigos, explorar novos lugares e voltar aos favoritos e claro, descansar um pouquinho.

É impossível acompanhar tudo o que acontece em São Paulo, mas vamos ao que eu consegui fazer:

Parque do Povo • Av. Henrique Chamma, 420 – Chácara Itaim • Um desses oásis no meio da Selva de Pedra. Ali entre a Marginal Pinheiros e a Avenida Cidade Jardim, ótimo para praticar esportes, levar as crianças, fazer picnic, ou deitar na grama e não fazer nada (minha atividade predileta).

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Brechós: Sou rata de brechó e amo (tanto que escrevi sobre os meus preferidos aqui). Fiz compras no Capricho à toa [Rua Heitor Penteado, 1096 – Casa 8 – Sumarezinho], Brechó Faria Lima [Av. Brg. Faria Lima, 2355 – 28 – Jardim Paulistano], no Enjoei e  no Dinossauro.

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Brechó Capricho à Toa

25 de marçoRua 25 de março – Centro • Famosa pelas lojas e barraquinhas, aqui se encontra quase tudo! Como a 25 vive lotada e eu não tenho muita paciência, gosto de ir em julho (atualizar o estoque de bijoux) e em dezembro (comprar lembrancinhas de natal, coisas de praia para as férias de verão e fantasias de carnaval). Acho imperdível passar na chapéus 25, numa loja indiana (amo as cangas e vestidos) e nas lojinhas de bijoux (não tenho uma favorita, vou andando e vendo o que me interessa). Importante lembrar que muitas lojas não aceitam cartão, então leve dinheiro em espécie.

Retrô Hair • R. Augusta, 902 – Cerqueira César • Outra coisa que não tenho muita paciência é para cuidar do meu cabelo, mas como estou em transição capilar, aproveitei para atualizar o corte. O Edu do Retrô Hair cuida do meu cabelo a mais de uma década. Super recomendo, mas se quiser ir, agende com antecedência porque ele é disputado, rs. Ah e vale lembrar que o salão também é lindo e torna aquela ida ao cabeleireiro bem mais agradável.

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Festival Fartura • Jockey Club de São Paulo: Av. Lineu de Paula Machado, 1075   No fim de semana de 15 e 16 de junho aconteceu no Jockey o Festival Fartura, um espaço com comidinhas de diversas partes do Brasil com pratos de até R$30.

Casa Cor • Jockey Club de São Paulo: Av. Lineu de Paula Machado, 1075  Entre 23 de maio e 23 de julho realizou-se, também no Jockey, a Casa Cor 2017. O espaço é uma imensa feira anual de design e decoração com espaços idealizados por renomados arquitetos e decoradores, que nos traz as principais tendências no setor. Eu que AMO decoração saí de lá de queixo caído e uma nova pasta no Pinterest repleta de inspirações.

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Um dos espaços da Casacor 2017

Restaurantes

O que não falta em São Paulo é lugar para comer – e comer bem. Confesso que esse clima de férias me deixou meio preguiçosa e não quis sair muito do meu quadrado. Mas tudo bem, porque o meu quadrado é um dos bairro que mais gastronômicos de São Paulo, o Itaim Bibi.

Nino Cucina • R. Jerônimo da Veiga, 30 – Jardim Europa • Restaurante badalado de comida italiana no Itaim, tento ir desde que abriu, sem sucesso, e só consegui uma mesa num fim de semana dessa vez porque reservei com 2 meses de antecedência. Achei os preços bons e a comida ok, mas existem milhares de outros restaurantes italianos bem mais gostosos e menos complicados.

Nattu • R. Clodomiro Amazonas, 473 – Vila Nova Conceição • Nunca tinha reparado nesse canto tão próximo de casa que o Foursquare (#ficadica) me recomendou. Um restaurante orgânico, com bastante opções veganas, sem glúten e lactose. Pedi uma sopa de cabotiá com pão sem glúten e meu namorado ficou com a moqueca veggie, ambos estavam bem gostosos. Ah, o menu de sucos e drinks também é bem atrativo.

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Jamie’s Italian • Av. Horácio Lafer, 61 – Itaim Bibi • Vou tanto nesse restaurante que nem sei o que dizer dele. Amo o spaguetti a la Norma (tão simples e tão bom) e o Brownie e Pannacota de sobremesa. Acho que define bem o que eu chamaria de Confort Food – ótimo para aqueles dias de TPM ou friozinho.

Cafés

Adoro um cafezinho e aproveitei várias tardes livres que tive esse mês para parar por alguns segundos em cafeterias, ler um livro e pensar na vida.

Leia também: Começando o dia em São Paulo

Le Pain Quotidien • Rua Pais de Araújo, 178 – Itaim Bibi • Várias vezes parei na unidade do Itaim Bibi! Amo a torta de pistache, o chá de hortelã e o cappuccino.

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Chá da tarde no Le Pain Quotidien

Urbe R. Antônio Carlos, 404 – Consolação • Misto de café e bar, na Antonio Carlos, na região do Baixo Augusta, vive lotado! Evite os horários de pico, pegue uma mesa ou sente-se no balcão e peça um drink, um café, um petisco e aproveite mais um dia de férias!

Athenas • R. Augusta, 1449 – Consolação • Na rua Augusta, encontrei um grupo de amigos para botar o papo em dia, beber um vinho e comer muitos quitutes. Eles também têm opções para almoço/lanche rápido e vários cafés.

Caffe Ristoro • Av. Paulista, 37 – Paraíso • Instalado no jardim da Casa das Rosas (leia mais aqui), é maravilhoso ficar aqui num dia de sol, tomando um cafezinho, conversando, lendo e curtindo a vida.

Mr baker • R. Pedroso Alvarenga, 655 – Itaim Bibi • Provavelmente a cafeteria que mais vou em São Paulo por ser do lado de casa e ter pães maravilhosos, sempre que tenho um pouco mais de tempo tomo café da manhã lá.

 

 

CÓRDOBA [PARTE I]: A CIDADE

:: Estive em Córdoba, Argentina, semana passada e vou dividir as dicas em dois post: a cidade e as serras (hello, Eça de Queirós, haha) ::

Para ler na íntegra a segunda parte desse post, clique aqui.

A cidade

Com quase 1,5 milhões de habitantes, Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina e capital da Província homônima. Apesar do tamanho, não espere Buenos Aires. De cunho bem mais intimista, a região foi marcada pelo domínio jesuítico a partir do fim do século XVI, mais especificamente da Ordem Religiosa Companhia de Jesus, que esteve presente também em outros pontos da América com intuito da catequização, por meio da fé e do saber.

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Igrejas por todas as partes
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Arquitetura cheia de história

Como chegar

Localizada a 700km de Buenos Aires, Córdoba fica bem no meio do caminho entre a capital da Argentina e Mendoza. É uma parada estratégica se você estiver viajando de carro pela Argentina.

Se não, saindo do Brasil você pode voar sem conexões partindo do Rio de Janeiro ou São Paulo.

Rio de Janeiro: GOL ou Aerolíneas Argentinas

São Paulo: LATAM.

Voos com conexão costumam ser mais baratos e geralmente a escala é em Buenos Aires.

Clima

Tende a ser extremo: muito quente e chuvoso no verão e muito frio e seco no inverno [com possibilidade de neve]. Por sofrer influência das correntes do Pacífico e da Antártica, venta bastante o ano inteiro.

Durante a minha estadia (começo de julho), a temperatura esteve entre 8 e 16 graus, com uma leve (e atípica) garoa.

O povo

Por ser uma cidade universitária (a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América Latina – UNC – fica aqui), é uma cidade jovem. Apesar da empatia da maioria dos locais, senti deveras hostilidade dos serviços locais (garçons, staff do hotel e turismo no geral).

Transporte

Não experimentei o transporte público na cidade, mas ouvi dizer que as linhas de ônibus atendem bem a locomoção.

Taxi funciona bem, UBER ainda não chegou à cidade.

Onde ficar

Centro x Nueva Cordoba: Cordoba tem dois “centros hoteleiros” principais, que são os bairros de Nueva Cordoba e o Centro.

Apesar de ser mais bonitinho, tranquilo e com bons restaurantes, eu não recomendaria Nueva Cordoba para quem está indo pela primeira vez. Isso porque, a maioria das atrações turísticas está no centro e arredores, ou seja, se hospedando no Centro você faz quase tudo a pé e só pega táxi quando quiser ir jantar em um bairro mais afastado.

Windsor Hotel & Tower

Passei duas noites no Windsor, por ser central e ter todos os serviços de um hotel de luxo.

Localizado num casarão antigo a 200m da Plaza San Martin, marco da cidade e início do roteiro turístico clássico, o Windsor desponta (de acordo com o TripAdvisor) como uma das melhores opções de hospedagem na cidade.

Porém, ao chegarmos já nos deparamos com a primeira má-notícia em Córdoba: Após o check-in, subimos para o quarto e não conseguimos passar mais de 2 minutos lá dentro. O quarto 114 era todo de carpete e parecia que tinha morrido alguém lá dentro de tão horrível que estava o cheiro. Voltamos à recepção e trocamos nosso quarto sem problemas – apesar da antipatia do staff. Meu namorado criou a teoria que eles oferecem esse quarto a todos que chegam para ver que vai ficar no “quarto zuado” hahaha.

O quarto – dessa vez o definitivo – era dividido em antessala, com mesa de jantar, frigobar e sofá-cama, banheiro e quarto. No quarto, cama confortável, armários com roupões, e um serviço até então inédito para mim: concierge de travesseiros. Sim, eles deixam na cama dois modelos de travesseiros e um menu com mais 5 tipos e, caso você não se adapte com os modelos na cama, pode ligar sem custo e solicitar um outro modelo.

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Quanto ao que era oferecido pelo hotel, o básico: Concierge, estacionamento, wifi, piscina, restaurante/bar e academia. Acredito que de todos os serviços do hotel, o mais interessante é o restaurante/room service.  O restaurante do hotel, o Sibaris, é considerado o melhor do Centro e um dos melhores de Córdoba. Pedi room service no dia que cheguei e na noite seguinte, jantei no restaurante e em ambas as situações a comida estava maravilhosa (e com opções para celíacos e vegetarianos – algo extremamente difícil de achar na Argentina).

Vale lembrar que o Windsor é um hotel de 4, e não 5 estrelas.

Diárias a partir de R$370,00

Quorum Hotel & SPA

Minha estadia no Quorum foi de última hora: A LATAM me fez perder o voo e precisei passar mais uma noite na cidade. Esse é o hotel mais próximo do Aeroporto (aproximadamente 1,5km) e tem uma ótima infraestrutura (diga-se de passagem, melhor que a do Windsor). Ainda que esteja localizado no meio do nada, tem um Centro Empresarial ao lado, com lanchonete, restaurante e caixa eletrônico. Dentro do hotel, além de uma área de golf e tênis, tem também academia, piscina, spa e restaurante. Usei o spa e os preços eram bem atrativos e o serviço muito bom. No restaurante, o café da manhã era bem servido e o jantar também (embora tenha pedido uma salada que estava estranha). Quanto ao quarto, apesar de localizado no térreo, o nível de ruído foi baixíssimo e a cama super confortável. O banheiro era ENORME!

Diárias a partir de R$460,00

O que fazer

Plaza San Martin: Cartão-postal da cidade, a praça leva o nome do General San Martin, um dos líderes da independência de países latinos (Argentina, Chile e Peru) contra a Espanha. Aqui você encontra também a Catedral de Córdoba, o Cabildo e ponto de partida do ônibus de turismo (leia mais abaixo).

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City Tour: Saindo da Plaza San Martin num trajeto de aproximadamente 1h30 com duas paradas curtas, o ônibus de turismo modelo inglês da década de 60 acompanha um guia com explicações durante a viagem. Infelizmente, não há audioguia ou tradução para outro idioma, inviabilizando o entendimento de estrangeiros. Também não gostei muito da parte que não se pode descer e pegar o ônibus em outro ponto, então não sei se faria de novo.

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Catedral de Córdoba: Imponente Igreja localizada na Plaza San Martin, datada do começo do século XVIII e com estilo neoclássico, carrega diversas heranças dos jesuítas à cidade.

catedral de cordoba

A presença dos jesuítas na região de Córdoba entre os séculos XVI e XVIII deixou muita história, e claro, diversas Igrejas. Não consegui visitar todas, mas existe um Circuito Jesuítico que lista todas as Instituições a serem visitas na Capital e arredores. Clique aqui para saber mais (em espanhol).

Cabildo de Córdoba: Cabildos eram prédios com iniciativas públicas e o de Córdoba funcionou como sede do Governo e como sede da Polícia. O prédio colonial do século XVII hoje funciona como museu (gratuito) e Centro de Informações Turísticas.

Calle Peatonal: Primeira rua fechada para pedestres da Argentina, atravessa o centro com diversas lojas de roupas, calçados, presentes e restaurantes. Ah, e claro, como toda boa rua do Centro: muita gente (aqui vale o aviso: cuidado com bolsa, carteira, dinheiro e celular!).

Manzana Jesuítica: Parte do Complexo Jesuítico de Córdoba, a Manzana é uma imponente construção em estilo barroco e neoclássica, datada do século XIX e declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2000.

manzana

Mercado de la Ciudad: Mercado público no Centro com produtos locais. Ótima parada para conhecer mais de alguns produtos típicos da culinária argentina.

Casa Naranja: Centro Cultural de iniciativa privada da operadora Naranja, que realiza ampla programação gratuita de artes.

casa naranja

Campus da Universidade Nacional de Córdoba: Fundada no século XV, A UNC é a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América do Sul. Se pode conhecer mais da história por meio dos tours que eles disponibilizam em espanhol e em inglês.

Parque Sarmiento: Toda cidade que se preze tem um belo parque para chamar de seu, e em Córdoba não é diferente. Com muito verde, rosedais e largos artificiais, teve paisagismo assinado por Carlos Thays e é um ótimo passeio em dias mais quentes.

Nueva Cordoba: Bairro onde fica a sede da UNC e onde muitos estudantes elegeram para chamar de casa. Por ser um bairro jovem, tem muitas opções de entretenimento noturna e bons restaurantes, formando com seu vizinho, o bairro Guemes, um pólo gastronômico.

Onde comer

Como fiquei pouco tempo na cidade, acabei não visitando todos os locais que gostaria. Fiz duas refeições no próprio restaurante do hotel, em um café (que não me lembro o nome) e a última no Gran Vidreo.

Sibaris: Restaurante do hotel Windsor (onde fiquei) e eleito o melhor da região central, o cardápio é variado com muitas carnes e algumas opções de massas. A carta de vinho também é bem interessante. O preço é alto, mas vale a pena.

Gran Vidreo: Dentro de uma galeria de arte, esse restaurante tem um cardápio voltado pra alimentação saudável e com MUITA opção vegetariana. O preço é OK para quem mora em São Paulo, mas acho que acima da média em Córdoba.

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Almoço e cafezinho na Galeria Gran Vidreo

Queria ter ido:

El papagayo: Restaurante mais sofisticado em Nueva Cordoba e que dificilmente se consegue uma mesa, é protagonista na renovação do bairro e da gastronomia local. O menu é degustação e variado – dependendo da época e dos produtos da estação.

Gordó: Instalado na Galeria Barrio, o ponto alto aqui é o vinho. Extenso menu com diversas harmonizações. Como aqui em casa somos grande apreciadores da enogastronomia, ficamos bem interessados e só não fomos porque na noite que teríamos livres, o frio tomou conta da cidade e era inviável sair.

Tribeca: No bairro Guemes, uma espécie de Vila Madalena cordobesa, o Tribeca é uma destilaria que também oferece bons petiscos, música e um belo bar.

Percepção geral

Córdoba apesar de linda e cheia de história não me cativou tanto. Não sei se voltaria sem propósito, só para turistar. Por outro lado, a cidade é ponto de partida para as Serras, que são das paisagens mais lindas da Argentina e, muitas vezes, desconhecidas dos brasileiros.

Custo geral: $$(barato)

Para ler mais dicas quentes sobre a Argentina, clique aqui.

TOP 3: BRECHÓS EM SÃO PAULO

Comprar em brechó é uma economia não só para o bolso, mas também para o planeta. Em tempos de reaproveitamento e moda sustentável, passar uma tarde com as amigas no brechó além de ser uma delícia, é uma ótima estratégia para poupar o bolso em tempos de crise.

São Paulo com certeza é o melhor lugar para isso!

Líder na quantidade/qualidade de brechós no país, se você está de passagem ou mora por aqui e está com um tempinho livre, chegou a sua chance! Sou super adepta e listo abaixo os meus favoritos nesse TOP 3:

  • Capricho à toa: As definições de brechó foram (definitivamente) atualizadas! A ideia aqui é o brechopping, uma casa enorme na Vila Madalena com três andares, vários provadores, artigos infantis, femininos e masculinos e até uma cafeteria. Desde roupas usadas com preços ótimos (tipo 5, 10 reais naquela brusinha), até produtos de grife, passando por muita coisa nova (ainda com etiqueta), tudo devidamente organizado por tamanho, cor e setor. Se puder, vá durante a semana, porque mesmo o espaço sendo grande, costuma lotar e aí dá aquele desânimo de entrar no provador para experimentar tudo (o número de peças que se pode levar ao provador é limitado a dez).
  • B. Luxo: Esse é daqueles para você que está em busca de antiguidades e que pode ostentar um pouquinho mais. Localizado na Rua Augusta, o espaço é lindo, super bem decorado e é o melhor lugar para encontrar peças de alta costura vintage por um preço mais acessível (longe de ser barato).

    Dica extra: Ainda na Rua Augusta, a Galeria Ouro Fino é antro de  alguns bons brechós no estilo vintage-chic. Se estiver com a tarde livre, aproveite para dar uma garimpada por lá também.

  • Brechó Faria Lima: Menor e menos conhecido que os anteriores, fica dentro de uma galeria na Avenida Faria Lima, em frente ao Shopping Iguatemi. Conheci porque é bem próximo da minha casa e de tanto passar na frente, um dia tomei coragem e entrei. Apesar de pequeno, a curadoria é ótima e o Instagram deles está sempre atualizado com as novas aquisições. O estilo aqui é mais contemporâneo e com preços bem amigáveis. É possível fazer bons achados de marcas tanto nacionais quanto importadas. Na minha última visita, por exemplo, comprei um sapato da Saks por R$30, praticamente novo.

Todos os meus favoritos aceitam dinheiro e cartões de débito e crédito.

Dicas para garimpar:

Vá com tempo:

Não adianta ir com pressa, tire uma tarde, coloque uma roupa confortável e vá. Indo sem tempo, você acabará frustada, achando que não tem nada que preste no seu tamanho.

Leve uma lista

Como em qualquer outra loja, as tentações são grandes e se você sair pegando tudo que serve/gosta, a chance do tiro sair pela culatra e a economia ir por água abaixo, é grande. Anote tudo o que pretende comprar com detalhes (ex. calça preta cintura alta skinny) e se não achar o que está na lista, não compre.

Prove

Como as roupas são de diferentes procedências (marcas, países e etc), as modelagens também são diferentes. Se encontrou o que estava procurando mas acha que não serve, dê uma chance, prove! Sempre podemos nos surpreender (tanto positivamente quanto negativamente).

Invista em acessórios

Para muitas pessoas, comprar roupa em brechó ainda é muito complicado. Minha dica se você não sabe por onde começar é investindo em acessórios. Eles são fáceis de provar, levantam qualquer produção e, em geral, são os itens mais baratos.

Dica bônus: Brechó Online

Se você não mora em São Paulo ou ainda é iniciante na arte de garimpar em brechó, uma dica é começar com o brechó online. Dentre os mais famosos, comprar no Enjoei dá aquela sensação de loja online que é ótima para quem está começando. E o melhor: se ao receber você perceber que a peça não era exatamente aquilo tudo que você esperava, você consegue devolver em até 7 dias e ser 100% reembolsado.

Para conhecer a minha lojinha do Enjoei, clique aqui.

 

 

COSTUMES NORTE-AMERICANOS

Entre as minhas muitas idas e vindas aos Estados Unidos, alguma coisas sempre me chamaram a atenção.

Leia também: Memorial day nos EUA

Leia também: Thanksgiving: Desvendando o feriado americano

Alimentação

Porções gigantes: Essa é óbvia e é a primeira impressão que mais assusta qualquer estrangeiro: o tamanho das comidas. Tanto em restaurantes quanto no mercado, tudo é imenso. Um copo pequeno de refrigerante, por exemplo, pode passar de meio litro!

porcoes gigantes
Duas limonadas pequenas, por favor.

To go: Como a quantidade de comida em restaurantes, em geral, é imensa e interminável, a maioria dos estabelecimentos não só não se importam se você pedir para embalar o restante para viagem, como ainda oferecem embalagens “to go” quando sobra comida no prato e você não fala nada.

Reserva paga: Em restaurantes mais caros, você faz a reserva e caso cancele, paga uma multa. Esse sistema acontece não só nos Estados Unidos mas em alguns lugares do mundo, já que o cardápio nesse tipo de ambiente é bem limitado (muitas vezes a menu degustação) e fresco, e saber o número exato de pratos evita desperdício e prejuízo por parte do restaurante. Acho que aqui no Brasil existe algumas implicações legais (não sei ao certo, mas pelo código do consumidor acredito que você não pode pagar algo que não consumiu).

Temperos: Esse tópico pode gerar controvérsias, mas na minha opinião tem muita pimenta em qualquer comida. Nada contra, mas acho exagerado.

Comida adocicada:  Alguns alimentos tipicamente salgados para nós são bem adocicados, como o milho (que por sinal eu adoro) e o feijão (bleh!). Por outro lado, o abacate que sempre consumimos em versão doce aqui, só existe como acompanhamento salgado.

Dietas restritivas: Apesar de não ser um país conhecido por uma culinária requintada, devo admitir que eles facilitam muito a vida de quem segue dietas restritivas. Em praticamente qualquer mercado é muito fácil de encontrar alimentos gluten free, lac free, dietéticos, veganos/vegetarianos e orgânicos, bem sinalizados e com preços honestos.

Refeições principais: Claramente, o café da manhã é a refeição mais reforçada. Proteínas animais (bacon e ovos) e muito glúten (panquecas, waffles, muffins e hash browns) iniciam o dia do cidadão americano. O almoço, quando não é pulado, é uma refeição bem simples, como um sanduíche. Já o jantar, é um caso a parte: ele na verdade é um “almojanta”, e começa lá pelas cinco da tarde.

Obs: Aos finais de semana, a maioria substitui o café e o almoço pelo brunch, a partir das onze da manhã. O brunch é um café da manhã ainda mais reforçado, com uma carinha de almoço.

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Café da manhã em casa

Guardanapo: A função do guardanapo é limpar a boca/mãos, e nunca segurar o sanduíche – como nós fazemos.

Fast coffee: Sempre achei meio hipster essa coisa de sair andando por aí com um copo de café na mão, a la Starbucks.  Mas essa cultura do Fast Coffee está muito inserida no dia a dia dos americanos. Como por lá um copo grande de café fica em torno de US$2, a maioria sempre para em alguma cafeteria no caminho, pega o café e segue para o trabalho.

Lifestyle

Fila preferencial: Além das nossas já conhecidas filas preferenciais de gestante e deficiente, em vários estabelecimentos você tem um atendimento diferenciado ser for cliente fidelidade. Ah, e os idosos? Eles não têm preferência em lugar nenhum (nem filas e nem estacionamentos).

Elogios: Todo mundo elogia tudo! Não é raro estar andando e ser parado por um estranho que elogia sua roupa/cabelo/maquiagem. No dia-a-dia, toda tarefa completada é elogiada, isso se aplica também às crianças.

Pontualidade: Herança britânica que eu amo. Ah, e mais: tudo tem hora para começar e para terminar também.

Água:  Sentou na mesa, a água é free (a menos que você peça alguma água phyna – tipo Perrier, Evian, etc).

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A água vem de graça

Bebidas: Não só nos EUA, mas também grande parte do mundo, a oferta de bebidas, mais especificamente de sucos, é bem limitada. Se você pedir suco em algum lugar, provavelmente as opções serão maça, limão ou laranja.

Patriotismo: Sim, tem uma bandeira hasteada em toda esquina e em praticamente todas as casas. E todo mundo sabe (bem) a história do país e a geografia. Grande parte apesar de viajar muito dentro do próprio país, não só nunca viajou ao exterior como não tem nem passaporte.

patriotismo

Geografia: Eles aprendem na escola que há sete continentes (isso mesmo, sete e não cinco): América do Norte, América do Sul, Europa, Asia, África, Oceania e Antártica. Ah, e sempre que você ouvir America, significa o país Estados Unidos, e não o continente.

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Hotéis

A maioria dos hotéis norte-americanos seguem padrões de qualidade em qualquer lugar do mundo. Uma coisa curiosa é que a maioria deles não tem café da manhã incluso na diária. Outra coisa que acho meio estranha é sempre ter uma máquina de gelo no corredor do andar.

Beleza

Salão de Beleza: Além de ser bem mais caro do que estamos acostumados a pagar em bons salões no Brasil, devo confessar que depilação e unha é uma coisa que a brasileira faz melhor que qualquer outro povo no mundo. Já precisei fazer a unha algumas vezes, e sempre me arrependi: paguei caro por um “meio serviço”, já que a limpeza é bem mais ou menos (sim, eu sei que não é saudável tirar cutícula, mas se não tiro fico com uma sensação de unha não-terminada). Depilação então, nem sei fale. Cabelo nunca tentei.

Utilizei serviços de salão em cidades grandes, como Austin, Los Angeles e NYC, mas imagino que em cidade menores deve ser ainda mais complicado.

Maquiagem: Maquiagem é sempre barata e a mulherada aproveita mesmo. Não é incomum vê-las SUPER maquiadas para fazer atividades básicas, como ir ao mercado ou à academia. Por outro lado, parece que toda essa arrumação se restringe ao pescoço para cima. O resto do look sempre traz uma calça moletom e/ou camiseta.

Babyliss: Uma coisa é certa quando o assunto é cabelo: nunca estamos felizes com o que temos. Em nenhum lugar do mundo. Muita gente nos EUA tem cabelo naturalmente liso – ao contrário do Brasil – e claro, sempre dão um jeito de enrolar. Todo mundo faz babyliss pra tudo! E mesmo quem tem cabelo afro, em geral prefere enrolar ao invés de alisar.

Papete: Acho engraçado porque faz parte do esteriótipo “típico de gringo”, mas é verdade: todo mundo adora uma papete. E não só para o verão: no inverno, saem de papete e meia. Acho meio estranho usar no inverno, mas confesso que é tão confortável que já caiu nas minhas graças e às vezes eu também adoto no verão.

Quer saber mais?

No fim de maio, passei o meu primeiro Memorial Day em terras americanas. Se depois de ler as minhas impressões sobre os costumes acima, clique aqui para ver como foi o meu feriado.

Para acessar todos os posts sobre os Estados Unidos, clique aqui

 

JULHO E O MÊS MAIS COMPLICADO PARA TIRAR FÉRIAS

Sim, metade do ano já se foi. E amanhã, além de ser o dia que você estava esperando para ler a previsão do mês de Susan Miller, é também (muito provavelmente) o dia que começam as suas férias (ou que costumavam começar, na remota infância).

inverno em bsas 2011
Inverno na capital argentina em 2011: pode não parecer, mas a temperatura no dia dessa foto era de seis graus Celsius

Odeio dar notícia ruim, mas a gente cresce e descobre que julho só é o pior mês para tirar férias. E explico com fatos:

1) É o único mês que o planeta inteiro está de férias – ou seja, é alta temporada em todos os destinos.

2) E o que significa alta temporada? Sim, altos preços.

3) Além dos altos preços, se você como eu não é muito chegado em muvuca, esse também é um péssimo mês para ficar naquele resort family friendly.

4) E as temperaturas? No hemisfério norte, um calor do cão. No hemisfério sul, um frio congelante. Na região central? Temporada de furacões.

Mas se ainda assim essa é a única época do ano que  você consegue uns diazinhos, bora focar na solução, e não no problema. E aqui vão algumas sugestões:

No hemisfério Norte (verão) – Agora pode ser o momento de visitar aquele país super frio que é inviável ir fora do verão. Vale a pena ficar ligado nas passagens: normalmente os valores chegam a dobrar nesta época do ano.

América do Norte: As opções aqui são inúmeras, mas como tudo nos Estados Unidos está caro e/ou lotado nessa época, que tal fazer uma roadtrip pelo Canadá e terminar lá no Alasca? Além de ser uma maneira mais econômica de se locomover (e de dormir, já que sempre há opções de campings pelo caminho).  Chegando no Alasca, milhares de atividade ao ar livre e sol durante praticamente 24h por dia estão à espera.

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Paisagem de tirar o fôlego no Alasca – Foto: Michael Deyoung 
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Verão na Disney em 2015: Magic Kingdom lotado e um calor sofrível

América Central: Por aqui, é temporada de furacão em praticamente todos os destinos do Mar do Caribe. Ainda que não seja garantido que você presenciará um furacão nessa época, eles são bem prováveis e podem estragar toda a viagem, sem falar que quando não tem furacão, tem chuva na maior parte do tempo. Uma solução nesse caso para quem não abre mão do Caribe, é recorrer a um país que não esteja na rota dos furacões: Barbados, por exemplo. A ilha onde nasceu Rihanna está cheia de praias maravilhosas e por ser somente uma ilha (diferentemente das Bahamas, por exemplo), você consegue percorrê-la toda de carro.

Europa: Que destinos europeus como a Península Ibérica e o Mediterrâneo são hot destinations em julho, não é segredo para ninguém. Mas que tal fugir das super lotações das praias europeias e tentar um destino menos óbvio? Regiões mais ao norte como Groenlândia, Islândia e a Escandinávia se tornam inviáveis de visitar durante grande parte do ano, mas é no verão que ocorre o degelo em boa parte desses países e que as temperaturas ficam mais amenas – ainda que longe do verão que conhecemos, por aqui elas variam entre zero e quinze graus. Os dias são super longos e em algumas regiões o sol dura a noite inteira! Como existem poucos aeroportos que fazem essa rota, minha sugestão é começar pela Escandinávia (Copenhagen tem opções de voo tanto para Islândia quanto para a Groenlândia).

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Verão: época de baleias nas águas da Groenlândia – Foto: Magnus Elander

Ásia: Um dos destinos mais desejados, viajar para o Sudeste Asiático nessa época pode ser uma furada. Isso porque a Ásia tem as monções mais fortes do planeta, que são ventos sazonais que podem provocar fortes tempestades, alagamentos e etc. Na Tailândia, por exemplo, julho é o pior mês para se visitar. Japão, Coréia do Sul e China também devem ser deixados para estações intermediárias (primavera e outono). Mas como o continente é imenso, algumas regiões são mais tranquilas em junho, como Bali, Cingapura e Malásia.

Hemisfério sul (inverno) – Apesar de ser inverno, a temperatura é “suportável” na maioria dos destinos mais populares.

Brasil: Por aqui, grande parte do país continua quente – basicamente o país inteiro do Rio de Janeiro pra cima. O problema: na costa, que engloba parte do sudeste e o nordeste, chove muito. Muito pelo contrário, o Centro-Oeste é super seco e ainda que seja difícil respirar em algumas partes (tipo, Brasília e seus 15% de umidade relativa), é uma ótima época para visitar Bonito ou o Pantanal. Mas, se você gosta de frio, o sul está cheio de destinos lindos (como a Serra Gaúcha e Catarinense) e dependendo do ano, ainda corre o risco de nevar – embora seja difícil de imaginar neve no Brasil, às vezes acontece (só não vale esperar neve nível Groenlândia). Agora, o imperdível do Brasil em julho, na minha opinião, é o norte. Apesar de ser uma região que chove muito, é em meados de julho a época que chove menos e é considerado “verão” no Pará, por exemplo. Escrevi um post sobre Belém (clique aqui para ler) e acho que todo mundo deveria ir e conhecer, além da capital, outras belezas no Estado como Alter do Chão.

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Belém do Pará no Dia dos Namorados de 2016

Dica extra: Sempre que vou para um destino de praia na América Latina, checo o praiomêtro do blog Viaje na Viagem. Normalmente, eles acertam as previsões de chuva!

América do Sul: Saindo de São Paulo e do RJ, vira e mexe aparece promoção de última hora para Buenos Aires, Montevidéu e Santiago. Além de ser uma ótima chance de conhecer essas capitais, você pode aproveitar cidades próximas, como Colonia del Sacramento (no Uruguai) ou visitar uma estação de ski em Valle Nevado (cerca de uma hora de Santiago).  Outra sugestão se você conseguir passagens baratas é visitar o Machu Picchu, no Peru – de maio a setembro é época de seca na região, e na última semana de junho ainda rola a festa Inti Raymi, uma cerimônia Inca/Andina de adoração ao Deus Sol (Inti).

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Colonia del Sacramento: Paz e simpatia no Uruguai

Para acompanhar promoções de último minuto, sempre acompanho os posts do Melhores Destinos e do Viajando Barato Pelo Mundo

África: Essa é a melhor época para fazer um safári! Isso porque ainda que de manhã possa fazer mais frio, as temperaturas são mais suportáveis e o tempo, seco. O destino mais fácil de se chegar, África do Sul (com voos diretos pela South African Airways e pela LATAM) sempre entra em promoção em meados de maio, com datas que normalmente vão do fim de maio até agosto, muito provavelmente porque claramente não é a melhor época do ano para pegar praia. Mas não encane: se tiver a oportunidade de ir nessa época, vá. O país é enorme e com certeza não faltaram atividades (além do safári que já mencionei).

Oceania: É durante o inverno no hemisfério sul que acontece um dos espetáculos mais incríveis da natureza: a aurora austral. Trata-se de uma interação entre a existência de um campo magnético na Terra e o vento solar, e um dos lugares para sua observação é na Nova Zelândia. E se você estiver por lá, aproveite para visitar também uma das muitas estações de ski. 

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Muitas luzes na aurora austral – Foto: Common Wikimedia

Julho está batendo à porta e esse é o melhor período para planejar outra data complicadíssima: o réveillon. A Amanda (do blog Amanda Viaja) fez um vídeo recentemente dando dicas maravilhosas de como se organizar para o fim do ano. Dá uma olhada:

E falando em fim de ano, você já sabe para onde ir em dezembro? Também estou aceitando sugestões! 😉

 

[SÃO PAULO] ITAIM BIBI ALÉM DO BUSINESS

Da série dos roteiros pela cidade, vamos começar a semana no bairro que muita gente começa mesmo a semana: Itaim Bibi.

Pólo comercial em São Paulo, nove em cada dez executivos trabalham por aqui. É aqui que fica a sede de praticamente todos os bancos e empresas de tecnologia (Facebook, Google, Linkedin, Twitter…) e que passam milhares de paulistanos diariamente.  Antes que você rapidamente comece a associar tudo isso a um trânsito caótico, gente estressada e muito prédio, viemos dizer que sim, é possível agregar valor até àquele cantinho de São Paulo que faz muita gente acordar cedo na segunda de manhã.

Gastronomia

Esse tópico é polêmico e merece muitos posts, isso porque o Itaim Bibi é um dos bairros mais gastronômicos da cidade (ao lado de Moema, Jardins e Vila Madalena). A seguir meus hotspots, muitos dos quais já apareceram aqui no blog em outras oportunidades. 

Café da manhã

Mr Baker: Provavelmente o lugar que mais frequento em São Paulo. Pelo menos umas três vezes na semana tomo café por aqui e é por aqui que paro quando no caminho para casa estou de bobeira e quero um café. O lugar é pequeno, mas aconchegante, os funcionários são ótimos, os pães uma delícia e o Wi-fi é gratuito e aberto (sim, não tem nem senha!). Precisa de mais?

Octavio Café: Pra quem gosta de café de verdade, esse é um MUST GO na cidade. O espaço, além de lindo, serve uma linha de café própria com diferentes torras, tem sempre uma exposição de arte no segundo andar, wi-fi grátis e o prédio por si só, é de ficar horas admirando. O ponto negativo? Desde o ano passado, eles não funcionam mais aos finais de semana, quando o espaço é reservado apenas para eventos. Adorava ir aos finais de semana, pedir um brunch e ficar divagando…#chateada

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Café e bolinho de banana

Frutaria São Paulo: Tá empenhado na dieta ou só quer tomar um café mais levinho? Pronto, achou seu lugar! Pet-friendly, com estacionamento de bikes e sempre uma opção saudável, a Frutaria é ótima tanto para o café, quanto para qualquer outra refeição. Super recomendo o açaí frutaria, uma versão sem açúcar mas não menos maravilhosa. Aos finais de semana, tem buffet também com um preço super honesto.

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Açaí da Frutaria

Almoço

Jamie’s Italian: Primeiro restaurante do chefe-estrela, é um dos meus preferidos por motivo de: o lugar é bem espaçoso e quase nunca tenho que esperar muito e além das massas maravilhosas, eles têm a melhor sobremesa de SP: o famoso brownie com caramelo salgado, pipoca e sorvete.

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Vapiano: Primeira filial brasileira da rede alemã, é ótima porque combina praticidade com comida italiana, que é uma coisa que a gente ama. As refeições são servidas em estações de acordo com o tipo de prato (entrada, salada, massas e pizzas). Tem também uma estação-bar, com vários drinks, mas eu gosto mesmo dos chás gelados que eles fazem por lá.

vapiano
Um dos cardápios do Vapiano

Coco Bambu: A famosa rede de restaurantes e frutos do mar tem uma sede linda na Avenida Juscelino Kubtischek com três andares e vista para a cidade. Funciona bem para almoços e grandes grupos. Ah, e a comida, é claro, é maravilhosa!

Jantar

Cantaloup: Lugar lindo, atendimento ótimo e comida melhor ainda: combo perfeito para ter uma ótima noite. O lugar fica meio escondido atrás de uma fachada de madeira, pode ser um pouco complicado achar, mas fica bem na frente do Limonn. Ah, eles tem mesas bem grandes, então funciona para aquela reunião com a família/amigos também.

Marakuthai: Amo, amo, amo! Culinária tailandesa com ingredientes brasileiros, o menu é o mesmo que o do Jardins, com um ambiente mais descolado. Tem opções vegetarianas e panelinha de brigadeiro para a sobremesa que deixa qualquer um suspirando.

Pomodori: Ótimo para jantares mais intimistas, que pedem uma ocasião especial. Esse restaurante italiano fica numa esquina e apesar de pequeno, é lindo tanto por dentro quanto por fora. A carta de vinhos é ótima, não deixe passar a chance de harmonizar.

Lanches rápidos

Le Pain Quotidien: Padaria que está presente nos quatro cantos desse mundinho, mas que é uma ótima opção se você tá atrás de um almoço tardio ou se só quer um lanchinho mesmo. Sempre escolho uma das tartines, a sopa do dia e de sobremesa, o docinho de pistache e um café. Aos finais de semana, tem também menu de brunch.

Madureira Sucos: Como já entrega o nome, o carro chefe são os sucos – tem todas as combinações possíveis. Para combinar, os sanduíches e as sopas são ótimos e para o café da manhã, são diversas opções que você pode comer tanto no segundo andar quanto no balcão do térreo.

Havanna Café: Rede de alfajores argentina, o café recém inaugurado fica dentro da Livraria Saraiva.

Joy Juice: Outra casa de sucos, mas o que faz sucesso aqui são os wraps. Dá para escolher um do menu ou montar o seu e o mesmo esquema é o mesmo para as saladas. Ótima opção saudável.

Pão com Carne: Essa casinha na rua Joaquim Floriano faz o maior sucesso, vive com gente pelas calçadas. A ideia é simples: um menu de hambúrguer com poucas variações, para pegar e comer rapidinho em pé, por ali mesmo. Os preços são bem atrativos, vale a pena experimentar.

Santo Grão: Mais um dos lugares que mais frequento no Itaim. Um café fofo que, além de café e brunch aos finais de semana, serve pratos deliciosos. De picadinho a moqueca, uma das coisas que mais gosto aqui é o petit gateau de doce de leite, e claro, o cafezinho. Além da loja física, o delivery é ótimo: a comida chega super rápido e vem impecavelmente embalada e bem quentinha.

Sorvetes:

Le Botteghe Di Leonardo: Minha favorita, além dos mais diversos sabores, opções gluten free e lac free, eles tem um picolé para cachorro e área para os pets. Ah, cafezinhos e docinhos estão no menu também!

Cuordi Crema: Além dos sorvetes, servem café e docinhos. Os macarrons valem a pena, sempre compro uma caixinha e trago para casa.

Gelateria Parmalat: Pequena sorveteria que fica no Brascan, tem meu sorvete de leite preferido, cremoso e bem leve.

Davvero: Premiada sorveteria, tem o meu cone preferido: fininho e crocante. Os sorvetes cremosos são meus favoritos, com destaque para os sabores como Tiramissu e Cheesecake.

E mais…

Caso você esteja passeando por aqui às terças-feiras, saiba que ainda dá para comer aquele pastelzinho exxxperto com um caldo de cana na feira, que fica na rua Prof. Tamandaré Toledo, das 6h às 13h.

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Feira livre

Bares

Boteco São Bento: A unidade do Itaim do Boteco São Bento fica numa movimentada esquina (Leopoldo x João Cachoeira) e vive lotada! O bar funciona diariamente do meio dia às 2 da manhã, serve almoço, buffet de feijoada aos sábados, mas é a partir de quinta a noite que a coisa começa a pegar fogo. Para quem gosta de bar com uma pegada baladinha, à noite a música alta complica a vida de quem quer ir para o bar conversar, mas soa bem interessante para quem tá afim de paquera e agito.

Peppino: Nova empreitada dos donos do Nino Cucina, restaurante italiano que abriu ano passado e já é considerado um dos melhores da cidade, o bar se destaca como sendo o primeiro bar italiano da cidade. Abre de segunda a sábado para almoço e jantar e promete fugir do menu clássico, com drinks exclusivos e quitutes diferenciados.

Banana Café: Mais um lugar para quem gosta de fervo. Localizado no meio do Itaim, faz às vezes tanto de executivos, que no fim do dia procuram um happy hour animado, quanto dos jovens que estão atrás um esquenta antes da balada. O Banana, que era famoso nos anos noventa, reabriu e além da carta de drinks, se diferencia pela programação musical, sempre com um dj aumentando o barulho, rs.

Boteco Boa Praça: Recém aberto, confesso que nunca fui. O que chama a atenção aqui é a ideia de fazer um bar aberto, como se fosse uma praça mesmo. Arvores e luzinhas dão um ar todo especial ao lugar. Sempre que passo por lá, está lotado, seja aos finais de tarde, seja bem à noite. Do cardápio, destaque para o menu de cerveja, que ajuda a reafirmar as vezes de boteco do local.

Arte

Está atrás de inspiração artística? Vale visitar a Galeria Marilia Razuk, que reune a nata dos mais diversos artistas contemporâneos num mix que sempre dá certo. As exposições são ótimas!

Diversão

Cinema Kinoplex: Procurando um cineminha? No complexo Brascan, um shopping aberto, está um dos cinemas da rede Kinoplex, sempre com todos os lançamentos e salas VIP. Ah, e se você estiver por lá e quiser beliscar uma coisinha, vale a pena passar antes na Lojas Americanas que fica na rua Joaquim Floriano, já que a lanchonete do cinema não tem muita opção.

Parque do povo: Aquele dia de sol e você aí pensando em ir ao Ibirapuera? Saiba que entre os diversos outros parques da cidade, um deles fica aqui na região do Itaim. Cheio de verde, com quadras e pista de caminhada/corrida, o Parque do povo abriu em 2008 e é um oásis no meio do caos. Vale ficar atento à programação que é diferenciada aos finais de semana e sempre tem alguma coisa legal acontecendo. Se você está vindo de trem, melhor ainda: fica do ladinho da estão Cidade Jardim.

Compras

A rua João Cachoeira é o centro comercial mais conhecido por aqui. Uma seleção de lojas de tudo – roupas, calçados, eletrônicos, acessórios, supermercados e por aí vai – tudo no mesmo lugar. Começando na avenida Nove de Julho, a rua atravessa a fronteira de bairros e continua do outro lado da Avenida JK, na Vila Nova Conceição.

Transporte

Dá pra percorrer o bairro todo andando, mas se você estiver procurando uma experiência diferente, só pegar uma bike e aproveitar a ciclovia da Faria Lima, o Parque da Cidade ou ainda, em dias mais calmos, aproveitar as ruelas da região.

Dicas: Não se conteve com as sugestões acima e quer saber mais do bairro? Siga o Instagram do @seubibi e claro, o Instagram do @meetmeinsp. E não custa nada lembrar que clicando aqui você também tem trilha sonora pronta para a sua tarde na cidade 😉