SEYCHELLES: O PARAÍSO É LOGO ALI

Ainda que quase na Ásia, o paraíso é africano (e bem mais acessível do que parece).

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ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

UM SONHO CHAMADO BAHAMAS

Você provavelmente nunca tinha ouvido falar de Seychelles até o momento que o país se tornou cenário da lua de mel real de Kate e William.

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O arquipélago de Seychelles foi uma das minhas paradas durante a minha ida para a África – e uma das minhas grandes surpresas. Obviamente, o que me fez ir parar no meio do Oceano Índico foram as lindas praias, mas não esperava Anse Source D’Argent, considerada por diversas fontes a mais bonita do mundo;  a maior semente do mundo, o Coco de Mer e até uma reserva natural que é apelidada de Jardim do Éden.

Um pedacinho de paraíso que você precisa conhecer!

Localização

Seychelles é formado por um conjunto de 115 ilhas, das quais a maioria ainda permanecem desabitadas.

Apesar de pertencer à África, Seychelles está mais próxima à Índia, com quem compartilha o nome da moeda, a culinária e diversos voos internacionais.

A partir do mapa, dependendo da escala, o país é um pontinho minúsculo no meio do oceano.

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Como chegar

O aeroporto internacional fica em Vitória, a capital, localizada na ilha de Mahé.

Não há voos diretos do Brasil, mas as opções são:

A duração do voo é de aproximadamente 5 horas, saindo tanto da África do Sul quanto dos Emirados ‘Árabes.

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Como estava viajando pela África (leia mais aqui), fiz o trajeto saindo de Joanesburgo, que era o mais conveniente, mas definitivamente não a melhor escolha. A aeronave operada pela Air Seychelles é um A320, o mesmo modelo que a LATAM usa na maioria dos voos domésticos de curta distância no Brasil, ou seja, super pequeno e com pouco espaço entre os assentos, bem desconfortável para um voo de 5 horas. Além disso, após o embarque ficamos 3 horas dentro do avião antes de decolarmos, devido à manutenção dos banheiros que haviam sido interditados na rota anterior. Quando enfim saímos e precisei ir ao banheiro, os mesmos continuavam sem descarga – imaginem o horror! Tirando tudo isso, a tripulação tentou ser gentil na medida do possível – pareciam estar mais exaustos que os passageiros – e a comida foi ok (serviram uma refeição quente com prato principal + salada + sobremesa e bebidas frias e quentes).

Segundo relatos dos hotéis que me hospedei, os atrasos nesta companhia são bem frequentes, então também vale a pena considerar a “questão tempo” nas ilhas.  

Quanto tempo

Fiquei 7 dias hospedada nas ilhas de Praslin e Mahe e claro, não foi suficiente. Recomendo pelo menos 9 noites – 3 em Mahe, 3 em Praslin e 3 em La Digue.

Durante o dia, La Digue costuma ser lotada, já que muitos turistas aproveitam a curta distância saindo de Praslin para fazer um bate-volta. Não tive a chance de passar a noite lá, mas acredito que deve ser bem mais gostoso aproveitar o fim do dia e a noite na ilha bem mais tranquila.

Clima

Seychelles é realmente abençoada pela natureza. Fenômenos naturais (como as monções na Ásia, terremotos e tsunamis) são inexistentes. Faz calor o ano inteiro (entre 25 e 30 graus) e chove no verão – entre dezembro e março. Ainda assim, as chuvas são pancadas e dificilmente você perderá um dia por conta delas. No começo de março, peguei apenas lindos dias de sol e zero chuva.

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Outro detalhe não menos importante: ainda que cercada por uma floresta tropical e consequentemente, mosquitos, doenças endêmicas comum das zonas tropicais como Malária e Febre Amarela não existem por lá.

Língua

Inglês, francês e criolo, sendo essa última a que os locais usam para se comunicarem entre si.

Moeda

Rupias de Seychelles.

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Ao contrário dos hotéis, que trabalham bem com cartão de crédito, a maioria dos estabelecimentos menores só aceitam dinheiro. Leve Euros – que são bem aceitos pelo turismo – e troque no Centro de Mahé, onde há mais opções. Eu acabei sacando tudo já no primeiro dia no caixa eletrônico do aeroporto por conveniência e porque as taxas acabaram compensando. 

Visto e imigração

Brasileiros não necessitam de visto com antecedência para entrar no país. Os dias de permanência são dados na entrada – no meu caso, 30 dias – e eles são bem chatos com relação aos comprovantes de saída do país, portando leve um comprovante de compra da passagem de volta.

Ah, a vacina de febre amarela é pré-requisito, mas em nenhum momento me pediram.

Cliquei aqui para saber como fazer seu Certificado de Vacinação de Febre Amarela

Transporte

Nas ilhas

Não dá para contar com o transporte público e táxis são bem caros. A melhor maneira para se locomover é alugar um carro ou, para quem não se sente à vontade dirigindo com a mão inglesa, contratar um motorista.

Em Mahé aluguei carro pela Austral, em Praslin usei um motorista e em La Digue aluguei uma bicicleta, logo ao lado do desembarque dos barcos  – a ilha é pequena e é isso que todo mundo faz.

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Cuidado! Ao desembarcar em La Digue, você será abordado por diversos vendedores de aluguel de bike. Negocie o preço com antecedência e saiba dizer não se achar muito caro. Eu paguei 200 rúpias no aluguel da minha e 2 minutos depois vi o mesmo vendedor alugando por 100 para outra pessoa.

Detalhes do motorista de Praslin

Adrian Henry: +248 2 514 659

Entre ilhas

Entre Mahé e Praslin há um voo de 20 minutos pela Air Seychelles que custa caro.

A melhor opção acaba sendo os ferries, que saem dos terminais conhecidos como Jetty. Usei o serviço da Cat Cocos entre Mahe e Praslin (1 hora) e Praslin e La Digue (15 minutos). Existem 3 opções de cabine: a econômica Cat Cocos, a econômica Upper Deck e a Business Class.

Entre Mahe e Praslin viajei de Business Class  e entre Praslin e La Digue de Upper Deck.

Clique aqui para entender a diferença entre as classes e o melhor custo-benefício.

Segurança

Seychelles é bem segura, do tipo de lugar que não precisa ficar se preocupando com as coisas na areia, com onde parar o carro e etc.

Hospedagem

Na hora de pensar na região para ficar em cada ilha, sugiro sempre começar procurando onde estão as melhores praias. Afinal, se você chegou até Seychelles, muito provavelmente é sombra e água fresca que você está querendo né?

No geral, acho que a melhor alternativa se você não estiver esbanjando dinheiro, é uma ilha de médio porte, como Praslin. Uma tendência natural é que o preço aumente à medida que a oferta diminui – logo, nas ilhas menores, espere preços absurdos. Se o orçamento está grande ou a ocasião pede (lua de mel ou casamento, por exemplo), a ilha de Fregate, eleita como um dos paraísos privativos mais caros do mundo, é uma possibilidade.

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Mahe

Mahé é a maior ilha, onde fica o Aeroporto Internacional de Seychelles. É a mais democrática no quesito hospedagem – vai desde as mais em conta (não significa barata, rs), até alto luxo.

Melhores praias: Ao sudeste 

Le Meridién Fisherman’s Cove

Hotel mediano, com fácil acesso e a internacionalmente reconhecida marca “Le Meridién”, e seu respectivo padrão de qualidade. Pertence à Marriott (SPG),  fazendo que a reserva com uso de pontos seja uma ótima alternativa para reduzir os custos.

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Varanda no Le Meridién, em Mahé

Pontos altos: Fácil acesso, quartos espaçosos e afastados, silêncio, amenities da propriedade (em especial a piscina e o spa) e internet.

Pontos baixos: Praia OK (para os padrões de Seychelles, obviamente, rs), refeições caras e não muito boas.

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Diárias a partir de R$1700,00

Le Chateau Bleu

Um hotel de trânsito, terrível, onde passei minha última noite, já que meu voo era de manhã bem cedinho e essa era a hospedagem mais próxima do aeroporto. O lugar na verdade é uma casa na qual o dono aluga os quartos. Sinceramente, não recomendo. A ilha é pequena e mesmo ficando longe, provavelmente não lhe custará mais do que meia hora para chegar no aeroporto.

Pontos altos: Localização e preço

Pontos baixos: Quarto (decoração, conforto), limpeza e café da manhã (inexistente).

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Diárias a partir de R$370,00

Outras opções:

Amei ter conhecido o Sunset Beach Hotel e super ficaria lá na minha próxima vez. A praia é uma das mais lindas de Seychelles e o ambiente é super de pousada acolhedora. Pode investir um pouco mais ($)? O Four Seasons é a melhor opção é Mahé.

Praslin

Praslin foi a minha ilha preferida para hospedagem. É relativamente grande, mas não tem o trânsito e a lotação de Mahé, dá aquela sensação de estar numa ilha deserta, sabe? Tem várias opções de hotel, desde os mais básicos até os resorts de luxo.

Melhores praias: Ao norte

Coco de Mer

O fruto mais famoso de Praslin dá nome a esse hotel com cara de pousada. Localizado na praia de Anse Bois de Rose, ao sul da ilha, não é uma das mais bonitas – especialmente em época de chuvas, quando as algas se aproximam da praia.

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Uma das piscinas do Coco de Mer

Pontos altos: Piscina dentro do mar, restaurante, preço “em conta”.

Pontos baixos: Internet, muuuitos mosquitos, localização.

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Diárias a partir de R$1500,00

Outras opções:

Para lua de mel, Raffles, o mais famoso da ilha. Mas é no Constance Lamuria que está a praia privativa preferida dos locais.

La Digue

Não dormi na ilha, mas fiquei com vontade. Um hotel muito bem recomendado por lá é o  Le Domaine de L’Orangerie.

O que fazer

Em Mahé

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Sunset Beach, em Mahe

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Mercado Municipal de Vitória: Vale especialmente para entender alguns dos poucos produtos locais e comprar souvenir por um preço em conta.

Templo Hindu: Legado do hinduísmo, a segunda maior religião de Seychelles depois do cristianismo, a construção do templo data da década de 80. O exterior é lindo mas, apesar de ter passado na frente várias vezes, por falta de tempo, não consegui entrar 😦

Eden Island: Uma ilhota conectada à Mahé, cheia de restaurantes legais, que valem a visita se você estiver buscando um jantar legal, fora do complexo hoteleiro da cidade. O restaurante Bravo está entre os mais populares e é uma ótima sugestão para happy hour/ jantar com uma vista incrível.

Praias: Fiquei hospedada na praia de Beau Vallon, mas as minhas preferidas foram Anse Royale,  onde fiz uma das minhas refeições preferidas no delicioso Kafe Kreol e a Sunset Beach, recomendada pelos locais e exclusiva do hotel Sunset Beach Hotel. A entrada da última é controlada, então sugiro que você aproveite o bar do hotel para poder usar a praia.

Em Praslin

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A famosa semente do Coco de Mer, no Valle de Mai
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Anse Georgette

Mergulho: Você pode mergulhar em qualquer ilha, mas escolhi Praslin porque foi onde tive um tempo extra. Existem várias empresas que oferecem o serviço, fiz pela Octupus Divers e recomendo o serviço.

Snorkeling: Com equipamento próprio, um dos lugares mais legais para fazer snorkel é na praia do Coco de Mer, durante o verão, quando as algas ainda não a invadiram.

Vallee de Mai: Reconhecida pela UNESCO como o Jardim do Éden (lugar bíblico onde Adão e Eva teriam vivido), uma reserva ambiental com o melhor da fauna/flora local e claro, diversos exemplares do famoso Coco de Mer. Apesar da semente estar espalhada por vários lugares mais turísticos, a árvore propriamente dita, uma espécie de palmeira, é protegida por estar, com frequência, ameaçada de extinção. No Valle de Mai, entretanto, é possível ver não só essa árvore, como entender o funcionamento de outras famosas da região. Há diversas opções de trilhas, que vão de leve a moderada. Na entrada do parque, ainda é possível contratar um guia. Esse lugar tem que estar na sua lista!

Praias: Alguns guias consideram a  Anse Lazio a praia mais linda de Praslin. Eu me divido entre ela e Anse Georgette, ambas maravilhosas.

Em La Digue

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Alugar uma bike: A ilha é pequena e o jeito mais fácil de dar uma volta nela é alugando uma bicicleta logo na chegada. Não sabe andar de bike? Sem problemas, eu também não sei, mas foi bem fácil encontrar uma bike de “3 rodas”. Se eu consegui, você consegue.

Conhecer a praia mais bonita do mundo: Fiquei meio decepcionada, confesso, quando cheguei na praia que, segundo o National Geographic, é a mais bonita do mundo. Ela não é feia, não me entendam mal, mas é bem difícil de nadar por causa das algas, e é lotada de turistas. Anse Source D’Argent, fica dentro de uma reserva privativa, onde você paga algumas rupias e passa por várias praias, plantações de baunilha e etc. Vale mais pelo passeio do que pela praia em si.

Gastronomia

Comida é um tópico interessante em Seychelles. Não sei fiquei mal-acostumada com os bons preços dos ótimos restaurante na África do Sul, onde fiquei três semanas, mas não comi muito bem em nenhum lugar da ilha.

O país produz muito pouco do que consome e a maior parte dos alimentos são importados de Dubai. Talvez por isso, a gastronomia seja baseada em itens encontrados na ilha como frutos do mar, frutas tropicais como o coco, o maracujá e a manga, e em curry e especiarias, sabores criolos influenciados pela vizinha Índia.

Fiz a maioria das refeições nos hotéis – já adianto que a comida do Coco de Mer era mais saborosa que a do Le Meridién – mas foram nos restaurantes que comi fora onde tive as minhas melhores refeições. Foram eles:

Café Kreol em Mahé

Restaurante e Café pé na areia localizado em uma das praias mais bonitas de Mahé, a Anse Royale, um mar azul calminho e sem algas para vocês passar horas ali observando. O staff é super atencioso, e o dono, originário das Ilhas Maurício, cumprimenta e serve todas as mesas. O espaço costuma ficar cheio, principalmente aos finais de semana, quando praticamente tudo em Mahé está fechado e as praias ficam mais lotadas. Ao consumir qualquer item, as cadeiras, à disposição na beira da praia, são gratuitas, assim como os banheiros e o chuveiro. Esse lugar merece uma visita!

Melhores pedidas: as pizzas, em especial a marguerita; e os peixes, que vêm acompanhados de chutney, lentilhas e arroz

Sunset bar – Hotel Sunset Beach em Mahé

Uma das praias preferidas pelos locais em Mahé fica escondidinha, dentro de um hotel, o Sunset Hotel. Como estava de carro e a entrada da praia é pelo hotel, resolvi usar o bar para conseguir estacionar lá e foi um dos programas mais legais que fiz em Seychelles. Cheguei lá por volta das 17h – o pôr do sol é entre 18h30 e 19h – fiquei uma horinha na praia (que realmente é maravilhosa) e fui para o bar, que é todo aberto e tem uns sofás gostosos, beber uns drinks e ver o pôr do sol.

Melhores pedidas: Sunset drink, água de coco e os sucos frescos

Bon Bon Plume em Praslin

No dia que fui visitar a Anse Lazio, a praia mais famosa (e mais bonita), aproveitei para comer no Bon Bom Plume, um restaurante delicioso que fica na praia e que todo mundo para comer uma coisinha ou almoçar. Ele funciona a partir do meio-dia, tem uma ótima estrutura de banheiros e mesas e garçons bem prestativos.

Curiosidade: Por aqui a semente gigante do Coco de Mer é servida como decoração e custa a bagatela de 500 Euros. Ouch!

O que levar na mala

Faz muito calor em Seychelles e por estar rodeada por uma floresta tropical, mosquitos são bem comuns. Não esqueça o repelente, o protetor solar e roupas muito leves.

Quanto custa

Seychelles não é barata. É um destino perfeito para lua de mel e pessoas que buscam se conectar com a natureza, num ambiente preservado, rústico, mas cheio de luxos por todas as partes.

Custo geral $$$$(caro)

Clique aqui para ler mais sobre a minha viagem à África.

OS DIAS EM EXUMA

Leia também: Um sonho chamado Bahamas 

Leia também: My Atlantis Experience

Poucas sensações são mais gostosas do que a nostalgia de olhar fotos antigas de viagens. Quando pensei em finalizar a trilogia sobre as Bahamas e peguei as fotos de Exuma, só quis ser teletransportada pra lá novamente. Nenhuma das fotos que eu colocar aqui vai traduzir a realidade e já adianto: essa foi a minha parte preferida da viagem.

Exumas está dividido em Great Exuma, Little Exuma e The Exuma Cays, sendo a esta a minha escolhida.

Como tiver pouco tempo pra explorar a região, acabei pegando um roteiro clichê, passando pelas principais ilhotas da região.

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Crystal Clear water
Como chegar
O jeito mais simples de chegar por lá é via EUA, assim como em qualquer lugar das Bahamas. Exuma tem um aeroporto internacional, mas como eu já estava nas Bahamas e queria um roteiro mais intimista, pousei no “aeroporto” local, em Staniel Cay.
E a chegada foi, com certeza, a parte mais complicada da viagem. Como fechei todo o roteiro com uma agência, em nenhum momento imaginei que chegaria na ilha num microavião – das curiosidades que pouca gente sabe: tenho PAVOR de avião. Quando chegou na hora do embarque e vi aquela micro-máquina voadora, pensei fortemente em desistir. Mas me apeguei na vontade de conhecer umas praias isoladas, e fui.
Fiz o voo com a Flamingo Air, saindo do aeroporto internacional de Nassau, mas sei que também possível voar com a WatermakersAir.
Apesar do medo inicial, eu sugiro pra todo mundo que tem a oportunidade de ir para as Bahamas de fazer um voo local. O avião não voa muito alto e você consegue ver todas as ilhotas no caminho e seus ina-cre-di-tá-veis bancos de areia – uma praia no meio do oceano!
view from the plane
Vista bem mais ou menos
pilots
Fui assim, do ladinho do piloto, rs
Curiosidade: o nome Bahamas vem do espanhol, Baja Mar, exatamente por ser uma arquipélago cheio de bancos de areia. 
O povo
Como falei no post inicial das Bahamas, todo mundo é muito receptivo, afinal, é um país que vive de turismo. De qualquer forma, devo fazer uma observação, em especial para Exuma Cays: as ilhas são praticamente todas vazias. Soube que vive, em TODA a região, apenas 118 pessoas.
Transporte
Basicamente, áquatico. Há diversas empresas que fazem os passeios ou você pode alugar seu próprio barco
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Nosso “estacionamento”
Onde ficar
A região de Staniel Cay é famosa pelas mansões hollywoodianas. Vários atores construíram seus paraísos paralelos na região e David Copperfield, foi até mais longe: construiu uma ilha mesmo, só pra ele, rs.
Toda essa privacidade, obviamente encarece bastante a estadia. Para se sentir em casa, você pode alugar um cantinho para chamar de seu! A Staniel Rents tem várias opções, para todos os gostos (e bolsos).
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O que fazer
Além de simplesmente existir e agradecer por estar ali, cercado de uma das águas mais cristalinas do mundo, tem alguns passeios imperdíveis para quem está na região:
Big Mayor Cay: Pig Beach
Você já deve ter visto em algum Instagram da vida uma foto de porquinhos nadadores em águas crystal clear (como eles se referêm às águas cristalinas). Até então, eu achava que era mentira, mas os tais porquinhos nadadores, existem mesmo. Ninguém sabe ao certo como eles foram parar ali, e tem várias histórias, que vêm desde a época da colonia (Bahamas foi colônia inglesa e se tornou independente em 1973, apesar de ser uma monarquia constitucionalista, isto é, governada pela rainha da Inglaterra). A única certeza que se tem, é que os tais porquinhos não só se adaptaram muito bem (aprenderam a nadar, vivem bem embaixo do solzão e esperam famitos qualquer barquinho que se aproxime – eles ficaram condicionados a pegar comida dos turistas).
pigs
Allan Cay: Iguana Beach
Menos interessante que a atração anterior, aqui você pode alimentar e ver Iguanas passando de um lado pro outro, como se não houvesse amanhã, numa ilha completamente inabitada. Sei que existem praias com iguanas em outros lugares do mundo, então esse passeio acaba sendo um pouco menos “exclusivo”.
iguanas
Compass Cay: Pet Sharks
Por algum motivo – que ainda não entendi muito bem – começaram a tratar tubarões como animais de estimação nessa área e eles ficaram por ali, todos inofensivos e carinhosos (até que se prove o contrário), esperando alguém jogar uma lata de atum. Você pode ficar no deck os alimentando (sim, eles vêm até você!) ou se quiser dar uma amenizada no calorão, é só pular na água e nadar com eles.
petsharks
Eles praticamente saem da água pra pegar comida
me feeding sharks
Enfim, vamos lá né? Aula de como alimentar um tubarão
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Onde comer
Não posso dar muitas sugestões porque acabei fazendo todas as refeições no iate que alugamos ou, em terra, no Yatch Club. Acredito que as opções pelas ilhas que passei, diferentemente do que acontece em Georgetown, são bem restritas.
breakfast
café da manhã with a view
Quanto custa
Como a região de Exumas Cays é famosa pela exclusividade, pouquíssimos hotéis e casas de luxo à beira-mar, voos pequenos que só operam localmente e necessidade de um barco privativo para ir de um canto a outro, com certeza é um dos passeios mais caros que você pode fazer nas Bahamas.
Uma opção mais em conta, se você tiver mais tempo, é ir pelo Aeroporto Internacional em Georgetown e se hospedar em Great Exumas – ainda assim, um barco será essencial se você quiser partir para uma daytrip em Exuma Cays.
Custo geral $$$$$(muito caro)

 

UM SONHO CHAMADO BAHAMAS

Sol o ano inteiro, areias branquinhas e a água mais azul que já vi: as Bahamas são mesmo um sonho!

Passar uns dias numa ilha perdida, sempre foi um sonho tão distante, não é mesmo? NÃO, obviamente não. No fim do ano tive a oportunidade de passar o réveillon em uma ilha (ou seriam ilhas?!): nas Bahamas. A viagem durou cerca de 9 dias e passou por Nassau, Paradise Island e Exuma.

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Como chegar 

As Bahamas estão ali do ladinho dos EUA, mais precisamente de Miami, de onde sai a maioria dos vôos. Trata-se de um conjunto de mais de 3000 ilhas, sendo que o destino principal, o aeroporto internacional (NAS), fica em Nassau. Outro jeito de chegar por é através dos diversos cruzeiros que passam por ali. 

A economia do país gira em torno do turismo, ou seja, infra-estrutura para americano ver. Inclusive, são os norte-americanos a maior parte dos turistas da região – o que se explica pela proximidade e pelo clima, que é bem agradável na maior parte do ano.

Importante: Brasileiros não precisam de visto, mas precisam de vacina de febre amarela. Não esqueça de tomar a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência e registrá-la no Certificado Internacional de Vacinação.

Clima

Coisa linda de viver esse clima das Bahamas, viu? Cerca de 310 dias do ano, faz sol, e mesmo no inverno, a temperatura é ótima e não varia muito.

Viajei em janeiro, inverno no hemisfério norte, e a temperatura oscilava entre 28 e 24 graus Celsius. Durante a noite, a sensação térmica cai um pouco e às vezes precisava de um casaquinho, mas nada desconfortável. Durante o dia, até quando a previsão do tempo avisava que estaria nublado, às 10 da manhã já estava sol.

Língua 

Inglês – com o sotaque britânico, rs

Moeda 

A moeda local, o dólar bahamense, tem o mesmo câmbio que o dólar americano. Alias, em nenhum momento vi uma nota da moeda local. O dólar americano é bem aceito em todos os estabelecimentos (menos no hotel que fiquei, que só trabalhava com cartões de crédito para todas as transações).

Leia também: My Atlantis Experience

O povo

Ô povo que gosta de puxar uma conversa, viu? Se prepare porque o pessoal gosta de falar, rs! Brincadeiras à parte, o povo é super acolhedor e todos os motoristas deram dicas sinceras e úteis (o motorista do táxi que peguei no aeroporto, parecia mais um guia, apontando todas as atrações do caminho haha).

Transporte

Você está em uma ilha, logo…o principal meio de transporte são os barcos, rs. Mas não desanime, tem de todo tipo… Navios, escunas, lanchas particulares e até barco-táxi – que você pode utilizar pra cruzar a travessia entre Nassau e Paradise Island, por $7. Na capital, a oferta de táxis é grande e para ilhas mais afastadas, a melhor opção são os aviões locais.

Leia também: Os dias em Exuma 

Em Nassau, o trânsito pode ficar caótico nas altas temporadas. Se puder, fuja! Conheça a downtown a pé.

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Um dos diversos barcos na Marina em Paradise Island 

Onde ficar 

Meu hub nas Bahamas foi o Atlantis Resort, provavelmente a estadia mais conhecida no país. O Atlantis, mais do que um resort, é um parque aquático e conta com diversas atrações, que incluem, 23 restaurantes, piscinas, praias privativas, aquário, interação com diversos animais (arraias, golfinhos, tubarão), shopping, casino, etc.

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Pôr do sol da varanda do meu quarto

Em geral, os hotéis não são muito econômicos. Em Paradise Island, por exemplo, praticamente a única hospedagem existente é o Atlantis. Um dos motoristas me contou durante uma das corridas, que o grande parte da receita do país vem do Atlantis, o que faz que eles tenham alguns acordos diretos com o governo (não sei se isso é verdade ou caô, mas se você souber, comenta aí e me conta)!

Esse ano, parece que sai do papel uma super obra, embargada a anos (disse o taxista, que devido esse protecionismo do Governo com o Atlantis), o complexo Baja Mar. Essa obra, feita pelo Hyatt já está dando o que falar e promete chacoalhar Nassau. Veremos.

Para hospedagens econômicas, eu sugiro um AirBnb ou algum B&B, especialmente em Nassau. Nas ilhas mais afastadas, acho que será BEM difícil conseguir algo em conta. Não encontrei hostel em nenhuma das ilhas.

O que fazer

Como mencionei acima, ficando no Atlantis você já terá bastante diversão sem precisar sair do hotel. Mas é claro, que o país oferece muitas outras atividades, como compras (Nassau é considerada uma zona livre, o que o torna um grande Free Shop, com diversas opções de compra, especialmente esmeraldas e bebidas), museus, arquitetura típica na downtown, diversos restaurantes e obviamente, todos os esportes aquáticos possíveis.

Sede do Governo e Museu Piratas de Nassau 

Para os passeios, existem diversas agências. Eu acabei fechando com a agência que ficava dentro do Atlantis, pois acho difícil se planejar para fazer tudo sozinha.

O que comer 

A região é rica em frutos do mar e traz como carro-chefe o conch, um molusco servido normalmente como entrada ou aperitivo. Outro clássico das noites bahamenses, são os drinks, em especial o Bahama Mama, uma mistura de rum, grenadina, suco de laranja e abacaxi.

Quanto custa

Essa não é das brincadeiras mais baratas. Ainda que seja possível encontrar um voo saindo do Brasil por um preço “pagável”, acho  bem complicado conseguir estadia barata e, principalmente, conseguir economizar nos passeios/comida.

Custo geral: $$$$(caro)