VIAJANDO COM CACHORRO NOS EUA (E DICAS DE FLORIDA KEYS)

Uma aventura de carro pelas ilhas do sul da Flórida

Uma das grandes novidades desse ano (se não a maior), é que em março adotei uma cachorrinha. Para amantes de animais, assim como eu, pode soar absurdo, mas, em 31 anos, essa é o primeiro pet que eu possuo. Logo, vocês já podem imaginar a aventura que tem sido – uma eterna montanha russa de erros, acertos e frustações.

bart the dog
Bart, the dog

Talvez a última delas, – e também a mais animadora – é que meu marido e eu resolvemos levar Bart, nossa vira-lata, em uma viagem de carro. Como sabemos que ela já está super adaptada ao carro, não hesitamos em fazer uma viagem um pouco mais longa. O percurso total de Tampa, onde moramos, até Key West, nossa última parada, é de aproximadamente 7h. Já adianto que foi mais cansativo para nós do que para ela, que dormiu TODA a viagem.

Apesar de ter apenas 6 meses, Bart tem sido adestrada desde os 3 e responde bem a comandos básicos, além de ser super sociável e não latir muito. Como trabalhamos de casa e estamos 90% do tempo com ela, achamos que incluí-la em uma das nossas frequentes viagens não seria de todo ruim. E não foi.

key largo

Ouso dizer que, ainda que tenha sido a nossa primeira experiência, carregamos alguns aprendizados importantes que serão úteis para as nossas próximas férias em família. Entre eles:

Dirigir com um pet: Quão acostumado seu animalzinho está com o carro/avião/barco? Para uma viagem mais longa, é importante ter certeza que ele não enjoa, fica muito ansioso ou inquieto. Para tornar tudo menos estressante, faça paradas frequentes – no nosso caso, fizemos a cada duas horas.

Saúde: Sempre mantenha todas as vacinas em dia e acompanhe a saúde do seu animalzinho, que deve estar 100% antes de vocês caírem na estrada.

Tamanho: Quanto menor o cachorro, mais fácil parece ser. Várias companhias aéreas permitem que você voe com o pet de porte pequeno na cabine, assim como a maioria dos hotéis que se dizem pet friendly tem na verdade uma política que não permite cachorros acima de um determinado peso. Aqui nos EUA, a maioria dos hotéis que pesquisamos tinham como peso limite 15 libras e poucos aceitavam até 50 libras. Não achamos nenhum hotel na região da Florida Keys que ultrapassassem esse peso.

Duração: No total, ficamos fora de casa por 5 dias, muito pouco para nós, mas com certeza o limite da cachorra. Animais costumam se estressar quando saem da rotina , e claro, que com Bart não foi diferente. Enquanto no começo da viagem ela mostrou uma hesitação sem fim, no fim do quarto dia, o comportamento foi sendo gradativamente alterado e percebemos que ela começou a mostrar sinais de exaustão. Achamos que o tempo ideal para mantê-la de férias é um fim de semana longo (3 dias).

O que são as Keys

Florida Keys ou somente Keys, como são conhecidas aqui nos EUA, são um conjunto de ilhas no extremo sul da Flórida, famosas pelo clima quente, esportes aquáticos e águas clarinhas. Por se tratar de um istmo, compreende duas porções de água sendo o golfo de um lado e Oceano Atlântico do outro.

Keys-Florida-Upper-Middle-Lower - Hello La Floride : Le Blog Sur La - Map Of Lower Florida Keys
Foto: Blog Hello La Floride

Geograficamente, são dividas em superiores, medianas, inferiores e em Key West, o ponto mais austral dos EUA e também a ilha mais populosa dentre as 1700.

Como chegar

De Tampa, existem três jeitos de chegar em Key West com o pet: carro, de avião ou barco.

  • Carro: é a viagem mais demorada, mas mais confortável para o seu bichinho que já está familiarizado com o seu veículo, necessitando apenas de uma ou outra parada estratégica para o banheiro. Na ida (Tampa – Key Largo) paramos 3 vezes – duas em áreas de descanso e uma em um posto de gasolina. Na volta, paramos 4 vezes – uma para almoçar numa cafeteria com área externa, uma em uma área de descanso e duas vezes em postos de gasolina.
  • Avião: melhor opção para quem tem pouco tempo e um “lap dog”, ou cachorro de colo, que tem um porte pequeno o suficiente para ir na cabine com os donos. Daqui de Tampa tem voos diretos pela Silver Airways, mas se você vem de outra cidade, a maioria dos voos fazem conexão em Miami.
  • Barco: Saindo de Fort Meyers ou de Marco Island – ambos na costa Oeste da Flórida – O Key West Express é um ferry que faz essa travessia em cerca de 3h e permite animais domésticos de diferentes portes. É uma boa ideia para curtir o trajeto cênico das águas cristalinas do golfo. Chegando em Key West é aconselhável alugar um veículo, seja ele carro de golfe, e-car ou motocicleta, especialmente para quem se hospeda fora da região da Duval St.

Observação: Para barco ou avião, é extremamente importante informar, durante a reserva, a presença e os detalhes do seu animalzinho.

Clima

O clima é de calor o ano inteiro, mas alta temporada é no outono/inverno, quando a umidade e o calor dão uma leve trégua. Se possível, evite o período de agosto a outubro, famoso pelas fortes tempestades e possíveis furacões.

Onde ficar

Antes de sair de casa com Bart, sempre dou uma olhada no aplicativo Bring fido, que concentra todas as opções de pet-friendly de lazer, restaurantes e hotéis.

No caso especifico da nossa viagem, o peso/tamanho foi limitante na hora de escolher um hotel, já que Bart tem 45 libras, e boa parte deles permite apenas animais pequenos. Quebramos a nossa viagem em duas praias: Key Largo e Key West.

Key Largo: Ficamos no Baker’s Cay Resort e foi a decisão mais acertada da vida! O hotel é novo e peca em alguns aspectos, como não ter room service e o restaurante fechar às 22h (foi um problema no dia que chegamos super tarde e perdemos o jantar). Por outro lado, tem uma área externa imensa, uma praia privativa onde os animais são permitidos e uma trilha, perfeita para passear com os bichinhos.

Bart na floresta

 

bakers cay

Key West: Enquanto achamos que acertamos muito em Key Largo, não temos tanta certeza quanto a Key West. Primeiro porque se trata de uma cidade mais “badalada”, cheia de bares e clubes e lotada praticamente o ano inteiro. Segundo, por que apesar do hotel onde nos hospedamos, Havana Cabana, ser uma delícia e todos os funcionários amarem a nossa cachorrinha, achei que faltou bastante espaço para ela, tanto no quarto quanto no hotel em si, que tinha o lazer praticamente restrito à piscina. Voltaria com certeza ao Havana Cabana sozinha, mas acho que escolheria um hotel num estilo mais próximo ao hotel de Key Largo.

bart and the chickens

 

pride

O que levar em conta na hora de escolher o hotel

  • Política do hotel em relação à permissão de animais
  • Área de lazer – Onde seu dog irá fazer as necessidades e passear. A maioria dos hotéis não permitem pets na área da piscina, e tudo bem, contanto que existam outros lugares onde humanos e cachorros possam coexistir sem maiores complicações.
  • Tamanho do quarto
  • Tratamento e receptividade a animais
  • Se tiver  opção, escolha resorts a hotéis menores como pousadas e hotéis boutiques.

O que fazer nas Keys

Dirigir: A minha parte favorita da viagem às Keys, com certeza é o caminho. Por isso, não abri mão de dirigir até Key West. Das ilhas superiores até Key West, são cerca de duas horas de viagem. No caminho, além de passar por todas as cidadezinhas, a famosa Overseas Highway ou US-1, é uma estrada de 180km, que como o próprio nome sugere, atravessa praticamente toda as Keys, com exuberante vista da água. Quando parece que não dá para ficar mais lindo, a Seven Mile Bridge, nos arredores de Big Pine Key, surge como uma das pontes cênicas mais lindas que já vi. A parte negativa é que não existe um observatório, como na US-1 da California, por exemplo, mas valem algumas paradas pelo caminho para contemplar e, quem sabe, conseguir um bom ângulo para uma foto inesquecível.

Key Largo: A primeira das ilhas, conhecida como a capital mundial do mergulho, fica a uma hora de Miami. É a mais longa das ilhas, cercada por hotéis de praia e resorts e com o parque estadual John Pennekamp Coral Reef, famoso pelos corais e ótima opção para passar o dia com o pet.

Islamorada: Além das lojinhas e clima praiano cool de Islamorada, no Founders Park tem uma área para cachorro. O parque é privativo, mantido pela comunidade local e custa US$5 para uso tanto da área de animais, quanto de lazer (inclui piscinas e quadras).

Big Pine Key: A mais próxima da Key West, Big Pine Key tem uma das atrações mais legais, o Bahia Honda State Park, considerada uma das praias mais bonitas da região. Logo em frente tem um estacionamento de motorhome e, apesar de ter só passado por lá, fiquei com vontade de voltar com meu motorhome para uns dias de acampamento pé na areia.

Key West: Antro da badalação, bares e turismo gay, Key West me deixou com a sensação de estar numa New Orleans com praia. Com o calor que fazia enquanto visitava, confesso que fiquei limitada a sair com Bart apenas durante a noite. Andamos pela famosa Duval Ave e brincamos nos Higgs Beach Dog Park, um parque exclusivo para cachorros. Se tiver a chance de deixar seu animalzinho com alguém, dois passeios que super recomendo para amantes de literatura, é a casa do Ernest Hermingway e a casa do Tennessee Willians, ambas localizadas no mesmo quarteirão, a poucos metros da Duval.

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THANKSGIVING: DESVENDANDO O FERIADO AMERICANO

 

O que significa para a história – e para os americanos – esse feriado tão aguardado.

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Natal nos Estados Unidos

Feriado nacional e dia para se agradecer o ano que passou, o Thanksgiving (ou Dia de Ação de Graças), surgiu informalmente no século 17, ainda na América Colônia, como parte do agradecimento à boa colheita que os peregrinos tiveram graças à ajuda dos índios nativos.

A celebração, não religiosa, se manteve por toda a América até que em 1863 o presidente Abraham Lincoln resolveu unificá-la e proclamar o Thanksgiving nos Estados Unidos.

Turkey Pardoning

Alguns dias antes do ThanksGiving é costume o presidente fazer o ritual de Turkey Pardoning que nada mais é do que “soltar” um peru, ao invés de usá-lo em preparações culinárias.  O ritual se iniciou após ter se tornado público o ato de Lincoln, presidente em 1863, ter recusado comer o peru que lhe foi ofertado*.

Data do começo do século 19 o costume de se presentear o presidente com um peru para o Thanksgiving.*

LEIA TAMBÉM: Presidente Donald Trump e o Turkey Pardoning 2017

Tradições

Tipicamente americano, o feriado mais importante do ano, superando até o natal,  é uma época do ano que realmente para os Estados Unidos. Cai sempre na quarta quinta-feira do mês e provavelmente é o único feriado que, de fato, a maioria das pessoas emenda – algo que estamos acostumados no Brasil, mas que é raríssimo por aqui. A maioria das famílias tiram a semana para organizar o jantar, viajar para casa dos parentes e sair às compras na Black Friday (leia mais abaixo).

Como parte da tradição, é servido um jantar tradicional que na verdade é mais um almoço tardio (aqui em casa, por exemplo, começamos às 3 da tarde).  90% das casas americanas comem peru e alguns tradicionais acompanhamentos (stuffing, purê de batata, batata doce, molho de cramberry e torta de abóbora).

Antes disso, ainda cedo pela manhã, enquanto se prepara a refeição, é comum assistir às famosas parades, desfiles com shows que acontecem pelo país, sendo o mais tradicional deles o de NYC.

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Desfile em New York

É depois do ThanksGiving também que começa a preparação para o natal, até então nula, outra coisa muito diferente para nós, que em outubro já temos casas e lojas decoradas.

Cardápio

O cardápio varia de acordo com a família, mas alguns itens são super tradicionais e preparamos por aqui*

  • Peru: item clássico e símbolo do feriado
  • Stuffing: recheio do peru que pode ser servido dentro ou fora do mesmo (como acompanhamento)
  • Sweet Potato Casserole: Batata doce que pode ser preparada de diversas formas (com nozes, refogada, em purê).
  • Purê de batata
  • Gravy: uma espécie de molho madeira que acompanha o peru
  • Molho de cramberry: molho bem doce para colocar por cima de tudo

As sobremesas costumam variar mais. Tivemos:

* Clique nos pratos para visualizar as receitas.

Black Friday

Seguinte ao Thanksgiving, o Black Friday é a sexta-feira mais esperada do ano. A maioria das lojas fazem liquidações surreais, com descontos que normalmente começam em 50% e levam os americanos à loucura.

Atualmente, algumas lojas se antecipam e já abrem às 6 da tarde da quinta-feira. A primeira coisa que a maioria das famílias fazem ao terminar o jantar, é pegar o carro e ir para a porta das lojas. Para as lojas que abrem apenas na sexta, o horário de abertura costuma ser às 6 da manhã, ou seja, para conseguir bons produtos é necessário madrugar!

Para acompanhar as ofertas, pode-se acompanhar o site Black Friday.com ou os panfletos divulgados/cupons divulgados nos jornais às vésperas.

 

Na segunda seguinte, acontece o Cyber Monday, com descontos online.

Lojas 

Acho que vale mais a pena visitar lojas de departamento, afinal dá para comprar tanto itens pessoais quanto eletrônicos e objetos mais caros, que na minha opinião são os que compensam mais.

É importante lembrar que como aqui o Black Friday é levado bem à sério, filas homéricas e gente se estapeando não são incomuns. Particularmente, penso que não compensa tanto sofrimento se não for para adquirir alguma coisa que você quer muito e que, nos modos convencionais, é pouco viável que consiga comprar.

Entre a noite de quinta e a sexta-feira, me dividi entre as seguintes lojas:

  • Walmart: Temos no Brasil, mas as opções aqui nem se comparam. Comprei uma câmera e cosméticos com o preço bem justo.
  • Bealls: Loja de departamento com foco em vestuário, mas tem coisas para casa também. Acho que foi meu melhor deal: uma torradeira, um mixer e uma blusa por US$16!
  • Best Buy: Paraíso dos eletrônicos, infelizmente cheguei tarde e todos os iPads já estavam esgotados.
  • Sephora: Normalmente os descontos aqui são moderados, mas ainda assim, dá para encontrar alguma coisa.
  • GNC: Loja de suplementos e vitaminas, tudo com 50% de desconto.
  • Walgreens: Farmácia preferida no mundo, mais parece um mercado.
  • Target: Um mercado que vende tudo, assim como o Walmart. Ótimo para comprar coisas para casa, cosméticos e até roupas.
  • Dollar Tree: Uma loja que vende de tudo, e melhor, tudo por US$1. No Black Friday, há itens por 79 centavos.

Como a maioria das lojas são próximas, não foi muito difícil visitar várias lojas ao mesmo tempo. As maiores fazem um mapa e distribuem na entrada, mostrando a localização exata da oferta. Por isso, é super importante ter uma listinha com o que comprar, economizando tempo, stress e dinheiro.

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ORLANDO: 8 DICAS PRÁTICAS

Orlando, nos Estados Unidos é, muitas vezes, o primeiro destino do viajante internacional e as tarifas aéreas, com preços cada vez mais atrativos, tornam cada dia mais possível realizar o sonho de conhecer o Mickey pessoalmente, rs.

Está de malas prontas e completamente perdido? Prepare o checklist e aproveite o melhor da sua viagem.

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Seguro de saúde

Acho que é a maior e melhor lição que você tirar deste texto: NÃO SAIA DE CASA (PARA NENHUM LUGAR NO MUNDO) SEM COBERTURA! E este não poderia deixar de ser porque, além da paz que faz ter um seguro, os EUA são um dos lugares mais caros do mundo para contratar uma assistência particular. E sim, qualquer coisa pode acontecer, com qualquer e ninguém quer começar as férias já no prejuízo, né?

Prepare o bolso

Muita gente tem a impressão que os americanos vão à Disney toda a semana, mas isso não passa de um GRANDE mito. Visitar os parques é extramente caro e até hoje me impressiono quando escuto que fulano passou uma semana em Orlando e fez um parque por dia. Primeiramente, porque haja disposição e logo em seguida, porque É CARO! E quando me refiro ao preço, vale lembrar que além da entrada, tem alimentação, alguns serviços adicionais (como aluguel de carrinho de bebê) e claro, lembrancinhas (pelo menos uma orelha de Mickey você acabará comprando!).

Aluguel de carro

Uma das coisas mais negativas (pelo menos para mim, que odeio dirigir) é precisar de carro em quase todos os destinos americanos. Orlando não foge à regra: tudo é muito longe e espalhado. A boa notícia é que, em geral, se paga muito pouco para alugar um veículo muito bom. Ponha isso na conta e se estiver viajando com mais gente, só dividir.

Aeroporto

Uma das coisas que mais me impressionou no Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) a última vez que estive por lá, com certeza foi a desorganização e demora dos procedimentos. Como as coisas são complicadas! A mala por exemplo, após a retirada na esteira, volta para uma inspeção numa espécie de “check in secundário” e demora pelo menos mais uma hora para ser recolhida. Sem falar os MILHARES de turistas perdidos fazendo com que fique tudo ainda mais difícil. Não seja essa pessoa: siga os passos clássicos (imigração, check-in e recolhimento de bagagens) de acordo com as orientações de um oficial e  facilite a sua vida e a do coleguinha.

América que fala português

Faltou nas aulas de inglês e está com medo de sair do Brasil? Por aqui isso não será um problema! Ainda que brasileiros estejam no mundo todo, Orlando é uma cidade recordista no quesito turistas tupiniquins. E isso é tão sabido, que TODO mundo fala português no aeroporto, parques e algumas lojas.

Conheça os arredores

Uma boa é intercalar o clássico roteiro de compras e parques com os arredores como a cidade de planejada de Walt Disney, Celebration; os Parques Estaduais da Flórida; um passeio pelos famosos airboatsou dar uma pulo no mar em Tampa.  – se quiser ir mais longe: Miami está logo ali, a 380km.

Leia também: Airboat Ride em Inverness, Florida.

Compras

Loja por aqui é o que não falta e com preços infinitamente melhores do que os encontrados no Brasil. Faça uma lista antes de tudo o que precisa e separe um dia ou dois para fazer as compras por localização, afinal não compensa tanto assim viajar para só para comprar (embora muita gente discorde).

Dica: Lembre-se de considerar o câmbio do dia e ver se o item (também disponível no Brasil) vale mesmo a pena ser comprado

Parques

Você não chegou até aqui por nada: chegou a hora de finalmente conhecer o Mickey! Além da Disney propriamente dita, Orlando também é famosa pelo Sea WorldUniversal e Busch Gardens.  O que visitar vai depender do tempo/dinheiro que estão envolvidos na sua viagem. Separe os parques por interesse e distância, se possível se hospede próximo ou dentro dos parques, comece as visitas o mais cedo possível e lembre-se de intervalar os dias com atividades na cidade. Nas pausas, descanse!

Leia também: Planeje a sua viagem para os EUA 

PARQUES ESTADUAIS DA FLÓRIDA

A maioria das pessoas associam o estado da Flórida, nos Estados Unidos, quase que automaticamente à Disney ou Miami, mas você sabia que por ali também existe mais de cento e cinquenta Parque Estaduais?

Que tal estender a sua viagem e desfrutar da natureza, seja fazendo trilha, um passeio de barco ou até mesmo um piquenique?

Localização

Localizada ao sul, com mais de 170 mil km² de extensão e mais de vinte milhões de pessoas, a Florida é o terceiro estado mais populoso dos Estados Unidos.

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Clima

Como descrevi acima, a Florida é um estado relativamente grande e o clima varia, sendo que ao sul é tropical, mais próximo do que estamos acostumados no Brasil, com calor praticamente o ano inteiro e verão mais chuvoso e ao centro-norte, subtropical, com bastante calor no verão e inverno frio (em torno de dez graus).

Programe sua visita para as estações intermediárias, onde o turismo é reduzido, as passagens são mais baratas e o clima se torna confortável. Se possível, evite viajar no período que vai de junho a setembro,  já que além do alto calor, o Estado é rota dos famosos furacões de verão.

Atrativos: 

Com a predominância do clima quente e muita umidade, a vegetação nos parques é de maioria pantanosa. A fauna é diversa e incluí peixes-boi, coiotes, esquilos, viados e o mais famoso de todos: o jacaré.

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Jacarés: símbolos na entrada do parque

Onde ir:

Próximos a Orlando:

  • Wekiwa Springs State Park
  • Blue Spring State Park
  • De Leon Springs State Park
  • Hontoon Island State Park
  • Lake Louisa State Park
  • Lake Griffin State Park
  • Tosohatchee Wildlife Management Area

Próximos a Miami:

  • Oleta River State Park
  • Hugh Taylor Birch State Park
  • John D. MacArthur Beach State Park
  • Bill Baggs Cape Florida State Park
  • Everglades National Park

Encontre um Parque Estadual clicando aqui

Withlacoochee State Forest

A terceira maior floresta da Flórida, fica na área central do estado, e recebe esse nome graças a um indianismo que em inglês corresponderia a algo como “rio torto”, sinalizando bem o curso do rio homônimo que cruza o parque.

Possui duas trilhas para caminhada, área para piquenique e a opção de atravessá-la de rio, passeio oferecido por diversas empresas.

Aproveitei para passar o dia em família e fazer o passeio de airboat, oferecido pela Wild Bill’s.

Wild Bill’s: Saindo de Inverness, região central, o passeio de airboat atravessa a reserva de Withlacoochee e dura aproximadamente uma hora. A principal atração são os jacarés, que estão por todo lado, mas o silêncio, a vegetação e os pássaros são igualmente interessantes.

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Airboat: barco movido a hélice

O airboat por si só já é uma atração. Ele consegue entrar pelos pântanos, passar por áreas estreitas e, em regiões abertas, anda super rápido, fazendo manobras pelo rio. Daí o nome do lugar se chamar “wild” (selvagem, em português).

Devido ao intenso barulho do motor, todos os passageiros recebem um fone de ouvido para ficarem mais confortáveis durante a viagem. As explicações dadas pelo guia, todas em inglês, acontecem quando o barco está parado e se torna possível ouvir alguma coisa.

parque II

De qualquer forma, o passeio é super agradável e recomendado para todas as idades. E quem enjoa, não precisa se preocupar porque os rios são super calminhos.

parque

Os preços variam durante o dia (US$35 – criança e US$45 adulto) e noite (US$45 – criança e US$60 adulto), sendo que só é permitida a visita de maiores de três anos. Há também a possibilidade de fechar um barco privativo (US$300 para 6 pessoas).

É necessário reservar com antecedência por telefone.

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MEMORIAL DAY NOS EUA

O último fim de semana aqui nos Estados Unidos foi prolongado. Isto porque na última segunda-feira de maio é comemorado o Memorial Day, um feriado nacional, no qual homenageamos os soldados americanos mortos em guerra.

Leia também: Costumes norte-americanos

Leia também: Thanksgiving – Desvendando o feriado americano

A história

A história deste dia parte da guerra civil norte-americana, mais precisamente da cidade de Waterloo em NY.  Para homenagear os soldados mortos na guerra, familiares costumavam visitar os túmulos nos cemitérios e após um mandato do General John A. Loganno, o dia 30 de maio deveria marcar a data que a cidade seria decorada para referenciar a homenagem, dando inicio ao que feriado que inicialmente se chamava Decoration Day. A razão da escolha da data não se sabe ao certo, mas existem duas hipóteses: a primeira, é que esse seria o dia que não haveriam batalhas, e a segunda (e minha preferida) é que essa data era o auge da primavera, o que faria com que as flores usadas nas decorações florescessem. Em 1966 o Estado de NY reconheceu a cidade como berço do Memorial Day – existe até um museu por lá – E em 1971 o feriado tornou-se federal e então passou a chamar-se Memorial Day.

A tradição

Diferentemente de feriados mais formais, como o dia de Ação de Graças, o Memorial Day é bem tranquilo. Como acontece no fim da primavera, as temperaturas tendem a estar mais agradáveis e todo mundo aproveita que sempre cai na segunda-feira para ter um fim de semana prolongado com família e amigos, fazendo atividades ao ar livre.

Dica extra: Sempre sugiro que é bom evitar viajar em feriados nacionais ou domingos, porque na maioria dos países, vários estabelecimentos estão fechados ou funcionam em horário especial.  Por aqui, feriado ou não, o comércio abre em peso praticamente no mesmo horário que em todos os outros dias. E mais: em algumas lojas, ainda dá para encontrar algumas promoções especiais (tanto online quanto na loja física) – eu, por exemplo, consegui bons descontos na Best Buy.

O resumo do meu dia

Quando soube que teríamos um jantar especial na segunda-feira, não imaginei que ele começaria às 3 da tarde! Sim, os americanos têm uma mania muito engraçada de jantar entre às 17h e às 19h. Particularmente, acho que isso acontece porque o almoço por aqui não é algo indispensável como no Brasil, então eles engolem qualquer coisa no começo da tarde e chegam no fim do dia, obviamente, morrendo de fome.

Logo, a primeira coisa que fiz depois do café da manhã foi correr para o mercado com o resto da família para comprar umas coisinhas e começar a preparar o “jantar”. As aspas servem para dizer que não se trata só do jantar, mas sim de vários petiscos que beliscamos durante todo o dia na beira da piscina.

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Patriotismo no Supermercado

Outra coisa bem característica daqui é que todo mundo ajuda em tudo! Mesmo a minha sogra sendo super empenhada na cozinha, todo mundo poe a mão na massa – e acho isso incrível porque não sobrecarrega para ninguém e no fim da festa a casa não tá um caos.

Pontualmente às 3 da tarde, todos os convidados estavam aqui – outra coisa bem diferente do Brasil – e ficamos batendo papo na piscina, tomando cerveja e beliscando até quase 6 da tarde. O tempo estava maravilhoso e aqui na região de Tampa a temperatura chegou a 36 graus na tarde de segunda!

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Nada mal para uma segunda-feira

Por fim, fomos à churrasqueira preparar os hambúrgueres e salsichas para os sanduíches que comemos com saladas. Todo o processo é bem informal: cada um pega seu prato, e monta seu próprio lanche. Como já estamos próximos do verão e a noite só chega lá pelas 21h, depois de comer, continuamos na piscina, jogando baralho e tomando sorvete.

Adoraria ter tirado vááárias fotos, mas o dia estava tão agradável e a conversa tão boa que só queria mesmo era saber de ficar na piscina, rs.

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