VIAJANDO COM CACHORRO NOS EUA (E DICAS DE FLORIDA KEYS)

Uma aventura de carro pelas ilhas do sul da Flórida

Uma das grandes novidades desse ano (se não a maior), é que em março adotei uma cachorrinha. Para amantes de animais, assim como eu, pode soar absurdo, mas, em 31 anos, essa é o primeiro pet que eu possuo. Logo, vocês já podem imaginar a aventura que tem sido – uma eterna montanha russa de erros, acertos e frustações.

bart the dog
Bart, the dog

Talvez a última delas, – e também a mais animadora – é que meu marido e eu resolvemos levar Bart, nossa vira-lata, em uma viagem de carro. Como sabemos que ela já está super adaptada ao carro, não hesitamos em fazer uma viagem um pouco mais longa. O percurso total de Tampa, onde moramos, até Key West, nossa última parada, é de aproximadamente 7h. Já adianto que foi mais cansativo para nós do que para ela, que dormiu TODA a viagem.

Apesar de ter apenas 6 meses, Bart tem sido adestrada desde os 3 e responde bem a comandos básicos, além de ser super sociável e não latir muito. Como trabalhamos de casa e estamos 90% do tempo com ela, achamos que incluí-la em uma das nossas frequentes viagens não seria de todo ruim. E não foi.

key largo

Ouso dizer que, ainda que tenha sido a nossa primeira experiência, carregamos alguns aprendizados importantes que serão úteis para as nossas próximas férias em família. Entre eles:

Dirigir com um pet: Quão acostumado seu animalzinho está com o carro/avião/barco? Para uma viagem mais longa, é importante ter certeza que ele não enjoa, fica muito ansioso ou inquieto. Para tornar tudo menos estressante, faça paradas frequentes – no nosso caso, fizemos a cada duas horas.

Saúde: Sempre mantenha todas as vacinas em dia e acompanhe a saúde do seu animalzinho, que deve estar 100% antes de vocês caírem na estrada.

Tamanho: Quanto menor o cachorro, mais fácil parece ser. Várias companhias aéreas permitem que você voe com o pet de porte pequeno na cabine, assim como a maioria dos hotéis que se dizem pet friendly tem na verdade uma política que não permite cachorros acima de um determinado peso. Aqui nos EUA, a maioria dos hotéis que pesquisamos tinham como peso limite 15 libras e poucos aceitavam até 50 libras. Não achamos nenhum hotel na região da Florida Keys que ultrapassassem esse peso.

Duração: No total, ficamos fora de casa por 5 dias, muito pouco para nós, mas com certeza o limite da cachorra. Animais costumam se estressar quando saem da rotina , e claro, que com Bart não foi diferente. Enquanto no começo da viagem ela mostrou uma hesitação sem fim, no fim do quarto dia, o comportamento foi sendo gradativamente alterado e percebemos que ela começou a mostrar sinais de exaustão. Achamos que o tempo ideal para mantê-la de férias é um fim de semana longo (3 dias).

O que são as Keys

Florida Keys ou somente Keys, como são conhecidas aqui nos EUA, são um conjunto de ilhas no extremo sul da Flórida, famosas pelo clima quente, esportes aquáticos e águas clarinhas. Por se tratar de um istmo, compreende duas porções de água sendo o golfo de um lado e Oceano Atlântico do outro.

Keys-Florida-Upper-Middle-Lower - Hello La Floride : Le Blog Sur La - Map Of Lower Florida Keys
Foto: Blog Hello La Floride

Geograficamente, são dividas em superiores, medianas, inferiores e em Key West, o ponto mais austral dos EUA e também a ilha mais populosa dentre as 1700.

Como chegar

De Tampa, existem três jeitos de chegar em Key West com o pet: carro, de avião ou barco.

  • Carro: é a viagem mais demorada, mas mais confortável para o seu bichinho que já está familiarizado com o seu veículo, necessitando apenas de uma ou outra parada estratégica para o banheiro. Na ida (Tampa – Key Largo) paramos 3 vezes – duas em áreas de descanso e uma em um posto de gasolina. Na volta, paramos 4 vezes – uma para almoçar numa cafeteria com área externa, uma em uma área de descanso e duas vezes em postos de gasolina.
  • Avião: melhor opção para quem tem pouco tempo e um “lap dog”, ou cachorro de colo, que tem um porte pequeno o suficiente para ir na cabine com os donos. Daqui de Tampa tem voos diretos pela Silver Airways, mas se você vem de outra cidade, a maioria dos voos fazem conexão em Miami.
  • Barco: Saindo de Fort Meyers ou de Marco Island – ambos na costa Oeste da Flórida – O Key West Express é um ferry que faz essa travessia em cerca de 3h e permite animais domésticos de diferentes portes. É uma boa ideia para curtir o trajeto cênico das águas cristalinas do golfo. Chegando em Key West é aconselhável alugar um veículo, seja ele carro de golfe, e-car ou motocicleta, especialmente para quem se hospeda fora da região da Duval St.

Observação: Para barco ou avião, é extremamente importante informar, durante a reserva, a presença e os detalhes do seu animalzinho.

Clima

O clima é de calor o ano inteiro, mas alta temporada é no outono/inverno, quando a umidade e o calor dão uma leve trégua. Se possível, evite o período de agosto a outubro, famoso pelas fortes tempestades e possíveis furacões.

Onde ficar

Antes de sair de casa com Bart, sempre dou uma olhada no aplicativo Bring fido, que concentra todas as opções de pet-friendly de lazer, restaurantes e hotéis.

No caso especifico da nossa viagem, o peso/tamanho foi limitante na hora de escolher um hotel, já que Bart tem 45 libras, e boa parte deles permite apenas animais pequenos. Quebramos a nossa viagem em duas praias: Key Largo e Key West.

Key Largo: Ficamos no Baker’s Cay Resort e foi a decisão mais acertada da vida! O hotel é novo e peca em alguns aspectos, como não ter room service e o restaurante fechar às 22h (foi um problema no dia que chegamos super tarde e perdemos o jantar). Por outro lado, tem uma área externa imensa, uma praia privativa onde os animais são permitidos e uma trilha, perfeita para passear com os bichinhos.

Bart na floresta

 

bakers cay

Key West: Enquanto achamos que acertamos muito em Key Largo, não temos tanta certeza quanto a Key West. Primeiro porque se trata de uma cidade mais “badalada”, cheia de bares e clubes e lotada praticamente o ano inteiro. Segundo, por que apesar do hotel onde nos hospedamos, Havana Cabana, ser uma delícia e todos os funcionários amarem a nossa cachorrinha, achei que faltou bastante espaço para ela, tanto no quarto quanto no hotel em si, que tinha o lazer praticamente restrito à piscina. Voltaria com certeza ao Havana Cabana sozinha, mas acho que escolheria um hotel num estilo mais próximo ao hotel de Key Largo.

bart and the chickens

 

pride

O que levar em conta na hora de escolher o hotel

  • Política do hotel em relação à permissão de animais
  • Área de lazer – Onde seu dog irá fazer as necessidades e passear. A maioria dos hotéis não permitem pets na área da piscina, e tudo bem, contanto que existam outros lugares onde humanos e cachorros possam coexistir sem maiores complicações.
  • Tamanho do quarto
  • Tratamento e receptividade a animais
  • Se tiver  opção, escolha resorts a hotéis menores como pousadas e hotéis boutiques.

O que fazer nas Keys

Dirigir: A minha parte favorita da viagem às Keys, com certeza é o caminho. Por isso, não abri mão de dirigir até Key West. Das ilhas superiores até Key West, são cerca de duas horas de viagem. No caminho, além de passar por todas as cidadezinhas, a famosa Overseas Highway ou US-1, é uma estrada de 180km, que como o próprio nome sugere, atravessa praticamente toda as Keys, com exuberante vista da água. Quando parece que não dá para ficar mais lindo, a Seven Mile Bridge, nos arredores de Big Pine Key, surge como uma das pontes cênicas mais lindas que já vi. A parte negativa é que não existe um observatório, como na US-1 da California, por exemplo, mas valem algumas paradas pelo caminho para contemplar e, quem sabe, conseguir um bom ângulo para uma foto inesquecível.

Key Largo: A primeira das ilhas, conhecida como a capital mundial do mergulho, fica a uma hora de Miami. É a mais longa das ilhas, cercada por hotéis de praia e resorts e com o parque estadual John Pennekamp Coral Reef, famoso pelos corais e ótima opção para passar o dia com o pet.

Islamorada: Além das lojinhas e clima praiano cool de Islamorada, no Founders Park tem uma área para cachorro. O parque é privativo, mantido pela comunidade local e custa US$5 para uso tanto da área de animais, quanto de lazer (inclui piscinas e quadras).

Big Pine Key: A mais próxima da Key West, Big Pine Key tem uma das atrações mais legais, o Bahia Honda State Park, considerada uma das praias mais bonitas da região. Logo em frente tem um estacionamento de motorhome e, apesar de ter só passado por lá, fiquei com vontade de voltar com meu motorhome para uns dias de acampamento pé na areia.

Key West: Antro da badalação, bares e turismo gay, Key West me deixou com a sensação de estar numa New Orleans com praia. Com o calor que fazia enquanto visitava, confesso que fiquei limitada a sair com Bart apenas durante a noite. Andamos pela famosa Duval Ave e brincamos nos Higgs Beach Dog Park, um parque exclusivo para cachorros. Se tiver a chance de deixar seu animalzinho com alguém, dois passeios que super recomendo para amantes de literatura, é a casa do Ernest Hermingway e a casa do Tennessee Willians, ambas localizadas no mesmo quarteirão, a poucos metros da Duval.

Para ler mais sobre a Flórida, clique aqui

SEYCHELLES: O PARAÍSO É LOGO ALI

Ainda que quase na Ásia, o paraíso é africano (e bem mais acessível do que parece).

Leia também:

ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

UM SONHO CHAMADO BAHAMAS

Você provavelmente nunca tinha ouvido falar de Seychelles até o momento que o país se tornou cenário da lua de mel real de Kate e William.

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O arquipélago de Seychelles foi uma das minhas paradas durante a minha ida para a África – e uma das minhas grandes surpresas. Obviamente, o que me fez ir parar no meio do Oceano Índico foram as lindas praias, mas não esperava Anse Source D’Argent, considerada por diversas fontes a mais bonita do mundo;  a maior semente do mundo, o Coco de Mer e até uma reserva natural que é apelidada de Jardim do Éden.

Um pedacinho de paraíso que você precisa conhecer!

Localização

Seychelles é formado por um conjunto de 115 ilhas, das quais a maioria ainda permanecem desabitadas.

Apesar de pertencer à África, Seychelles está mais próxima à Índia, com quem compartilha o nome da moeda, a culinária e diversos voos internacionais.

A partir do mapa, dependendo da escala, o país é um pontinho minúsculo no meio do oceano.

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Como chegar

O aeroporto internacional fica em Vitória, a capital, localizada na ilha de Mahé.

Não há voos diretos do Brasil, mas as opções são:

A duração do voo é de aproximadamente 5 horas, saindo tanto da África do Sul quanto dos Emirados ‘Árabes.

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Como estava viajando pela África (leia mais aqui), fiz o trajeto saindo de Joanesburgo, que era o mais conveniente, mas definitivamente não a melhor escolha. A aeronave operada pela Air Seychelles é um A320, o mesmo modelo que a LATAM usa na maioria dos voos domésticos de curta distância no Brasil, ou seja, super pequeno e com pouco espaço entre os assentos, bem desconfortável para um voo de 5 horas. Além disso, após o embarque ficamos 3 horas dentro do avião antes de decolarmos, devido à manutenção dos banheiros que haviam sido interditados na rota anterior. Quando enfim saímos e precisei ir ao banheiro, os mesmos continuavam sem descarga – imaginem o horror! Tirando tudo isso, a tripulação tentou ser gentil na medida do possível – pareciam estar mais exaustos que os passageiros – e a comida foi ok (serviram uma refeição quente com prato principal + salada + sobremesa e bebidas frias e quentes).

Segundo relatos dos hotéis que me hospedei, os atrasos nesta companhia são bem frequentes, então também vale a pena considerar a “questão tempo” nas ilhas.  

Quanto tempo

Fiquei 7 dias hospedada nas ilhas de Praslin e Mahe e claro, não foi suficiente. Recomendo pelo menos 9 noites – 3 em Mahe, 3 em Praslin e 3 em La Digue.

Durante o dia, La Digue costuma ser lotada, já que muitos turistas aproveitam a curta distância saindo de Praslin para fazer um bate-volta. Não tive a chance de passar a noite lá, mas acredito que deve ser bem mais gostoso aproveitar o fim do dia e a noite na ilha bem mais tranquila.

Clima

Seychelles é realmente abençoada pela natureza. Fenômenos naturais (como as monções na Ásia, terremotos e tsunamis) são inexistentes. Faz calor o ano inteiro (entre 25 e 30 graus) e chove no verão – entre dezembro e março. Ainda assim, as chuvas são pancadas e dificilmente você perderá um dia por conta delas. No começo de março, peguei apenas lindos dias de sol e zero chuva.

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Outro detalhe não menos importante: ainda que cercada por uma floresta tropical e consequentemente, mosquitos, doenças endêmicas comum das zonas tropicais como Malária e Febre Amarela não existem por lá.

Língua

Inglês, francês e criolo, sendo essa última a que os locais usam para se comunicarem entre si.

Moeda

Rupias de Seychelles.

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Ao contrário dos hotéis, que trabalham bem com cartão de crédito, a maioria dos estabelecimentos menores só aceitam dinheiro. Leve Euros – que são bem aceitos pelo turismo – e troque no Centro de Mahé, onde há mais opções. Eu acabei sacando tudo já no primeiro dia no caixa eletrônico do aeroporto por conveniência e porque as taxas acabaram compensando. 

Visto e imigração

Brasileiros não necessitam de visto com antecedência para entrar no país. Os dias de permanência são dados na entrada – no meu caso, 30 dias – e eles são bem chatos com relação aos comprovantes de saída do país, portando leve um comprovante de compra da passagem de volta.

Ah, a vacina de febre amarela é pré-requisito, mas em nenhum momento me pediram.

Cliquei aqui para saber como fazer seu Certificado de Vacinação de Febre Amarela

Transporte

Nas ilhas

Não dá para contar com o transporte público e táxis são bem caros. A melhor maneira para se locomover é alugar um carro ou, para quem não se sente à vontade dirigindo com a mão inglesa, contratar um motorista.

Em Mahé aluguei carro pela Austral, em Praslin usei um motorista e em La Digue aluguei uma bicicleta, logo ao lado do desembarque dos barcos  – a ilha é pequena e é isso que todo mundo faz.

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Cuidado! Ao desembarcar em La Digue, você será abordado por diversos vendedores de aluguel de bike. Negocie o preço com antecedência e saiba dizer não se achar muito caro. Eu paguei 200 rúpias no aluguel da minha e 2 minutos depois vi o mesmo vendedor alugando por 100 para outra pessoa.

Detalhes do motorista de Praslin

Adrian Henry: +248 2 514 659

Entre ilhas

Entre Mahé e Praslin há um voo de 20 minutos pela Air Seychelles que custa caro.

A melhor opção acaba sendo os ferries, que saem dos terminais conhecidos como Jetty. Usei o serviço da Cat Cocos entre Mahe e Praslin (1 hora) e Praslin e La Digue (15 minutos). Existem 3 opções de cabine: a econômica Cat Cocos, a econômica Upper Deck e a Business Class.

Entre Mahe e Praslin viajei de Business Class  e entre Praslin e La Digue de Upper Deck.

Clique aqui para entender a diferença entre as classes e o melhor custo-benefício.

Segurança

Seychelles é bem segura, do tipo de lugar que não precisa ficar se preocupando com as coisas na areia, com onde parar o carro e etc.

Hospedagem

Na hora de pensar na região para ficar em cada ilha, sugiro sempre começar procurando onde estão as melhores praias. Afinal, se você chegou até Seychelles, muito provavelmente é sombra e água fresca que você está querendo né?

No geral, acho que a melhor alternativa se você não estiver esbanjando dinheiro, é uma ilha de médio porte, como Praslin. Uma tendência natural é que o preço aumente à medida que a oferta diminui – logo, nas ilhas menores, espere preços absurdos. Se o orçamento está grande ou a ocasião pede (lua de mel ou casamento, por exemplo), a ilha de Fregate, eleita como um dos paraísos privativos mais caros do mundo, é uma possibilidade.

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Mahe

Mahé é a maior ilha, onde fica o Aeroporto Internacional de Seychelles. É a mais democrática no quesito hospedagem – vai desde as mais em conta (não significa barata, rs), até alto luxo.

Melhores praias: Ao sudeste 

Le Meridién Fisherman’s Cove

Hotel mediano, com fácil acesso e a internacionalmente reconhecida marca “Le Meridién”, e seu respectivo padrão de qualidade. Pertence à Marriott (SPG),  fazendo que a reserva com uso de pontos seja uma ótima alternativa para reduzir os custos.

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Varanda no Le Meridién, em Mahé

Pontos altos: Fácil acesso, quartos espaçosos e afastados, silêncio, amenities da propriedade (em especial a piscina e o spa) e internet.

Pontos baixos: Praia OK (para os padrões de Seychelles, obviamente, rs), refeições caras e não muito boas.

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Diárias a partir de R$1700,00

Le Chateau Bleu

Um hotel de trânsito, terrível, onde passei minha última noite, já que meu voo era de manhã bem cedinho e essa era a hospedagem mais próxima do aeroporto. O lugar na verdade é uma casa na qual o dono aluga os quartos. Sinceramente, não recomendo. A ilha é pequena e mesmo ficando longe, provavelmente não lhe custará mais do que meia hora para chegar no aeroporto.

Pontos altos: Localização e preço

Pontos baixos: Quarto (decoração, conforto), limpeza e café da manhã (inexistente).

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Diárias a partir de R$370,00

Outras opções:

Amei ter conhecido o Sunset Beach Hotel e super ficaria lá na minha próxima vez. A praia é uma das mais lindas de Seychelles e o ambiente é super de pousada acolhedora. Pode investir um pouco mais ($)? O Four Seasons é a melhor opção é Mahé.

Praslin

Praslin foi a minha ilha preferida para hospedagem. É relativamente grande, mas não tem o trânsito e a lotação de Mahé, dá aquela sensação de estar numa ilha deserta, sabe? Tem várias opções de hotel, desde os mais básicos até os resorts de luxo.

Melhores praias: Ao norte

Coco de Mer

O fruto mais famoso de Praslin dá nome a esse hotel com cara de pousada. Localizado na praia de Anse Bois de Rose, ao sul da ilha, não é uma das mais bonitas – especialmente em época de chuvas, quando as algas se aproximam da praia.

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Uma das piscinas do Coco de Mer

Pontos altos: Piscina dentro do mar, restaurante, preço “em conta”.

Pontos baixos: Internet, muuuitos mosquitos, localização.

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Diárias a partir de R$1500,00

Outras opções:

Para lua de mel, Raffles, o mais famoso da ilha. Mas é no Constance Lamuria que está a praia privativa preferida dos locais.

La Digue

Não dormi na ilha, mas fiquei com vontade. Um hotel muito bem recomendado por lá é o  Le Domaine de L’Orangerie.

O que fazer

Em Mahé

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Sunset Beach, em Mahe

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Mercado Municipal de Vitória: Vale especialmente para entender alguns dos poucos produtos locais e comprar souvenir por um preço em conta.

Templo Hindu: Legado do hinduísmo, a segunda maior religião de Seychelles depois do cristianismo, a construção do templo data da década de 80. O exterior é lindo mas, apesar de ter passado na frente várias vezes, por falta de tempo, não consegui entrar 😦

Eden Island: Uma ilhota conectada à Mahé, cheia de restaurantes legais, que valem a visita se você estiver buscando um jantar legal, fora do complexo hoteleiro da cidade. O restaurante Bravo está entre os mais populares e é uma ótima sugestão para happy hour/ jantar com uma vista incrível.

Praias: Fiquei hospedada na praia de Beau Vallon, mas as minhas preferidas foram Anse Royale,  onde fiz uma das minhas refeições preferidas no delicioso Kafe Kreol e a Sunset Beach, recomendada pelos locais e exclusiva do hotel Sunset Beach Hotel. A entrada da última é controlada, então sugiro que você aproveite o bar do hotel para poder usar a praia.

Em Praslin

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A famosa semente do Coco de Mer, no Valle de Mai
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Anse Georgette

Mergulho: Você pode mergulhar em qualquer ilha, mas escolhi Praslin porque foi onde tive um tempo extra. Existem várias empresas que oferecem o serviço, fiz pela Octupus Divers e recomendo o serviço.

Snorkeling: Com equipamento próprio, um dos lugares mais legais para fazer snorkel é na praia do Coco de Mer, durante o verão, quando as algas ainda não a invadiram.

Vallee de Mai: Reconhecida pela UNESCO como o Jardim do Éden (lugar bíblico onde Adão e Eva teriam vivido), uma reserva ambiental com o melhor da fauna/flora local e claro, diversos exemplares do famoso Coco de Mer. Apesar da semente estar espalhada por vários lugares mais turísticos, a árvore propriamente dita, uma espécie de palmeira, é protegida por estar, com frequência, ameaçada de extinção. No Valle de Mai, entretanto, é possível ver não só essa árvore, como entender o funcionamento de outras famosas da região. Há diversas opções de trilhas, que vão de leve a moderada. Na entrada do parque, ainda é possível contratar um guia. Esse lugar tem que estar na sua lista!

Praias: Alguns guias consideram a  Anse Lazio a praia mais linda de Praslin. Eu me divido entre ela e Anse Georgette, ambas maravilhosas.

Em La Digue

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Alugar uma bike: A ilha é pequena e o jeito mais fácil de dar uma volta nela é alugando uma bicicleta logo na chegada. Não sabe andar de bike? Sem problemas, eu também não sei, mas foi bem fácil encontrar uma bike de “3 rodas”. Se eu consegui, você consegue.

Conhecer a praia mais bonita do mundo: Fiquei meio decepcionada, confesso, quando cheguei na praia que, segundo o National Geographic, é a mais bonita do mundo. Ela não é feia, não me entendam mal, mas é bem difícil de nadar por causa das algas, e é lotada de turistas. Anse Source D’Argent, fica dentro de uma reserva privativa, onde você paga algumas rupias e passa por várias praias, plantações de baunilha e etc. Vale mais pelo passeio do que pela praia em si.

Gastronomia

Comida é um tópico interessante em Seychelles. Não sei fiquei mal-acostumada com os bons preços dos ótimos restaurante na África do Sul, onde fiquei três semanas, mas não comi muito bem em nenhum lugar da ilha.

O país produz muito pouco do que consome e a maior parte dos alimentos são importados de Dubai. Talvez por isso, a gastronomia seja baseada em itens encontrados na ilha como frutos do mar, frutas tropicais como o coco, o maracujá e a manga, e em curry e especiarias, sabores criolos influenciados pela vizinha Índia.

Fiz a maioria das refeições nos hotéis – já adianto que a comida do Coco de Mer era mais saborosa que a do Le Meridién – mas foram nos restaurantes que comi fora onde tive as minhas melhores refeições. Foram eles:

Café Kreol em Mahé

Restaurante e Café pé na areia localizado em uma das praias mais bonitas de Mahé, a Anse Royale, um mar azul calminho e sem algas para vocês passar horas ali observando. O staff é super atencioso, e o dono, originário das Ilhas Maurício, cumprimenta e serve todas as mesas. O espaço costuma ficar cheio, principalmente aos finais de semana, quando praticamente tudo em Mahé está fechado e as praias ficam mais lotadas. Ao consumir qualquer item, as cadeiras, à disposição na beira da praia, são gratuitas, assim como os banheiros e o chuveiro. Esse lugar merece uma visita!

Melhores pedidas: as pizzas, em especial a marguerita; e os peixes, que vêm acompanhados de chutney, lentilhas e arroz

Sunset bar – Hotel Sunset Beach em Mahé

Uma das praias preferidas pelos locais em Mahé fica escondidinha, dentro de um hotel, o Sunset Hotel. Como estava de carro e a entrada da praia é pelo hotel, resolvi usar o bar para conseguir estacionar lá e foi um dos programas mais legais que fiz em Seychelles. Cheguei lá por volta das 17h – o pôr do sol é entre 18h30 e 19h – fiquei uma horinha na praia (que realmente é maravilhosa) e fui para o bar, que é todo aberto e tem uns sofás gostosos, beber uns drinks e ver o pôr do sol.

Melhores pedidas: Sunset drink, água de coco e os sucos frescos

Bon Bon Plume em Praslin

No dia que fui visitar a Anse Lazio, a praia mais famosa (e mais bonita), aproveitei para comer no Bon Bom Plume, um restaurante delicioso que fica na praia e que todo mundo para comer uma coisinha ou almoçar. Ele funciona a partir do meio-dia, tem uma ótima estrutura de banheiros e mesas e garçons bem prestativos.

Curiosidade: Por aqui a semente gigante do Coco de Mer é servida como decoração e custa a bagatela de 500 Euros. Ouch!

O que levar na mala

Faz muito calor em Seychelles e por estar rodeada por uma floresta tropical, mosquitos são bem comuns. Não esqueça o repelente, o protetor solar e roupas muito leves.

Quanto custa

Seychelles não é barata. É um destino perfeito para lua de mel e pessoas que buscam se conectar com a natureza, num ambiente preservado, rústico, mas cheio de luxos por todas as partes.

Custo geral $$$$(caro)

Clique aqui para ler mais sobre a minha viagem à África.

CAPE TOWN: COMO NÃO SE APAIXONAR?

Praia, natureza e cidade: com um pé no Atlântico e outro no Pacífico, depois de conhecer Cape Town você provavelmente vai querer ficar lá para sempre.

camps bay

Leia também:

África do Sul – Um resumo

África do Sul – 4 dias em Joanesburgo

Diria que Cape Town é um Rio de Janeiro com alma californiana. É definitivamente um país dentro da África do Sul e não é estranho, que talvez por essas e outras razões também seja a cidade mais turística do país. É uma cidade ensolarada, de gente jovem e almas gentis, que faz você se sentir em casa em meio a tanta miscigenação (e que bom!).

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É a capital legislativa do país e casa de quase 3 milhões de pessoas, vindas de toda parte do mundo – e hello, claro, brasileiros são comuns por aqui.

A duas horas de voo de Joanesburgo, está localizada na região do Cabo, ao sudoeste da África do Sul.

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Localização | Imagem: Google Maps

Como chegar

Ainda não existem voos diretos do Brasil e, assim como a maioria dos destinos na África do Sul, uma conexão em Joanesburgo será necessária.

De São Paulo, a South Africa Airways e a LATAM tem voos diretos ao Aeroporto Internacional OR Tambo com aproximadamente 10 horas de duração.

Visto e imigração

Leia tudo sobre visto e imigração aqui

Transporte

O trânsito na cidade não é dos melhores e você gastará muito tempo e energia alugando um carro. Eu recomendo uma hospedagem próxima ao centro e o uso de uber (que funciona super bem) para visitar qualquer atração mais distante. Se você estiver com pouco tempo, o ingresso de dois dias do ônibus City Sightseeing faz a função tanto de transporte quanto de guia. Para visitar as atrações fora da cidade (como as winelands ou a região de Cape Peninsula), aí sim recomendo o aluguel de carro.

Clima

O clima em Cape Town é bem…instável. Durante todo ano venta muito e não é incomum as oscilações climáticas no decorrer do dia. No verão, entre dezembro e março, as temperaturas são agradáveis, mas faz um friozinho pela manhã – entre 16°C e 28°C. Já no inverno, entre junho e setembro, além do termômetro baixar, as fortes chuvas são comuns.

Gastronomia

Para saber mais sobre a gastronomia do Cabo, clique aqui.

Quanto tempo 

Eu fiquei duas semanas e não foi fácil administrar tudo o que eu queria fazer – especialmente quando o tópico era gastronomia. Ainda assim, como a maioria das pessoas não tem todo esse tempo, eu recomendaria pelo menos uma semana.

O que fazer

Cuidado o FOMO (fear of missing out, ou medo de estar perdendo alguma coisa) vai te pegar! Tem tanta, mas tanta coisa para fazer em Cape Town, que me sentia constantemente ansiosa para fazer tudo! Fiz tudo o que gostaria em 2 semanas? Claro que não, e você provavelmente também não conseguirá fazer, mas aqui vai os destaques da cidade e por onde passei – em alguns lugares, mais de uma vez.  

Table Mountain: Cape Town é rodeada por montanhas, e a Table Mountain é a mais icônica, aquela que todo mundo – até quem tem menos tempo – sobe para tirar foto. Recebe esse nome porque tem seu cume reto, se assemelhando a uma mesa. É fácil de chegar ao topo com o teleférico, mas imagino que deve ser incrível fazer a trilha – tive preguiça e não fiz, confesso.

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Jardim Botânico: O maior Jardim Botânico da África e um dos maiores do mundo, é realmente impressionante a diversidade que se encontra por aqui. Por ser mais afastado – fica localizado em Stellenboch, a uma meia hora do centro – dá para se sentir no interior. É um ótimo lugar para fazer piqueniques e se estiver visitando durante a primavera, não deixe de procurar as Proteas, plantas símbolo do país.

botanical garden

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V&A Waterfront: Um complexo bem turístico, mas que é uma delícia de passar umas horas. Tem um shopping imenso, cheio de opções para compras, um aquário bom para levar as crianças e vários passeios de barco, mas o que eu gostei mesmo foram dos restaurantes e das lojinhas de souvenir, espalhadas por toda parte.

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Castle of Good Hope: O castelo mais antigo do país, construído no século 17, ainda está ativo – dependendo da hora, você verá a troca da guarda. Transformado em museu, recomendo visitar com um dos tours guiados que acontecem diariamente.

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Lion’s Head: Mas uma das montanhas que todo mundo adora ir para fazer a famosa trilha. Eu acabei não tendo tempo de fazer, mas para quem adora Trekking, vale a ida no comecinho do dia ou no fim da tarde, acompanhada de um guia – são aproximadamente 1h30 para chegar ao topo.

Robben Island: Ilha onde está a prisão por onde diversos presos políticos passaram e onde Mandela ficou mais tempo em cárcere, hoje é abriga uma pequena comunidade de pouco mais de 100 pessoas e um museu, que reconta as histórias (de terror), vivida pelos presos do Apartheid. O barco que leva para a ilha sai diariamente em diversos horários, mas vive cheio, então é melhor comprar os ingressos pela internet com alguma antecedência.

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Bo Kaap: O bairro todo colorido foi casa de escravos e hoje abriga grande parte da população islâmica de Cape Town. Cheio de lojinhas e com um Spice Market bem interessante, você pode ir por conta própria ou se juntar a um dos dois tours guiados que acontecem diariamente às 14:00 e às 16:20.

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Signal Hill: Uma das montanhas que cercam a cidade, a Signal Hill é conhecida por ser um ótimo point para observar o pôr do sol com uma vista incrível. É mais fácil de chegar do que os outros picos da cidade (de carro, uber, ou até mesmo com o ônibus City Sightseeing) e não exige grandes caminhadas para conseguir um lugar privilegiado.

Museu de Arte Contemporânea: Inaugurado em 2017, o Zeitz MOOCA tem um dos maiores acervos de arte contemporânea da África do Sul, somado a uma arquitetura de deixar qualquer um boquiaberto. Por ser relativamente novo, o museu está passando por constantes melhorias, mas vale muito a pena visitar e se juntar a um dos tours guiados, oferecidos pelos curadores.

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Company’s Garden: Um parque na região central, cheio de verde e ótimo para um break entre uma atração e outra. Leva esse nome por ser o jardim (garden) mais antigo do país, datado do século 17, onde os europeus costumavam plantar produtos para abastecer os navios que por ali chegavam.

Mergulho com os tubarões: A água gelada é um dos grandes atrativos dos tubarões brancos, que aparecem aos montes na costa da África do Sul. Um dos “esportes” bem comum é a Cage Diving (ou mergulho dentro de uma gaiola). Eu claramente não tive coragem de fazer isso, mas meu namorado fez e (tirando o frio), ele adorou.

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Praias: Está viajando no verão e quer perder uns dias pelas praias? Camps Bay é a minha favorita. É a praia onde tudo acontece, com bons restaurantes, gente jovem e muito agito. Quer sossego? Que tal se hospedar em Clifton, um dos metros quadrados mais caros do país?! Gosta de surfar? Do outro lado, ali no Pacífico, Muizenberg atrai turistas de toda a parte do mundo. Porém, não custa nada lembrar: A praia é para curtir da areia, porque as águas são congelantes e ironicamente, mais frias no verão do que no inverno – devido às correntes de degelo da Antártica.

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Experiências

Em algumas cidades do mundo, o Airbnb oferece experiências – atividades propostas pelos próprios moradores como forma de emergir na cultura local de um jeito nada óbvio. Cape Town é uma dessas cidades e tive duas experiências por lá.

História do apartheid através de um Tour guiado pelo District 6: Se você não tem a oportunidade de passar pelo museu do Apartheid em Joanesburgo (leia mais aqui), passear pelo District 6, um bairro cheio de história e que ainda traz muitos resquícios do período, é mandatório para não passar ileso a essa história tão recente do país.

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Yoga e Brunch em Lllandulo Beach: Definitivamente, uma das coisas mais legais que fiz em Cape Town! A Christi, instrutora de Yoga, oferece essa aula em uma casa linda com vista para o mar e em seguida, serve um brunch maravilhoso – um dos melhores que já comi na vida!  Ela comanda também a Hello Happiest, especializada em aulas e retiros. Juro que saí de lá querendo voltar todo dia.

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Fora da cidade

West Coast National Park: Se tem uma coisa que tem na África do Sul é Parque Nacional, e claro, é impossível ir em todos. Mas, para fugir do agito turístico dos principais parques e ainda pegar uma estrada em direção ao norte (enquanto todo mundo está indo ao sul), o West Coast é uma ótima alternativa para passar o dia, fazer piquenique ou só sentar para observar os lindos lagos!

Winelands: A África do Sul está entre os dez maiores produtores de vinho do mundo e a região do Cabo é famosa por produzir boa parte deles. Ao redor de Cape Town, existem as Winelands (ao pé da letra, Terras do Vinho) sendo que regiões mais visitadas são Paarl, Stellenboch, Franschhoek, Durbanville e Constantia. Essa última bem pertinho do centro da cidade (cerca de 20 minutos) tem a vinícola mais antiga do país, a Groot Constantia. Já em Paarl, a parada na vinícola Babylonstoren é tão obrigatória quanto almoçar no restaurante deles, o Babel, um antro de comida orgânica e um paraíso tanto para os vegetarianos quanto para os amantes de carne de caça (mas faça reserva antes). Ah, e se sobrar um tempo na cidade, não perca o Afrikaans Museum, ótimo para entender um pouco mais da origem da língua mais falada na região, e o Afrikaans Language Monument, ótimo para fotos.

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Cape Peninsula: Basicamente, Cape Península é o nome da região que vai em direção ao sul e contornando toda a costa até a pontinha do país, e é o passeio que todo mundo tira um dia para fazer enquanto está em Cape Town. Apesar do Cabo da Boa Esperança ser o acirrado lugar para tirar fotos – ali tem uma famosa plaquinha – sugiro perder mais tempo em Cape Point, um observatório ao livre que é de tirar o folego. Ah e não exclua do seu roteiro a parada em Simon’s Town, uma cidadezinha simpática onde estão os famosos pinguins africanos.

Não esqueça de levar um casaco, costuma fazer frio na região mesmo no verão!

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Adote um Pinguim: a SANCCOB é a única ONG certificada da região que resgata e reabilita pinguins selvagens. Você pode contribuir adotando um pinguim ou sendo um voluntário!

Onde ficar

O jeito mais prático que encontrei para me sentir como parte da cidade foi alugando um apartamento em um dos bairros mais charmosos da cidade, De Waterkant. Localizado no CBD (ou Central Business District, como é chamada a região central da cidade), é uma ótima escolha para quem, assim como eu, adora explorar cafés e restaurantes, e ainda fica a uma distância caminhável do Waterfront. Outras opções de bairros interessantes para o mesmo propósito são Gardens e Green Point.

Vai ficar menos tempo na cidade ou quer ter a comodidade de estar em um hotel? Eu escolheria um desses:

Cape GraceHotel cinco estrelas no Waterfront, é lindo de doer. Uma ótima opção para quem tem pouco tempo na cidade: De lá é fácil de acessar as principais atrações e ao mesmo tempo, nos dias que você não quiser ir longe, dá para se manter entretido com as atrações do Waterfront.

Mount Nelson: O hotel mais tradicional de Cape Town – e provavelmente o mais luxuoso também. Pertence ao grupo inglês Belmond, e talvez por isso tem o high tea mais estrelado da cidade. Fica no Gardens, uma região que, como já disse antes, é ótima para comer bem.

The President: Uma das paradas do ônibus City Sightseeing em Sea Point, um dos bairros mais jovens e descolados da cidade, tem quatro restaurantes e um serviço de ioga fazendo a alegria de quem busca uma atmosfera mais leve e ainda confortável em Cape Town.

The Twelve Apostles: Era impossível não notar esse hotel toda vez que passava de carro por Camps Bay. Além da vista privilegiada e de um aclamado spa, ainda tem alguns serviços únicos, como piqueniques para as mais diversas ocasiões – com essa vista, fiquei morrendo de vontade, confesso.

Quanto custa

O custo-benefício de Cape Town é inacreditável. Uma cidade onde se come (e bebe) muito bem e por muito pouco, o transporte (Uber, mais especificamente) é barato e as hospedagens variam, com opções para todos os bolsos.

Custo geral $$ (barato)

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

CARTAGENA, A FOTOGÊNICA

Muitos adjetivos poderiam descrever Cartagena: apaixonante, calorosa, acolhedora, turística…mas nenhum faz tanto sentido quanto fotogênica.

Precisa viver em outro planeta para nunca ter ouvido falar da minha queridinha. Cidade mais visitada da Colômbia, casa de Gabo, dona do principal porto do país e garantia de uma boa festa, Cartagena costuma estar – com frequência – nas lista de hot destinations pelo mundo.

Mochileiros, viajantes de luxo, família, casais, viajantes desacompanhados… Do momento do pouso até a triste despedida, ninguém se arrepende de passar por aqui.

E a melhor parte? Tudo isso pertinho do Brasil!

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O título já diz muito, mas reforço: Cartagena entrou definitivamente na lista das minhas cidades preferidas no mundo. Talvez seja a atmosfera cultural, o clima tropical envolto pelo mar do Caribe – ou tudo isso junto, mas a verdade é que cheguei na cidade para ficar míseros dois dias e acabei ficando oito, e já adianto: não foi suficiente.

Como chegar

A partir do Brasil:

AVIANCA: via Bogotá

LATAM: via Bogotá

COPA: via Cidade do Panamá

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Fui de LATAM e voltei de Copa e achei e o serviço da segunda imensamente melhor: voos pontuais, check-in rápido, tripulação prestativa, ótimo espaço entre as poltronas e refeições bem decentes (para classe econômica). 

O voo partindo de Bogotá dura cerca de 1h30 e a partir da Cidade do Panamá, 50 min.

Clima

QUENTE, mas quente mesmo. Durante o ano todo, a temperatura oscila entre 25 e 30 graus, mas a umidade é altíssima, fazendo que durante o dia a sensação térmica fique bem próxima aos 40 graus.

Nos meses de maio a setembro costuma chover, mas o clima é bem incerto, então esteja preparado para possíveis pancadas de chuva mesmo fora de época.

Língua

Oficialmente, espanhol. Inglês e Portunhol também são amplamente praticados.

Moeda

Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil achá-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei por sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico para minha viagem a San Andrés.

Leia mais: Revéillon em San Andrés

Visto e Imigração   

Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido nos últmos 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação é banido o embarque.

Clique aqui para saber como fazer o seu certificado.

Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.

Transporte 

O táxi é a opção mais prática para quem se hospeda fora do circuito central, enquanto que, ficando na Cidade Amuralhada, se faz tudo a pé. Alugar um carro faz sentido para conhecer as outras cidades costeiras, como Barranquila e Santa Marta.

Para conhecer os principais pontos de turismo, o ônibus Hop on/ Hop off está disponível em toda a cidade.

Onde ficar

Dividi a minha estadia em dois hotéis:

Sofitel Santa Clara ★★★★★

Dos hotéis mais lindos que já fiquei nessa vida e cheio de história. O local que hoje é hotel cinco estrelas, costumava ser o famoso Convento de Santa Clara, que deu vida à obra Do Amor e outros demônios, do escritor Gabriel Garcia Marquéz. É o hotel mais luxuoso de Cartagena, um dos melhores em que já me hospedei e uma ótima opção para uma comemoração especial.

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Foto: Divulgação Sofitel

Quartos

Os quartos são das categorias Classic, Superior ou Luxury e variam entre 26m2 e 34m2. Fiquei no Luxury, no último andar com vista total da piscina e parcial do mar. O quarto de 34m2 tinha frigobar, máquina de café/chá, água e frutas cortesia, dock station da Bose, TV e equipamento de vídeo. No banheiro, chuveiro sem banheira e amenities Lanvin.

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Quarto idêntico ao que fiquei no Sofitel | Foto: Divulgação Sofitel

Áreas comuns

Minha parte preferida desse hotel com certeza foi a piscina! Ela é imensa e está bem ao centro do prédio principal, circundando toda a propriedade. Além da estética, piscinas em Cartagena são um caso de sobrevivência – não à toa quase todo hotelzinho tem uma. Como faz muito calor durante o dia, é bem difícil fazer qualquer coisa que não seja ficar de pernas para o ar (ou melhor, na água) se refrescando.

A infraestrutura também favorece: o bar da piscina também fica ali à disposição para os melhores drinks e snacks, não precisando sair de lá nem para almoçar.

Restaurantes

Bar da piscina: serve drinks e snacks e funciona da abertura ao fechamento da piscina

El Claustro: Informal, serve café, almoço, jantar e chá da tarde.

1621: Requintado e um dos mais premiados de Cartagena, recomendo a visita mesmo para quem não está no hotel. Reservas são obrigatórias, faça-as com antecedência e solicite uma mesa na área externa (jardim).

O café da manhã pode ou não estar incluído na reserva, no meu caso, não estava. Mesmo assim, paguei o equivalente a 70 reais para ter o café da manhã completo no El Claustro e valeu cada centavo. O café também abre ao público externo e é uma ótima alternativa para fazer uma refeição bem completa sem precisar gastar muito.

Bem-estar

Spa e academia completa.

O wifi cobre bem toda a área do hotel e funciona super bem.

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Diárias a partir de R$1200,00

Épica House Luxury Hotel ★★★

Como mencionei anteriormente, cheguei na cidade para ficar dois dias e prolonguei a estadia para uma semana! Amei ter ficado no Santa Clara (impossível não gostar), mas em semana de Festival de Música (leia mais abaixo), o hotel estava lotado e não consegui estender meus dias por lá.

Como a cidade é cheia de hotéis boutique, escolhi dar uma chance ao Épica House, que fica super bem localizado e tem uma proposta que me pareceu bem interessante. Trata-se de três casarões antigos que foram reformados e anexados, formando uma grande casa, mas que ainda assim, podem funcionar como locações distintas. Se você estiver em um grande grupo, por exemplo, pode fechar uma casa e terá cozinha e piscina privativa.

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Área do café da manhã | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Caso esteja interessado em uma viagem mais “calma”, penso que considere outro hotel, já que a Épica está ao lado de um clube noturno e os hóspedes que alugam a casa inteira costumam dar festas até altas horas sem que o pessoal do hotel faça nenhuma interdição.

Quartos

Há duas categorias: a Standard e a Deluxe e acabei me hospedando nas duas.

Nas duas primeiras noites fiquei na categoria Standard na casa anexa e foi um pesadelo! O quarto era pequeno, sem janelas e com um super cheiro de mofo. Para piorar, as paredes pareciam invisíveis durante a noite, quando a casa vizinha fazia festa até de madrugada e conseguia ouvir tudo! Na terceira noite fui transferida para um quarto Deluxe na casa principal e tudo mudou! O pé direito era altíssimo, com uma janela imensa que ia quase do teto ao piso e por ser no último andar, era um silêncio reinava.

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Quarto Deluxe idêntico ao que fiquei após o upgrade | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Áreas comuns

Em cada casa há uma piscina e esse é basicamente o único entretenimento disponível. Como não há restaurante, o café da manhã é servido gratuitamente no último andar da casa principal.

Alerta fraude: Logo no check-in fomos informados que o café da manhã era preparado por um chefe que elaborou um menu especial. A verdade é que não há um menu prévio e o “chefe” em questão preparou ovos todos os dias como a única opção.

O wi-fi é gratuito, mas não funciona muito bem em nenhum lugar.

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No geral achei o hotel lindo, mas é um custo-benéficio que simplesmente não compensa. Reservando com antecedência, se encontra hotéis-boutique melhores e pelo mesmo valor.

Diárias a partir de R$$460,00

O que fazer

Compras

Esmeraldas: É tanta loja que acaba sendo difícil escolher. Achei o preço MUITO melhor em San Andrés, então se você também está indo para lá, é melhor se conter em Cartagena. Em Bogotá também tem um Museu de Esmeraldas com uma loja, acredito que também seja mais em conta.

Callejon de los Estribos: Extensa rua onde estão as principais lojas e um dos melhores lugares para comprar a famosa Wayu bag.

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Dica: Os preços da Wayu variam de acordo com o material, estampa, cores e tamanho, portanto, pesquise bastante! Comprei a minha por US$35, mas vi por até US$85.

Las bovedas: Uma construção toda em arco onde cada porta é uma lojinha. Tem de tudo, inclusive muitas esmeraldas.

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Carrinho de drinks de café em frente a Las Bovedas

Abaco libros: Uma pequena livraria que também é cafeteria. É uma delícia para passar as horas e comprar alguns exemplares em espanhol – Para quem gosta de Gabo, eles têm praticamente todos os títulos!

Pela cidade

City Tour: Cartagena é um lugar cheio de história e ter um guia ajuda muito entender as coisas e “ligar os pontos”. Há opções de tours em grupos e até mesmo um ônibus hop on, hop off, como em toda boa cidade turística, mas se puder, recomendo mesmo fazer com um guia particular, que além de ir no seu ritmo, pode customizar a experiência.

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Portas de Cartagena

Anualmente a prefeitura premia a varanda mais decorada do Centro Histórico. Assim, é comum encontrar as famosas e coloridas casinhas por todo o canto, o maior cenário aberto para turistas.

Igrejas: Para quem gosta de arte Sacra, as catedrais de Cartagena dão um show a parte. As principais são: São Pedro, Santo domingo e La Catedral.

Museus: um prato cheio para quem gosta de cultura, a visita aos prédios históricos é imperdível. Fora do eixo turístico do centro, o Castelo de San Felipe de Barajas construído para proteção durante as frequentes guerras no “novo mundo” é um must do. Vá bem cedinho pela manhã para evitar o calorzão e a lotação. Já na Cidade Amarulhada, se você gosta de arte, separe uma horinha para conhecer o Museu de Arte Moderno, onde a entrada é gratuita. Por fim, mas não menos importante, o Palácio da Inquisição, onde costumava funcionar o tribunal do santo oficio.

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Castillo San Felipe de Barajas

Existem alguns pequenos “museus de esmeralda” espalhados por Cartagena, mas não se engane – eles não passam de lojinhas onde na entrada, tem alguma explicação. Por curiosidade visitei o que fica em Bocagrande, o maior deles. Nele, fiz um tour guiado que mostra o processo de lapidação e as principais variedades espalhadas pelo mundo.

Tour Gabriel Garcia Marquez: Não fiz, mas queria muito ter feito. Uma das coisas que me deixou bem chateada é que a antiga casa de Gabo é uma residência privada e não está aberta a visitação. Como uma alternativa, algumas agências oferecem um tour guiado onde são detalhados os lugares que fizeram parte da história do autor pela cidade.

Festival Internacional de Música: Anualmente, em janeiro, Cartagena recebe o Festival de Música Clássica. Os concertos estão espalhados em várias locações, e claro, os mais tradicionais (como o que acontece no Castelo de San Felipe Barajas) esgotam antes, então é bom comprar com antecedência. As vendas normalmente abrem em meados de novembro. Comprei meu ingresso logo que cheguei na cidade para Estive assistir um concerto de música mexicana e colombiana, mas quase tudo já estava esgotado.

Noite: O que não falta são atrações noturnas, a maioria funcionando de quarta a sábado a partir das 22h da noite. Recomendo o Bazurto Social Club e o Café Havanna

Bairros

Beeeem resumidamente, podemos dividir Cartagena geograficamente em três principais bairros.

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Cidade amuralhada: É o que muita gente chama de Cartagena propriamente dita: Turistica, histórica, Patrimônio da Unesco. Acho que vale muito a pena se hospedar por aqui e ter aquela magia ao acordar de manhã que só Cartagena traz. Um milhão de lojas, hotéis, restaurantes e atrações… é bem difícil ficar entediado por aqui.

Getsemaní: Famosa pela boêmia, aqui estão a maioria dos bares e alguns bons restaurantes. No passado, pertenceu à área murada, sendo hoje vizinha do que conhecemos com o Centro de Cartagena. A principal atividade aqui com certeza é a vida noturna e um ponto super positivo é que é fácil se deslocar à pé até a cidade Amarulhada.

A rede Four Seasons está construindo em Getsemaní o hotel que será o mais luxuoso de Cartagena.

Bocagrande: É a cidade nova, algo como um Porto Madero em Buenos Aires. Por aqui, estão os prédios mais modernosos e é onde fica a costa, propriamente dita. Funciona bem para viagens corporativas e/ou se você gosta de se hospedar em grandes redes, como os hotéis Hilton.

Leia mais: Buenos Aires e o Elton John que nunca aconteceu

Praias

Você pode até arriscar ir em uma das praias da cidade, não é ruim, mas também não é maravilhosa. A areia e a água escura, de origem vulcânica, passam longe do que se espera de uma região banhada pelo Mar do Caribe.

Para apreciar o clássico cartão-postal caribenho, visite uma das ilhas que formam o arquipélago.

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Isla del Rosário

Islas del Rosário: Relutei em fazer esse passeio, afinal já tinha passado 6 dias em San Andrés, mas como estendi minha estada em Cartagena, acabei indo à Praia Blanca, uma das que formam as Islas del Rosário. Ao comprar esses tours, normalmente a agência reserva um clube de praia onde você passará o dia com uma infraestrutura legal e almoço incluído. Saí do hotel na Cidade Amuralhada às 8h e voltei às 17h, ou seja, vai o dia inteiro. Vale se programar direitinho e se tiver um tempo livre, conhecer uma das ilhas.

Leia também: Cartagena – Gastronomia democrática

O que levar na mala  

Protetor Solar, repelente, roupas de banho (biquíni, sunga, etc), chapéu e roupas muito leves.

Sobre mosquitos: Não vi muita gente dando atenção aos mesmos, mas vale ressaltar a importância do repelente, especialmente para quem viajar na época das chuvas ou para os day tours às ilhas anexas.

Quanto custa

Por ser a cidade mais turística da Colômbia, não é a mais barata. Se por um lado tudo é feito a preços turísticos, por outro a cidade oferece muita opção, e baratear ou encarecer a estadia, dependerá definitivamente das escolhas que você fizer. Para quem está acostumado com Estados Unidos/Europa, diria que é uma viagem bem em conta.

Custo geral $$ (barato)

 

 

 

 

MARAGOGI: O CARIBE BRASILEIRO

No último fim de semana embarquei na minha primeira aventura balzaquiana: completar 30 anos em Maragogi (AL), o Caribe brasileiro.

Todos os anos faço o possível para passar o meu aniversário próxima à natureza. Morando em São Paulo, essa decisão é definitiva na hora de começar “meu ano novo particular” com o pé direto. Ano passado viajei às Chapadas dos Veadeiros e foi uma das experiências mais energizadoras da vida. Neste ano, só tinha certeza que queria estar próxima ao mar e o destino me levou a Maragogi, a estrelada cidade em Alagoas, mundialmente conhecida como o “Caribe Brasileiro”.

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Praia particular para a aniversariante em Maragogi (AL)

Como chegar:

A 120 km de Recife e a 130 km de Maceió, Maragogi está a 2h de distância de ambas as capitais,  não importando muito em qual aeroporto pousar. Para quem vai com mais tempo, recomendo descer em Recife, já que há mais opções culturais na capital pernambucana, assim como na vizinha, Olinda. E para quem só quer saber de praia, ainda dá para emendar com Carneiros e Porto de Galinhas. Uma última razão: o Aeroporto de Guararapes (Recife) oferece maior estrutura e mais voos, o que além de nos dar mais opções de horários, costuma também resultar em preços mais amigáveis.

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A estrada entre Recife e Maragogi é a coisa mais linda!

Clima: 

Assim como no resto do nordeste, o clima é de calor o ano inteiro! Se puder escolher, vá entre setembro e fevereiro, quando chove menos.

Na minha viagem, em meados de setembro, a temperatura variou entre 23 e 30 graus, mas a sensação térmica é agradável já que venta MUITO!

Onde ficar:

Contrariando todas as estatísticas que levam os turistas às Salinas de Maragogi, o melhor resort do Brasil, queria mesmo era começar meu ano novo longe de badalação e famílias, na maior calmaria possível.

E na busca do meu refúgio encontrei um hotel boutique dos mais intimistas onde já fiquei na vida: o Praiagogi. A descrição usada pelos donos como o menor hotel de charme de Alagoas, não deixa dúvidas: são apenas seis suítes, exclusiva para adultos e um aconchego tão grande que mais parece que você está em uma casa cercado de amigos e família.

Dica: A pousada é super popular entre casais em lua de mel!

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Praiagogi: vista aérea

Logo na chegada, uma boa surpresa: fomos recebidos com espumante pela Fernanda, a dona da pousada, que gentilmente nos conduziu a todos os espaços da pousada, nos levou à praia, explicou sobre a maré e nos deixou no quarto já com um presente: uma garrafa de vinho e um cartão como cortesia ao meu aniversário.

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E por falar em quarto: UAU! Parecia que tinha caído no Pinterest, rs. Pequeno, aconchegante, simples e super, mas super bem decorado.

Todos os espaços milimetricamente pensados: o banheiro ao fundo, separado por uma porta de vidro (não se preocupem, a privada fica totalmente isolada por uma parede de concreto ao canto), diversas fontes de iluminação – incluindo luzes embaixo da cama – e varanda com rede, separada pela porta azul turquesa linda de viver.

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Coisa linda de viver essa porta!

Dentro do próprio quarto há também uma garrafa de água cortesia, uma máquina de Nespresso e diversas cápsulas (o consumo de duas delas são também cortesia), mini bar com bebidas cobradas à parte, TV/DVD e amenities L’Occitane.

Na área comum, há wi-fi gratuito, uma pequena biblioteca e DVDteca, piscina com borda infinita e muitas espreguiçadeiras.

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Na varanda do quarto
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Área de lazer comum: livros e DVDs

Tudo isso com um restaurante incrível, ótimo atendimento e essa vista:

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Recomendo MUITÍSSIMO a pousada para quem quer curtir o nordeste na maior paz e ser muitíssimo mimado por todo o staff!

Tanta exclusividade tem seu preço: os poucos quartos esgotam rapidamente! Recomendo fazer a reserva com a maior antecedência possível – para esse ano, por exemplo, eles já estão lotados!

Diárias a partir de R$760,00 (com café da manhã e jantar).

O que fazer

Galés de Maragogi 

Maragogi é famosa pelas águas cristalinas e piscinas naturais. Grande parte do sucesso vem da maior formação de corais do brasil, as Galés. Esse com certeza é o passeio mais tradicional da região.

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Imagem: Wikipedia

Ao lado da Praiagogi, sai um catamarã diariamente com direção às Galés, numa viagem que dura cerca de meia hora. Chegando lá, são mais uma hora, uma hora e meia de aproveitamento. Há aluguel de snorkel para quem quiser fazer.

Apesar de ser super popular, eu acabei não indo às Galés por várias razões:

  • Falta de tempo: tinha apenas dois dias e gastaria uma manhã apenas para visitar os corais
  • Os passeios acontecem quando a maré está bem baixa, o que em Alagoas significa estar no barco por volta das 7 da manhã!
  • Os barcos saem sempre lotados e se você não nada (meu caso), fica bem difícil conseguir uma boa foto
  •  Dependendo da luminosidade e das chuvas, o mar não fica tão cristalino como vemos nas fotos. Como havia chovido bastante na semana anterior, o mar estava bem mais escuro do que o normal.

Para consultar a Tábua de Marés, clique aqui

De qualquer forma, quero muito voltar com mais tempo para fazer a visita e quem estiver de malas prontas com destino à Alagoas, acho que vale a pena agendar. Os preços variam entre R$80 e R$150.

O que comer: 

Generalizações são muito complicadas quando se fala em comida nordestina. Isso porque ainda que existam elementos comum, o Nordeste é composto por nove estados, cada um com sua singularidade.

A culinária no Alagoas é marcada pelos Frutos do Mar!

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Risoto de frutos do mar do Restaurante Tuyn

Se estiver no nordeste não deixe de provar os clássicos:

  • Tapioca
  • Carne seca
  • Queijo de coalho
  • Bolo de rolo
  • Rapadura

Restaurante Tuyn 

Como estávamos em uma praia privativa e sem a menor coragem de sair de lá, fizemos as refeições no restaurante da própria pousada, o Tuyn. Além da comodidade, o restaurante está classificado como um dos melhores de Maragogi e oferece várias opções sem lactose e vegetarianas.

Os pratos que pedimos foram:

  • Badejo com arroz e purê de banana
  • Risoto de Frutos do Mar
  • Risoto de Ervas
  • Pizza de mussarela de búfala, pesto e tomatinhos
  • Delícia de Morango
  • Muitos sucos e água de coco
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Pizza com uma bela vista!

Tudo estava impecável!

Na noite do meu aniversário, ganhei de sobremesa um bolo de chocolate incrível! Nem gosto muito de chocolate, mas esse bolo estava tão bom que comi quase inteiro, rs.

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Vale lembrar que o café da manhã e o jantar já estão inclusos na diária!

E o café da manhã é servido a qualquer hora: acordou, eles oferecem uma cesta de pães e bolos (acompanhado por manteiga, geleia, mel e frios), um prato de frutas e as bebidas e qualquer adicional são pedidos sem custo à la carte – Pedi tapioca, ovo mexido, suco e café.

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Muito, muito pão no café da manhã, rs

E todos os dias no fim da tarde também é servido como cortesia um cafezinho com bolo.

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O maior capricho no café da tarde

Resumindo: difícil passar fome por aqui, rs

Custo geral: $$$(moderado)

PUNTA PARA INICIANTES

Já estive em Punta várias vezes, mas resolvi reunir aqui o essencial para você que está de passagem pelo Uruguai e talvez, não tenha muito tempo.

Punta fica na região de Maldonado, no Uruguay, país que fica aqui do ladinho da gente, e que tem pouco mais de 3 milhões de pessoas. SIM. Difícil ser parâmetro para uma nação gigante como o Brasil.

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Ao falar do Uruguay, resolvi não começar falando da capital, Montevideo, porque apesar da proximidade com o Brasil, ainda é um lugar que os brasileiros ficam relutantes em conhecer. Já ouvi muito “não tem nada pra fazer no Uruguay”, “Montevideo é para aposentados” e por aí vai. Claro, essas afirmações não são em vão. A população (assim como no resto do mundo) está envelhecendo e os jovens, vendo poucas oportunidades no pequeno país, acabam migrando para os países vizinhos. Em um outro post posso comentar da minha experiência na capital, mas vamos voltar ao foco.

Como muita gente ainda enxerga Punta como capital do entretenimento e luxo na América do Sul, vamos falar um pouco mais dessa cidade, que é muito mais do que mostra o programa do Amaury Jr.

Como chegar

Avião: O modo mais fácil é chegar via avião pelo aeroporto local, que fica na região de Maldonado,  há uns 20km do centro de Punta. Existem voos diários e diretos saindo do Brasil pela LATAM e pela Azul.
Carro: Uma opção mais em conta, é descer em Montevideo e dirigir ou pegar um ônibus até punta. Se você optar por alugar um carro e tiver mais tempo, separe um tempo para algumas paradas estratégicas no caminho como a Piriápolis e Punta Ballena
Barco: Você também pode optar pelo Buquebus. Saindo de Buenos Aires (com “conexão” em Colonia ou Montevideo) dura por volta de 5h, ou de Montevideo direto. É uma viagem supertranquila, você pode levar seu carro, tem lanchonete, bar e free shop.

Spotify: Quer deixar a sua viagem mais animada? Escute a nossa playlist exclusiva!

Clima

Bem típico uruguayo: calor suportável entre dezembro e março (entre 28 e 35 graus Celsius) e frio no resto do ano, atingindo o pico entre junho e julho (que pode chegar bem próximo a zero). E, independentemente da época, venta muito o ano inteiro.

Língua

Espanhol, com algumas variantes do espanhol falado na América Platina (Área que cobre Paraguay, Uruguay e Argentina).

O povo

Super amigável e receptivo, é com certeza um dos pontos altos da viagem. Você tem a sensação de estar numa vila, mesmo estando na capital. Em punta, tem mais um plus: por ser uma cidade que vive essencialmente no verão e de turismo, o atendimento em todos os estabelecimentos é muito bom também.

Transporte

A minha sugestão, caso você queira passar mais do que uma noite, é alugar um carro. Existem poucos táxis na região e o transporte público é bem escasso também. Se você se hospedar no centro, é possível fazer praticamente tudo a pé, mas o entorno da região também é lindo e é um desperdício pular algumas praias mais afastadas.

Onde ficar

Dessa vez, diferentemente das outras, resolvi ficar em hotel. Escolhi o 20 Hotel pela localização e preço. Fica entre as ruas 27 e 20 (daí que vem o nome) e é relativamente novo. No Tripadvisor vi pouquíssimas resenhas e resolvi me arriscar pelo que o próprio site do hotel mostrava. Não me arrependi. Os quartos apesar de pequenos são bem espaçosos e claros e o serviço do hotel é ótimo. O café da manhã é bem simples, típico uruguayo (cheio de medialunas que amo tanto <3) e farto. Ah, um detalhe importante: tem estacionamento gratuito.

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20 Hotel – Foto: divulgação

Outra hospedagem em Punta, que já usei diversas vezes, é Airbnb – normalmente sai mais em conta e tem muita opção disponível.

Quer sossego? Corre pra Jose Ignacio! Uma das minhas regiões favoritas no litoral uruguayo, a área é famosa por abrir casas de famosos que querem fugir da agitação de Punta. As opções de hotéis em Jose Ignacio são super limitadas, então se joga no Airbnb!

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A 30km de Punta, Jose Ignacio é só amor

Tá rico e quer conforto? Duas opções ótimas: O famoso Conrad, que fica à beira-mar, bem no meio do fervo e o Fasano Las Piedras, que fica mais afastado, para quem quer uma experiência de luxo e natureza, ao mesmo tempo.

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Conrad Hotel & Casino

O que comer 

Da culinária uruguaya, alguns itens não podem ficar de fora. São eles:

Chivito: O prato mais tradicional, na verdade é um sanduíche gigante que tem tudo dentro. O mais próximo que temos disso é o famoso x-tudo brasileiro. Existe em diversas versões (até vegetariana).

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Chivito, o X-tudo uruguayo

Medialuna: Croissant com uma caldinha de açucar (NHAMI)
Buñuelos: São bolinhos fritos, bem parecidos com os nossos bolinhos de chuva, mas por lá eles também existem em versões salgadas.
Alfajores e Dulce de leche: Famosos em toda a região platina, parece óbvio, mas não é. Não deixe de provar todas as variações possíveis. Meus favoritos? O Alfajor caseiro de Maicena e Vauquitas, um docinho de doce de leite argentino, mas fácil de ser encontrado no Uruguay.
Heladeria Freddo: Temos aqui no Brasil também, mas se estiver no verão em Punta, não deixe essa chance passar! Em quase todas as esquinas tem um Freddo!

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Curiosidade: Apesar da culinária uruguaya ser bastante popular pela sua carne, o Uruguay, muito diferentemente da Argentina, tem opções vegetarianas de quase todos os pratos em quase todos os lugares mais turísticos.

Os restaurantes

Na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina da revista Restaurant, o Uruguay tem dois no ranking, ambos na região de Maldonado: um em Punta e outro em Jose Ignacio. Em Punta, o La Bourgogne ocupa a posição 46 da lista com culinária tipicamente francesa e em Jose Ignacio, o classificado em 23, é o Parador La Huella. Nesta minha última visita, tive a chance de dar um pulo em Jose Ignacio para um late lunch e foi uma experiência bem inesquecível.  

parador casa pueblo
Restaurante pé na areia em Punta del Este

As opções? Além de carne, obviamente, vegetais e gaspacho de entrada e drinks!

Outra opção também fora da cidade, é a paradinha estratégica na Casapueblo, que fica em Punta Ballenas. O hotel-museu tem um restaurante delicioso que vale um almoço, o Las Terrazas.

casapueblo
Casapueblo

No meu caso, foi mais uma pitstop para um lanchinho no caminho para Punta.

lanchinho casapueblo
Lanchinho à beira-mar

Quanto custa

Para os padrões sul-americanos, Punta está um pouco acima da média nos quesitos hospedagem, alimentação, etc. Ainda assim, por estar muito próxima ao Brasil e ter voos relativamente baratos, não é uma viagem impossível de fazer. Sempre há opções mais em conta, principalmente com relação à hospedagem. Uma dica, se você gosta mais de sossego é se hospedar em Jose Ignacio (que também é mais barata) ou ainda em Montevideo (e fazer um bate-volta até o litoral).

Custo:  $$$(moderado)

OS DIAS EM EXUMA

Leia também: Um sonho chamado Bahamas 

Leia também: My Atlantis Experience

Poucas sensações são mais gostosas do que a nostalgia de olhar fotos antigas de viagens. Quando pensei em finalizar a trilogia sobre as Bahamas e peguei as fotos de Exuma, só quis ser teletransportada pra lá novamente. Nenhuma das fotos que eu colocar aqui vai traduzir a realidade e já adianto: essa foi a minha parte preferida da viagem.

Exumas está dividido em Great Exuma, Little Exuma e The Exuma Cays, sendo a esta a minha escolhida.

Como tiver pouco tempo pra explorar a região, acabei pegando um roteiro clichê, passando pelas principais ilhotas da região.

sandbank
Crystal Clear water
Como chegar
O jeito mais simples de chegar por lá é via EUA, assim como em qualquer lugar das Bahamas. Exuma tem um aeroporto internacional, mas como eu já estava nas Bahamas e queria um roteiro mais intimista, pousei no “aeroporto” local, em Staniel Cay.
E a chegada foi, com certeza, a parte mais complicada da viagem. Como fechei todo o roteiro com uma agência, em nenhum momento imaginei que chegaria na ilha num microavião – das curiosidades que pouca gente sabe: tenho PAVOR de avião. Quando chegou na hora do embarque e vi aquela micro-máquina voadora, pensei fortemente em desistir. Mas me apeguei na vontade de conhecer umas praias isoladas, e fui.
Fiz o voo com a Flamingo Air, saindo do aeroporto internacional de Nassau, mas sei que também possível voar com a WatermakersAir.
Apesar do medo inicial, eu sugiro pra todo mundo que tem a oportunidade de ir para as Bahamas de fazer um voo local. O avião não voa muito alto e você consegue ver todas as ilhotas no caminho e seus ina-cre-di-tá-veis bancos de areia – uma praia no meio do oceano!
view from the plane
Vista bem mais ou menos
pilots
Fui assim, do ladinho do piloto, rs
Curiosidade: o nome Bahamas vem do espanhol, Baja Mar, exatamente por ser uma arquipélago cheio de bancos de areia. 
O povo
Como falei no post inicial das Bahamas, todo mundo é muito receptivo, afinal, é um país que vive de turismo. De qualquer forma, devo fazer uma observação, em especial para Exuma Cays: as ilhas são praticamente todas vazias. Soube que vive, em TODA a região, apenas 118 pessoas.
Transporte
Basicamente, áquatico. Há diversas empresas que fazem os passeios ou você pode alugar seu próprio barco
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Nosso “estacionamento”
Onde ficar
A região de Staniel Cay é famosa pelas mansões hollywoodianas. Vários atores construíram seus paraísos paralelos na região e David Copperfield, foi até mais longe: construiu uma ilha mesmo, só pra ele, rs.
Toda essa privacidade, obviamente encarece bastante a estadia. Para se sentir em casa, você pode alugar um cantinho para chamar de seu! A Staniel Rents tem várias opções, para todos os gostos (e bolsos).
                                                                                     *
O que fazer
Além de simplesmente existir e agradecer por estar ali, cercado de uma das águas mais cristalinas do mundo, tem alguns passeios imperdíveis para quem está na região:
Big Mayor Cay: Pig Beach
Você já deve ter visto em algum Instagram da vida uma foto de porquinhos nadadores em águas crystal clear (como eles se referêm às águas cristalinas). Até então, eu achava que era mentira, mas os tais porquinhos nadadores, existem mesmo. Ninguém sabe ao certo como eles foram parar ali, e tem várias histórias, que vêm desde a época da colonia (Bahamas foi colônia inglesa e se tornou independente em 1973, apesar de ser uma monarquia constitucionalista, isto é, governada pela rainha da Inglaterra). A única certeza que se tem, é que os tais porquinhos não só se adaptaram muito bem (aprenderam a nadar, vivem bem embaixo do solzão e esperam famitos qualquer barquinho que se aproxime – eles ficaram condicionados a pegar comida dos turistas).
pigs
Allan Cay: Iguana Beach
Menos interessante que a atração anterior, aqui você pode alimentar e ver Iguanas passando de um lado pro outro, como se não houvesse amanhã, numa ilha completamente inabitada. Sei que existem praias com iguanas em outros lugares do mundo, então esse passeio acaba sendo um pouco menos “exclusivo”.
iguanas
Compass Cay: Pet Sharks
Por algum motivo – que ainda não entendi muito bem – começaram a tratar tubarões como animais de estimação nessa área e eles ficaram por ali, todos inofensivos e carinhosos (até que se prove o contrário), esperando alguém jogar uma lata de atum. Você pode ficar no deck os alimentando (sim, eles vêm até você!) ou se quiser dar uma amenizada no calorão, é só pular na água e nadar com eles.
petsharks
Eles praticamente saem da água pra pegar comida
me feeding sharks
Enfim, vamos lá né? Aula de como alimentar um tubarão
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Onde comer
Não posso dar muitas sugestões porque acabei fazendo todas as refeições no iate que alugamos ou, em terra, no Yatch Club. Acredito que as opções pelas ilhas que passei, diferentemente do que acontece em Georgetown, são bem restritas.
breakfast
café da manhã with a view
Quanto custa
Como a região de Exumas Cays é famosa pela exclusividade, pouquíssimos hotéis e casas de luxo à beira-mar, voos pequenos que só operam localmente e necessidade de um barco privativo para ir de um canto a outro, com certeza é um dos passeios mais caros que você pode fazer nas Bahamas.
Uma opção mais em conta, se você tiver mais tempo, é ir pelo Aeroporto Internacional em Georgetown e se hospedar em Great Exumas – ainda assim, um barco será essencial se você quiser partir para uma daytrip em Exuma Cays.
Custo geral $$$$$(muito caro)

 

MY ATLANTIS EXPERIENCE

:: No último post, contei em linhas gerais, como foram os meus #bahamiandays e, claro, não poderia deixar passar os detalhes da estadia :: 

Leia mais: Um sonho chamado Bahamas

O Atlantis Bahamas é um mundo, e acho que merece um post com as minhas experiências nesses dias mágicos de férias. A ideia central deles, é retratar a cidade perdida de Atlântida, com arquitetura pitoresca e muita extravagância por todos os cantos.

É praticamente a única opção de estadia em Paradise Island e fica a mais ou menos, meia hora do Aeroporto Internacional de Nassau e uns 15min de barco até o centro de Nassau.

Importante: Todas as informações, mapas (sim, você vai se perder no primeiros dias), reserva de jantar e consulta da conta, você consegue fazer pelo app. Baixe antes de viajar! 

O hotel escolhido

O resort possui 5 opções de estadias:  Beach Tower e Coral Towers (econômicos),  The Reef e The Cove (luxo) e o Royal Towers, o mais tradicional, que aparece em todas as fotos e também minha escolha para esse dias.

Em termos de localização dentro do complexo, o Royal Towers ganha em relação aos outros hotéis por ser bem centralizado e ser o prédio que abriga o Cassino, o Aquário-museu (The Dig) e boa parte das atrações do parque aquático, como o famoso tobogã que todo mundo conhece. Por ser bem central, é onde fica a maior concentração de famílias e também onde as esteiras da piscina ficam mais lotadas.

No meu quarto, da categoria Regal Suites, tinha 90m², uma pequena varanda e vista para a praia de Paradise Beach. No quarto, além dos amenities clássicos de banheiro, tínhamos também frigobar e máquina de café/chá, duas garrafas de água gratuitas por dia e wi-fi.

vista do quarto
Vista do quarto

O que fazer 

Aquaventure: É o parque aquático do Atlantis e com certeza, sua maior atração. Tem piscinas e tobogãs para todos os gostos.

under water
Cercada por água e mais água

Compras: Se você tem dinheiro, meu caro, o céu (ou o Atlantis card) é o limite! Tem muita opção de compra no hotel e, ainda que você não queira comprar nada material, não se preocupe, porque praticamente para todos os serviços inclusos, tem uma opção VIP que você pode pagar a parte. Tem piscina que é privativa, bangalô na piscina pra quem não quer se misturar com a ralé nas esteiras, e por aí vai. Isso sem falar das excursões, Dolphin Cay e por aí vai. Junte tudo isso ao fato ter um shopping tax free com MACGucci, DFV…etc.

Praias: O Atlantis fica basicamente localizado às margens da Paradise Beach (que ocupa grande parte dos entornos do hotel) e de Cove Beach (na região do The Cove). Na primeira, o mar é mais agitado, tem bastante gente oferecendo passeios de jet ski e tranças para os cabelos. Já em Cove Beach, tanto o mar quanto a praia em si são bem mais tranquilos, as esteiras são menos procuradas e mais confortáveis (#ficadica).

Cassino: Fica no prédio do Royal Towers e tem opção (e jogo) para tudo o que é serumaninho. Ah, não sabe jogar? Fica tranquilo! Tem aulas de jogos diariamente também (não falei que eles pensam em tudo?!)

Dolphin Cay: Com certeza minha atração preferida. Um dos pontos altos da minha viagem foi nadar com os golfinhos. Fiz a experiência Shallow (o nado acontece numa área bem rasinha) e é a coisa mais linda de se ver os golfinhos abraçando e se esfregando em você. O que não foi a coisa mais linda do mundo, foi ter que pagar quase 100 dólares por 6 fotos digitais…

dolphin cay
Clap your hands say yeah

Spa: O Mandara Spa também tem as mais diversas opções de massagem, serviços de salão e etc. Se você se estressar com toda essa coisa de praia/piscina/comer demais…é uma opção. Confesso que acabei não indo, até porque na semana seguinte, viajaria pra um Hotel Spa no Texas, e deixei pra relaxar quando cheguei nos EUA.

Parede de Escalada: Uma parede de escada outdoor. Durante o período que estive no hotel, não estava funcionando.

Academia: Super equipada (super mesmo). Sala de musculação, de spinning, de pilates, piscina com raias, vestiários, sauna…e mesmo assim não me animei em colocar o tênis e fazer alguma coisa. Juro que fui até a porta, mas lembrei que tinha um Ben & Jerry’s por ali, aí já sabe…rs

Baladas: Festinhas por aqui também não faltam.  Aura, Moon e o Dragon’s são as opções noturnas. Durante o dia, a festinha mais topzera acontecia na piscina do The Cove, privativa, apenas para quem estava hospedado lá. Lembrando, que diferentemente do Brasil, não existe essa coisa de ver o sol nascer na balada. Normalmente, os clubes fecham por volta das 2h…o Aura, fica aberto até mais tarde (fecha às 4h, e quando digo FECHA, é fecha mesmo haha).

Onde comer 

Opção para comer é o que não falta: São 21 restaurantes e 19 bares!  As opções estão separadas em Refeições finas, Refeições informais, cafés e lanches rápidos e bares.

Os restaurantes que visitei foram:

Refeições finas: 

Café Martinique: Meu preferido. Restaurante francês que acabei indo por acaso, em uma das idas frutadas (sem reserva e consequentemente, sem mesa) à Casa D’Angelo (abaixo). O cardápio francês é bem adaptado, pedi uma sopa e uma salada e meu namorado escolheu alguns aperitivos que dividimos, estava tudo uma delícia!

Casa D’Angelo: Com certeza a maior expectativa x decepção. Queria muito ir neste restaurante desde o primeiro dia e nunca conseguia reservar. O sistema deles (e do app) estava fora do ar e no fim, acabei conseguindo uma reserva na última noite. Tinha gnocchi (minha comida preferida) que parecia imperdível. No fim, O tal do gnocchi nem era tudo isso e meu estômago estranhou muito o tempero, mas a atmosfera é ótima, as sobremesas são ótimas e claro, a sua escolha, diferentemente da minha, pode valer a ida.

Olives: Restaurante de comida mediterrânea que escolhi para jantar no dia 31 antes de ir para a festa na piscina. Fica dentro do Cassino, no prédio do Royal Towers e consegui reservar na própria tarde do dia 31. A comida é uma delícia, carta de vinhos interessante e apesar do barulho que tava, por ser uma noite comemorativa, era possível conversar com o mínimo de dignidade.

Refeições Informais:

Mosaic: Restaurante do The Cove com o buffet de café da manhã mais surreal que já vi na vida! Era tanta opção de comida, que nem sabia por onde começar! Acho que funciona para o jantar também, mas tenho que recomendar o café da manhã deles. Sai uns 60 dólares por pessoa, mas você vai comer MUITO. Prepare-se.

Poseidon’s table: Outro que acabei indo só para o café da manhã, mas que também vale a pena. O preço também é por pessoa e saí uns 45 dólares por pessoa, também em estilo buffet. Fui duas vezes, porque apesar de ter menos opção, gostei mais do que do Mosaic e era mais fácil o acesso: também fica no hall do Royal Towers.

Bimini Road: Restaurante/bar todo bonitinho que fica na Marina e tem como tema a culinária típica. Como passei a maior parte do tempo no Atlantis, achei que seria uma boa opção para provar a comida bahamense. Foi lá que provei os famosos conchs (e que não gostei, rs) e que me diverti com a música local ao vivo, nos finais de semana.

Cafés e lanches rápidos:

Starbucks: A loja principal fica na Marina, mas sempre tinha um quiosque de Starbucks no meio do caminho. Muitas vezes, era meu café da manhã: um muffin, café e suco de maça, que acabava tomando na piscina.

Ben&Jerry’s: Maníaca por sorvete que sou, passei por aqui diversas vezes. Perto das piscinas centrais tem um quiosque, mas a loja fica na Marina Village.

Platos: Provavelmente o lugar que mais visitei: ficava no  hall do Royal Towers, bem pertinho do elevador, e era ótimo para uma refeição rápida, no melhor estilo “to go”. Às vezes pegava um sanduíche ou um croissant + uma bebida para almoçar ou um parfait de iogurte com frutas para o café da manhã.

Beach Bites: Bar perto da piscina central que sempre fazia meu “almoço”: quase sempre um wrap vegetariano, chips e algum suco.

Vale lembrar que em todos os prédios tem lojinhas de conveniência, que também são uma opção para quem quiser comprar alguns snacks para comer durante o dia.

Para quem quiser comprar algumas refeições com antecedências, existem os dining plans, que podem valer a pena se você quiser fazer todas as refeições em restaurantes. Como eu sempre optava por fazer uma refeição decente (jantar), passar o dia na piscina comendo snacks e tomar café da manhã de vez em quando, não compensava para mim.

Qualidade do sono

Apesar de toda a movimentação, o quarto era super silencioso. A única noite que ouvi alguma coisa, foi na noite do reveillon, já que rolou uma festa na piscina a partir das 18h do dia 31. Na hora que voltei para o quarto, umas 2 da manhã, o vuco-vuco já tinha acabado e consegui dormir em paz, sem nenhum problema.

Preços

Os preços são variáveis, dependendo da estadia que você escolher e do estilo de viagem que você fizer. O gasto com alimentação pode ser alto, assim como as atrações que você pode comprar e que não estão incluídas na estadia.

Diárias a partir de R$1500,00

DAY PASS: Se você estiver de passagem pelas Bahamas em um dos cruzeiros que cortam a região, saiba que você pode aproveitar o Atlantis, mesmo sem dormir.  Você pode comprar um daypass e aproveitar todo o lazer que o Resort oferece!

 

UM SONHO CHAMADO BAHAMAS

Sol o ano inteiro, areias branquinhas e a água mais azul que já vi: as Bahamas são mesmo um sonho!

Passar uns dias numa ilha perdida, sempre foi um sonho tão distante, não é mesmo? NÃO, obviamente não. No fim do ano tive a oportunidade de passar o réveillon em uma ilha (ou seriam ilhas?!): nas Bahamas. A viagem durou cerca de 9 dias e passou por Nassau, Paradise Island e Exuma.

mapa-bahamas

Como chegar 

As Bahamas estão ali do ladinho dos EUA, mais precisamente de Miami, de onde sai a maioria dos vôos. Trata-se de um conjunto de mais de 3000 ilhas, sendo que o destino principal, o aeroporto internacional (NAS), fica em Nassau. Outro jeito de chegar por é através dos diversos cruzeiros que passam por ali. 

A economia do país gira em torno do turismo, ou seja, infra-estrutura para americano ver. Inclusive, são os norte-americanos a maior parte dos turistas da região – o que se explica pela proximidade e pelo clima, que é bem agradável na maior parte do ano.

Importante: Brasileiros não precisam de visto, mas precisam de vacina de febre amarela. Não esqueça de tomar a vacina com pelo menos 10 dias de antecedência e registrá-la no Certificado Internacional de Vacinação.

Clima

Coisa linda de viver esse clima das Bahamas, viu? Cerca de 310 dias do ano, faz sol, e mesmo no inverno, a temperatura é ótima e não varia muito.

Viajei em janeiro, inverno no hemisfério norte, e a temperatura oscilava entre 28 e 24 graus Celsius. Durante a noite, a sensação térmica cai um pouco e às vezes precisava de um casaquinho, mas nada desconfortável. Durante o dia, até quando a previsão do tempo avisava que estaria nublado, às 10 da manhã já estava sol.

Língua 

Inglês – com o sotaque britânico, rs

Moeda 

A moeda local, o dólar bahamense, tem o mesmo câmbio que o dólar americano. Alias, em nenhum momento vi uma nota da moeda local. O dólar americano é bem aceito em todos os estabelecimentos (menos no hotel que fiquei, que só trabalhava com cartões de crédito para todas as transações).

Leia também: My Atlantis Experience

O povo

Ô povo que gosta de puxar uma conversa, viu? Se prepare porque o pessoal gosta de falar, rs! Brincadeiras à parte, o povo é super acolhedor e todos os motoristas deram dicas sinceras e úteis (o motorista do táxi que peguei no aeroporto, parecia mais um guia, apontando todas as atrações do caminho haha).

Transporte

Você está em uma ilha, logo…o principal meio de transporte são os barcos, rs. Mas não desanime, tem de todo tipo… Navios, escunas, lanchas particulares e até barco-táxi – que você pode utilizar pra cruzar a travessia entre Nassau e Paradise Island, por $7. Na capital, a oferta de táxis é grande e para ilhas mais afastadas, a melhor opção são os aviões locais.

Leia também: Os dias em Exuma 

Em Nassau, o trânsito pode ficar caótico nas altas temporadas. Se puder, fuja! Conheça a downtown a pé.

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Um dos diversos barcos na Marina em Paradise Island 

Onde ficar 

Meu hub nas Bahamas foi o Atlantis Resort, provavelmente a estadia mais conhecida no país. O Atlantis, mais do que um resort, é um parque aquático e conta com diversas atrações, que incluem, 23 restaurantes, piscinas, praias privativas, aquário, interação com diversos animais (arraias, golfinhos, tubarão), shopping, casino, etc.

por do sol varanda 2

Pôr do sol da varanda do meu quarto

Em geral, os hotéis não são muito econômicos. Em Paradise Island, por exemplo, praticamente a única hospedagem existente é o Atlantis. Um dos motoristas me contou durante uma das corridas, que o grande parte da receita do país vem do Atlantis, o que faz que eles tenham alguns acordos diretos com o governo (não sei se isso é verdade ou caô, mas se você souber, comenta aí e me conta)!

Esse ano, parece que sai do papel uma super obra, embargada a anos (disse o taxista, que devido esse protecionismo do Governo com o Atlantis), o complexo Baja Mar. Essa obra, feita pelo Hyatt já está dando o que falar e promete chacoalhar Nassau. Veremos.

Para hospedagens econômicas, eu sugiro um AirBnb ou algum B&B, especialmente em Nassau. Nas ilhas mais afastadas, acho que será BEM difícil conseguir algo em conta. Não encontrei hostel em nenhuma das ilhas.

O que fazer

Como mencionei acima, ficando no Atlantis você já terá bastante diversão sem precisar sair do hotel. Mas é claro, que o país oferece muitas outras atividades, como compras (Nassau é considerada uma zona livre, o que o torna um grande Free Shop, com diversas opções de compra, especialmente esmeraldas e bebidas), museus, arquitetura típica na downtown, diversos restaurantes e obviamente, todos os esportes aquáticos possíveis.

Sede do Governo e Museu Piratas de Nassau 

Para os passeios, existem diversas agências. Eu acabei fechando com a agência que ficava dentro do Atlantis, pois acho difícil se planejar para fazer tudo sozinha.

O que comer 

A região é rica em frutos do mar e traz como carro-chefe o conch, um molusco servido normalmente como entrada ou aperitivo. Outro clássico das noites bahamenses, são os drinks, em especial o Bahama Mama, uma mistura de rum, grenadina, suco de laranja e abacaxi.

Quanto custa

Essa não é das brincadeiras mais baratas. Ainda que seja possível encontrar um voo saindo do Brasil por um preço “pagável”, acho  bem complicado conseguir estadia barata e, principalmente, conseguir economizar nos passeios/comida.

Custo geral: $$$$(caro)