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E então chegou setembro, e lá vai eu, novamente, atrás de alguma aventura para comemorar meu mês preferido, o começo da primavera no Brasil (e do outono, aqui nos  EUA) e claro, meu aniversário.

Confesso que depois de 30 anos morando em São Paulo, mudar para a Florida me deixa, quase que constantemente, com a sensação de que estou sempre de férias. Por isso, o meu desejo desse ano era ir algum lugar aqui nos EUA que mais me lembrasse minha home town. E lá fui eu, para NY de novo.

Clima

Essa foi minha primeira vez em NY no verão. Por ser fim da estação, a temperatura estava bem amena (entre 20 e 25 graus), sem chuva.

Como o clima oscila muito em NY, especialmente em meia estações, é sempre bom ficar atento aos aplicativos na semana da viagem!

O que fazer

Coisa para fazer é o que não falta em NYC. Como já estive lá outras vezes, pulei várias atrações do roteiro clássico. Fiz também várias pausas super necessárias e, ainda assim,  caminhei cerca de 10km por dia!

Se você tem mais tempo ou é a sua primeira vez, mudando o ritmo dá para fazer MUITO mais!

E esse foi meu itinerário:

Quinta-feira (Dia 1): CHEGADA
A ideia era chegar no fim da tarde/começo da noite, deixar as coisas no hotel e sair para jantar. Porém, uma conexão demorada e as obras no aeroporto LaGuardia mudaram meus planos. Cheguei no hotel em Midtown já perto da meia-noite, exausta. Tomei banho e dormi.

Sexta-feira (Dia 2): UPPER EAST SIDE 
Acordei morrendo de fome, e pedi room service para o café da manhã. Apesar da imensa oferta de cafeterias e restaurantes ao redor, a fome e a preguiça falaram mais alto. Já no fim da manhã, parti para a minha primeira aventura: o Guggenheim. Sou fã da coleção de arte da família e essa era a atraçao que mais queria visitar. Sendo assim, coloquei como a primeira da viagem para riscá-la logo da lista. O preço da entrada é bem amargo (US$25), mas tive uma surpresa ótima ao descobrir que o meu cartão de crédito (Chase) dava direito a um par de ingressos. Comecei o dia economizando 50 dólares, yay!

Depois de muitas horas no museu, a fome bateu e me dei conta que já passava das três. Paramos Le Pain Quotidien (clichê que eu amo!), na unidade da Madison Ave e de lá, segui para o hotel andando.

Do hotel só saí 2 horas depois para jantar e, sem destino, acabei a noite num restaurante grego maravilhoso que, por sorte, ficava na rua do hotel. O local? Kellari Taverna.

Ao contrário do dia anterior, comecei o dia cedinho. Acordei e andei até a Blue Bottle Coffee. Peguei algumas coisinhas e fui comer no Bryant Park, que fica do outro lado da rua. Uma hora depois, vendo a cidade acontecer, segui para a NY Public Library, que fica colada no Bryant. A biblioteca tem tours gratuitos diários, mas no dia que fui, já estavam lotados. Se você realmente tem interesse em fazer o o tour, recomendo chegar cedo (abre às 10).

Em seguida, foi hora de partir pro Chelsea. De todo esse roteiro, a única coisa que tinha planejado era um tour guiado nas galerias da região após o almoço, por isso, a sabia que sábado era dia de Chelsea. Comecei pelo sempre lotado Chelsea Market, onde a escolha do dia foi mediterrâneo no restaurante Miznon. Fechei o almoço com um cafezinho no Starbucks Reserve, uma cafeteria conceito da rede, que funciona também como restaurante e loja.

galleries

De lá, hora do tour. As galerias escolhidas pela guia mudam sazonalmente, mas naquela semana as escolhidas foram: David Zwirner, Tania Bonakdar, Sikkema Jenkins, Lehmann Maupin e Hauser & Wirth.

O tour teve duração de duas horas e achei mega corrido. Também achei as explicações um pouco superficiais. Fiz pelo Airbnb Experiences, mas acho que da próxima vez fecharei com uma agência mais especializada.

Ainda no Chelsea, subi no High Line e andei até o fim (ou começo?!) dele, terminando no The Vessel.

vessel
O Vessel é uma obra de arte interativa. Trata-se de uma escadaria em espiral no meio do novo complexo Hudson Yards, que conta também com um shopping, um museu, condominios de luxo e restaurantes.
É possível subir gratuitamente no The Vessel, mas confesso que depois de um dia inteiro andando, me faltou coragem para encarar 2500 degraus. Preferi sentar na próxima ao Pier 78, recuperar o fôlego e assistir ao pôr do sol.

Já de volta ao hotel e sem muita coragem de ir longe para comer, andei até a Little Brazil, rua cheia de restaurantes brasileiros e jantei no Ipanema. Coxinha, salada de palmito e estrogonofe com batata palha é luxo para quem mora fora.

Domingo (Dia 4): SOHO + WEST VILLAGE

Quando acordei, decidir combinar o West Village e o Soho no mesmo dia. Achei bem audacioso, mas possível, então fui. Como já era esperado, andei MUITO, mas também senti que fiz bastante coisa. A começar pelo Apartamento de Friends.

Em seguida, mais uma série que amo: o apartamento da Carrie Bradshaw de Sex and the City.

 

 

 

A partir daí, só andei. Fui meio que me perdendo pelas ruelas. Que delícia de dia!
Almocei já no fim da tarde no Ceci, restaurante italiano bem mais ou menos, no Midtown.
Hora de voltar pro hotel, se arrumar e ir para a Broadway. Depois de várias tentativas de conseguir ingressos com desconto (tanto pelo site da TKTS quanto pela loteria),  comprei ingresso convencional (cerca de 150 doláres/cada), para ver The Book of Mormons. Amei.
Saindo do musical, fiz uma parada para reabastecer na loja da M&M’s, que fica logo ao lado, e saí correndo da Times Square – odeio muvuca.
Já passava das 10 quando voltei de vez pro hotel, pedi pizza no room service e comi com M&M’s. Saudável.

Segunda-feira (Dia 5): DIA LIVRE
Era meu aniversário e queria ter um dia livre e devagar, assim como eu, rs. Claro que não foi difícil encontrar alguma coisa para fazer. Depois de um café rápido no Gregory’s (eles tem várias opções veganas!), voltei ao Chelsea.
Queria muito visitar a Biennal no Whitney, mas estava com um leve medo de lotação/falta de ingresso. Fui mesmo assim e para minha sorte, estava até bem vazio.

whitney

Algumas horas depois no museu, saí para um brunch em plena segunda-feira (isso sim é um luxo!). No Bubby’s, peguei uma mesa do lado de fora para curtir o NY e escapar do barulho todo que fazia do lado de dentro. De sobremesa? Fui para o Gansevoort Market pegar um sorvetinho. Amo.
Ainda pelas bandas do Chelsea, uma parada tecnológica no Samsung 837, pop-up da Samsung com vários lançamentos. Amo tecnologia e achei bem estratégico, uma vez que estou reformando minha casa e vi várias coisas que me interessaram.

brunch

Saindo da região, peguei o metrô e desci no Washington Square Park para alguns minutos sem fazer nada, seguida de uma visita rapidinha pela NYU, que não fica muito longe.
De volta ao hotel e sem coragem de sair novamente, jantei delivery do By Chloe, restaurante vegano que eu amo!

Terça-feira (Dia 6): COMPRAS 

O  voo de volta era só à noite, mas sabia que estaria suficientemente cansada para fazer algo muito complicado. Como estava hospedada super pertinho da Quinta Avenida, deixei esse dia para as compras.
Tive uma manha bem devagar, com direito a café da manhã na cama, e só deixei o hotel na hora do almoço.
Neste dia, comi tanto no café, que pulei o almoço.
Na Quinta Avenida, fui na COS, &Other Stores, Uniqlo, Saks e Muji.

EXTRA: Outras coisas que amo em NYC e não fiz

  • MOMA: meu museu preferido, estava em reforma e reabriu agora em outubro- Rooftops: Vários bares abrem seus rooftops durante o verão.
  • Brooklyn: Fiquei só em Manhattan, mas adoro atravessar a ponte, principalmente para visitar brechós.
  • Smithsonian Design Museum: fica no Upper East e quase ao lado do Guggenheim. Não conheço e cogitei visitar no primeiro dia, mas acabou não dando tempo.
  • Little Italy: Ótimo para almoçar. Durante o meu tempo na cidade estava acontecendo o Festival de São Genaro e o bairro inteiro estava lotado. Como comentei anteriormente, odeio muvuca, rs.

Onde se hospedar

A cada viagem que faço a NY fico mais certa que o deslocamento é o tópico mais complicado na cidade. Por isso, se você quer aproveitar o melhor da cidade, se hospede nas ilhas de Manhattan ou Brooklyn. Em Manhattan sempre fiquei em Midtown, pela comodidade e grande oferta de hotéis. Agora, se você não ama tanto um burburinho, talvez bairros menos turísticos, como Chelsea ou Tribeca, sejam melhores. Dessa vez, fiquei no Sofitel. A localização é imbátive, dá para fazer muita coisa andando! Outro detalhe importante: a rede faz parte do grupo Accor, perfeito para acumular uns pontinhos ou ainda se hospedar com descontos.
Por ali, também recomendo o Park Lane e o Mandarin Oriental.

Referências

Se assim como eu, você já esteve em NYC algumas vezes e misturar o turismo clássico com atividades locais, sugiro essas referências abaixo, que usei bastante enquanto estava na cidade meio que sem saber (ou como) fazer.

Leia Mais sobre os Estados Unidos aqui

VIAJANDO COM CACHORRO NOS EUA (E DICAS DE FLORIDA KEYS)

Uma aventura de carro pelas ilhas do sul da Flórida

Uma das grandes novidades desse ano (se não a maior), é que em março adotei uma cachorrinha. Para amantes de animais, assim como eu, pode soar absurdo, mas, em 31 anos, essa é o primeiro pet que eu possuo. Logo, vocês já podem imaginar a aventura que tem sido – uma eterna montanha russa de erros, acertos e frustações.

bart the dog
Bart, the dog

Talvez a última delas, – e também a mais animadora – é que meu marido e eu resolvemos levar Bart, nossa vira-lata, em uma viagem de carro. Como sabemos que ela já está super adaptada ao carro, não hesitamos em fazer uma viagem um pouco mais longa. O percurso total de Tampa, onde moramos, até Key West, nossa última parada, é de aproximadamente 7h. Já adianto que foi mais cansativo para nós do que para ela, que dormiu TODA a viagem.

Apesar de ter apenas 6 meses, Bart tem sido adestrada desde os 3 e responde bem a comandos básicos, além de ser super sociável e não latir muito. Como trabalhamos de casa e estamos 90% do tempo com ela, achamos que incluí-la em uma das nossas frequentes viagens não seria de todo ruim. E não foi.

key largo

Ouso dizer que, ainda que tenha sido a nossa primeira experiência, carregamos alguns aprendizados importantes que serão úteis para as nossas próximas férias em família. Entre eles:

Dirigir com um pet: Quão acostumado seu animalzinho está com o carro/avião/barco? Para uma viagem mais longa, é importante ter certeza que ele não enjoa, fica muito ansioso ou inquieto. Para tornar tudo menos estressante, faça paradas frequentes – no nosso caso, fizemos a cada duas horas.

Saúde: Sempre mantenha todas as vacinas em dia e acompanhe a saúde do seu animalzinho, que deve estar 100% antes de vocês caírem na estrada.

Tamanho: Quanto menor o cachorro, mais fácil parece ser. Várias companhias aéreas permitem que você voe com o pet de porte pequeno na cabine, assim como a maioria dos hotéis que se dizem pet friendly tem na verdade uma política que não permite cachorros acima de um determinado peso. Aqui nos EUA, a maioria dos hotéis que pesquisamos tinham como peso limite 15 libras e poucos aceitavam até 50 libras. Não achamos nenhum hotel na região da Florida Keys que ultrapassassem esse peso.

Duração: No total, ficamos fora de casa por 5 dias, muito pouco para nós, mas com certeza o limite da cachorra. Animais costumam se estressar quando saem da rotina , e claro, que com Bart não foi diferente. Enquanto no começo da viagem ela mostrou uma hesitação sem fim, no fim do quarto dia, o comportamento foi sendo gradativamente alterado e percebemos que ela começou a mostrar sinais de exaustão. Achamos que o tempo ideal para mantê-la de férias é um fim de semana longo (3 dias).

O que são as Keys

Florida Keys ou somente Keys, como são conhecidas aqui nos EUA, são um conjunto de ilhas no extremo sul da Flórida, famosas pelo clima quente, esportes aquáticos e águas clarinhas. Por se tratar de um istmo, compreende duas porções de água sendo o golfo de um lado e Oceano Atlântico do outro.

Keys-Florida-Upper-Middle-Lower - Hello La Floride : Le Blog Sur La - Map Of Lower Florida Keys
Foto: Blog Hello La Floride

Geograficamente, são dividas em superiores, medianas, inferiores e em Key West, o ponto mais austral dos EUA e também a ilha mais populosa dentre as 1700.

Como chegar

De Tampa, existem três jeitos de chegar em Key West com o pet: carro, de avião ou barco.

  • Carro: é a viagem mais demorada, mas mais confortável para o seu bichinho que já está familiarizado com o seu veículo, necessitando apenas de uma ou outra parada estratégica para o banheiro. Na ida (Tampa – Key Largo) paramos 3 vezes – duas em áreas de descanso e uma em um posto de gasolina. Na volta, paramos 4 vezes – uma para almoçar numa cafeteria com área externa, uma em uma área de descanso e duas vezes em postos de gasolina.
  • Avião: melhor opção para quem tem pouco tempo e um “lap dog”, ou cachorro de colo, que tem um porte pequeno o suficiente para ir na cabine com os donos. Daqui de Tampa tem voos diretos pela Silver Airways, mas se você vem de outra cidade, a maioria dos voos fazem conexão em Miami.
  • Barco: Saindo de Fort Meyers ou de Marco Island – ambos na costa Oeste da Flórida – O Key West Express é um ferry que faz essa travessia em cerca de 3h e permite animais domésticos de diferentes portes. É uma boa ideia para curtir o trajeto cênico das águas cristalinas do golfo. Chegando em Key West é aconselhável alugar um veículo, seja ele carro de golfe, e-car ou motocicleta, especialmente para quem se hospeda fora da região da Duval St.

Observação: Para barco ou avião, é extremamente importante informar, durante a reserva, a presença e os detalhes do seu animalzinho.

Clima

O clima é de calor o ano inteiro, mas alta temporada é no outono/inverno, quando a umidade e o calor dão uma leve trégua. Se possível, evite o período de agosto a outubro, famoso pelas fortes tempestades e possíveis furacões.

Onde ficar

Antes de sair de casa com Bart, sempre dou uma olhada no aplicativo Bring fido, que concentra todas as opções de pet-friendly de lazer, restaurantes e hotéis.

No caso especifico da nossa viagem, o peso/tamanho foi limitante na hora de escolher um hotel, já que Bart tem 45 libras, e boa parte deles permite apenas animais pequenos. Quebramos a nossa viagem em duas praias: Key Largo e Key West.

Key Largo: Ficamos no Baker’s Cay Resort e foi a decisão mais acertada da vida! O hotel é novo e peca em alguns aspectos, como não ter room service e o restaurante fechar às 22h (foi um problema no dia que chegamos super tarde e perdemos o jantar). Por outro lado, tem uma área externa imensa, uma praia privativa onde os animais são permitidos e uma trilha, perfeita para passear com os bichinhos.

Bart na floresta

 

bakers cay

Key West: Enquanto achamos que acertamos muito em Key Largo, não temos tanta certeza quanto a Key West. Primeiro porque se trata de uma cidade mais “badalada”, cheia de bares e clubes e lotada praticamente o ano inteiro. Segundo, por que apesar do hotel onde nos hospedamos, Havana Cabana, ser uma delícia e todos os funcionários amarem a nossa cachorrinha, achei que faltou bastante espaço para ela, tanto no quarto quanto no hotel em si, que tinha o lazer praticamente restrito à piscina. Voltaria com certeza ao Havana Cabana sozinha, mas acho que escolheria um hotel num estilo mais próximo ao hotel de Key Largo.

bart and the chickens

 

pride

O que levar em conta na hora de escolher o hotel

  • Política do hotel em relação à permissão de animais
  • Área de lazer – Onde seu dog irá fazer as necessidades e passear. A maioria dos hotéis não permitem pets na área da piscina, e tudo bem, contanto que existam outros lugares onde humanos e cachorros possam coexistir sem maiores complicações.
  • Tamanho do quarto
  • Tratamento e receptividade a animais
  • Se tiver  opção, escolha resorts a hotéis menores como pousadas e hotéis boutiques.

O que fazer nas Keys

Dirigir: A minha parte favorita da viagem às Keys, com certeza é o caminho. Por isso, não abri mão de dirigir até Key West. Das ilhas superiores até Key West, são cerca de duas horas de viagem. No caminho, além de passar por todas as cidadezinhas, a famosa Overseas Highway ou US-1, é uma estrada de 180km, que como o próprio nome sugere, atravessa praticamente toda as Keys, com exuberante vista da água. Quando parece que não dá para ficar mais lindo, a Seven Mile Bridge, nos arredores de Big Pine Key, surge como uma das pontes cênicas mais lindas que já vi. A parte negativa é que não existe um observatório, como na US-1 da California, por exemplo, mas valem algumas paradas pelo caminho para contemplar e, quem sabe, conseguir um bom ângulo para uma foto inesquecível.

Key Largo: A primeira das ilhas, conhecida como a capital mundial do mergulho, fica a uma hora de Miami. É a mais longa das ilhas, cercada por hotéis de praia e resorts e com o parque estadual John Pennekamp Coral Reef, famoso pelos corais e ótima opção para passar o dia com o pet.

Islamorada: Além das lojinhas e clima praiano cool de Islamorada, no Founders Park tem uma área para cachorro. O parque é privativo, mantido pela comunidade local e custa US$5 para uso tanto da área de animais, quanto de lazer (inclui piscinas e quadras).

Big Pine Key: A mais próxima da Key West, Big Pine Key tem uma das atrações mais legais, o Bahia Honda State Park, considerada uma das praias mais bonitas da região. Logo em frente tem um estacionamento de motorhome e, apesar de ter só passado por lá, fiquei com vontade de voltar com meu motorhome para uns dias de acampamento pé na areia.

Key West: Antro da badalação, bares e turismo gay, Key West me deixou com a sensação de estar numa New Orleans com praia. Com o calor que fazia enquanto visitava, confesso que fiquei limitada a sair com Bart apenas durante a noite. Andamos pela famosa Duval Ave e brincamos nos Higgs Beach Dog Park, um parque exclusivo para cachorros. Se tiver a chance de deixar seu animalzinho com alguém, dois passeios que super recomendo para amantes de literatura, é a casa do Ernest Hermingway e a casa do Tennessee Willians, ambas localizadas no mesmo quarteirão, a poucos metros da Duval.

Para ler mais sobre a Flórida, clique aqui

PRIMEIRA VEZ EM LAS VEGAS

Quanto tempo, onde ir e o que comer na capital americana do entretenimento.

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Casamento em Las Vegas

vegas sunset

Capital americana do entretenimento ou Disney para adultos, Las Vegas é a cidade mais kitsch que já visitei. Um contraste entre a ostentação americana e a dolce vita – Onde turistas oscilam entre letreiros luminosos que dão vida às longas noites e as piscinas de luxuosos hotéis, principal refresco para a ressaca e para os dias que são, quase sempre, bem quentes.

Localizada aos pés do deserto Mojave e próxima à fronteira dos estados de Utah, Arizona e Califórnia, é cercada de paisagens naturais maravilhosas, fazendo com que seja um ótimo destino para uma roadtrip.

Como chegar

No momento, não há voos diretos do Brasil. A melhor opção é voando direto de American Airlines para Los Angeles – ótima ideia incluir as duas cidades no roteiro. Ademais, Delta voa com conexão em Atlanta, Copa conecta no Panamá, e uma opção mais longa é a com a United, descendo primeiro em Chicago.

Quanto tempo ficar

Um fim de semana longo, bem planejado é mais do que suficiente. Se for esticar para o Grand Canyon, 5 dias é o ideal.

Melhor época para visitar

Para quem vai na primavera/verão, espere o clássico de Vegas: dias de calor na piscina do hotel. Já no inverno, por estar localizada no meio do deserto, faz frio de dia e de noite, e caminhar fica menos impossível. Viajei em fevereiro, e além de não precisar lidar com uma Vegas superlotada, peguei até neve – um evento comum no inverno nas montanhas das cercanias, mas super raro na cidade, mas que se você tiver sorte, pode acontecer.

Transporte

Para curtir apenas a Strip, vale a pena caminhar ou investir em Uber. Agora, se o plano é viajar para as montanhas, ir até a Califórnia ou dar um pulinho no Arizona, aluguel de carro é a melhor e mais conveniente solução. Os preços de aluguel de carro costumam ser bem em conta – aluguei o meu por 30 dólares a diária – e a maioria dos hotéis tem uma locadora própria disponível.

Atenção: Na hora de alugar, vale a pena ficar esperto sobre a política da locadora, que em Vegas costuma ser bem restrita. Evite pagar por milhas e tente retornar o carro no mesmo lugar que ele foi alugado – eu tentei devolver no aeroporto e o preço da diária praticamente dobrou.  

O que fazer

Jogar

Sim, pode ser a sua primeira vez, mas você já deve imaginar que a coisa que os turistas mais fazem é jogar. Sinto que esse é um hábito mais americano – tanto eu quanto meus amigos brasileiros temos pavor de perder dinheiro, ainda mais com a atual cotação do dólar – porém, acho que pelo menos conhecer os cassinos é um exercício válido. Para se arrepender menos, selecione uma quantia pequena de dinheiro que esteja confortável para gastar e aproveite. Gosto bastante desse artigo da CNN que lista cada os melhores cassinos por categoria.

cassino

Conhecer hotéis

Protagonistas quando o assunto é Las Vegas, o papel dos hotéis vai muito além da hospedagem. É neles que ficam concentrados os cassinos, os melhores restaurantes e as melhores lojas. Mesmo que não se hospede em um dos hotéis clássicos (como o Bellagio, Caesar ou Wynn), eles são paradas obrigatórias. Quanto à hospedagem, orçamento, nível de barulho e localização devem ser prioridade. Quer fugir do óbvio? O jornal inglês The Guardian tem uma lista com os alternativos mais interessantes de Vegas.

venetian

Assistir a um show

Vegas não ganhou o título de capital do entretenimento à toa. Com o cair da noite, são tantos shows que é difícil escolher um só. Em sua maioria disponíveis em hotéis, você pode escolher entre comédia, esportes, teatro, música, casas de strip tease (ótimas para dar umas risadas com as amigas na despedida de solteira), ou um dos muitos shows do Cirque du Soleil. Eu assisti o O, espetáculo aquático do Cirque du Soleil no Bellagio.

Visitar um museu inusitado

Verdade seja dita: quase ninguém vai à Las Vegas pretendendo ir ao museu. Mas, se tiver com um tempinho extra e quiser aprender mais sobre a cidade, o Neon Museum é uma ótima escolha para ir à noite. De dia, visite o Erotic Heritage Museum, e se surpreenda com as inesperadas histórias americanas.

Caminhar (e fotografar)

Você pode alugar um carro antigo ou marcar um passeio de limusine, mas nada supera andar a pé pela Strip, a rua mais famosa de Las Vegas. Prepare a sola do sapato – afinal, são mais de 6km de comprimento. Comece pela famosa placa de Welcome to Las Vegas e saia sem destino. Além da Strip, a Fremont Ave, no centro de Vegas, já foi estrela no passado e hoje continua valendo à pena a visita, em especial com um tour noturno guiado.

strip

Comer muito

Restaurantes não faltam em Vegas, e para todos os gostos. Se dinheiro não é uma questão, o É do chefe José Andres ou a SteakHouse do Gordom Ramsay são ótimas escolhas. Se o plano é partir para um dos famosos buffets, o Wynn tem um brunch maravilhoso no restaurante que é inspirado no clássico Alice no país das maravilhas. Quer um docinho? A rede Milk Bar (que tem os meus cookies favoritos) está no Cosmopolitan. Fora do burburinho da Strip, o Bootlegger serve comida italiana desde 1949. O orçamento está apertado? Tacos el Gordo ou o premiado Ping Pang Pong no hotel Gold Coast.

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Vegas de cima

É verdade que Vegas tem tanta informação visual que chega a ser “poluída”. Que tal dar uma pausa e ver tudo de cima? Quase todos os hotéis tem um rooftop ou restaurante que proporciona uma boa vista aérea – A Voodoo Steakhouse, por exemplo, combina churrascaria e balada. Que tal jantar na torre Eiffel? No hotel Paris você pode, sem nem precisar ir à França. Gosta de aventura? É no hotel Linq que está a maior roda gigante do mundo, a High Roller. O observatório mais clássico? O Stratosphere.

Compras

Assim como qualquer cidade americana, é fácil de encontrar grandes marcas na cidade, além de fácil acesso aos supermercados e lojas de conveniências. Se o intuito da sua viagem é aproveitar os bons preços, uma ida até o Outlet Premium pode ser uma ideia. Se o plano é curtir a região da Strip, praticamente todos os hotéis tem boas lojas. Para compras de luxo, o Bellagio e o Wynn são boas alternativas. Souvenirs estão por todas as partes, mas a ABC é um grande conglomerado de tudo o que você pode querer. Fã de vintage? Meus favoritos são Vintage Vegas Antiques, Buffalo Exchange, Patina Decor, Glam Factory Vintage e claro, a casa de penhor Gold and Silver Pawn, famosa pelo programa de TV homônimo.

pawn shop

Conhecer os arredores

Como dito na introdução desse post, uma das grandes vantagens de Vegas é a sua localização. Para quem tem alguns dias de férias, vale a pena aproveitar os Parques Nacionais americanos, super preservados e de fácil acesso. O Red Rocks, pode ser facilmente visitado em um bate e volta – fica há aproximadamente 40 minutos. Também em Nevada, separe uns minutinhos para apreciar a escultura do artista Sueco Ugo Rondidone, Seven Magic Mountains, o único ponto de cor que você enxerga na estrada. Se vier de Los Angeles, visite o Death Valley, parte do deserto Mojave considerado o lugar mais quente dos EUA. Esticadinha até Utah? O Zion National Park é um must do. Clássico combo Nevada + Arizona? Sedona, capital nacional dos spas, e o Grand Canyon, não tem erro.

red rocks

Se casar

Clichê, eu sei. Mas se você é “o diferentão” da turma, e não quer uma cerimônia qualquer, Las Vegas pode ser uma ótima escolha. Eu contei aqui como fui parar em Las Vegas e, de última hora, arranjei meu próprio casamento.

casamento

Dicas extras

  • Tips: as famosas caixinhas são tradição nos EUA e não devem ser negligenciadas. Em Las Vegas, especialmente, seja generoso com os serviços de alimentação ou spa (uma caixinha justa é 20% do valor do serviço) e turismo (guias).
  • Atrações com animais: Em muitos hotéis, há atrações que incluem animais – que vão de flamingos a golfinhos. Vale lembrar que a condição que esses animais são mantidos é, em geral, desconhecida, e que muitos dele estão totalmente fora do seu habitat natural (lembre-se: poucas espécies sobrevivem naturalmente no deserto). Eu sempre desencorajei esse tipo de atividade, então, leve tudo isso em consideração antes de montar seu roteiro.

Custo geral $$$(moderado)

Antes de viajar aos Estados Unidos, clique aqui para mais informações.

CASAMENTO EM LAS VEGAS

Um destination wedding bem fora do comum

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Las vegas sign.JPG

 

Yes, I do. Assim terminei minha primeira noite em Las Vegas, celebrando o amor de uma forma bem peculiar. Não subi ao altar, mas caminhei de braços dados com Elvis Presley, enquanto ele cantava hits como Love me Tender, em uma das noites mais frias do ano em Las Vegas. Sim, você leu direito: fazia aproximadamente 3 graus e na noite anterior havia nevado de um jeito não visto em Las Vegas há mais de 10 anos.

Não sou uma eterna romântica, confesso, e casar da maneira tradicional, sempre passou longe das minhas ideias. Alias, wanderlust como sou, sempre estive mais interessada na lua de mel, do que na festa em si.

Baixa temporada, passagens baratas e uma semana de férias, o que eu fiz? Fui casar em Las Vegas!

Como funciona

A parte mais complicada de todo o processo você já deve ter: o/a noivo/a. Daqui para frente é só aproveitar!

Existem várias razões que levam alguém a fazer uma cerimônia em Vegas – Além do casamento, tem a cerimônia de compromisso, a renovação de votos ou o elopement wedding.

Falando do casamento em si, esse pode se tratar de uma cerimônia simbólica (só pela diversão), ou legal; e pode ser realizada em diversas línguas, incluindo português.

Onde

Capela em Las Vegas não é um problema, elas estão por todas as partes. As mais famosas são: Little Church of the West, Chapel of the Bells, Chapel of the Flowers, Viva Las Vegas Chapel e Bellagio Chapel.

capela bonita

Me casei na Graceland, com o Elvis, mas também fiquei tentada a casar na Kiss Love and Loud, a capela do Kiss, dentro do Hotel Rio.

Pacotes

Todas as capelas trabalham com pacotes prontos, que incluem o cerimonialista, o aluguel da capela por uns 30 minutos, algumas fotos e às vezes o buquê. Dá para adicionar itens como bolo, trajeto de limusine e live streaming.

beijar a noiva
Pode beijar a noiva!

No meu caso, escolhi o pacote Loving You, da cerimônia do Elvis, na Graceland Chapel, que incluía:

– Buquê e flor de lapela;

– 3 músicas do Elvis;

– Elvis entrando comigo;

– 6 fotos;

– Certificado de casamento;

– Bolo;

– Translado de limusine.

A única coisa chata, é que dentro da capela só são permitidas as fotos do fotógrafo oficial.

Tempo de preparação

É Las Vegas, e MUITA gente se casa de última hora. Eu organizei tudo em 3 dias, mas se você está vindo de fora dos Estados Unidos, já sabe a data da viagem e não quer arriscar, quanto antes melhor. Considere além das burocracias legais, a duração da viagem, o número de convidados e se haverá uma recepção antes/depois da cerimônia na capela e a contratação de serviços como cabelereiro e maquiagem. Entre 1 e 3 meses é o ideal para fazer tudo com bastante calma.

Licença

Caso opte pela cerimônia legal, é importante lembrar que antes de tudo, deve ser providenciada a licença de casamento. Sem pânico! Casar nos cartórios americanos é bem mais simples se comparado às burocracias brasileiras!

Como cada estado é independente e possui leis próprias, para o estado de Las Vegas, o procedimento acaba sendo ainda mais simples do que no resto do país.

– Para querer a licença, comece o processo online, clicando aqui e preenchendo a pré-requisição. Esse processo evita que você pegue uma fila de espera adicional no cartório.

– Dentro de um período de 60 dias após preencher a pré-requisição, ambos os noivos devem ir ao cartório com documentos com fotos (no caso de estrangeiros, o passaporte) e pagar uma taxa de US$77 (valor para 2019) e pronto. Uma vez emitida, a licença tem validade de um ano.

– Leve sua licença para a capela escolhida e case-se!

Importante: Para o estado de Nevada, é importante que não haja consanguinidade entre os noivos, ambos devem ser solteiros, e serem maiores de 18 anos.

Importante 2: Para a execução da cerimônia na capela, os noivos devem levar uma testemunha. Caso não tenha uma, as capelas costumam ter um serviço que, mediante o pagamento de uma pequena taxa, eles oferecem uma testemunha.

Validação no Brasil

O que acontece em Vegas, não necessariamente fica em Vegas. Além de ser um ato legal reconhecido em todo o EUA, os indivíduos casados carregam o título também no Brasil. Para que o registro seja validado, é necessário o comparecimento em cartório brasileiro com a documentação adequada em até 180 dias após a volta de ao Brasil.

Elopement Wedding, o que é isso?

Quem já se casou (ou planeja), sabe a encrenca que é fazer lista de convidados e correr o risco de esquecer alguém ou criar uma bela inimizade. Uma alternativa para quem quer manter um clima mais intimista, é o Elopement wedding, ou casamento a dois.

Muito menos popular no Brasil do que no resto do mundo, trata-se de uma cerimônia mais intimista, onde os votos são trocados entre os noivos sem nenhuma plateia. Além de reduzir os custos, você faz uma cerimônia para quem realmente importa: você e o seu noivo/a.

Bridezilla

Não sei vocês, mas ansiosa que sou eu, achei ótimo fazer tudo de última hora, tendo menos tempo de ficar neurótica.

Se você está planejando uma cerimônia maior, com mais convidados e etc, existe a opção de contratar uma assessoria de casamento – eu preferi não – ou até se aproveitar de algum pacote que já inclua a assessoria.

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Tudo pronto, vamos casar?

Quanto aos detalhes que enlouquecem qualquer noiva (vestido, cabelo, maquiagem), eu preferi pegar levar e não me estressar tanto: comprei toda a vestimenta (tanto minha quanto do noivo) aqui na Flórida e fiz o cabelo/maquiagem no salão do hotel – que marquei quando fiz o check-in. Novamente, quase zero de planejamento. Era para ser divertido, e não estressante. E assim foi.

Melhor época

Vegas é lotada o ano todo, mas é durante os finais de semana, feriados e verão que acontece a alta temporada. Uma dica para economizar e evitar grandes aglomerações, é planejar a cerimônia entre janeiro e março.

Tá, mas quanto custa?

Muito menos do que um casamento convencional! Quando começamos a cogitar a ideia de nos casarmos, pensamos originalmente em fazer uma festa tradicional aqui pelas bandas da Flórida, onde moramos. Óbvio que, além dos valores serem ridiculamente altos, a logística ficaria complicada, já que boa parte da minha família e amigos estão no Brasil.

Para fazer uma festa OK para 50 pessoas no Brasil (lembrando, novamente, um modelo mais tradicional), gastaríamos entre 50 e 100 mil reais. Ou seja, NÃO hahaha.

Em geral, os valores dos casamentos nas capelas oscilam entre US$200 e US$1000. Neste intervalo, tem todos os tipos de cerimônias, desde as mais simples e “tradicionais”, até as mais malucas, como se casar dentro de um helicóptero, sobrevoando a Strip.

Em Vegas, além do baixo custo, você ainda tem a praticidade de comprar um pacote e não precisar se preocupar com mais nada.

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TRADIÇÕES NATALINAS NOS ESTADOS UNIDOS

O que esperar das tradições do clássico natal norte-americano

Leia também:

Thanksgiving, devendando o feriado americano

Natal ecônomico em Nova York

Mais um natal que chegou, passou e rendeu! Uma das tristezas de morar fora, é não estar tão perto da família e amigos nessa época de fim de ano. Mas tenho que ser sincera e dizer que, enquanto amo revéillon no Brasil, acho que prefiro o natal daqui.

As tradições são super levadas à sério, e mesmo na Flórida (que muitas vezes nem parece EUA, rs), nessa época do ano é tudo tão mágico ❤

Aqui vão as 10 tradições mais presentes nas casas da maioria dos norte-americanos.

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Gingerbread house

No ano passado, construí minha primeira casa de biscoito de gengibre. Não recomendo para pessoas ansiosas/inquietas! O processo em si leva um tempão e faz uma meleca, que acho que faria mais sentido se eu tivesse uns 5 anos haha. A parte mais legal de toda a “construção” com certeza é sentar com toda a família ajudando e no fim, claro, comer tudo.

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Christmas Carols

Ao pé da letra “cantigas de natal”, são as músicas natalinas. Para cada uma delas, deve existir umas 800 versões e elas tocam por TODAS as partes. Sabe quando você vai pro shopping e está tocando “Então é natal”, da Simone? É mais ou menos isso, mas em absolutamente todos os lugares. Neste ano, fiz um passeio de barco turístico com a minha família em Tampa, e advinha? Teve até Christmas Carol Sing alone – resumindo: todos tivemos que cantar com a “banda” enquanto íamos rio abaixo, rs.

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Decoração de natal

Como não amar cidades super iluminadas? É lindo demais! Até comentei que durante a minha viagem à Nova York fiquei realmente impressionada, em especial com as lojas que gastam uma micro-fortuna. As casas não ficam atrás, tem MUITA casa que contrata empresas especializadas em decoração natalina para transformar a casa numa obra de arte.

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Rudolph

Dentre os animais natalinos, o que provavelmente mais se destaca é a rena. Ela é a responsável por puxar o trenó do bom velhinho e Rudolph, um personagem que é  conhecido por ser a “rena de nariz vermelho”, característica que por sempre tê-lo diferenciado das outras renas, se provou util ao precisar liderar as outras renas na missão-trenó, durante as noites de neblina.

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Filmes natalinos

Assim como as canções de natal, eles passam em todos os lugares e, em dezembro, sempre tem algum filme com a temática Natal estreiando no cinema. E sim, esqueceram de mim também é popular por aqui!

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Stocking + Stocking Stuffer

A história das stockings, aquelas meias que vemos embaixo da chaminé, é bem contraditória. Talvez a versão mais aceita date do século 19, é que as meias foram “recheadas” por São Nicolau, como caridade a uma família necessitada. Desde então, pendurar as tais meias é sinônimos de que, em algum momento, até a manhã do natal, elas serão recheadas com presentes, os stocking stuffers. Para esses, em quase qualquer loja de departamento/farmácia/mercado em dezembro tem uma sessão destinada a esses presentinhos, que normalmente não podem ser muito grandes (ou não caberão na meia) e se enquadram mais na categoria de “lembrancinhas” do que de presentes.

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Jantar

A primeira grande diferença com relação ao jantar de natal é que ele acontece na noite de natal. Uau, que surpresa rs! Parece óbvio, mas a maioria de nós brasileiros comemoramos na noite do dia 24, e não na noite do dia 25. Outro detalhe, é que em relação ao horário, assim como no Thanksgiving, o jantar é mais um almojanta (por volta das 17h) do que de um jantar propriamente dito. Por último, o detalhe mais importante, a comida: Presunto, Peru e cramberries são elementos que sempre aparecem. De sobremesa, nada muito importante como o nosso pavê. Normalmente, são servidas bolachinhas de gengibre.

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Presentes

Uma coisa que me deixou bem chocada no meu primeiro natal aqui é a quantidade de presentes. Enquanto nós brasileiros estamos acostumados a ganhar um presente de cada membro da família (quando muito, rs), nos EUA cada membro da família tende a dar váááários presentes, mas claro, com valores menores, geralmente vindo da Stocking. O recorde, é claro, é entre as crianças: já vi criança recebendo cerca de 20 presentes dos avós! Eles são abertos na manhã do dia 25, e nem preciso dizer que esse é um dos momentos mais esperados por todo mundo né?

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White Christmas

Enquanto no Brasil estamos acostumados com o calor do verão, na América do norte, é inverno. White Christmas significa Natal Branco e é o que a maioria dos americanos esperam para a noite do natal: muita neve.

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Suéteres

Os suéteres natalinos, ou como chamam por aqui, Ugly Sweater (suéter feio), estão por todas as partes desde novembro. Algumas famílias “competem” para ver quem tem o suéter mais feio, enquanto em outras, é comum ver membros da família com suéteres combinando.

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Secret Santa

Equivalente ao nosso amigo secreto, mas bem menos popular. Vejo mais Secret Santa acontecendo entre colegas de trabalho do que entre família propriamente dita – como acontece na minha por exemplo, no Brasil.

 

Para ler mais sobre tradições Norte-Americanas, clique aqui.

 

NATAL ECONÔMICO EM NOVA YORK

5 dicas para você curtir o feriado mais iluminado do ano sem gastar muito.

Leia Também:

Se é a sua primeira vez na cidade, um roteiro clássico: 39 horas em NYC

Eu já estive em Nova York algumas vezes, mas visitar a cidade em dezembro sempre me pareceu um sonho distante, especialmente quando a minha vontade era inversamente proporcional ao meu orçamento. Quando minha família veio me visitar aqui nos Estados Unidos, eles deixaram o roteiro bem aberto para fazermos o que eu achasse melhor na primeira vez deles na terra do Tio Sam, mas uma coisa, deixaram claro que não poderia ficar de fora: visitar Nova York e ver as luzes do natal. Bem, daí para frente o sonho não era só meu, rs.

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No começo fiquei meio relutante, já que o orçamento da turma não era dos maiores, mas não desisti, e estou aqui para provar que é possível aproveitar o melhor da Big Apple na época mais iluminada (e cara), sem precisar decretar falência ao voltar das férias.

Aqui vão algumas dicas como não extrapolar o orçamento enquanto aproveita o melhor da cidade!

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1) Hospedagem

Esse é, sem dúvidas, o grande encarecedor de qualquer viagem a Nova York! Sabendo que a cidade é formada por cinco regiões (Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island), uma alternativa que encontrei – e que, com certeza, repetirei – foi ficar fora de Manhattan.  Eu sei que, especialmente para quem vai à cidade pela primeira vez, ficar em outra ilha, pode ser um pouco frustrante, já que é por lá que temos aquela imagem de filme.

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Contudo, ficar fora da área mais turística, além de “embaratecer” o roteiro, é uma ótima chance de conhecer mais o dia-a-dia dos locais.

Dessa vez, escolhi o Brooklyn, e apesar de ter sido minha primeira vez, super recomendo por inúmeras razões (além do preço):

Transporte fácil (ônibus, metrô, trem, ferry) por praticamente toda a ilha;

Distancia relativamente curta das principais atrações de Manhattan;

• A nova sensação hipster, o bairro de Williamsburg;

Barcleys Center – ginásio onde se encontra uma calendário ativo de atrações diversas;

• MUTOS restaurantes incríveis;

Próximidade com aeroporto de La Guardia;

• A Brooklyn Bridge – icone máximo da cidade.

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Me hospedei pelo Airbnb neste apartamento.

2) Transporte

O trânsito de NYC é sempre um caos, e se você, assim como eu, tem pavor de perder tempo dentro do carro, a melhor forma de se locomover pela cidade de é de metrô/trem. Não importa onde você se hospedará, as linhas atravessam toda a cidade e o custo-benefício é incrível, afinal, taxi em NY é uma experiência igualmente estressante e cara.

O preço do bilhete individual é US$3 com opções mais baratas para quem adquire o MetroCard.

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Fonte: New York City Subway // clique para expandir

Outras opções de transporte entre ilhas: Bicicleta, ônibus ou  balsa.

Aplicativos de carro compartilhado: Já usei o Uber e o Lyft.

3) Alimentação

Se tem uma coisa que Nova York tem, é restaurante. Sair para comer já é, por si só, um programão para fazer na cidade. Eu, pessoalmente, não acho que substituir todas as refeições pelas famosas dollar menu (ou menu de um dólar, popular entre redes de fast food) uma boa saída. Claro, que economizar, você vai. Mas também vai perder grande parte da essência da cidade.

Se você está planejando ficar em hotel, uma coisa chata da maioria é o café da manhã quase nunca estar incluso – mais uma refeição para colocar na conta. Por outro lado, alugando um apartamento dá para se organizar com a cozinha e economizar alguns trocados com refeições simples, como o café da manhã ou aquele lanchinho da tarde.

Supermercados

Existem milhares de supermercados pela cidade para abastecer a dispensa/minibar assim que chegar. Eu amo o Whole Foods, porque além de ter várias opções mais naturebas, também serve um buffet de comida barata e super decente.

Outras redes mais em conta são k-mart, o Trade Joe, ou a loja de departamento Target. Para quem fica em New Jersey, tem o Walmart.

Por onde comi

Dessa vez, acabei elegendo como refeição principal o “almojanta” para fazer fora de casa, além de uns lanchinhos adicionais.

Blank Bistro: Esse café/bistrô no Brooklyn foi um achado incrível para quando estávamos voltando do píer. Serve desde bebidas maravilhosas com café, até comidinhas com uma pegada oriental. As opções de brunch também me pareceram ótimas para quem quer tomar uma café da manhã “mais encorpado” fora de casa.

Broccolino: Saindo do jogo de basquete no Barclay’s center, caímos em um italiano do outro lado da rua – às 22h, todo mundo morrendo de fome e frio, não houve tempo para pesquisar, rs. A comida é ok, a pizza do Adrienne’s é melhor, mas a carta de vinhos é ótima, então recomendaria mais para beber do que para jantar.

Cerveceria Havermeyer: Bom para happy hours, esse mexicano no Brooklyn tem um preço especial no fim da tarde, e mini tacos que vão bem com uma das muitas margueritas do cardápio. O lugar em si é bem simples, mas engana: nos assustamos quando vimos a conta de 100 dolares para 2 bebidas+ snacks!

Momofuku Milk Bar: Para quando aperta aquela vontade de comer um doce quentinho numa tarde de inverno, o melhor cookie da cidade fica aqui.

Friedsman’s lunch (Chelsea Market): O Chelsea Market é um mundo e opções de comida por lá não faltam. Como estava adepta do “almojanta”, parei no Friedsman’s para comer uma saladona e seguir a viagem! Uma das vantagens deste restaurante, além do menu com opções mais saudáveis, é uma área própria para os clientes – dependendo do horário, pode ser bem difícil achar uma mesa nas áreas comuns do mercado.

Adrienne’s Pizza Bar: Foi quando peguei mais frio + chuva na cidade que bateu aquela vontade de comer uma boa pizza. Amo o Roberta’s, mas estava longe demais para andar até lá e fiquei nesse pizza bar que encontrei pelo caminho. Não me arrependo em nada dessa escolha. A pizza é maravilhosa – a Old Fashioned serve bem quatro pessoas.

Ceia de natal

Está na cidade no dia 25? Alguns restaurantes como o Tavern on the Green, Nomad, Ferris e o Dirty French trazem boas opções para o feriado.

Pode extrapolar o orçamento do jantar na noite do dia 25? Se ainda tiver mesa (rs), o Per Se é uma escolha certeira!

4) Companhia Aérea

Algumas companhias locais, como a Spirit e a Southwest, são velhas conhecidas quando o assunto é voar com o orçamento apertado nos Estados Unidos. Ambas são conhecidas como low cost, pois como o próprio nome já diz, oferecem passagens por um custo reduzido.

Já tinha experimentado esse modelo na Europa, mas foi a minha primeira vez nos Estados Unidos. O voo entre Orlando e New Jersey custou pouco menos que US$150, comprado uma semana antes da viagem – o que é uma bela barganha, comparado com a mesma rota em empresas convencionais durante o mês de dezembro. Apesar de não ter amado a experiência – várias coisas deixam bastante a desejar  – recomendo contanto que;

• Você tenha tem pouca bagagem: pouca mesmo, só é permitido voar sem custo extra com uma mochila;

• Não se importe em descer num aeroporto mais afastado:  eu desci em Newark e o Uber até o Brooklyn custou cerca de US$65 por trecho;

• Esteja ok com o fato de que não é possível escolher o assento previamente sem custo adicional;

• Não faça questão de algumas mordomias a bordo: como serviço de bordo, entretenimento e poltrona regulável.

Lembrando que: só compre o voo quando tiver certeza que vai voar. No caso da maioria das low coasts, em especial da Spirit, qualquer alteração/ cancelamento causa, além de um transtorno imenso, zero reembolso. 

5) Passeios

Se também não é a sua primeira vez na cidade, uma boa notícia: várias atrações natalinas são gratuitas!

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Quinta avenida lotada em dezembro
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A famosa árvore do Rockfeller Center

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• Andar pela quinta avenida: As vitrines por aqui são a coisa mais linda do mundo! Macy’s, Saks, Tiffany, tem até shows! Respire fundo, enfrente a muvuca e vá.

Pista de patinação e árvore do Rockfeller: Além da tradicional pista de patinação (a qual não tive coragem de me arriscar), a árvore do Rockfeller Center costuma ser uma das mais fotografadas! A de 2018 tinha mais de 20m de altura!

• Feiras de natal: São várias feiras espalhadas pela cidade, com destaque para a Columbus Circle, Union Square e Bryant Park

Passeios temáticos de barco pelo rio Hudson

• Radio City Christmas Spectacular: O show de natal mais tradicional da cidade no Radio City Music Hall

Decoração de natal das casas: além das vitrines e lojas decoradas na quinta avenida, centenas de casas no bairro de Dyker Heights no Brooklyn preparam uma decoração (muitas vezes profissional) de natal! Vá no começo da noite para evitar grandes aglomerações.

Reveillon na Times Square: A virada de ano mais tradicional dos Estados Unidos!

Se é a sua primeira vez, clica aqui para ler mais sobre as outras atrações.

Inspirações

Pronto para sonhar com antecendência? Se inspire!

Assista:

Esqueceram de mim II, Chris Columbus

Sex and The City, Patrick King

Outono em Nova York, Joan Chen

Manhattan, Woody Allen

Leia:

Nova Iorque para mãos de vaca, Henry Bugalho

New York, New York, Inma López Silva (em espanhol)

Nova York do Iapoque ao Chuí, Tania Menai

Nova York econômica, Laura Peruchi

De Recife para Manhattan: Os judeus na formação de Nova York, Daniela Levy

Dicas extras

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NY City Pass:  Se você também faz questão de visitar algumas atrações mais clássicas, vale a pena dar uma olhada nos city passes disponíveis – a economia de tempo e dinheiro compensam.

Clima: O fator clima está tão maluco em NY como no resto do mundo. Portanto, acompanhe a previsão nos dias que antecendem a viagem tanto para acertar na mala quanto para organizar o roteiro (acreditem: ninguém vai se sentir confortável passando o dia em atrações externas com temperaturas abaixo de zero!).

Natal atrasado: Se não der para passar o feriado em NYC, tudo bem. Você pode viajar no comecinho de janeiro e pagar mais barato ainda na passagem. As decorações ficam expostas até dia 6.

Para ler mais sobre os Estados Unidos, clique aqui

THANKSGIVING: DESVENDANDO O FERIADO AMERICANO

 

O que significa para a história – e para os americanos – esse feriado tão aguardado.

Leia também:

Natal nos Estados Unidos

Feriado nacional e dia para se agradecer o ano que passou, o Thanksgiving (ou Dia de Ação de Graças), surgiu informalmente no século 17, ainda na América Colônia, como parte do agradecimento à boa colheita que os peregrinos tiveram graças à ajuda dos índios nativos.

A celebração, não religiosa, se manteve por toda a América até que em 1863 o presidente Abraham Lincoln resolveu unificá-la e proclamar o Thanksgiving nos Estados Unidos.

Turkey Pardoning

Alguns dias antes do ThanksGiving é costume o presidente fazer o ritual de Turkey Pardoning que nada mais é do que “soltar” um peru, ao invés de usá-lo em preparações culinárias.  O ritual se iniciou após ter se tornado público o ato de Lincoln, presidente em 1863, ter recusado comer o peru que lhe foi ofertado*.

Data do começo do século 19 o costume de se presentear o presidente com um peru para o Thanksgiving.*

LEIA TAMBÉM: Presidente Donald Trump e o Turkey Pardoning 2017

Tradições

Tipicamente americano, o feriado mais importante do ano, superando até o natal,  é uma época do ano que realmente para os Estados Unidos. Cai sempre na quarta quinta-feira do mês e provavelmente é o único feriado que, de fato, a maioria das pessoas emenda – algo que estamos acostumados no Brasil, mas que é raríssimo por aqui. A maioria das famílias tiram a semana para organizar o jantar, viajar para casa dos parentes e sair às compras na Black Friday (leia mais abaixo).

Como parte da tradição, é servido um jantar tradicional que na verdade é mais um almoço tardio (aqui em casa, por exemplo, começamos às 3 da tarde).  90% das casas americanas comem peru e alguns tradicionais acompanhamentos (stuffing, purê de batata, batata doce, molho de cramberry e torta de abóbora).

Antes disso, ainda cedo pela manhã, enquanto se prepara a refeição, é comum assistir às famosas parades, desfiles com shows que acontecem pelo país, sendo o mais tradicional deles o de NYC.

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Desfile em New York

É depois do ThanksGiving também que começa a preparação para o natal, até então nula, outra coisa muito diferente para nós, que em outubro já temos casas e lojas decoradas.

Cardápio

O cardápio varia de acordo com a família, mas alguns itens são super tradicionais e preparamos por aqui*

  • Peru: item clássico e símbolo do feriado
  • Stuffing: recheio do peru que pode ser servido dentro ou fora do mesmo (como acompanhamento)
  • Sweet Potato Casserole: Batata doce que pode ser preparada de diversas formas (com nozes, refogada, em purê).
  • Purê de batata
  • Gravy: uma espécie de molho madeira que acompanha o peru
  • Molho de cramberry: molho bem doce para colocar por cima de tudo

As sobremesas costumam variar mais. Tivemos:

* Clique nos pratos para visualizar as receitas.

Black Friday

Seguinte ao Thanksgiving, o Black Friday é a sexta-feira mais esperada do ano. A maioria das lojas fazem liquidações surreais, com descontos que normalmente começam em 50% e levam os americanos à loucura.

Atualmente, algumas lojas se antecipam e já abrem às 6 da tarde da quinta-feira. A primeira coisa que a maioria das famílias fazem ao terminar o jantar, é pegar o carro e ir para a porta das lojas. Para as lojas que abrem apenas na sexta, o horário de abertura costuma ser às 6 da manhã, ou seja, para conseguir bons produtos é necessário madrugar!

Para acompanhar as ofertas, pode-se acompanhar o site Black Friday.com ou os panfletos divulgados/cupons divulgados nos jornais às vésperas.

 

Na segunda seguinte, acontece o Cyber Monday, com descontos online.

Lojas 

Acho que vale mais a pena visitar lojas de departamento, afinal dá para comprar tanto itens pessoais quanto eletrônicos e objetos mais caros, que na minha opinião são os que compensam mais.

É importante lembrar que como aqui o Black Friday é levado bem à sério, filas homéricas e gente se estapeando não são incomuns. Particularmente, penso que não compensa tanto sofrimento se não for para adquirir alguma coisa que você quer muito e que, nos modos convencionais, é pouco viável que consiga comprar.

Entre a noite de quinta e a sexta-feira, me dividi entre as seguintes lojas:

  • Walmart: Temos no Brasil, mas as opções aqui nem se comparam. Comprei uma câmera e cosméticos com o preço bem justo.
  • Bealls: Loja de departamento com foco em vestuário, mas tem coisas para casa também. Acho que foi meu melhor deal: uma torradeira, um mixer e uma blusa por US$16!
  • Best Buy: Paraíso dos eletrônicos, infelizmente cheguei tarde e todos os iPads já estavam esgotados.
  • Sephora: Normalmente os descontos aqui são moderados, mas ainda assim, dá para encontrar alguma coisa.
  • GNC: Loja de suplementos e vitaminas, tudo com 50% de desconto.
  • Walgreens: Farmácia preferida no mundo, mais parece um mercado.
  • Target: Um mercado que vende tudo, assim como o Walmart. Ótimo para comprar coisas para casa, cosméticos e até roupas.
  • Dollar Tree: Uma loja que vende de tudo, e melhor, tudo por US$1. No Black Friday, há itens por 79 centavos.

Como a maioria das lojas são próximas, não foi muito difícil visitar várias lojas ao mesmo tempo. As maiores fazem um mapa e distribuem na entrada, mostrando a localização exata da oferta. Por isso, é super importante ter uma listinha com o que comprar, economizando tempo, stress e dinheiro.

Para saber mais sobre os Estados Unidos, Clique aqui

ORLANDO: 8 DICAS PRÁTICAS

Orlando, nos Estados Unidos é, muitas vezes, o primeiro destino do viajante internacional e as tarifas aéreas, com preços cada vez mais atrativos, tornam cada dia mais possível realizar o sonho de conhecer o Mickey pessoalmente, rs.

Está de malas prontas e completamente perdido? Prepare o checklist e aproveite o melhor da sua viagem.

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Seguro de saúde

Acho que é a maior e melhor lição que você tirar deste texto: NÃO SAIA DE CASA (PARA NENHUM LUGAR NO MUNDO) SEM COBERTURA! E este não poderia deixar de ser porque, além da paz que faz ter um seguro, os EUA são um dos lugares mais caros do mundo para contratar uma assistência particular. E sim, qualquer coisa pode acontecer, com qualquer e ninguém quer começar as férias já no prejuízo, né?

Prepare o bolso

Muita gente tem a impressão que os americanos vão à Disney toda a semana, mas isso não passa de um GRANDE mito. Visitar os parques é extramente caro e até hoje me impressiono quando escuto que fulano passou uma semana em Orlando e fez um parque por dia. Primeiramente, porque haja disposição e logo em seguida, porque É CARO! E quando me refiro ao preço, vale lembrar que além da entrada, tem alimentação, alguns serviços adicionais (como aluguel de carrinho de bebê) e claro, lembrancinhas (pelo menos uma orelha de Mickey você acabará comprando!).

Aluguel de carro

Uma das coisas mais negativas (pelo menos para mim, que odeio dirigir) é precisar de carro em quase todos os destinos americanos. Orlando não foge à regra: tudo é muito longe e espalhado. A boa notícia é que, em geral, se paga muito pouco para alugar um veículo muito bom. Ponha isso na conta e se estiver viajando com mais gente, só dividir.

Aeroporto

Uma das coisas que mais me impressionou no Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) a última vez que estive por lá, com certeza foi a desorganização e demora dos procedimentos. Como as coisas são complicadas! A mala por exemplo, após a retirada na esteira, volta para uma inspeção numa espécie de “check in secundário” e demora pelo menos mais uma hora para ser recolhida. Sem falar os MILHARES de turistas perdidos fazendo com que fique tudo ainda mais difícil. Não seja essa pessoa: siga os passos clássicos (imigração, check-in e recolhimento de bagagens) de acordo com as orientações de um oficial e  facilite a sua vida e a do coleguinha.

América que fala português

Faltou nas aulas de inglês e está com medo de sair do Brasil? Por aqui isso não será um problema! Ainda que brasileiros estejam no mundo todo, Orlando é uma cidade recordista no quesito turistas tupiniquins. E isso é tão sabido, que TODO mundo fala português no aeroporto, parques e algumas lojas.

Conheça os arredores

Uma boa é intercalar o clássico roteiro de compras e parques com os arredores como a cidade de planejada de Walt Disney, Celebration; os Parques Estaduais da Flórida; um passeio pelos famosos airboatsou dar uma pulo no mar em Tampa.  – se quiser ir mais longe: Miami está logo ali, a 380km.

Leia também: Airboat Ride em Inverness, Florida.

Compras

Loja por aqui é o que não falta e com preços infinitamente melhores do que os encontrados no Brasil. Faça uma lista antes de tudo o que precisa e separe um dia ou dois para fazer as compras por localização, afinal não compensa tanto assim viajar para só para comprar (embora muita gente discorde).

Dica: Lembre-se de considerar o câmbio do dia e ver se o item (também disponível no Brasil) vale mesmo a pena ser comprado

Parques

Você não chegou até aqui por nada: chegou a hora de finalmente conhecer o Mickey! Além da Disney propriamente dita, Orlando também é famosa pelo Sea WorldUniversal e Busch Gardens.  O que visitar vai depender do tempo/dinheiro que estão envolvidos na sua viagem. Separe os parques por interesse e distância, se possível se hospede próximo ou dentro dos parques, comece as visitas o mais cedo possível e lembre-se de intervalar os dias com atividades na cidade. Nas pausas, descanse!

Leia também: Planeje a sua viagem para os EUA 

ENTENDA: DESASTES NATURAIS

Impossível ignorar as notícias e imagens de destruição que tomaram conta do mundo na última semana devido aos estragos causados pelo Furacão Irma.

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Barbuda após a passagem do Furacão Irma – Fonte: CNN

Com isso, muita gente fica apreensiva em planejar as férias nesse período, mas antes de mais nada, vamos entender como esses fenômenos ocorrem e por que, talvez você, como turista, não precise se preocupar tanto assim.

Para classificar a intensidade do furacão, utiliza-se a escala Saffir-Simpson, que varia varia de um a cinco, de acordo com a imagem baixo.

Coast Guard San Juan crews prepare for Hurricane Irma
Fonte: US Department of Defense

Furacão, Tufão, Ciclone ou Tornado.

A nomenclatura pode causar um pouco de confusão, mas furacão, tufão, ciclone e tornado são eventos distintos cuja ocorrência varia.

O ciclone é uma tempestade, formada nos Oceanos, com ventos fortes, que geralmente causa redemoinhos. Para cada localização específica, o ciclone recebe um nome diferente. Quando ocorre no Pacífico recebe o nome de tufão, e no Oceano Atlântico, furacão. Ambos são mais propensos à ocorrência no período que vai de maio a novembro.

O tornado, também se forma a partir de chuvas, mas normalmente ocorrem em áreas continentais (veja mais no vídeo abaixo).

Rota de furacões

A Hurricane Season (ou época de furacões) se inicia no primeiro dia de junho e termina no primeiro dia de novembro. Mesmo durante esse período, a possibilidade de ocorrência de furacões altamente destrutivos é remota, por isso, não deixe de planejar uma viagem só porque está na temporada. Saiba que caso ocorra algo no meio da suas férias, há possibilidade de evacuação e as companhias aéreas irão reorganizar os voos.

Curiosidade: Os furacões recebem nomes para que sejam facilmente lembrados. Estes, são intercalados entre nomes femininos e masculinos e todos os furacões mais destrutivos tem o nome arquivado, não podendo ser repetido.

No Atlântico, boa parte do Caribe, Golfo do México e Sudoeste dos Estados Unidos são atingidos.

As ilhas que estão fora da rota de furação pertencem a porção mais austral do caribe e para quem não quer arriscar, uma boa seria ir para as ilhas ABC (Aruba, Bonaire e Curação).

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Rota do furacão Irma – Fonte: The Guardian

Para classificar a intensidade do furacão, utiliza-se a escala Saffir-Simpson, que varia varia de um a cinco, de acordo com a imagem baixo.

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Fonte: disasterpreparednesscourse.com

Desastres naturais nos EUA 

Todo o foco recente se voltou ao Sudoeste dos Estados Unidos, mais especificamente para a Florida, onde o Irma atingiu boa parte do Estado. Mas o país sofre esporadicamente também com terremotos e tornados. O infográfico abaixo (extraído do New York Times) mostra as áreas com mais risco de desastres naturais nos EUA.

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Clique para ampliar – Fonte: New York Times (30/04/11)

 Para mais dicas úteis, clique aqui.

TOP 3: CAFÉ DA MANHÃ NOS EUA

Uma coisa é certa: difícil visitar os Estados Unidos Unidos e não voltar com uns quilinhos a mais. É tanta coisa gostosa (e açucarada), que não é fácil se controlar.

Algo que sempre me chamou muito a atenção é a predileção por café da manhã salgado, diferentemente do café típico francês, por exemplo, no qual as estrelas principais são as geleias e confeitaria.

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Meu café da manhã no Texas: Hash browns, omelete, torradas, geleias, chá, suco e parfait de iogurte

Cafe da manhã x Brunch

A palavra surge da combinação das palavras breakfast (café da manhã) e lunch (almoço), e a ideia é que seja uma refeição mais tardia que o café, misturando pratos das duas refeições. Ao contrário do que muita gente pensa, no dia a dia os americanos não tomam um café da manhã super completo como vemos em filmes. Muitos, inclusive, se satisfazem com um café e um bagel comprado no caminho do trabalho.

Já no brunch, é o momento no qual amigos e famílias se reúnem aos finais de semana, algo como o nosso tradicional “almoço de domingo” no Brasil. Normalmente acontece a partir das 11 da manhã e vai até o meio da tarde. É sempre iniciado com uma mimosa (combinação de espumante com suco de laranja, seguido por pães, ovos, batatas, bacon, salmão, salada, panquecas, waffles, sucos e cafés.

Clique aqui para conhecer meus brunchs preferidos em NYC

O almoço normalmente é “pulado” e a próxima refeição, o jantar, começa bem cedo – a partir das 17h (contei mais sofre essa tradição do jantar no fim da tarde aqui).

Os favoritos

Batatas: Hash Brown e  Roasted Potatoes

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A primeira vez que cheguei numa cadeia de hotéis norte-americanos, fora dos Estados Unidos, me choquei com a quantidade de batatas no buffet. Provei e me apaixonei instantaneamente, tanto que sempre faço aqui em casa aos finais de semana. A batata é assada, servida com uns temperinhos que combinam perfeitamente com omelete e bacon! Uma variação bastante popular e que também amo, são os hash browns. Estes, são as batatas raladas, modeladas como se fossem pequenas panquecas e grelhadas no azeite.

Breakfast Burrito

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Achei excêntrico. A primeira vez que ouvi falar de breakfast burrito, foi na California, região bastante influenciada pela culinária mexicana. Basicamente é uma massa de burrito recheada com ovos, queijo e bacon, mas que pode sofrer variações (abacate e feijão preto, por exemplo). Confesso que gosto do mais simples possível, apenas com ovos e queijos, mas o limite para o recheio é o céu.

Quer aprender a fazer? Olha essas sugestões do Buzzfeed!

Berries

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Blueberry, strawberry, raspeberry, blackberry… Os países do norte são um prato cheio para quem ama essas frutinhas, tão raras e caras no nosso querido Brasil. Nas compotas, panquecas, muffins ou in natura servidas com iogurte e granola (o famoso parfait), elas estão por todas as partes! Uma dica de passeio imperdível para quem for ficar por mais tempo nos EUA, é passear pelas farmer’s markets (feira livre), que acontecem na rua uma vez por semana e comprar frutas, bacon e ovos, frescos e orgânicos, direto do produtor.

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PARQUES ESTADUAIS DA FLÓRIDA

A maioria das pessoas associam o estado da Flórida, nos Estados Unidos, quase que automaticamente à Disney ou Miami, mas você sabia que por ali também existe mais de cento e cinquenta Parque Estaduais?

Que tal estender a sua viagem e desfrutar da natureza, seja fazendo trilha, um passeio de barco ou até mesmo um piquenique?

Localização

Localizada ao sul, com mais de 170 mil km² de extensão e mais de vinte milhões de pessoas, a Florida é o terceiro estado mais populoso dos Estados Unidos.

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Clima

Como descrevi acima, a Florida é um estado relativamente grande e o clima varia, sendo que ao sul é tropical, mais próximo do que estamos acostumados no Brasil, com calor praticamente o ano inteiro e verão mais chuvoso e ao centro-norte, subtropical, com bastante calor no verão e inverno frio (em torno de dez graus).

Programe sua visita para as estações intermediárias, onde o turismo é reduzido, as passagens são mais baratas e o clima se torna confortável. Se possível, evite viajar no período que vai de junho a setembro,  já que além do alto calor, o Estado é rota dos famosos furacões de verão.

Atrativos: 

Com a predominância do clima quente e muita umidade, a vegetação nos parques é de maioria pantanosa. A fauna é diversa e incluí peixes-boi, coiotes, esquilos, viados e o mais famoso de todos: o jacaré.

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Jacarés: símbolos na entrada do parque

Onde ir:

Próximos a Orlando:

  • Wekiwa Springs State Park
  • Blue Spring State Park
  • De Leon Springs State Park
  • Hontoon Island State Park
  • Lake Louisa State Park
  • Lake Griffin State Park
  • Tosohatchee Wildlife Management Area

Próximos a Miami:

  • Oleta River State Park
  • Hugh Taylor Birch State Park
  • John D. MacArthur Beach State Park
  • Bill Baggs Cape Florida State Park
  • Everglades National Park

Encontre um Parque Estadual clicando aqui

Withlacoochee State Forest

A terceira maior floresta da Flórida, fica na área central do estado, e recebe esse nome graças a um indianismo que em inglês corresponderia a algo como “rio torto”, sinalizando bem o curso do rio homônimo que cruza o parque.

Possui duas trilhas para caminhada, área para piquenique e a opção de atravessá-la de rio, passeio oferecido por diversas empresas.

Aproveitei para passar o dia em família e fazer o passeio de airboat, oferecido pela Wild Bill’s.

Wild Bill’s: Saindo de Inverness, região central, o passeio de airboat atravessa a reserva de Withlacoochee e dura aproximadamente uma hora. A principal atração são os jacarés, que estão por todo lado, mas o silêncio, a vegetação e os pássaros são igualmente interessantes.

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Airboat: barco movido a hélice

O airboat por si só já é uma atração. Ele consegue entrar pelos pântanos, passar por áreas estreitas e, em regiões abertas, anda super rápido, fazendo manobras pelo rio. Daí o nome do lugar se chamar “wild” (selvagem, em português).

Devido ao intenso barulho do motor, todos os passageiros recebem um fone de ouvido para ficarem mais confortáveis durante a viagem. As explicações dadas pelo guia, todas em inglês, acontecem quando o barco está parado e se torna possível ouvir alguma coisa.

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De qualquer forma, o passeio é super agradável e recomendado para todas as idades. E quem enjoa, não precisa se preocupar porque os rios são super calminhos.

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Os preços variam durante o dia (US$35 – criança e US$45 adulto) e noite (US$45 – criança e US$60 adulto), sendo que só é permitida a visita de maiores de três anos. Há também a possibilidade de fechar um barco privativo (US$300 para 6 pessoas).

É necessário reservar com antecedência por telefone.

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39h EM NYC

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New York City é uma das minhas cidades preferidas no mundo. Por sua localização estratégica, muita gente passa por lá em conexão e quer aproveitar o máximo da cidade em pouco tempo.

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empire state I

Na minha última ida à cidade em 2016 fiquei apenas dois dias – cheguei sábado às 6h e saí às 21h do domingo – e consegui fazer muita coisa (e ainda dormir bem) durante a minha estadia.

A viagem 

Voei direto de São Paulo (GRU) a NYC (JFK), numa rota que dura quase dez horas.  Como tanto a ida quanto a volta foram feitos em voos noturnos em business class, economizei com hotel e consegui dormir bem. De qualquer forma, acho importante considerar o cansaço, já que para a maioria das pessoas não é tão fácil dormir em aviões.

Clima

O clima é um fator super importante a se considerar na hora de planejar a sua ida a NYC. As temperaturas só são realmente agradáveis (acima de 20 graus) durante julho e setembro. Nos meses de inverno (dezembro a março), a sensação térmica pode chegar a -20 graus Celsius. Quando fui no começo de março, as temperaturas oscilavam entre 0 e 5 graus.

Locomoção

NYC é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que tem um transporte público eficiente. A malha metroviária é extensa e eficiente e comprando o metrocard, você faz várias viagens por um preço bem razoável.

A Laura Peruchi tem uma série ótima de como utilizar o metrô.

Como não saí muito da região que estava, fiz praticamente tudo andando e peguei duas curtas corridas de táxi em Manhattan e uma mais longa, até o JFK na volta ao Brasil (estava super atrasada, então não quis arriscar o metrô).

Saindo do aeroporto

No JFK tem um metrô chamado AirTrain, que usei para ir a Manhattan, com direção à Jamaica Station, desembarcando na estação 57, a mais próxima do meu hotel. No vídeo abaixo, a Laura conta com mais detalhes o funcionamento:

Do aeroporto também dá para utilizar serviços de shuttle, táxi e Uber.

Onde se hospedar

Para quem não planeja ficar muito tempo, mas que dormirá na cidade, minha dica é ficar o mais central possível, evitando assim o uso de transportes e otimizando o tempo.

Passei a minha única noite no Park Central, que fica na sétima avenida com a 56, perfeito para andar até a quinta avenida ou até o Central Park.

O hotel é super confortável e apesar de não incluir café da manhã, não faltam opções de restaurantes ao redor, como o Starbucks que fica ao lado da entrada. Como não tem frigobar no quarto, sugiro que não se compre nada que necessite de refrigeração.

Diárias a partir de R$600

O que fazer 

O que não falta é coisa para fazer em NYC, principalmente quando o assunto é cultura e gastronomia. Acho importante ter em mente qual roteiro você quer fazer, pensando se é a sua primeira vez na cidade, se quer focar nos pontos turísticos, etc. No meu caso, fiz algumas coisas clássicas que ainda não tinha feito – tipo, ir a Times Square e subir no Empire States, combinadas com alguns programas mais relax, sem sair muito da região onde estava hospedada.

Se você tem mais tempo, sugiro muito dar um pulo também em Chelsea e em Williansburg, no Brooklyn.

Dia 1: Sábado

Café da manhã no Norma’s: Depois de quase dez horas de voo, metrô para chegar no hotel e um frio de zero graus (mais de trinta graus de diferença da temperatura que estava em São Paulo), merecia um café da manhã dos deuses, e o Norma não fez feio. Dentro do Le Parker Meridien, o restaurante serve café da manhã e almoço e olha, comi tanto que só fui lembrar de ter fome lá pelo fim da tarde, rs.

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Garçom, mais comida por favor? @Norma’s

MoMA: Localizado entre a quinta e a sexta avenida, e pertinho do meu hotel, o Museu de Arte Moderna de NY é um prato cheio para os admiradores de arte contemporânea. Com um acervo super bacana, sempre tem mostras interessantíssimas acontecendo e performances agendadas, além de um calendário de cursos imperdíveis.  Entre um andar e outro, aproveite para tomar um cafezinho no restaurante do segundo piso e não deixe de visitar a lojinha na saída.

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Warhol no MoMA

La Bonne Soupe: Depois de subir e descer os andares do MoMA, voltei para o hotel, tirei um cochilo e fui “almojantar” no La Bonne Soupe. O lugar, confesso que me surpreendeu. De estilo bistrô, com preços bem interessantes, achei no Foursquare enquanto procurava uma recomendação de pratos quentinhos e substanciosos. Comi sopa, salada e pãezinhos e tomei um suco por menos de US$30, ou seja, vale a pena.

Empire State Building: Começo de noite e por que não ter uma vista privilegiada de NY? Do octogésimo sexto andar, são tantas luzes e tanto prédio, que é aquela hora que a gente se toca que realmente está na Big Apple. É o observatório a céu aberto mais alto de NYC e nem preciso dizer que um dos pontos turísticos mais concorridos, né?

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Do observatório do Empire State

Quinta Avenida – Já que estava por ali, para ir ao Empire State, aproveitei para dar uma caminhada nesta que é uma das principais ruas de NYC, pegar um bagel em um dos cafés, tirar algumas fotos e visitar uma das minhas farmácias preferidas no mundo, a Duane Reade.

Times Square – E depois de tentar (sem sucesso), tickets com desconto para espetáculos na Broadway, continuei batendo mais perna, desta vez pela Times Square, tirando fotos e mais fotos e claro, dando um pulinho na loja da M&M para comprar um montão de docinhos.

times square

Dia 2: Domingo

Brunch no Boathouse: Uma vez nos EUA, uma das experiências que recomendo a todo turista, é experimentar o tradicional brunch aos finais de semana. Localizado dentro do Central Park, a vista é de tirar o fôlego, e a comida, de comer rezando. É bem mais barato que o Norma’s, porém igualmente delicioso.

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Típico brunch aos domingos  no Boathouse

Central Park: Se você está indo a NYC pela primeira ou pela décima vez, sempre acho que ir ao Central Park é imperdível. Amo ficar lá, andando, sem fazer nada. Ou comprar um café, sentar e ficar observando a movimentação… Eu nunca canso! E sem falar que é uma das poucas coisas que se pode fazer gratuitamente. Acho que só não recomendo ir ao Central Park nos meses de inverno, caso contrário, não deixe de passar por lá.

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MET: Um dos mais impressionantes museus do mundo, o Metropolitan tem um acervo incomparável. A ala de História Antiga, principalmente grega, é de morrer de amores. E a arquitetura do lugar não faz feio. Com certeza é um lugar que merece mais tempo, mas para quem, assim como eu, ama arte, tem que ir em algum momento da vida.

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História Antiga no MET

Per Se: E para encerrar o fim de semana em NYC, fui jantar no famoso restaurante comandando pelo chefe Thomas Keller. O Per Se é um restaurante americano que usa técnicas da cozinha francesa em um menu de nove passos (com opção vegetariana). Com três estrelas Michellin, é considerado um dos melhores do mundo e reservas são mandatórias. Com certeza, uma experiência inesquecível (US$375/ por pessoa).

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Columbus Circle, vista da janela do Per Se

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COSTUMES NORTE-AMERICANOS

Entre as minhas muitas idas e vindas aos Estados Unidos, alguma coisas sempre me chamaram a atenção.

Leia também: Memorial day nos EUA

Leia também: Thanksgiving: Desvendando o feriado americano

Alimentação

Porções gigantes: Essa é óbvia e é a primeira impressão que mais assusta qualquer estrangeiro: o tamanho das comidas. Tanto em restaurantes quanto no mercado, tudo é imenso. Um copo pequeno de refrigerante, por exemplo, pode passar de meio litro!

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Duas limonadas pequenas, por favor.

To go: Como a quantidade de comida em restaurantes, em geral, é imensa e interminável, a maioria dos estabelecimentos não só não se importam se você pedir para embalar o restante para viagem, como ainda oferecem embalagens “to go” quando sobra comida no prato e você não fala nada.

Reserva paga: Em restaurantes mais caros, você faz a reserva e caso cancele, paga uma multa. Esse sistema acontece não só nos Estados Unidos mas em alguns lugares do mundo, já que o cardápio nesse tipo de ambiente é bem limitado (muitas vezes a menu degustação) e fresco, e saber o número exato de pratos evita desperdício e prejuízo por parte do restaurante. Acho que aqui no Brasil existe algumas implicações legais (não sei ao certo, mas pelo código do consumidor acredito que você não pode pagar algo que não consumiu).

Temperos: Esse tópico pode gerar controvérsias, mas na minha opinião tem muita pimenta em qualquer comida. Nada contra, mas acho exagerado.

Comida adocicada:  Alguns alimentos tipicamente salgados para nós são bem adocicados, como o milho (que por sinal eu adoro) e o feijão (bleh!). Por outro lado, o abacate que sempre consumimos em versão doce aqui, só existe como acompanhamento salgado.

Dietas restritivas: Apesar de não ser um país conhecido por uma culinária requintada, devo admitir que eles facilitam muito a vida de quem segue dietas restritivas. Em praticamente qualquer mercado é muito fácil de encontrar alimentos gluten free, lac free, dietéticos, veganos/vegetarianos e orgânicos, bem sinalizados e com preços honestos.

Refeições principais: Claramente, o café da manhã é a refeição mais reforçada. Proteínas animais (bacon e ovos) e muito glúten (panquecas, waffles, muffins e hash browns) iniciam o dia do cidadão americano. O almoço, quando não é pulado, é uma refeição bem simples, como um sanduíche. Já o jantar, é um caso a parte: ele na verdade é um “almojanta”, e começa lá pelas cinco da tarde.

Obs: Aos finais de semana, a maioria substitui o café e o almoço pelo brunch, a partir das onze da manhã. O brunch é um café da manhã ainda mais reforçado, com uma carinha de almoço.

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Café da manhã em casa

Guardanapo: A função do guardanapo é limpar a boca/mãos, e nunca segurar o sanduíche – como nós fazemos.

Fast coffee: Sempre achei meio hipster essa coisa de sair andando por aí com um copo de café na mão, a la Starbucks.  Mas essa cultura do Fast Coffee está muito inserida no dia a dia dos americanos. Como por lá um copo grande de café fica em torno de US$2, a maioria sempre para em alguma cafeteria no caminho, pega o café e segue para o trabalho.

Lifestyle

Fila preferencial: Além das nossas já conhecidas filas preferenciais de gestante e deficiente, em vários estabelecimentos você tem um atendimento diferenciado ser for cliente fidelidade. Ah, e os idosos? Eles não têm preferência em lugar nenhum (nem filas e nem estacionamentos).

Elogios: Todo mundo elogia tudo! Não é raro estar andando e ser parado por um estranho que elogia sua roupa/cabelo/maquiagem. No dia-a-dia, toda tarefa completada é elogiada, isso se aplica também às crianças.

Pontualidade: Herança britânica que eu amo. Ah, e mais: tudo tem hora para começar e para terminar também.

Água:  Sentou na mesa, a água é free (a menos que você peça alguma água phyna – tipo Perrier, Evian, etc).

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A água vem de graça

Bebidas: Não só nos EUA, mas também grande parte do mundo, a oferta de bebidas, mais especificamente de sucos, é bem limitada. Se você pedir suco em algum lugar, provavelmente as opções serão maça, limão ou laranja.

Patriotismo: Sim, tem uma bandeira hasteada em toda esquina e em praticamente todas as casas. E todo mundo sabe (bem) a história do país e a geografia. Grande parte apesar de viajar muito dentro do próprio país, não só nunca viajou ao exterior como não tem nem passaporte.

patriotismo

Geografia: Eles aprendem na escola que há sete continentes (isso mesmo, sete e não cinco): América do Norte, América do Sul, Europa, Asia, África, Oceania e Antártica. Ah, e sempre que você ouvir America, significa o país Estados Unidos, e não o continente.

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Hotéis

A maioria dos hotéis norte-americanos seguem padrões de qualidade em qualquer lugar do mundo. Uma coisa curiosa é que a maioria deles não tem café da manhã incluso na diária. Outra coisa que acho meio estranha é sempre ter uma máquina de gelo no corredor do andar.

Beleza

Salão de Beleza: Além de ser bem mais caro do que estamos acostumados a pagar em bons salões no Brasil, devo confessar que depilação e unha é uma coisa que a brasileira faz melhor que qualquer outro povo no mundo. Já precisei fazer a unha algumas vezes, e sempre me arrependi: paguei caro por um “meio serviço”, já que a limpeza é bem mais ou menos (sim, eu sei que não é saudável tirar cutícula, mas se não tiro fico com uma sensação de unha não-terminada). Depilação então, nem sei fale. Cabelo nunca tentei.

Utilizei serviços de salão em cidades grandes, como Austin, Los Angeles e NYC, mas imagino que em cidade menores deve ser ainda mais complicado.

Maquiagem: Maquiagem é sempre barata e a mulherada aproveita mesmo. Não é incomum vê-las SUPER maquiadas para fazer atividades básicas, como ir ao mercado ou à academia. Por outro lado, parece que toda essa arrumação se restringe ao pescoço para cima. O resto do look sempre traz uma calça moletom e/ou camiseta.

Babyliss: Uma coisa é certa quando o assunto é cabelo: nunca estamos felizes com o que temos. Em nenhum lugar do mundo. Muita gente nos EUA tem cabelo naturalmente liso – ao contrário do Brasil – e claro, sempre dão um jeito de enrolar. Todo mundo faz babyliss pra tudo! E mesmo quem tem cabelo afro, em geral prefere enrolar ao invés de alisar.

Papete: Acho engraçado porque faz parte do esteriótipo “típico de gringo”, mas é verdade: todo mundo adora uma papete. E não só para o verão: no inverno, saem de papete e meia. Acho meio estranho usar no inverno, mas confesso que é tão confortável que já caiu nas minhas graças e às vezes eu também adoto no verão.

Quer saber mais?

No fim de maio, passei o meu primeiro Memorial Day em terras americanas. Se depois de ler as minhas impressões sobre os costumes acima, clique aqui para ver como foi o meu feriado.

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MEMORIAL DAY NOS EUA

O último fim de semana aqui nos Estados Unidos foi prolongado. Isto porque na última segunda-feira de maio é comemorado o Memorial Day, um feriado nacional, no qual homenageamos os soldados americanos mortos em guerra.

Leia também: Costumes norte-americanos

Leia também: Thanksgiving – Desvendando o feriado americano

A história

A história deste dia parte da guerra civil norte-americana, mais precisamente da cidade de Waterloo em NY.  Para homenagear os soldados mortos na guerra, familiares costumavam visitar os túmulos nos cemitérios e após um mandato do General John A. Loganno, o dia 30 de maio deveria marcar a data que a cidade seria decorada para referenciar a homenagem, dando inicio ao que feriado que inicialmente se chamava Decoration Day. A razão da escolha da data não se sabe ao certo, mas existem duas hipóteses: a primeira, é que esse seria o dia que não haveriam batalhas, e a segunda (e minha preferida) é que essa data era o auge da primavera, o que faria com que as flores usadas nas decorações florescessem. Em 1966 o Estado de NY reconheceu a cidade como berço do Memorial Day – existe até um museu por lá – E em 1971 o feriado tornou-se federal e então passou a chamar-se Memorial Day.

A tradição

Diferentemente de feriados mais formais, como o dia de Ação de Graças, o Memorial Day é bem tranquilo. Como acontece no fim da primavera, as temperaturas tendem a estar mais agradáveis e todo mundo aproveita que sempre cai na segunda-feira para ter um fim de semana prolongado com família e amigos, fazendo atividades ao ar livre.

Dica extra: Sempre sugiro que é bom evitar viajar em feriados nacionais ou domingos, porque na maioria dos países, vários estabelecimentos estão fechados ou funcionam em horário especial.  Por aqui, feriado ou não, o comércio abre em peso praticamente no mesmo horário que em todos os outros dias. E mais: em algumas lojas, ainda dá para encontrar algumas promoções especiais (tanto online quanto na loja física) – eu, por exemplo, consegui bons descontos na Best Buy.

O resumo do meu dia

Quando soube que teríamos um jantar especial na segunda-feira, não imaginei que ele começaria às 3 da tarde! Sim, os americanos têm uma mania muito engraçada de jantar entre às 17h e às 19h. Particularmente, acho que isso acontece porque o almoço por aqui não é algo indispensável como no Brasil, então eles engolem qualquer coisa no começo da tarde e chegam no fim do dia, obviamente, morrendo de fome.

Logo, a primeira coisa que fiz depois do café da manhã foi correr para o mercado com o resto da família para comprar umas coisinhas e começar a preparar o “jantar”. As aspas servem para dizer que não se trata só do jantar, mas sim de vários petiscos que beliscamos durante todo o dia na beira da piscina.

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Patriotismo no Supermercado

Outra coisa bem característica daqui é que todo mundo ajuda em tudo! Mesmo a minha sogra sendo super empenhada na cozinha, todo mundo poe a mão na massa – e acho isso incrível porque não sobrecarrega para ninguém e no fim da festa a casa não tá um caos.

Pontualmente às 3 da tarde, todos os convidados estavam aqui – outra coisa bem diferente do Brasil – e ficamos batendo papo na piscina, tomando cerveja e beliscando até quase 6 da tarde. O tempo estava maravilhoso e aqui na região de Tampa a temperatura chegou a 36 graus na tarde de segunda!

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Nada mal para uma segunda-feira

Por fim, fomos à churrasqueira preparar os hambúrgueres e salsichas para os sanduíches que comemos com saladas. Todo o processo é bem informal: cada um pega seu prato, e monta seu próprio lanche. Como já estamos próximos do verão e a noite só chega lá pelas 21h, depois de comer, continuamos na piscina, jogando baralho e tomando sorvete.

Adoraria ter tirado vááárias fotos, mas o dia estava tão agradável e a conversa tão boa que só queria mesmo era saber de ficar na piscina, rs.

Leia também: Roteiros para os Estados Unidos