NATAL ECONÔMICO EM NOVA YORK

5 dicas para você curtir o feriado mais iluminado do ano sem gastar muito.

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Eu já estive em Nova York algumas vezes, mas visitar a cidade em dezembro sempre me pareceu um sonho distante, especialmente quando a minha vontade era inversamente proporcional ao meu orçamento. Quando minha família veio me visitar aqui nos Estados Unidos, eles deixaram o roteiro bem aberto para fazermos o que eu achasse melhor na primeira vez deles na terra do Tio Sam, mas uma coisa, deixaram claro que não poderia ficar de fora: visitar Nova York e ver as luzes do natal. Bem, daí para frente o sonho não era só meu, rs.

thais natal

No começo fiquei meio relutante, já que o orçamento da turma não era dos maiores, mas não desisti, e estou aqui para provar que é possível aproveitar o melhor da Big Apple na época mais iluminada (e cara), sem precisar decretar falência ao voltar das férias.

Aqui vão algumas dicas como não extrapolar o orçamento enquanto aproveita o melhor da cidade!

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1) Hospedagem

Esse é, sem dúvidas, o grande encarecedor de qualquer viagem a Nova York! Sabendo que a cidade é formada por cinco regiões (Bronx, Brooklyn, Manhattan, Queens e Staten Island), uma alternativa que encontrei – e que, com certeza, repetirei – foi ficar fora de Manhattan.  Eu sei que, especialmente para quem vai à cidade pela primeira vez, ficar em outra ilha, pode ser um pouco frustrante, já que é por lá que temos aquela imagem de filme.

nyc map

Contudo, ficar fora da área mais turística, além de “embaratecer” o roteiro, é uma ótima chance de conhecer mais o dia-a-dia dos locais.

Dessa vez, escolhi o Brooklyn, e apesar de ter sido minha primeira vez, super recomendo por inúmeras razões (além do preço):

Transporte fácil (ônibus, metrô, trem, ferry) por praticamente toda a ilha;

Distancia relativamente curta das principais atrações de Manhattan;

• A nova sensação hipster, o bairro de Williamsburg;

Barcleys Center – ginásio onde se encontra uma calendário ativo de atrações diversas;

• MUTOS restaurantes incríveis;

Próximidade com aeroporto de La Guardia;

• A Brooklyn Bridge – icone máximo da cidade.

brooklyn bridge agua

Me hospedei pelo Airbnb neste apartamento.

2) Transporte

O trânsito de NYC é sempre um caos, e se você, assim como eu, tem pavor de perder tempo dentro do carro, a melhor forma de se locomover pela cidade de é de metrô/trem. Não importa onde você se hospedará, as linhas atravessam toda a cidade e o custo-benefício é incrível, afinal, taxi em NY é uma experiência igualmente estressante e cara.

O preço do bilhete individual é US$3 com opções mais baratas para quem adquire o MetroCard.

subway nyc
Fonte: New York City Subway // clique para expandir

Outras opções de transporte entre ilhas: Bicicleta, ônibus ou  balsa.

Aplicativos de carro compartilhado: Já usei o Uber e o Lyft.

3) Alimentação

Se tem uma coisa que Nova York tem, é restaurante. Sair para comer já é, por si só, um programão para fazer na cidade. Eu, pessoalmente, não acho que substituir todas as refeições pelas famosas dollar menu (ou menu de um dólar, popular entre redes de fast food) uma boa saída. Claro, que economizar, você vai. Mas também vai perder grande parte da essência da cidade.

Se você está planejando ficar em hotel, uma coisa chata da maioria é o café da manhã quase nunca estar incluso – mais uma refeição para colocar na conta. Por outro lado, alugando um apartamento dá para se organizar com a cozinha e economizar alguns trocados com refeições simples, como o café da manhã ou aquele lanchinho da tarde.

Supermercados

Existem milhares de supermercados pela cidade para abastecer a dispensa/minibar assim que chegar. Eu amo o Whole Foods, porque além de ter várias opções mais naturebas, também serve um buffet de comida barata e super decente.

Outras redes mais em conta são k-mart, o Trade Joe, ou a loja de departamento Target. Para quem fica em New Jersey, tem o Walmart.

Por onde comi

Dessa vez, acabei elegendo como refeição principal o “almojanta” para fazer fora de casa, além de uns lanchinhos adicionais.

Blank Bistro: Esse café/bistrô no Brooklyn foi um achado incrível para quando estávamos voltando do píer. Serve desde bebidas maravilhosas com café, até comidinhas com uma pegada oriental. As opções de brunch também me pareceram ótimas para quem quer tomar uma café da manhã “mais encorpado” fora de casa.

Broccolino: Saindo do jogo de basquete no Barclay’s center, caímos em um italiano do outro lado da rua – às 22h, todo mundo morrendo de fome e frio, não houve tempo para pesquisar, rs. A comida é ok, a pizza do Adrienne’s é melhor, mas a carta de vinhos é ótima, então recomendaria mais para beber do que para jantar.

Cerveceria Havermeyer: Bom para happy hours, esse mexicano no Brooklyn tem um preço especial no fim da tarde, e mini tacos que vão bem com uma das muitas margueritas do cardápio. O lugar em si é bem simples, mas engana: nos assustamos quando vimos a conta de 100 dolares para 2 bebidas+ snacks!

Momofuku Milk Bar: Para quando aperta aquela vontade de comer um doce quentinho numa tarde de inverno, o melhor cookie da cidade fica aqui.

Friedsman’s lunch (Chelsea Market): O Chelsea Market é um mundo e opções de comida por lá não faltam. Como estava adepta do “almojanta”, parei no Friedsman’s para comer uma saladona e seguir a viagem! Uma das vantagens deste restaurante, além do menu com opções mais saudáveis, é uma área própria para os clientes – dependendo do horário, pode ser bem difícil achar uma mesa nas áreas comuns do mercado.

Adrienne’s Pizza Bar: Foi quando peguei mais frio + chuva na cidade que bateu aquela vontade de comer uma boa pizza. Amo o Roberta’s, mas estava longe demais para andar até lá e fiquei nesse pizza bar que encontrei pelo caminho. Não me arrependo em nada dessa escolha. A pizza é maravilhosa – a Old Fashioned serve bem quatro pessoas.

Ceia de natal

Está na cidade no dia 25? Alguns restaurantes como o Tavern on the Green, Nomad, Ferris e o Dirty French trazem boas opções para o feriado.

Pode extrapolar o orçamento do jantar na noite do dia 25? Se ainda tiver mesa (rs), o Per Se é uma escolha certeira!

4) Companhia Aérea

Algumas companhias locais, como a Spirit e a Southwest, são velhas conhecidas quando o assunto é voar com o orçamento apertado nos Estados Unidos. Ambas são conhecidas como low cost, pois como o próprio nome já diz, oferecem passagens por um custo reduzido.

Já tinha experimentado esse modelo na Europa, mas foi a minha primeira vez nos Estados Unidos. O voo entre Orlando e New Jersey custou pouco menos que US$150, comprado uma semana antes da viagem – o que é uma bela barganha, comparado com a mesma rota em empresas convencionais durante o mês de dezembro. Apesar de não ter amado a experiência – várias coisas deixam bastante a desejar  – recomendo contanto que;

• Você tenha tem pouca bagagem: pouca mesmo, só é permitido voar sem custo extra com uma mochila;

• Não se importe em descer num aeroporto mais afastado:  eu desci em Newark e o Uber até o Brooklyn custou cerca de US$65 por trecho;

• Esteja ok com o fato de que não é possível escolher o assento previamente sem custo adicional;

• Não faça questão de algumas mordomias a bordo: como serviço de bordo, entretenimento e poltrona regulável.

Lembrando que: só compre o voo quando tiver certeza que vai voar. No caso da maioria das low coasts, em especial da Spirit, qualquer alteração/ cancelamento causa, além de um transtorno imenso, zero reembolso. 

5) Passeios

Se também não é a sua primeira vez na cidade, uma boa notícia: várias atrações natalinas são gratuitas!

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Quinta avenida lotada em dezembro
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A famosa árvore do Rockfeller Center

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• Andar pela quinta avenida: As vitrines por aqui são a coisa mais linda do mundo! Macy’s, Saks, Tiffany, tem até shows! Respire fundo, enfrente a muvuca e vá.

Pista de patinação e árvore do Rockfeller: Além da tradicional pista de patinação (a qual não tive coragem de me arriscar), a árvore do Rockfeller Center costuma ser uma das mais fotografadas! A de 2018 tinha mais de 20m de altura!

• Feiras de natal: São várias feiras espalhadas pela cidade, com destaque para a Columbus Circle, Union Square e Bryant Park

Passeios temáticos de barco pelo rio Hudson

• Radio City Christmas Spectacular: O show de natal mais tradicional da cidade no Radio City Music Hall

Decoração de natal das casas: além das vitrines e lojas decoradas na quinta avenida, centenas de casas no bairro de Dyker Heights no Brooklyn preparam uma decoração (muitas vezes profissional) de natal! Vá no começo da noite para evitar grandes aglomerações.

Reveillon na Times Square: A virada de ano mais tradicional dos Estados Unidos!

Se é a sua primeira vez, clica aqui para ler mais sobre as outras atrações.

Inspirações

Pronto para sonhar com antecendência? Se inspire!

Assista:

Esqueceram de mim II, Chris Columbus

Sex and The City, Patrick King

Outono em Nova York, Joan Chen

Manhattan, Woody Allen

Leia:

Nova Iorque para mãos de vaca, Henry Bugalho

New York, New York, Inma López Silva (em espanhol)

Nova York do Iapoque ao Chuí, Tania Menai

Nova York econômica, Laura Peruchi

De Recife para Manhattan: Os judeus na formação de Nova York, Daniela Levy

Dicas extras

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NY City Pass:  Se você também faz questão de visitar algumas atrações mais clássicas, vale a pena dar uma olhada nos city passes disponíveis – a economia de tempo e dinheiro compensam.

Clima: O fator clima está tão maluco em NY como no resto do mundo. Portanto, acompanhe a previsão nos dias que antecendem a viagem tanto para acertar na mala quanto para organizar o roteiro (acreditem: ninguém vai se sentir confortável passando o dia em atrações externas com temperaturas abaixo de zero!).

Natal atrasado: Se não der para passar o feriado em NYC, tudo bem. Você pode viajar no comecinho de janeiro e pagar mais barato ainda na passagem. As decorações ficam expostas até dia 6.

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THANKSGIVING: DESVENDANDO O FERIADO AMERICANO

 

O que significa para a história – e para os americanos – esse feriado tão aguardado.

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Natal nos Estados Unidos

Feriado nacional e dia para se agradecer o ano que passou, o Thanksgiving (ou Dia de Ação de Graças), surgiu informalmente no século 17, ainda na América Colônia, como parte do agradecimento à boa colheita que os peregrinos tiveram graças à ajuda dos índios nativos.

A celebração, não religiosa, se manteve por toda a América até que em 1863 o presidente Abraham Lincoln resolveu unificá-la e proclamar o Thanksgiving nos Estados Unidos.

Turkey Pardoning

Alguns dias antes do ThanksGiving é costume o presidente fazer o ritual de Turkey Pardoning que nada mais é do que “soltar” um peru, ao invés de usá-lo em preparações culinárias.  O ritual se iniciou após ter se tornado público o ato de Lincoln, presidente em 1863, ter recusado comer o peru que lhe foi ofertado*.

Data do começo do século 19 o costume de se presentear o presidente com um peru para o Thanksgiving.*

LEIA TAMBÉM: Presidente Donald Trump e o Turkey Pardoning 2017

Tradições

Tipicamente americano, o feriado mais importante do ano, superando até o natal,  é uma época do ano que realmente para os Estados Unidos. Cai sempre na quarta quinta-feira do mês e provavelmente é o único feriado que, de fato, a maioria das pessoas emenda – algo que estamos acostumados no Brasil, mas que é raríssimo por aqui. A maioria das famílias tiram a semana para organizar o jantar, viajar para casa dos parentes e sair às compras na Black Friday (leia mais abaixo).

Como parte da tradição, é servido um jantar tradicional que na verdade é mais um almoço tardio (aqui em casa, por exemplo, começamos às 3 da tarde).  90% das casas americanas comem peru e alguns tradicionais acompanhamentos (stuffing, purê de batata, batata doce, molho de cramberry e torta de abóbora).

Antes disso, ainda cedo pela manhã, enquanto se prepara a refeição, é comum assistir às famosas parades, desfiles com shows que acontecem pelo país, sendo o mais tradicional deles o de NYC.

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Desfile em New York

É depois do ThanksGiving também que começa a preparação para o natal, até então nula, outra coisa muito diferente para nós, que em outubro já temos casas e lojas decoradas.

Cardápio

O cardápio varia de acordo com a família, mas alguns itens são super tradicionais e preparamos por aqui*

  • Peru: item clássico e símbolo do feriado
  • Stuffing: recheio do peru que pode ser servido dentro ou fora do mesmo (como acompanhamento)
  • Sweet Potato Casserole: Batata doce que pode ser preparada de diversas formas (com nozes, refogada, em purê).
  • Purê de batata
  • Gravy: uma espécie de molho madeira que acompanha o peru
  • Molho de cramberry: molho bem doce para colocar por cima de tudo

As sobremesas costumam variar mais. Tivemos:

* Clique nos pratos para visualizar as receitas.

Black Friday

Seguinte ao Thanksgiving, o Black Friday é a sexta-feira mais esperada do ano. A maioria das lojas fazem liquidações surreais, com descontos que normalmente começam em 50% e levam os americanos à loucura.

Atualmente, algumas lojas se antecipam e já abrem às 6 da tarde da quinta-feira. A primeira coisa que a maioria das famílias fazem ao terminar o jantar, é pegar o carro e ir para a porta das lojas. Para as lojas que abrem apenas na sexta, o horário de abertura costuma ser às 6 da manhã, ou seja, para conseguir bons produtos é necessário madrugar!

Para acompanhar as ofertas, pode-se acompanhar o site Black Friday.com ou os panfletos divulgados/cupons divulgados nos jornais às vésperas.

 

Na segunda seguinte, acontece o Cyber Monday, com descontos online.

Lojas 

Acho que vale mais a pena visitar lojas de departamento, afinal dá para comprar tanto itens pessoais quanto eletrônicos e objetos mais caros, que na minha opinião são os que compensam mais.

É importante lembrar que como aqui o Black Friday é levado bem à sério, filas homéricas e gente se estapeando não são incomuns. Particularmente, penso que não compensa tanto sofrimento se não for para adquirir alguma coisa que você quer muito e que, nos modos convencionais, é pouco viável que consiga comprar.

Entre a noite de quinta e a sexta-feira, me dividi entre as seguintes lojas:

  • Walmart: Temos no Brasil, mas as opções aqui nem se comparam. Comprei uma câmera e cosméticos com o preço bem justo.
  • Bealls: Loja de departamento com foco em vestuário, mas tem coisas para casa também. Acho que foi meu melhor deal: uma torradeira, um mixer e uma blusa por US$16!
  • Best Buy: Paraíso dos eletrônicos, infelizmente cheguei tarde e todos os iPads já estavam esgotados.
  • Sephora: Normalmente os descontos aqui são moderados, mas ainda assim, dá para encontrar alguma coisa.
  • GNC: Loja de suplementos e vitaminas, tudo com 50% de desconto.
  • Walgreens: Farmácia preferida no mundo, mais parece um mercado.
  • Target: Um mercado que vende tudo, assim como o Walmart. Ótimo para comprar coisas para casa, cosméticos e até roupas.
  • Dollar Tree: Uma loja que vende de tudo, e melhor, tudo por US$1. No Black Friday, há itens por 79 centavos.

Como a maioria das lojas são próximas, não foi muito difícil visitar várias lojas ao mesmo tempo. As maiores fazem um mapa e distribuem na entrada, mostrando a localização exata da oferta. Por isso, é super importante ter uma listinha com o que comprar, economizando tempo, stress e dinheiro.

Para saber mais sobre os Estados Unidos, Clique aqui

TOP 3 – FERIADÃO NO SOFÁ PODE SER PRODUTIVO

Tem mais um feriadão chegando por aí e, muitas vezes, tudo o que queremos é relaxar: sem trânsito, filas, barulhos e multidão. Nestas horas, o melhor programa é ficar em casa.

Mas em 4 dias é possível fazer muita coisa! Quando a gente vive na correria, parece até um sonho ter este tempo sem compromissos, não é? Mas mesmo que você não esteja com ânimo para sair desta vez, ainda é possível fazer valer a pena seu tempo off.

Minha sugestão é manter a cabeça ocupada enquanto o corpo descansa. Vou indicar 3 seriados, disponíveis no NETFLIX, que são complexos, envolventes e que apresentam em comum temáticas sobre o comportamento humano (nada de super-heróis por aqui, só dramas bem pé-no-chão).

DOWNTON ABBEY

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Apaixonante e belíssima, a série dramática britânica apresenta um grupo de personagens incríveis (e elenco fantástico!) numa trama que se inicia na década de 1910. Percorrendo os anos e momentos históricos, vamos acompanhando o comportamento, e avanços da sociedade, paralelos aos caminhos das personagens.

A produção é fantástica: cenário, figurino e contextualização. Sim, é um história de época (e sei que muitos podem considerar isto um ponto negativo), mas não, por favor, não desanime por isso… (sou suspeita para falar, este aspecto torna tudo mais interessante para mim), mas a verdade é que tudo é muito bem realizado e não há nada de monótono.

Infelizmente só estão disponíveis as 5 primeiras temporadas (a 6ª, e última, ainda não).

MAD MEN

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Iniciada na década de 1950, nos Estados Unidos, este drama acompanha o personagem Don Drapes, publicitário bem sucedido em Manhattan, em sua trajetória profissional e pessoal.

Mais do que uma história, a série é um retrato (mais uma vez, belíssimo) de um recorte da história americana e mundial.

A produção também é fantástica, desde cenários, figurinos, arte e temáticas. Extremamente questionadoras e críticas, as 7 temporadas (todas disponíveis!) avançam em discussões políticas, sociais, econômicas, sexuais e familiares, apontando as ironias e hipocrisias da sociedade da época.

HOUSE OF CARDS

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Já na 5ª temporada (estreada recentemente), esta série política chocou o público com a ousadia e a trama pesada, agressiva e questionadora em relação à métodos políticos e sociedade.

No atual momento vivido não só pelo Brasil, mas pelo mundo todo, é muito interessante acompanhar a vida do político Frank Underwood, sua esposa Claire, e diversas outras personagens, diante de questões de poder, ética, valores, corrupção e comportamento.

Mais do que entretenimento, este seriado é tão bem contextualizado e escrito que se coloca como instrumento de reflexão dos fatos reais que estamos acompanhando.

A verdade é que, o que antes parecia só possível em seriados, tomou conta da vida real, e a cada episódio, quem assiste aguarda pelo momento em que a trama volte a aparentar ser ficção.

Quer mais sugestões? Clique aqui e veja mais recomendações de como viajar sem sair de casa!

 

 

 

MEMORIAL DAY NOS EUA

O último fim de semana aqui nos Estados Unidos foi prolongado. Isto porque na última segunda-feira de maio é comemorado o Memorial Day, um feriado nacional, no qual homenageamos os soldados americanos mortos em guerra.

Leia também: Costumes norte-americanos

Leia também: Thanksgiving – Desvendando o feriado americano

A história

A história deste dia parte da guerra civil norte-americana, mais precisamente da cidade de Waterloo em NY.  Para homenagear os soldados mortos na guerra, familiares costumavam visitar os túmulos nos cemitérios e após um mandato do General John A. Loganno, o dia 30 de maio deveria marcar a data que a cidade seria decorada para referenciar a homenagem, dando inicio ao que feriado que inicialmente se chamava Decoration Day. A razão da escolha da data não se sabe ao certo, mas existem duas hipóteses: a primeira, é que esse seria o dia que não haveriam batalhas, e a segunda (e minha preferida) é que essa data era o auge da primavera, o que faria com que as flores usadas nas decorações florescessem. Em 1966 o Estado de NY reconheceu a cidade como berço do Memorial Day – existe até um museu por lá – E em 1971 o feriado tornou-se federal e então passou a chamar-se Memorial Day.

A tradição

Diferentemente de feriados mais formais, como o dia de Ação de Graças, o Memorial Day é bem tranquilo. Como acontece no fim da primavera, as temperaturas tendem a estar mais agradáveis e todo mundo aproveita que sempre cai na segunda-feira para ter um fim de semana prolongado com família e amigos, fazendo atividades ao ar livre.

Dica extra: Sempre sugiro que é bom evitar viajar em feriados nacionais ou domingos, porque na maioria dos países, vários estabelecimentos estão fechados ou funcionam em horário especial.  Por aqui, feriado ou não, o comércio abre em peso praticamente no mesmo horário que em todos os outros dias. E mais: em algumas lojas, ainda dá para encontrar algumas promoções especiais (tanto online quanto na loja física) – eu, por exemplo, consegui bons descontos na Best Buy.

O resumo do meu dia

Quando soube que teríamos um jantar especial na segunda-feira, não imaginei que ele começaria às 3 da tarde! Sim, os americanos têm uma mania muito engraçada de jantar entre às 17h e às 19h. Particularmente, acho que isso acontece porque o almoço por aqui não é algo indispensável como no Brasil, então eles engolem qualquer coisa no começo da tarde e chegam no fim do dia, obviamente, morrendo de fome.

Logo, a primeira coisa que fiz depois do café da manhã foi correr para o mercado com o resto da família para comprar umas coisinhas e começar a preparar o “jantar”. As aspas servem para dizer que não se trata só do jantar, mas sim de vários petiscos que beliscamos durante todo o dia na beira da piscina.

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Patriotismo no Supermercado

Outra coisa bem característica daqui é que todo mundo ajuda em tudo! Mesmo a minha sogra sendo super empenhada na cozinha, todo mundo poe a mão na massa – e acho isso incrível porque não sobrecarrega para ninguém e no fim da festa a casa não tá um caos.

Pontualmente às 3 da tarde, todos os convidados estavam aqui – outra coisa bem diferente do Brasil – e ficamos batendo papo na piscina, tomando cerveja e beliscando até quase 6 da tarde. O tempo estava maravilhoso e aqui na região de Tampa a temperatura chegou a 36 graus na tarde de segunda!

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Nada mal para uma segunda-feira

Por fim, fomos à churrasqueira preparar os hambúrgueres e salsichas para os sanduíches que comemos com saladas. Todo o processo é bem informal: cada um pega seu prato, e monta seu próprio lanche. Como já estamos próximos do verão e a noite só chega lá pelas 21h, depois de comer, continuamos na piscina, jogando baralho e tomando sorvete.

Adoraria ter tirado vááárias fotos, mas o dia estava tão agradável e a conversa tão boa que só queria mesmo era saber de ficar na piscina, rs.

Leia também: Roteiros para os Estados Unidos