PRIMEIRA VEZ EM LAS VEGAS

Quanto tempo, onde ir e o que comer na capital americana do entretenimento.

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Casamento em Las Vegas

vegas sunset

Capital americana do entretenimento ou Disney para adultos, Las Vegas é a cidade mais kitsch que já visitei. Um contraste entre a ostentação americana e a dolce vita – Onde turistas oscilam entre letreiros luminosos que dão vida às longas noites e as piscinas de luxuosos hotéis, principal refresco para a ressaca e para os dias que são, quase sempre, bem quentes.

Localizada aos pés do deserto Mojave e próxima à fronteira dos estados de Utah, Arizona e Califórnia, é cercada de paisagens naturais maravilhosas, fazendo com que seja um ótimo destino para uma roadtrip.

Como chegar

No momento, não há voos diretos do Brasil. A melhor opção é voando direto de American Airlines para Los Angeles – ótima ideia incluir as duas cidades no roteiro. Ademais, Delta voa com conexão em Atlanta, Copa conecta no Panamá, e uma opção mais longa é a com a United, descendo primeiro em Chicago.

Quanto tempo ficar

Um fim de semana longo, bem planejado é mais do que suficiente. Se for esticar para o Grand Canyon, 5 dias é o ideal.

Melhor época para visitar

Para quem vai na primavera/verão, espere o clássico de Vegas: dias de calor na piscina do hotel. Já no inverno, por estar localizada no meio do deserto, faz frio de dia e de noite, e caminhar fica menos impossível. Viajei em fevereiro, e além de não precisar lidar com uma Vegas superlotada, peguei até neve – um evento comum no inverno nas montanhas das cercanias, mas super raro na cidade, mas que se você tiver sorte, pode acontecer.

Transporte

Para curtir apenas a Strip, vale a pena caminhar ou investir em Uber. Agora, se o plano é viajar para as montanhas, ir até a Califórnia ou dar um pulinho no Arizona, aluguel de carro é a melhor e mais conveniente solução. Os preços de aluguel de carro costumam ser bem em conta – aluguei o meu por 30 dólares a diária – e a maioria dos hotéis tem uma locadora própria disponível.

Atenção: Na hora de alugar, vale a pena ficar esperto sobre a política da locadora, que em Vegas costuma ser bem restrita. Evite pagar por milhas e tente retornar o carro no mesmo lugar que ele foi alugado – eu tentei devolver no aeroporto e o preço da diária praticamente dobrou.  

O que fazer

Jogar

Sim, pode ser a sua primeira vez, mas você já deve imaginar que a coisa que os turistas mais fazem é jogar. Sinto que esse é um hábito mais americano – tanto eu quanto meus amigos brasileiros temos pavor de perder dinheiro, ainda mais com a atual cotação do dólar – porém, acho que pelo menos conhecer os cassinos é um exercício válido. Para se arrepender menos, selecione uma quantia pequena de dinheiro que esteja confortável para gastar e aproveite. Gosto bastante desse artigo da CNN que lista cada os melhores cassinos por categoria.

cassino

Conhecer hotéis

Protagonistas quando o assunto é Las Vegas, o papel dos hotéis vai muito além da hospedagem. É neles que ficam concentrados os cassinos, os melhores restaurantes e as melhores lojas. Mesmo que não se hospede em um dos hotéis clássicos (como o Bellagio, Caesar ou Wynn), eles são paradas obrigatórias. Quanto à hospedagem, orçamento, nível de barulho e localização devem ser prioridade. Quer fugir do óbvio? O jornal inglês The Guardian tem uma lista com os alternativos mais interessantes de Vegas.

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Assistir a um show

Vegas não ganhou o título de capital do entretenimento à toa. Com o cair da noite, são tantos shows que é difícil escolher um só. Em sua maioria disponíveis em hotéis, você pode escolher entre comédia, esportes, teatro, música, casas de strip tease (ótimas para dar umas risadas com as amigas na despedida de solteira), ou um dos muitos shows do Cirque du Soleil. Eu assisti o O, espetáculo aquático do Cirque du Soleil no Bellagio.

Visitar um museu inusitado

Verdade seja dita: quase ninguém vai à Las Vegas pretendendo ir ao museu. Mas, se tiver com um tempinho extra e quiser aprender mais sobre a cidade, o Neon Museum é uma ótima escolha para ir à noite. De dia, visite o Erotic Heritage Museum, e se surpreenda com as inesperadas histórias americanas.

Caminhar (e fotografar)

Você pode alugar um carro antigo ou marcar um passeio de limusine, mas nada supera andar a pé pela Strip, a rua mais famosa de Las Vegas. Prepare a sola do sapato – afinal, são mais de 6km de comprimento. Comece pela famosa placa de Welcome to Las Vegas e saia sem destino. Além da Strip, a Fremont Ave, no centro de Vegas, já foi estrela no passado e hoje continua valendo à pena a visita, em especial com um tour noturno guiado.

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Comer muito

Restaurantes não faltam em Vegas, e para todos os gostos. Se dinheiro não é uma questão, o É do chefe José Andres ou a SteakHouse do Gordom Ramsay são ótimas escolhas. Se o plano é partir para um dos famosos buffets, o Wynn tem um brunch maravilhoso no restaurante que é inspirado no clássico Alice no país das maravilhas. Quer um docinho? A rede Milk Bar (que tem os meus cookies favoritos) está no Cosmopolitan. Fora do burburinho da Strip, o Bootlegger serve comida italiana desde 1949. O orçamento está apertado? Tacos el Gordo ou o premiado Ping Pang Pong no hotel Gold Coast.

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Vegas de cima

É verdade que Vegas tem tanta informação visual que chega a ser “poluída”. Que tal dar uma pausa e ver tudo de cima? Quase todos os hotéis tem um rooftop ou restaurante que proporciona uma boa vista aérea – A Voodoo Steakhouse, por exemplo, combina churrascaria e balada. Que tal jantar na torre Eiffel? No hotel Paris você pode, sem nem precisar ir à França. Gosta de aventura? É no hotel Linq que está a maior roda gigante do mundo, a High Roller. O observatório mais clássico? O Stratosphere.

Compras

Assim como qualquer cidade americana, é fácil de encontrar grandes marcas na cidade, além de fácil acesso aos supermercados e lojas de conveniências. Se o intuito da sua viagem é aproveitar os bons preços, uma ida até o Outlet Premium pode ser uma ideia. Se o plano é curtir a região da Strip, praticamente todos os hotéis tem boas lojas. Para compras de luxo, o Bellagio e o Wynn são boas alternativas. Souvenirs estão por todas as partes, mas a ABC é um grande conglomerado de tudo o que você pode querer. Fã de vintage? Meus favoritos são Vintage Vegas Antiques, Buffalo Exchange, Patina Decor, Glam Factory Vintage e claro, a casa de penhor Gold and Silver Pawn, famosa pelo programa de TV homônimo.

pawn shop

Conhecer os arredores

Como dito na introdução desse post, uma das grandes vantagens de Vegas é a sua localização. Para quem tem alguns dias de férias, vale a pena aproveitar os Parques Nacionais americanos, super preservados e de fácil acesso. O Red Rocks, pode ser facilmente visitado em um bate e volta – fica há aproximadamente 40 minutos. Também em Nevada, separe uns minutinhos para apreciar a escultura do artista Sueco Ugo Rondidone, Seven Magic Mountains, o único ponto de cor que você enxerga na estrada. Se vier de Los Angeles, visite o Death Valley, parte do deserto Mojave considerado o lugar mais quente dos EUA. Esticadinha até Utah? O Zion National Park é um must do. Clássico combo Nevada + Arizona? Sedona, capital nacional dos spas, e o Grand Canyon, não tem erro.

red rocks

Se casar

Clichê, eu sei. Mas se você é “o diferentão” da turma, e não quer uma cerimônia qualquer, Las Vegas pode ser uma ótima escolha. Eu contei aqui como fui parar em Las Vegas e, de última hora, arranjei meu próprio casamento.

casamento

Dicas extras

  • Tips: as famosas caixinhas são tradição nos EUA e não devem ser negligenciadas. Em Las Vegas, especialmente, seja generoso com os serviços de alimentação ou spa (uma caixinha justa é 20% do valor do serviço) e turismo (guias).
  • Atrações com animais: Em muitos hotéis, há atrações que incluem animais – que vão de flamingos a golfinhos. Vale lembrar que a condição que esses animais são mantidos é, em geral, desconhecida, e que muitos dele estão totalmente fora do seu habitat natural (lembre-se: poucas espécies sobrevivem naturalmente no deserto). Eu sempre desencorajei esse tipo de atividade, então, leve tudo isso em consideração antes de montar seu roteiro.

Custo geral $$$(moderado)

Antes de viajar aos Estados Unidos, clique aqui para mais informações.

VIAJE PARA A ÁFRICA EM 2019!

O meu roteiro de 6 semanas no Sudeste Africano e saiba por que você deve incluir o continente na sua próxima viagem.

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Conhecer a África sempre foi um sonho para mim. Quando finalmente pude realizá-lo, fui mais do que premiada: consegui estender a minha passagem pelo continente e visitar vários países no sudeste africano, além de passar uma semana maravilhosa nas ilhas Seychelles. Como dividir meus dias entre as coisas que eu mais queria fazer não foi das tarefas mais fáceis, vou compartilhar por aqui como consegui reunir praia, safári e cidade numa mesma viagem.

E já que o ano acabou de começar e vou te falar por que incluir esse roteiro na lista de destinos maravilhosos para conhecer em 2019.

Meu roteiro

Sáfari, cidade, praia: dias muito felizes na África!

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Joanesburgo: 4 noites

Zimbábue: 3 noites

Zâmbia: 1 noite

Botsuana: 1 noite

Kruger National Park: 4 noites

Cape Town: 14 noites

Seychelles: 7 noites

Tempo para deslocamento e conexões:  5 dias*

Como precisei voltar para Joanesburgo depois de cada parada, acabei passando a noite em algum hotel perto do aeroporto e aproveitando para descansar. Claro que você não precisa fazer isso e pode comprar voos com conexões curtas, mas não fiz isso porque achei arriscado e tinha algum tempo disponível para gastar.  

Sugestão de roteiro para quem tem menos tempo

Nem todo mundo tantos dias livres para viajar. Que tal aproveitar as férias para conhecer os destaques da minha viagem?

África do Sul

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Joanesburgo: 3 noites  

Kruger: 2 noites

Cape Town: 5 noites**

**Vale lembrar que o clima em Cape Town é super instável e várias atrações não funcionam quando o vento está forte ou chovendo. Viajando no outono/inverno, as chances de pegar dias ruins e não conseguir fazer muitas coisas aumentam muito. Sugeri 5/6 dias para conhecer o “básico” de Cape Town, mas se puder ficar mais, fique.  

Zimbábue

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Victoria Falls: 2 noites

Botswana

botsuana

Chobe National Park: 2 noites

Seychelles

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Mahé: 3 noites

Praslin: 2 noites

La Digue: 1 noite

Sugestão de roteiros que pretendo fazer em breve

A África é imensa e claro, não consegui fazer nem um terço do que gostaria de ter feito! Depois de muita conversa com os locais e amigos que fiz pelo caminho, me animei (muito) a planejar outros roteiros!

Quênia e Tanzânia – Serigueti + Zanzibar

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A Tânzania fica fora da área do Sudeste Africano, mais precisamente na porção oriental, “ali em cima” de Moçambique. É um país costeiro, limitado pelo Oceano Índico.  O Parque Nacional do Seregueti é parada obrigatória – por lá acontece anualmente a Grande Migração, no qual Gnus, Zebras e Gazelas se movimentam anualmente. Mais umas horinhas de voos e se chega em Zanzibar, o paradisíaco arquipélago e aguas turquesas que pertence ao país. Tanta aventura não foi suficiente? Que tal aproveitar a fronteira e dar um pulo no Quênia e se hospedar junto às girafas no badalado hotel boutique Giraffe Manor?

África do Sul + Moçambique: Garden Route, Maputo, Tofo e Bazaruto

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Tive duas semanas em Cape Town e poderia ter escolhido usar uma dessas semanas para fazer a Garden Route, um trajeto que vai de Mossel Bay a Storm River– numa estrada lindíssima que atravessa a costa sul africana. Não escolhi porque Cape Town tem tanta coisa para fazer que essas duas semanas aí nem foram suficientes.

Numa próxima vez, quero muito incluir Moçambique nessa rota aí, que excluí dessa vez porque o país requer visto com antecedência e não quis me submeter a tais burocracias. Moçambique me parece solar e feliz, rodeada pelo Oceano Atlântico e bom balneários de verão incríveis como Tofo e a ilha paradisíaca de Bazaruto – cara/complicada de chegar, que só rola estando lá perto.

 Uganda + Congo

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Entre um sáfari e outro, descobri que os gorilas na África estão lá pelas bandas de Uganda, mais precisamente no Parque Nacional de Bwindi, na fronteira com o Congo, e claro, fiquei morrendo de curiosidade. E já que estamos na fronteira, por que não dar um pulinho no Congo também né?

Madagascar

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Uma ilha imensa – a quarta maior do planeta – bem pertinho da costa da África e com uma das faunas/floras mais ricas do mundo. O que não falta por lá é Parque Nacional para explorar!

África do Sul + Ilhas Maurício

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Decidir ir para Seychelles não foi simples: me peguei por dias e dias correndo atrás de informações + voos, já que mais pertinho da África do Sul estão as ilhas Maurício. No fim, percebi que o tempo era bem instável por lá em fevereiro/março, período que estaria viajando, e não fui. Quero ir da próxima vez que estiver na África do Sul, o jeito mais fácil de chegar – outra opção é ir via Emirados Árabes.

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

 

 

SAFÁRI NA ÁFRICA: COMO, QUANDO, ONDE e POR QUÊ?

Do básico ao luxo: o que esperar de um safári na África.

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ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

PARAÍSOS AFRICANOS – VICTORIA FALLS

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Safári é, provavelmente, a primeira coisa que passa na cabeça de muita gente quando escuta a frase “viajar pela África”. Não é à toa. O continente é um dos maiores ecossistemas do mundo e é conhecido por essa forma tão própria de explorá-lo.

Durante as 6 semanas que fiquei no sul da África, aproveitei para fazer os mais variados safáris e, aproveitando, já vou desmistificar alguns mitos e contar alguns segredinhos que talvez, você nunca tenha ouvido falar.

Como?

A imagem que deve estar passando pela sua cabeça agorinha mesmo é um jipe, com um guia sentado e vários turistas de binóculos e roupa cáqui no fundo. É essa a forma talvez mais…clássica, mas o que pouca gente sabe, é que existem diversas formas de se fazer safári.

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Obvio que, durante o tempo que passei na África, fiz muito mais do que safáris, mas quando o tópico é natureza, passei pelas mais inesperadas vivências, que foram desde um safári noturno de trem, até ser “assustada” por um hipopótamo embaixo do barco em um lago em Botsuana.

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Safári de trem na Zâmbia

Você pode (e deve) explorar o máximo de possibilidades que estiver ao seu alcance.

Quando?

Quando o assunto é clima, é importante saber que no verão (entre outubro e abril), as chuvas são mais comuns, o que é ótimo para a vegetação, mas não tão bom para observar os animais, que acabam “se escondendo” entre os arbustos. No inverno, ao contrário, a seca aumenta, mas a temperatura é mais amena, fazendo dessa a melhor época para visitar o parque.

Onde?

A lista de Parques para se fazer safári é imensa, e vai de norte a sul do continente. Você pode fazer safári em quase todos os países da África subsaariana – o jornal Telegraph tem uma lista ótima com opções para todos os bolsos.

Estive em basicamente 4 países: Zâmbia, Zimbábue, Botsuana e África do Sul. Apesar de serem países fronteiriços, já adianto que a experiência foi completamente diferente em todos eles.

SAFÁRI NA ÁFRICA DO SUL – KRUGER, O FAMOSÃO.

Em posts anteriores, comentei um pouco da minha experiência na Zâmbia, Zimbábue e Botsuana, mas em nenhum desses lugares estive exclusivamente para fazer safári. E é aí que entra o Kruger, o Parque Nacional na África do Sul. Com certeza você já deve ter ouvido falar do dito cujo: é o maior e mais famoso da África do Sul, e favorito dos brasileiros que (pra variar) estão por todas as partes.

No Kruger fiquei 5 dias inteiros e 4 noites (muito mais que a maioria das pessoas costuma ficar), isolada em um hotel de luxo no meio do nada, vivendo basicamente de dois safáris por dia, cochiladas, massagens e muita comida maravilhosa. Estadia essa que só serviu para reforçar meu tipo de viagem preferido – slow travel (viagem devagar). Tem menos tempo, mas quer fazer? Vi gente ficando uma noite e aproveitando, mas a maioria fica entre 2 e 3 noites e tudo bem também.

Mas não se engane achando que tem que ser milionário para conhecer a África a fundo: de campings a hotéis de luxo, tem alternativas para todos os públicos, o que muda é o nível de conforto x perrengue que você está disposto a ser submetido.

safari aberto

O LODGE

Você não precisa ficar dentro do parque. É ficando fora que a sua viagem provavelmente ficará menos cara. Mas como comentei anteriormente, me dei ao luxo de ficar num desses hotéis do sonho, que a gente só vê em revista de gente rica, rs.

Escolhi o AM LODGE, e foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Foi meu hotel preferido na África, e um dos meus preferidos na vida – e olha que, o que eu já conheci de hotel nesse mundo…

dolce vita

Para chegar até ele, saí de Joanesburgo num avião de hélice da South Africa num voo que durou pouco mais de 30 minutos (graças a Deus!).  Desci em Hoedspruit, uma base militar e menor aeroporto que já estive até hoje, e fui de encontro ao transfer.

Alias, uma curiosidade: praticamente todos os lodges oferecem um serviço gratuito de transfer do aeroporto mais próximo. O Kruger, é cercado por três aeroportos: Phalaborwa na porção norte, o Hoedspruit na porção central e o Mpumalanga na porção sul.

Chegando, fomos recepcionados com drinks geladinhos e toalhas úmidas e preenchemos além do formulário de check-in, um formulário com preferências pessoais no quesito comida, bebida e atividades. Em seguida, fomos levados para a nossa villa de carro, já que estávamos isolados por quase 2km da recepção e do prédio principal.

A villa em si daria um outro post, porque nunca vi tanta atenção a detalhes.

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O nosso quarto no AM Lodge, que na verdade era uma CASA!

Uma cama gigante, uma sala de estar com tv/internet, minibar com bebidas e snacks inclusos à vontade, banheiro com banheira, chuveiro externo e varanda panorâmica para enumerar alguns dos pontos altos do quarto. Para mim, mais do que isso, era a privacidade: entre uma villa e outra, a distância era grande e do quarto não se ouvia nada além do barulho da selva.

Para alguns, tudo isso pode parecer também um pouco entediante, mas o calendário de atividades, passado praticamente dia a dia, era certeiro e super exclusivo: nosso grupo era formado por 4 pessoas (além do guia e do ranger), e enquanto não estivéssemos fazendo safári, sempre tinha uma atividade no próprio hotel, que iam desde almoço na casa da árvore até jantar de dia dos namorados surpresa, servido no quarto.

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Almoçando na casa da árvore

No começo, confesso que para os meus hábitos noturnos, acordar às 5 da manhã não me deixava muito feliz. Porém, com o calor de matar durante o dia, é bem mais razoável o porquê sempre acabávamos tendo que levantar essa hora para o primeiro safári do dia – normalmente são 2 por dia e, ainda bem, o segundo é no pôr do sol.

A única coisa chata de tudo isso? O preço. A exclusividade e mordomia do AM Lodge custam cerca de USD800 por noite.

Por que?

Se ainda não consegui te convencer que essa é uma das experiências mais incríveis que você terá nessa vida, aí vão mais alguns tópicos para aumentar essa reflexão:

  • Biodiversidade imensa;
  • Proximidade com a natureza – não importa qual o jeito que você escolha fazer o seu safári, os bichinhos estão todos ali, do seu lado;
  • Sensação de segurança – É estranho pensar que, mesmo estando a poucos metros de um leão, em nenhum momento me senti como fosse ser atacada. Os bichinhos estão lá na casa deles e realmente, não ligam muito para os visitantes;
  • A aventura em si é bem democrática – não precisa de muito dinheiro para fazer, mas saiba que se for economizar, a chance de perrengue é maior;
  • Estar na África – já disse isso, mas não custa repetir: é impagável!

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E aí, já preparou as malas?

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

PARAÍSOS AFRICANOS: VICTORIA FALLS

Uma das cataratas mais impressionantes do mundo!

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África do Sul: um Resumo

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Victoria Falls, ou Cataratas do Victoria são as quedas d’água mais famosas do continente africano e uma das maiores do mundo.

O nome em inglês foi dado em homenagem à rainha Victoria da Inglaterra, mas o nome original, em Lozi (idioma local) “Mosi-oa-Tunya, faz mais sentido. Em tradução literal, significa “fumaça que troveja” – isso porque as quedas são tão intensas, que em muitas partes do parque não se vê muito além de fumaça!

É um destino inteiramente turístico, mas muito pouco popular entre os brasileiros. Estive no Zimbábue durante a minha viagem de seis semana pela África e aproveitei para conhecer essa belezinha e os seus países fronteiriços. Se estiver pensando ir ao continente africano, não deixe esse roteiro de fora.

Localização

Localizado no sul da África, as Cataratas dividem território com a Zâmbia e o Zimbábue.

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Como chegar

Do Brasil, o modo mais rápido é via Joanesburgo, o qual eu recomendo fortemente que você faça um stopover como eu fiz (saiba mais).

As companhias que voam para o Aeroporto de Victoria Falls, no Zimbábue são: British Airways, South Africa Airways e a Mango (uma low cost africana que pertence à South Africa).

aeroporto do zimbabwe

A duração da viagem é de aproximadamente uma hora.

Quanto tempo

Eu fiquei três noites, o suficiente para uma viagem mais “low profile”. Se fosse dividir a hospedagem entre Zâmbia e Zimbábue, ficaria duas noites em cada.

Clima

O verão, entre dezembro e março, é bem quente e úmido, enquanto o inverno, entre junho e setembro, é fresco e seco. A melhor época para ver as cataratas em sua porção mais completa, é a partir de abril. Para ir à Devil’s Pool, setembro e outubro são os melhores meses.

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Em fevereiro: muita chuva e pouca visibilidade

Durante o ano, as temperaturas variam entre 35 e 9 graus Celsius.

Em fevereiro, durante a minha visita, vivenciei dias quentes, noites frescas e chuva em 90% do tempo.

Língua

O Zimbábue é o país com a maior quantidade de línguas oficiais no mundo!

Um total de 16 línguas – Chewa, Chibarwe, Inglês, Kalanga, Koisan, Nambya, Ndau, Ndebele, Shangani, Shona, Sotho, Tonga, Tswana, Venda, Xhosa e língua de sinais.

O inglês é a mais comumente usada entre os turistas.

Moeda

Dólar americano

Visto e imigração

O visto tanto para o Zimbábue quanto para a Zâmbia é obrigatório para brasileiros e é emitido sem muitas complicações no aeroporto, na entrada.

Ao chegar no aeroporto, você deve preencher um formulário e entrar na fila adequada para o tipo de visto que você está solicitando. Ele pode ser:

Visto para o Zimbábue: US$50

Visto para a Zâmbia: US$50

Visto combinado para a Zambia e Zimbábue (Kaza): US$80

É exigido de turistas brasileiros a vacina contra a febre amarela. Clique aqui para saber como fazer seu Certificado Internacional de Vacinação.

* O Zimbábue é endêmico malária e apresenta risco de contração ao turista. Antes de viajar, consulte seu médico para prevenção e durante a estadia no país, evite roupas que exponha a pele e sempre use repelente. Caso não tenha sido oferecido, contate o seu hotel sobre a possibilidade de redes de proteção.

Segurança

Achei o Zimbábue relativamente seguro, apesar de ter ouvido relatos de furtos em regiões mais lotadas. Além das recomendações clássicas de segurança – como evitar andar sozinho à noite ou carregar muito dinheiro – eu tomaria cuidado e não daria muita atenção aos vendedores de souvenir. É muito comum que eles (literalmente) persigam os turistas oferecendo produtos em troca de dinheiro ou (pasmem) de objetos pessoais. Aconteceu várias vezes comigo, mas uma das mais estranhas foi quando eu estava fazendo uma trilha com meu namorado, não tinha mais ninguém por perto, e o vendedor seguiu a gente por quase 1km querendo minha camiseta (oi?!) ou a minha bandana em troca de uma girafa de madeira.

Hospedagem

Victoria Falls Hotel ★★★★★

Em um primeiro momento, eu jamais associaria luxo ao Zimbábue – país que, até então, eu conhecia muito pouco ou quase nada. Esse meu conceito (ou desconhecimento) foi rapidamente desmistificado a partir do momento que cheguei no Aeroporto de Victoria Falls e fui recepcionada por um dos motoristas do Victoria Falls Hotel, de uma simpatia ímpar, e uma felicidade genuína que, até hoje só conheci na África.

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Existente desde 1904, foi originalmente construído para os trabalhos que estavam construindo a ferrovia Cape to Cairo, que pretendia ser a primeira a atravessar toda África (da África do Sul até o Egito), mas que logo tornou-se inviável e nunca foi concluída. Na década de 70, transformou-se em hotel e hoje leva o selo do grupo Leading Hotel of The World, um dos referencias em hotel de luxo.

O hotel está localizado às margens do Rio Zambezi, dentro do Parque Nacional das Cataratas de Victoria, e essa foi a razão maior pelo qual o escolhi. Apesar do custo elevado dos hotéis dentro do Parque, acho que compensa pela facilidade em deslocamento, a vista e o estresse de não precisar de ingresso ou horário para entrar e sair.

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Café da manhã com vista ❤

São 9 opções de quarto diferentes – do básico à suíte presidencial – e além da atração principal, que fica logo à frente, as cataratas, tem também piscinas, spa, livraria, galeria de arte e restaurantes (Livingstone Room e Jungle Junction).

Quanto aos restaurantes, só tenho elogios, de todas as refeições que fiz por lá. Tanto o café da manhã quanto o chá da tarde, são servidos da área externa, o que é um grande diferencial. Para todas as refeições também há opção de serviço de quarto, que funciona 24 horas.

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Diárias a partir de USD 400 com café da manhã

O que fazer

A (estratégica) parada em Victoria Falls era para relaxar (a minha viagem pela África durou 6 semanas), e acabei não fazendo nada que exigisse muito esforço por lá. Todos os passeios fiz com próprio hotel, o que deixou tudo ainda mais fácil. Ainda assim, as poucas noites que passei em Victoria Falls foram suficientes para que eu visitasse 2 outros países (Zâmbia e Botsuana).

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Ver as cataratas do lado do Zimbábue – A melhor vista das cataratas, especialmente durante a cheia do rio. O ingresso custa 30 dólares, mas está incluso na hospedagem de quem fica no Victoria Falls Hotel.

Ver as cataratas do lado da Zâmbia: Desse lado, a vantagem é poder chegar mais perto das cataratas, mas a queda é menor. Há também a vantagem de poder entrar na Devil’s pool, durante a seca do rio. O ingresso custa o equivalente a 10 dólares e a entrada fica a 50m do controle de imigração.

Entrar na Devil’s Pool: Várias piscinas naturais se formaram pelas Cataratas, e a Devil’s Pool, que fica bem na borda com a queda d’água, é uma delas. Localizada parte zambiana do parque, só é acessível mais ao fim da época seca, de agosto até o fim do ano. Como viajei no fim de fevereiro, os níveis do rio já estavam mais altos, e por isso a atração estava fechada.

Fazer Safári noturno de trem: Sim, na minha ida à África teve Safári a pé, de carro, de barco e até de trem! Essa é uma travessia que começa no Zimbábue no pôr do sol, com parada na ponte que separa os dois países para fotos e jantar. Após a refeição ser servida, já de noite, os passageiros vão para a “varanda” procurar animais. O trem é o Bushtracks Express Train Steam e a viagem de aproximadamente 3 horas custou USD 180 por pessoa.

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jantar no trem

Atividades com adrenalina: Para os mais aventureiros (mais uma vez, não é meu caso), algumas atividades disponíveis são rafing, tirolesa e bungee jump.

Cruzeiro pelo Rio Zambezi: Existem milhares de tipos de passeios pelo rio – no nascer do sol, no pôr do sol, com jantar, com drinks…enfim, opção para todo mundo.

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Voo panorâmico: Várias empresas oferecem voos com duração variada, com valores que começam em USD 100. Acabamos não fazendo – além de eu odiar voar, tínhamos um drone para imagens aéreas.

Visitar Botsuana – Não muito longe dali, fica a fronteira de Botsuana. Uma hora de carro e lá estava eu na fronteira, pronta para fazer safári no Chobe. No total, foram dois: um de barco (aquático) e um de jipe (terrestre), num passeio que durou o dia inteiro. Apesar de todos os outros safáris feitos na África do Sul, a experiência em Botsuana foi totalmente diferente. Por lá, os reis da selva são os elefantes, que estão por toda a parte.

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botsuana

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Gastronomia

Ao contrário de todas as experiências gastronômicas que tive na África do Sul, (infelizmente) não comi nada muito local no Zimbabwe. A minha memória gustativa é bem voltada para os chás locais – a maior produtora é a empresa Taganda – os quais tomei diversas vezes, inclusive no chá da tarde. Para quem tiver mais tempo, alguns pratos tradicionais são: sadza (uma espécie de polenta), Muriwo Udenovi (folhas verdes refogadas num molho de amendoim), Mupunga Udenovi (arroz com manteiga de amendoim) e Nyama (um cozido de carne).

O que levar na mala

Prepare mais de uma muda de roupa por dia, porque você vai se molhar! E olha, nem é tanto por causa das cataratas, mas é porque chove bastante em Victoria Falls. Inclua roupas dry fit, capa de chuva e sapatos a prova de água. E claro, não tem como viver sem repelente – lembre-se que a Malária é um risco real no país.

Quanto custa

$$$ (moderado)

Para saber mais sobre a África, clique aqui

SEYCHELLES: O PARAÍSO É LOGO ALI

Ainda que quase na Ásia, o paraíso é africano (e bem mais acessível do que parece).

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ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

UM SONHO CHAMADO BAHAMAS

Você provavelmente nunca tinha ouvido falar de Seychelles até o momento que o país se tornou cenário da lua de mel real de Kate e William.

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O arquipélago de Seychelles foi uma das minhas paradas durante a minha ida para a África – e uma das minhas grandes surpresas. Obviamente, o que me fez ir parar no meio do Oceano Índico foram as lindas praias, mas não esperava Anse Source D’Argent, considerada por diversas fontes a mais bonita do mundo;  a maior semente do mundo, o Coco de Mer e até uma reserva natural que é apelidada de Jardim do Éden.

Um pedacinho de paraíso que você precisa conhecer!

Localização

Seychelles é formado por um conjunto de 115 ilhas, das quais a maioria ainda permanecem desabitadas.

Apesar de pertencer à África, Seychelles está mais próxima à Índia, com quem compartilha o nome da moeda, a culinária e diversos voos internacionais.

A partir do mapa, dependendo da escala, o país é um pontinho minúsculo no meio do oceano.

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Como chegar

O aeroporto internacional fica em Vitória, a capital, localizada na ilha de Mahé.

Não há voos diretos do Brasil, mas as opções são:

A duração do voo é de aproximadamente 5 horas, saindo tanto da África do Sul quanto dos Emirados ‘Árabes.

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Como estava viajando pela África (leia mais aqui), fiz o trajeto saindo de Joanesburgo, que era o mais conveniente, mas definitivamente não a melhor escolha. A aeronave operada pela Air Seychelles é um A320, o mesmo modelo que a LATAM usa na maioria dos voos domésticos de curta distância no Brasil, ou seja, super pequeno e com pouco espaço entre os assentos, bem desconfortável para um voo de 5 horas. Além disso, após o embarque ficamos 3 horas dentro do avião antes de decolarmos, devido à manutenção dos banheiros que haviam sido interditados na rota anterior. Quando enfim saímos e precisei ir ao banheiro, os mesmos continuavam sem descarga – imaginem o horror! Tirando tudo isso, a tripulação tentou ser gentil na medida do possível – pareciam estar mais exaustos que os passageiros – e a comida foi ok (serviram uma refeição quente com prato principal + salada + sobremesa e bebidas frias e quentes).

Segundo relatos dos hotéis que me hospedei, os atrasos nesta companhia são bem frequentes, então também vale a pena considerar a “questão tempo” nas ilhas.  

Quanto tempo

Fiquei 7 dias hospedada nas ilhas de Praslin e Mahe e claro, não foi suficiente. Recomendo pelo menos 9 noites – 3 em Mahe, 3 em Praslin e 3 em La Digue.

Durante o dia, La Digue costuma ser lotada, já que muitos turistas aproveitam a curta distância saindo de Praslin para fazer um bate-volta. Não tive a chance de passar a noite lá, mas acredito que deve ser bem mais gostoso aproveitar o fim do dia e a noite na ilha bem mais tranquila.

Clima

Seychelles é realmente abençoada pela natureza. Fenômenos naturais (como as monções na Ásia, terremotos e tsunamis) são inexistentes. Faz calor o ano inteiro (entre 25 e 30 graus) e chove no verão – entre dezembro e março. Ainda assim, as chuvas são pancadas e dificilmente você perderá um dia por conta delas. No começo de março, peguei apenas lindos dias de sol e zero chuva.

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Outro detalhe não menos importante: ainda que cercada por uma floresta tropical e consequentemente, mosquitos, doenças endêmicas comum das zonas tropicais como Malária e Febre Amarela não existem por lá.

Língua

Inglês, francês e criolo, sendo essa última a que os locais usam para se comunicarem entre si.

Moeda

Rupias de Seychelles.

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Ao contrário dos hotéis, que trabalham bem com cartão de crédito, a maioria dos estabelecimentos menores só aceitam dinheiro. Leve Euros – que são bem aceitos pelo turismo – e troque no Centro de Mahé, onde há mais opções. Eu acabei sacando tudo já no primeiro dia no caixa eletrônico do aeroporto por conveniência e porque as taxas acabaram compensando. 

Visto e imigração

Brasileiros não necessitam de visto com antecedência para entrar no país. Os dias de permanência são dados na entrada – no meu caso, 30 dias – e eles são bem chatos com relação aos comprovantes de saída do país, portando leve um comprovante de compra da passagem de volta.

Ah, a vacina de febre amarela é pré-requisito, mas em nenhum momento me pediram.

Cliquei aqui para saber como fazer seu Certificado de Vacinação de Febre Amarela

Transporte

Nas ilhas

Não dá para contar com o transporte público e táxis são bem caros. A melhor maneira para se locomover é alugar um carro ou, para quem não se sente à vontade dirigindo com a mão inglesa, contratar um motorista.

Em Mahé aluguei carro pela Austral, em Praslin usei um motorista e em La Digue aluguei uma bicicleta, logo ao lado do desembarque dos barcos  – a ilha é pequena e é isso que todo mundo faz.

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Cuidado! Ao desembarcar em La Digue, você será abordado por diversos vendedores de aluguel de bike. Negocie o preço com antecedência e saiba dizer não se achar muito caro. Eu paguei 200 rúpias no aluguel da minha e 2 minutos depois vi o mesmo vendedor alugando por 100 para outra pessoa.

Detalhes do motorista de Praslin

Adrian Henry: +248 2 514 659

Entre ilhas

Entre Mahé e Praslin há um voo de 20 minutos pela Air Seychelles que custa caro.

A melhor opção acaba sendo os ferries, que saem dos terminais conhecidos como Jetty. Usei o serviço da Cat Cocos entre Mahe e Praslin (1 hora) e Praslin e La Digue (15 minutos). Existem 3 opções de cabine: a econômica Cat Cocos, a econômica Upper Deck e a Business Class.

Entre Mahe e Praslin viajei de Business Class  e entre Praslin e La Digue de Upper Deck.

Clique aqui para entender a diferença entre as classes e o melhor custo-benefício.

Segurança

Seychelles é bem segura, do tipo de lugar que não precisa ficar se preocupando com as coisas na areia, com onde parar o carro e etc.

Hospedagem

Na hora de pensar na região para ficar em cada ilha, sugiro sempre começar procurando onde estão as melhores praias. Afinal, se você chegou até Seychelles, muito provavelmente é sombra e água fresca que você está querendo né?

No geral, acho que a melhor alternativa se você não estiver esbanjando dinheiro, é uma ilha de médio porte, como Praslin. Uma tendência natural é que o preço aumente à medida que a oferta diminui – logo, nas ilhas menores, espere preços absurdos. Se o orçamento está grande ou a ocasião pede (lua de mel ou casamento, por exemplo), a ilha de Fregate, eleita como um dos paraísos privativos mais caros do mundo, é uma possibilidade.

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Mahe

Mahé é a maior ilha, onde fica o Aeroporto Internacional de Seychelles. É a mais democrática no quesito hospedagem – vai desde as mais em conta (não significa barata, rs), até alto luxo.

Melhores praias: Ao sudeste 

Le Meridién Fisherman’s Cove

Hotel mediano, com fácil acesso e a internacionalmente reconhecida marca “Le Meridién”, e seu respectivo padrão de qualidade. Pertence à Marriott (SPG),  fazendo que a reserva com uso de pontos seja uma ótima alternativa para reduzir os custos.

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Varanda no Le Meridién, em Mahé

Pontos altos: Fácil acesso, quartos espaçosos e afastados, silêncio, amenities da propriedade (em especial a piscina e o spa) e internet.

Pontos baixos: Praia OK (para os padrões de Seychelles, obviamente, rs), refeições caras e não muito boas.

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Diárias a partir de R$1700,00

Le Chateau Bleu

Um hotel de trânsito, terrível, onde passei minha última noite, já que meu voo era de manhã bem cedinho e essa era a hospedagem mais próxima do aeroporto. O lugar na verdade é uma casa na qual o dono aluga os quartos. Sinceramente, não recomendo. A ilha é pequena e mesmo ficando longe, provavelmente não lhe custará mais do que meia hora para chegar no aeroporto.

Pontos altos: Localização e preço

Pontos baixos: Quarto (decoração, conforto), limpeza e café da manhã (inexistente).

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Diárias a partir de R$370,00

Outras opções:

Amei ter conhecido o Sunset Beach Hotel e super ficaria lá na minha próxima vez. A praia é uma das mais lindas de Seychelles e o ambiente é super de pousada acolhedora. Pode investir um pouco mais ($)? O Four Seasons é a melhor opção é Mahé.

Praslin

Praslin foi a minha ilha preferida para hospedagem. É relativamente grande, mas não tem o trânsito e a lotação de Mahé, dá aquela sensação de estar numa ilha deserta, sabe? Tem várias opções de hotel, desde os mais básicos até os resorts de luxo.

Melhores praias: Ao norte

Coco de Mer

O fruto mais famoso de Praslin dá nome a esse hotel com cara de pousada. Localizado na praia de Anse Bois de Rose, ao sul da ilha, não é uma das mais bonitas – especialmente em época de chuvas, quando as algas se aproximam da praia.

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Uma das piscinas do Coco de Mer

Pontos altos: Piscina dentro do mar, restaurante, preço “em conta”.

Pontos baixos: Internet, muuuitos mosquitos, localização.

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Diárias a partir de R$1500,00

Outras opções:

Para lua de mel, Raffles, o mais famoso da ilha. Mas é no Constance Lamuria que está a praia privativa preferida dos locais.

La Digue

Não dormi na ilha, mas fiquei com vontade. Um hotel muito bem recomendado por lá é o  Le Domaine de L’Orangerie.

O que fazer

Em Mahé

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Sunset Beach, em Mahe

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Mercado Municipal de Vitória: Vale especialmente para entender alguns dos poucos produtos locais e comprar souvenir por um preço em conta.

Templo Hindu: Legado do hinduísmo, a segunda maior religião de Seychelles depois do cristianismo, a construção do templo data da década de 80. O exterior é lindo mas, apesar de ter passado na frente várias vezes, por falta de tempo, não consegui entrar 😦

Eden Island: Uma ilhota conectada à Mahé, cheia de restaurantes legais, que valem a visita se você estiver buscando um jantar legal, fora do complexo hoteleiro da cidade. O restaurante Bravo está entre os mais populares e é uma ótima sugestão para happy hour/ jantar com uma vista incrível.

Praias: Fiquei hospedada na praia de Beau Vallon, mas as minhas preferidas foram Anse Royale,  onde fiz uma das minhas refeições preferidas no delicioso Kafe Kreol e a Sunset Beach, recomendada pelos locais e exclusiva do hotel Sunset Beach Hotel. A entrada da última é controlada, então sugiro que você aproveite o bar do hotel para poder usar a praia.

Em Praslin

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A famosa semente do Coco de Mer, no Valle de Mai
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Anse Georgette

Mergulho: Você pode mergulhar em qualquer ilha, mas escolhi Praslin porque foi onde tive um tempo extra. Existem várias empresas que oferecem o serviço, fiz pela Octupus Divers e recomendo o serviço.

Snorkeling: Com equipamento próprio, um dos lugares mais legais para fazer snorkel é na praia do Coco de Mer, durante o verão, quando as algas ainda não a invadiram.

Vallee de Mai: Reconhecida pela UNESCO como o Jardim do Éden (lugar bíblico onde Adão e Eva teriam vivido), uma reserva ambiental com o melhor da fauna/flora local e claro, diversos exemplares do famoso Coco de Mer. Apesar da semente estar espalhada por vários lugares mais turísticos, a árvore propriamente dita, uma espécie de palmeira, é protegida por estar, com frequência, ameaçada de extinção. No Valle de Mai, entretanto, é possível ver não só essa árvore, como entender o funcionamento de outras famosas da região. Há diversas opções de trilhas, que vão de leve a moderada. Na entrada do parque, ainda é possível contratar um guia. Esse lugar tem que estar na sua lista!

Praias: Alguns guias consideram a  Anse Lazio a praia mais linda de Praslin. Eu me divido entre ela e Anse Georgette, ambas maravilhosas.

Em La Digue

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Alugar uma bike: A ilha é pequena e o jeito mais fácil de dar uma volta nela é alugando uma bicicleta logo na chegada. Não sabe andar de bike? Sem problemas, eu também não sei, mas foi bem fácil encontrar uma bike de “3 rodas”. Se eu consegui, você consegue.

Conhecer a praia mais bonita do mundo: Fiquei meio decepcionada, confesso, quando cheguei na praia que, segundo o National Geographic, é a mais bonita do mundo. Ela não é feia, não me entendam mal, mas é bem difícil de nadar por causa das algas, e é lotada de turistas. Anse Source D’Argent, fica dentro de uma reserva privativa, onde você paga algumas rupias e passa por várias praias, plantações de baunilha e etc. Vale mais pelo passeio do que pela praia em si.

Gastronomia

Comida é um tópico interessante em Seychelles. Não sei fiquei mal-acostumada com os bons preços dos ótimos restaurante na África do Sul, onde fiquei três semanas, mas não comi muito bem em nenhum lugar da ilha.

O país produz muito pouco do que consome e a maior parte dos alimentos são importados de Dubai. Talvez por isso, a gastronomia seja baseada em itens encontrados na ilha como frutos do mar, frutas tropicais como o coco, o maracujá e a manga, e em curry e especiarias, sabores criolos influenciados pela vizinha Índia.

Fiz a maioria das refeições nos hotéis – já adianto que a comida do Coco de Mer era mais saborosa que a do Le Meridién – mas foram nos restaurantes que comi fora onde tive as minhas melhores refeições. Foram eles:

Café Kreol em Mahé

Restaurante e Café pé na areia localizado em uma das praias mais bonitas de Mahé, a Anse Royale, um mar azul calminho e sem algas para vocês passar horas ali observando. O staff é super atencioso, e o dono, originário das Ilhas Maurício, cumprimenta e serve todas as mesas. O espaço costuma ficar cheio, principalmente aos finais de semana, quando praticamente tudo em Mahé está fechado e as praias ficam mais lotadas. Ao consumir qualquer item, as cadeiras, à disposição na beira da praia, são gratuitas, assim como os banheiros e o chuveiro. Esse lugar merece uma visita!

Melhores pedidas: as pizzas, em especial a marguerita; e os peixes, que vêm acompanhados de chutney, lentilhas e arroz

Sunset bar – Hotel Sunset Beach em Mahé

Uma das praias preferidas pelos locais em Mahé fica escondidinha, dentro de um hotel, o Sunset Hotel. Como estava de carro e a entrada da praia é pelo hotel, resolvi usar o bar para conseguir estacionar lá e foi um dos programas mais legais que fiz em Seychelles. Cheguei lá por volta das 17h – o pôr do sol é entre 18h30 e 19h – fiquei uma horinha na praia (que realmente é maravilhosa) e fui para o bar, que é todo aberto e tem uns sofás gostosos, beber uns drinks e ver o pôr do sol.

Melhores pedidas: Sunset drink, água de coco e os sucos frescos

Bon Bon Plume em Praslin

No dia que fui visitar a Anse Lazio, a praia mais famosa (e mais bonita), aproveitei para comer no Bon Bom Plume, um restaurante delicioso que fica na praia e que todo mundo para comer uma coisinha ou almoçar. Ele funciona a partir do meio-dia, tem uma ótima estrutura de banheiros e mesas e garçons bem prestativos.

Curiosidade: Por aqui a semente gigante do Coco de Mer é servida como decoração e custa a bagatela de 500 Euros. Ouch!

O que levar na mala

Faz muito calor em Seychelles e por estar rodeada por uma floresta tropical, mosquitos são bem comuns. Não esqueça o repelente, o protetor solar e roupas muito leves.

Quanto custa

Seychelles não é barata. É um destino perfeito para lua de mel e pessoas que buscam se conectar com a natureza, num ambiente preservado, rústico, mas cheio de luxos por todas as partes.

Custo geral $$$$(caro)

Clique aqui para ler mais sobre a minha viagem à África.

CAPE TOWN: COMO NÃO SE APAIXONAR?

Praia, natureza e cidade: com um pé no Atlântico e outro no Pacífico, depois de conhecer Cape Town você provavelmente vai querer ficar lá para sempre.

camps bay

Leia também:

África do Sul – Um resumo

África do Sul – 4 dias em Joanesburgo

Diria que Cape Town é um Rio de Janeiro com alma californiana. É definitivamente um país dentro da África do Sul e não é estranho, que talvez por essas e outras razões também seja a cidade mais turística do país. É uma cidade ensolarada, de gente jovem e almas gentis, que faz você se sentir em casa em meio a tanta miscigenação (e que bom!).

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É a capital legislativa do país e casa de quase 3 milhões de pessoas, vindas de toda parte do mundo – e hello, claro, brasileiros são comuns por aqui.

A duas horas de voo de Joanesburgo, está localizada na região do Cabo, ao sudoeste da África do Sul.

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Localização | Imagem: Google Maps

Como chegar

Ainda não existem voos diretos do Brasil e, assim como a maioria dos destinos na África do Sul, uma conexão em Joanesburgo será necessária.

De São Paulo, a South Africa Airways e a LATAM tem voos diretos ao Aeroporto Internacional OR Tambo com aproximadamente 10 horas de duração.

Visto e imigração

Leia tudo sobre visto e imigração aqui

Transporte

O trânsito na cidade não é dos melhores e você gastará muito tempo e energia alugando um carro. Eu recomendo uma hospedagem próxima ao centro e o uso de uber (que funciona super bem) para visitar qualquer atração mais distante. Se você estiver com pouco tempo, o ingresso de dois dias do ônibus City Sightseeing faz a função tanto de transporte quanto de guia. Para visitar as atrações fora da cidade (como as winelands ou a região de Cape Peninsula), aí sim recomendo o aluguel de carro.

Clima

O clima em Cape Town é bem…instável. Durante todo ano venta muito e não é incomum as oscilações climáticas no decorrer do dia. No verão, entre dezembro e março, as temperaturas são agradáveis, mas faz um friozinho pela manhã – entre 16°C e 28°C. Já no inverno, entre junho e setembro, além do termômetro baixar, as fortes chuvas são comuns.

Gastronomia

Para saber mais sobre a gastronomia do Cabo, clique aqui.

Quanto tempo 

Eu fiquei duas semanas e não foi fácil administrar tudo o que eu queria fazer – especialmente quando o tópico era gastronomia. Ainda assim, como a maioria das pessoas não tem todo esse tempo, eu recomendaria pelo menos uma semana.

O que fazer

Cuidado o FOMO (fear of missing out, ou medo de estar perdendo alguma coisa) vai te pegar! Tem tanta, mas tanta coisa para fazer em Cape Town, que me sentia constantemente ansiosa para fazer tudo! Fiz tudo o que gostaria em 2 semanas? Claro que não, e você provavelmente também não conseguirá fazer, mas aqui vai os destaques da cidade e por onde passei – em alguns lugares, mais de uma vez.  

Table Mountain: Cape Town é rodeada por montanhas, e a Table Mountain é a mais icônica, aquela que todo mundo – até quem tem menos tempo – sobe para tirar foto. Recebe esse nome porque tem seu cume reto, se assemelhando a uma mesa. É fácil de chegar ao topo com o teleférico, mas imagino que deve ser incrível fazer a trilha – tive preguiça e não fiz, confesso.

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Jardim Botânico: O maior Jardim Botânico da África e um dos maiores do mundo, é realmente impressionante a diversidade que se encontra por aqui. Por ser mais afastado – fica localizado em Stellenboch, a uma meia hora do centro – dá para se sentir no interior. É um ótimo lugar para fazer piqueniques e se estiver visitando durante a primavera, não deixe de procurar as Proteas, plantas símbolo do país.

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V&A Waterfront: Um complexo bem turístico, mas que é uma delícia de passar umas horas. Tem um shopping imenso, cheio de opções para compras, um aquário bom para levar as crianças e vários passeios de barco, mas o que eu gostei mesmo foram dos restaurantes e das lojinhas de souvenir, espalhadas por toda parte.

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Castle of Good Hope: O castelo mais antigo do país, construído no século 17, ainda está ativo – dependendo da hora, você verá a troca da guarda. Transformado em museu, recomendo visitar com um dos tours guiados que acontecem diariamente.

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Lion’s Head: Mas uma das montanhas que todo mundo adora ir para fazer a famosa trilha. Eu acabei não tendo tempo de fazer, mas para quem adora Trekking, vale a ida no comecinho do dia ou no fim da tarde, acompanhada de um guia – são aproximadamente 1h30 para chegar ao topo.

Robben Island: Ilha onde está a prisão por onde diversos presos políticos passaram e onde Mandela ficou mais tempo em cárcere, hoje é abriga uma pequena comunidade de pouco mais de 100 pessoas e um museu, que reconta as histórias (de terror), vivida pelos presos do Apartheid. O barco que leva para a ilha sai diariamente em diversos horários, mas vive cheio, então é melhor comprar os ingressos pela internet com alguma antecedência.

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Bo Kaap: O bairro todo colorido foi casa de escravos e hoje abriga grande parte da população islâmica de Cape Town. Cheio de lojinhas e com um Spice Market bem interessante, você pode ir por conta própria ou se juntar a um dos dois tours guiados que acontecem diariamente às 14:00 e às 16:20.

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Signal Hill: Uma das montanhas que cercam a cidade, a Signal Hill é conhecida por ser um ótimo point para observar o pôr do sol com uma vista incrível. É mais fácil de chegar do que os outros picos da cidade (de carro, uber, ou até mesmo com o ônibus City Sightseeing) e não exige grandes caminhadas para conseguir um lugar privilegiado.

Museu de Arte Contemporânea: Inaugurado em 2017, o Zeitz MOOCA tem um dos maiores acervos de arte contemporânea da África do Sul, somado a uma arquitetura de deixar qualquer um boquiaberto. Por ser relativamente novo, o museu está passando por constantes melhorias, mas vale muito a pena visitar e se juntar a um dos tours guiados, oferecidos pelos curadores.

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Company’s Garden: Um parque na região central, cheio de verde e ótimo para um break entre uma atração e outra. Leva esse nome por ser o jardim (garden) mais antigo do país, datado do século 17, onde os europeus costumavam plantar produtos para abastecer os navios que por ali chegavam.

Mergulho com os tubarões: A água gelada é um dos grandes atrativos dos tubarões brancos, que aparecem aos montes na costa da África do Sul. Um dos “esportes” bem comum é a Cage Diving (ou mergulho dentro de uma gaiola). Eu claramente não tive coragem de fazer isso, mas meu namorado fez e (tirando o frio), ele adorou.

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Praias: Está viajando no verão e quer perder uns dias pelas praias? Camps Bay é a minha favorita. É a praia onde tudo acontece, com bons restaurantes, gente jovem e muito agito. Quer sossego? Que tal se hospedar em Clifton, um dos metros quadrados mais caros do país?! Gosta de surfar? Do outro lado, ali no Pacífico, Muizenberg atrai turistas de toda a parte do mundo. Porém, não custa nada lembrar: A praia é para curtir da areia, porque as águas são congelantes e ironicamente, mais frias no verão do que no inverno – devido às correntes de degelo da Antártica.

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Experiências

Em algumas cidades do mundo, o Airbnb oferece experiências – atividades propostas pelos próprios moradores como forma de emergir na cultura local de um jeito nada óbvio. Cape Town é uma dessas cidades e tive duas experiências por lá.

História do apartheid através de um Tour guiado pelo District 6: Se você não tem a oportunidade de passar pelo museu do Apartheid em Joanesburgo (leia mais aqui), passear pelo District 6, um bairro cheio de história e que ainda traz muitos resquícios do período, é mandatório para não passar ileso a essa história tão recente do país.

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Yoga e Brunch em Lllandulo Beach: Definitivamente, uma das coisas mais legais que fiz em Cape Town! A Christi, instrutora de Yoga, oferece essa aula em uma casa linda com vista para o mar e em seguida, serve um brunch maravilhoso – um dos melhores que já comi na vida!  Ela comanda também a Hello Happiest, especializada em aulas e retiros. Juro que saí de lá querendo voltar todo dia.

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Fora da cidade

West Coast National Park: Se tem uma coisa que tem na África do Sul é Parque Nacional, e claro, é impossível ir em todos. Mas, para fugir do agito turístico dos principais parques e ainda pegar uma estrada em direção ao norte (enquanto todo mundo está indo ao sul), o West Coast é uma ótima alternativa para passar o dia, fazer piquenique ou só sentar para observar os lindos lagos!

Winelands: A África do Sul está entre os dez maiores produtores de vinho do mundo e a região do Cabo é famosa por produzir boa parte deles. Ao redor de Cape Town, existem as Winelands (ao pé da letra, Terras do Vinho) sendo que regiões mais visitadas são Paarl, Stellenboch, Franschhoek, Durbanville e Constantia. Essa última bem pertinho do centro da cidade (cerca de 20 minutos) tem a vinícola mais antiga do país, a Groot Constantia. Já em Paarl, a parada na vinícola Babylonstoren é tão obrigatória quanto almoçar no restaurante deles, o Babel, um antro de comida orgânica e um paraíso tanto para os vegetarianos quanto para os amantes de carne de caça (mas faça reserva antes). Ah, e se sobrar um tempo na cidade, não perca o Afrikaans Museum, ótimo para entender um pouco mais da origem da língua mais falada na região, e o Afrikaans Language Monument, ótimo para fotos.

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Cape Peninsula: Basicamente, Cape Península é o nome da região que vai em direção ao sul e contornando toda a costa até a pontinha do país, e é o passeio que todo mundo tira um dia para fazer enquanto está em Cape Town. Apesar do Cabo da Boa Esperança ser o acirrado lugar para tirar fotos – ali tem uma famosa plaquinha – sugiro perder mais tempo em Cape Point, um observatório ao livre que é de tirar o folego. Ah e não exclua do seu roteiro a parada em Simon’s Town, uma cidadezinha simpática onde estão os famosos pinguins africanos.

Não esqueça de levar um casaco, costuma fazer frio na região mesmo no verão!

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Adote um Pinguim: a SANCCOB é a única ONG certificada da região que resgata e reabilita pinguins selvagens. Você pode contribuir adotando um pinguim ou sendo um voluntário!

Onde ficar

O jeito mais prático que encontrei para me sentir como parte da cidade foi alugando um apartamento em um dos bairros mais charmosos da cidade, De Waterkant. Localizado no CBD (ou Central Business District, como é chamada a região central da cidade), é uma ótima escolha para quem, assim como eu, adora explorar cafés e restaurantes, e ainda fica a uma distância caminhável do Waterfront. Outras opções de bairros interessantes para o mesmo propósito são Gardens e Green Point.

Vai ficar menos tempo na cidade ou quer ter a comodidade de estar em um hotel? Eu escolheria um desses:

Cape GraceHotel cinco estrelas no Waterfront, é lindo de doer. Uma ótima opção para quem tem pouco tempo na cidade: De lá é fácil de acessar as principais atrações e ao mesmo tempo, nos dias que você não quiser ir longe, dá para se manter entretido com as atrações do Waterfront.

Mount Nelson: O hotel mais tradicional de Cape Town – e provavelmente o mais luxuoso também. Pertence ao grupo inglês Belmond, e talvez por isso tem o high tea mais estrelado da cidade. Fica no Gardens, uma região que, como já disse antes, é ótima para comer bem.

The President: Uma das paradas do ônibus City Sightseeing em Sea Point, um dos bairros mais jovens e descolados da cidade, tem quatro restaurantes e um serviço de ioga fazendo a alegria de quem busca uma atmosfera mais leve e ainda confortável em Cape Town.

The Twelve Apostles: Era impossível não notar esse hotel toda vez que passava de carro por Camps Bay. Além da vista privilegiada e de um aclamado spa, ainda tem alguns serviços únicos, como piqueniques para as mais diversas ocasiões – com essa vista, fiquei morrendo de vontade, confesso.

Quanto custa

O custo-benefício de Cape Town é inacreditável. Uma cidade onde se come (e bebe) muito bem e por muito pouco, o transporte (Uber, mais especificamente) é barato e as hospedagens variam, com opções para todos os bolsos.

Custo geral $$ (barato)

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

ÁFRICA DO SUL: 4 DIAS EM JOANESBURGO

Voos diretos, muita história e as facilidades de uma cidade grande: O porquê de não deixar Joanesburgo fora do seu roteiro na África do Sul

Leia também: ÁFRICA DO SUL – UM RESUMO

Joanesburgo – ou Joburg, como é carinhosamente chamada pelos africanos – é a maior cidade da África do Sul e possivelmente a mais (ingratamente) ignorada pelos turistas que passam pelo país. Por ser o hub das aeronaves na porção sul do continente africano, muita gente acaba ficando pelo aeroporto mesmo, sem a menor vontade de conhecer mais da cidade, afinal, por que perder tempo com um lugar tão caótico quanto São Paulo, NYC e outras capitais pelo mundo?

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Joburg vista de Soweto

Aproveitando o voo direto de São Paulo e a minha conexão entre outros destinos que viajei na África*, dei uma chance a essa metrópole onde está grande parte história do país.

*Todos os voos que peguei durante a viagem na África saíram de Joanesburgo, o que meu obrigou a passar por lá cinco vezes. No entanto, só consegui aproveitar a cidade na primeira e na última parada, quando fiquei dois dias em cada.

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Localização de Joanesburgo na África do Sul | Imagem: Google Maps

Como chegar

Há voos diretos saindo diariamente de São Paulo pela South Africa Airways e pela Latam.

O voo dura cerca de 10 horas.

Clique aqui para saber sobre visto e imigração

Quanto tempo

Eu separaria de três a quatro dias na cidade – é o tempo suficiente para visitar as principais atrações.

Clima

O clima na África do Sul é subtropical, equivalente ao do sul do Brasil. Em Joanesburgo, mais especificamente, por causa da altitude, pode fazer bastante frio no inverno (entre julho e setembro), podendo chegar bem próximo a zero graus Celsius. No verão as temperaturas são  amenas,  entre 20 e 30 graus, com bastante chuva.

Transporte

Esse é um tópico importante! A cidade é grande e você não conseguirá fazer muito à pé.

City Sightseeing: O famoso ônibus hop on / hop off de dois andares (já falei dele em outros carnavais). Se você tem poucos dias na cidade, é uma opção interessante, uma vez que as distâncias em Joburg costumam ser grandes.

Metrô: Recebe o nome de Gautrain e não tem muitas estações, mas é uma opção barata para sair do aeroporto, por exemplo, em direção aos principais bairros

Táxi: Só peguei uma vez, no trajeto Aeroporto – Sandton e custou R600.

Uber: O jeito mais fácil e barato para se locomover – funciona bem em toda a cidade.

Segurança

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Bairro de Sandton | Imagem: Divulgação Wikipedia Commons

Minha grande preocupação em Joanesburgo era com relação à segurança, afinal ouvi muitas reclamações nesse quesito. Chegando lá, vi que pode não ser o lugar mais seguro do mundo, mas não há muito para se preocupar também – nada muito diferente do que vivemos nas grandes capitais do Brasil, por exemplo. As recomendações básicas de segurança são as mesmas: evitar andar sozinho à noite, carregue objetos valiosos a mostra e mantenha os pertences sempre próximos ao corpo.

Onde ficar

Conforme mencionei o tópico segurança acima, sugiro os bairros de Sandton, Melrose e Rosebank.

The Winston Hotel ★★★★

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Divulgação: Hotel Winston

Ao chegar na África do Sul, minha primeira parada foi o Winston, um hotel boutique bem charmosinho que fica na “divisa” de Rosebank com Melrose, uma área de classe média (bem) alta, diga-se de passagem. Fiquei duas noites por lá e desses dias, passei bastante tempo no hotel, já que o voo de 11h e um belo jetlag de 5h me pegaram de jeito. Já no check-in, por volta do meio dia, fui surpreendida bem positivamente por um café da manhã cortesia à la carte, servido no quarto – acho que pela minha cara, o cansaço e a fome estavam bem claros, rs. O quarto já estava pronto (apesar do horário do check-in ser oficialmente às 15h) e depois de comer e tomar um banho puder dormir a tarde inteira.

Um dos pontos mais altos não só deste hotel, mas dos serviços na África é o bom humor e educação das pessoas, fiquei impressionada!

Quarto

Os quartos se dividem nas categorias Courtyard range, Superior range e Deluxe range e fiquei na última categoria, a mais simples de todas, no térreo, de frente para a piscina. Apesar de ter ficado num piso baixo, o silêncio era impressionante e qualidade do sono foi muito boa. Minha única queixa foi para os travesseiros, que achei um pouco alto demais (para o meu gosto), mas que foram facilmente substituídos pelo staff quando solicitei.

Lindamente decorado – como o resto do hotel – a categoria deluxe tem cama king size, ventilador de teto/ar condicionado, cofre, tv, máquina de café (com cápsulas), chaleira elétrica, frigobar, água cortesia e uma pequena área de trabalho. No banheiro, ducha potente separada da banheira e amenities L’Occitane, robe e chinelos.

Áreas comuns

Na área externa, o hotel tem uma linda piscina – que deve funcionar mais como decoração já que o tempo de Joanesburgo não costuma ser dos mais quentes – jardim, e no segundo piso, uma pequena biblioteca. Para quem estiver de carro, o estacionamento está disponível gratuitamente.

Restaurante

Dividido em duas áreas, o restaurante propriamente dito e o bar, as refeições no hotel são um espetáculo à parte. Comida deliciosa, com muita opção de pratos locais e um atendimento para lá de especial. Além do café da manhã (incluso), usei o restaurante principal para jantar duas vezes e não me arrependo. Alias, recomendo muitíssimo o Toffee Pudding de sobremesa, um misto de pudim e bolo cheio de caramelo com sorvete de baunilha como acompanhamento: indescritível!

Um ponto negativo para o hotel é com certeza a falta de academia, que pode ser suprida com um voucher comprado por RAD30 na recepção para um day pass em uma academia que fica nas cercanias.

A internet é gratuita em todas áreas do hotel e funciona relativamente bem.

Outro hotel boutique bem legal que tive a chance de conhecer foi o Saxon, uma opção mais luxuosa, para quem procura um pouco mais de conforto.

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Diárias a partir de R$700,00

Hilton Sandton ★★★★

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Divulgação | Imagem: Hilton Sandton

Sandton é o bairro mais empresarial de Joburg. É por lá que a maioria das empresas ficam e não à toa, tem um Hilton. Confesso que só escolhi o Hilton pela localização, mas a verdade é que as instalações são ótimas, além daquele estilão de hotel americano, cheio de funcionalidades, funcionários prestativos e serviço que, dificilmente, irá decepcionar.

Quarto 

Há três categorias principais de quartos: Guest room, Suites e Executive rooms. Fiquei na primeira, a Guest room, um quarto bem básico de 32m2. O que eu normalmente gosto dos Hilton pelo mundo é a estação de trabalho no quarto, que tende a ser espaçosa e bem funcional, e com esse quarto não foi diferente. Além disso, a facilidade de ter máquina de chá e café – que parece ser uma tendência nos hotéis sul-africanos – ajuda muito quem, como eu, não acorda ou dorme sem um bom chá. O banheiro também é ótimo, com uma bancada da pia bem grande (perfeita para quem precisa dividir) e chuveiro e banheira separados. Outros itens relevantes são: cofre, frigobar e chinelos. Uma coisa que eu odeio: carpete no quarto – mas se você não tem rinite, talvez seja um detalhe a desconsiderar.

Áreas comuns

O hotel é bem amplo e tem uma estrutura ótima para viajantes a trabalho: o business center ocupa um andar praticamente inteiro! No entanto, quem está a passeio se mantem entretido com a ótima piscina no térreo, com a quadra de tênis e com a academia, supercompleta. O estacionamento também está disponível e conta com mais uma facilidade: uma locadora da Hertz. Se quiser alugar o carro, você pega e devolve no próprio hotel.

O Hilton Honors, programa de fidelidade do Hilton, permite vários upgrades além de facilidades como check-in e escolha de quarto pelo celular antes de chegar no hotel.

Restaurantes

São 4 restaurantes: o bar da piscina, Faces (restaurante para refeições rápidas no Lounge), Lotus (grill e sushi bar) e o Tradewinds (restaurante principal onde é servido o jantar e café da manhã). As refeições são boas e super bem servidas em todos eles, mas meu destaque vai mesmo para o café da manhã, que pode ser pago a parte ou incluído na hora da reserva – esses hotéis americanos têm essa coisa chata de quase nunca ter café da manhã incluso na tarifa do quarto.

A internet é ótima e funciona bem em todo o hotel.

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Diárias a partir de R$400,00

Protea Hotel by Marriot – OR Tambo Airport ★★★

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Divulgação | Imagem: Protea Hotels

Parte da rede Marriott, essa foi a principal razão para eu ter escolhido ficar duas vezes neste hotel entre as minhas conexões (hello, starwood!)*. O padrão de qualidade é o mesmo no mundo todo e o preço não é tão abusivo, como a maioria dos hotéis próximos a aeroportos. Além disso, o hospede tem à disposição o serviço de transfer de/para o aeroporto a cada meia hora, sem nenhum custo adicional. Para quem tem uma conexão mais longa e quer ficar com conforto perto do aeroporto, o Protea é a minha sugestão.

* Starwood Preferred Guests (SPG) é o programa de fidelidade que recentemente se uniu à Marriott – que até então tinha um programa próprio (Marriott Rewards) – e engloba além dos hotéis da rede Marriott mais onze marcas. 

Quarto

Há três categoria de quartos, que se distinguem basicamente pelo tamanho. São elas (do maior para o menor): Bedroom Suite, First Class Deluxe e Business Class Room. Fiquei duas vezes na First e o ponto alto do quarto com certeza foi o conforto da cama! Realmente não dava vontade de sair dali. Por outro lado, o tamanho do quarto e do banheiro deixam a desejar. Este último, me lembrou bastante os do Ibis Budget, os quais a área do chuveiro e da pia são integrados ao quarto – aqui, separados apenas por uma cortina. De resto, uma pequena estação de trabalho facilita bastante a vida de quem precisa de um cantinho para responder os e-mails e se a fome apertar no meio da noite, o frigobar do quarto está ali, bem ao lado da máquina de café/chá.

Áreas comuns

O que mais achei interessante aqui foi a arquitetura do prédio, que é toda industrial, com paredes de cimento e muito ferro nas estruturas principais. A piscina é ótima – apesar de não ser aquecida e nunca estar muito quente em Joburg e a academia, localizada no subsolo, é pequena, mas funciona bem. O ponto alto deste hotel é o restaurante, que foge bastante do menu hambúrguer/spaguetti de todos restaurantes de hotel.  Na recepção, água, chá e café são disponibilizados gratuitamente 24h por dia.

A internet é gratuita em todas áreas do hotel e funciona relativamente bem.

Importante: No Aeroporto Internacional há 2 hotéis Protea: um dentro do terminal internacional, somente para passageiros em trânsito (dentro da área de embarque) que leva o nome de Protea Hotel OR Tambo Transit e um do lado de fora do aeroporto, há 2 minutos do Terminal 2. Caso faça a reserva com antecedência, verifique qual a melhor opção: no caso do primeiro, é necessário que você esteja vindo de um destino internacional e indo para um destino internacional, apenas conectando em Joanesburgo; já o segundo, você poderá chegar por um terminal e sair por outro, inconveniências, já que ele não está dentro do aeroporto.

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Diárias a partir de R$300,00

City Lodge Hotel – OR Tambo Airport ★★★

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Divulgação| Imagem: City Lodge

Outro hotel que usei para as muitas conexões que fiz na cidade. A rede City Lodge, assim como a Protea, está presente em toda a África do Sul e passei uma noite por lá antes de ir para Seychelles – a minha conexão era de 23h.

Diferentemente do Protea, não é necessário pegar o Shuttle para chegar neste hotel que está localizado no estacionamento do desembarque.

Uma alternativa semelhante de um hotel de trânsito um pouco melhor – pelo dobro do preço – e ainda assim localizado dentro da área do aeroporto é o Intercontinental.

Quarto

Os quartos são todos padronizados, espaçosos, com cama pequena – tamanho queen – e não muito confortável. Uma estação de café e chá está à disposição para uso gratuito, mas não há frigobar.  Já no banheiro, uma vantagem em relação ao Protea: ele é amplo e fechado, dando total privacidade.

Áreas comuns

Por ser um hotel de trânsito, o serviço das áreas comuns é bem básico e só tem o necessário: academia, business center, e restaurante. Usei apenas o restaurante que achei bem mediano, mas quebra um galho. A parte boa é que como o hotel está dentro do aeroporto, facilmente você acessa qualquer outro serviço do JNB.

A internet é bem sentimental, funciona bem de vez em quando.

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Diárias a partir de R$350,00

Curiocity Hostel

Para uma experiência diferenciada de hospedagem, indico o Hostel Curiocity, que embora não tenha me hospedado, ouvi críticas bem positivas e, ao mesmo tempo que é uma opção mais econômica, está bem no centro do bairro de Maboneng, região cercada de antigos galpões de fábricas, totalmente revitalizado (e seguro), mais conhecido por ter se tornado o point hipster de Joburg.

O que fazer

Não se engane se alguém disser que não tem nada para fazer em Joanesburgo!

Compras: Para quem tem interesse em fazer compras na África do Sul, recomendaria Joanesburgo, pela grande oferta e consecutivamente, preços menores, especialmente em itens típicos ou souvenirs – o African Art Craft Market, é uma ótima pedida. Artigos de luxo e necessidades, o Rosebank Mall e o Sandton City Centre, dois grandes shoppings próximos às regiões hoteleiras, têm de sobra. Se você, como eu, é do tipo que prefere mesmo investir em comidas/bebidas locais, não esqueça de levar para casa um bom vinho ou uma garrafa de Amarula – ambos podem ser comprados em qualquer liquor shop – ou ainda parar em um dos supermercados para fazer o carregamento de Rooibos, o famoso chá sul-africano. Gosta de joalheria e tem um dinheiro extra para investir? A África do Sul é a maior produtora de diamantes do mundo, vale a pena dar uma olhada.

Museu do Apartheid: Se você tiver pouco tempo na cidade e tiver que escolher fazer apenas uma coisa, eu diria para ir ao Museu do Apartheid. É uma ótima forma de começar a sua jornada pela África do Sul entendendo melhor como foi o regime do Apartheid que existiu até pouco tempo e ainda permanece na memória do país. O museu é enorme e completíssimo, há milhares de painéis interativos, além de um restaurante, uma lojinha (com um ótimo acervo de livros) e algumas máquinas de snack, para quando uma descansada entre uma sala e outra. Recomendo pelo menos 3h para ficar por ali.

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Gold Reef City: Uma “cidade”, como sugere o nome, com parque de diversões, opera, hotel e Cassino.

Soweto: Durante o Apartheid, a população negra tinha menor acesso às terras, e por não poder se misturar com a população branca, acabou isolada em Townships, comunidades autossuficientes no subúrbio das grandes cidades. Abreviação de South Western Townships, é a maior Township da África do Sul, com aproximadamente 2 milhões de pessoas, e responsável por ter desempenhado um papel essencial na luta contra o regime segregacionista, uma vez que vários líderes políticos cresceram ali. É interessante notar o contraste que existe, desde favelas a casas de classe média alta da população que enriqueceu e permaneceu. A rua mais famosa, a Vilakazi, é ponto turístico por ser a única no mundo onde dois ganhadores do Nobel viveram – Mandela e Tutu. É seguro e você pode ir por conta própria, mas a ida com um guia será uma experiência muito mais enriquecedora. Não deixe de visitar a Casa onde Mandela passou maior parte da sua vida e o museu Hector Pieterson, uma homenagem ao estudante morto nas manifestações que buscavam igualdade no sistema educacional entre negros e brancos.

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Constitution Hill: Uma prisão por onde Mandela e Gandhi passaram durante o Apartheid. Não fui, mas também sugiro ir com um guia, porque se tem uma coisa que esse lugar deve ter, é história.

Johannesburg Art Gallery: Um dos maiores acervos de arte Africana do continente. Do prédio ao acervo, é um programa imperdível para os amantes de arte e o melhor: a entrada é gratuita.

Arts on Main: Em Maboneng, região central da cidade que foi recentemente revitalizada e agora é um reduto hipster, além de restaurantes, lojas independentes e galeria, está o Arts on Main, que é uma combinação de tudo isso em um só lugar. O espaço conta com um restaurante ótimo, o Canteen, uma livraria alternativa, a David Krut Bookshop e, aos domingos, a área externa do Arts on Main recebe o Market on Main, um mercado local que vende um pouquinho de tudo.

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Nelson Mandela Square: Um grande complexo de compras, com Centro de Informações turísticas, teatro e a razão pelo qual a maioria dos turistas vão até lá: uma imensa estatua do Mandela, onde todo mundo acaba tirando uma foto.

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Nos arredores

Se você tem um pouco mais tempo para um bate e volta

The Lion Park: Rola uma grande propaganda em torno desse parque, que fica em Hartbeespoort, cerca de 40km do centro de Joanesburgo. Trata-se de uma maneira viável de ver os animais africanos sem precisar ir a um safari propriamente dito, os quais costumam ser distantes e caros. Mas, na verdade, O que acontece aqui é que se trata de um zoológico, e eu não fui, simplesmente por não apoiar a prática –  ainda mais depois de ter tido a chance de passar quase 10 dias fazendo safaris e vendo animais livre, leve, soltos e felizes. De qualquer forma, se você pode não compartilhar das mesmas filosofias que eu, e esse pode ser um passeio possível estando em Joburg.

Craddle of Humankind: Que a espécie humana começou na África você deve ter aprendido na escola, mas uma coisa que provavelmente não te ensinaram é que um dos maiores sítios arqueológicos do mundo – com mais de 40% dos fósseis dos nossos ancestrais – fica a uma hora de Joanesburgo.

Pretoria: Capital administrativa da África do Sul, distante 60km de Joanesburgo, Pretoria tem alguns museus de história e o imperdível Union Buildings, sede da presidência. Agora, se você está procurando por uma boa razão mesmo, sugiro o premiado restaurante Mosaic, que fica dentro do hotel de luxo The Orient. E por falar em experiências luxuosas, é de Pretoria que sai o Blue Train em direção a Cape Town, uma viagem de um dia e meio em um dos trens mais luxuosos do mundo.

Gastronomia

Em toda a minha passagem pela África, achei Joanesburgo um dos melhores lugares para comer. Os ares de metrópole, cheia de gente ocupada, faz com que a maior diversão da população seja aproveitar as delicias da gastronomia.

Little Addis: Minha primeira refeição em Joanesburgo foi aqui. Imagina, eu tinha acabado de passar 11h acordadas em um voo noturno, sofrendo com um jetlag de 5 horas e morrendo de fome, mesmo ainda sendo hora do café da manhã no Brasil. Fui parar em Maboneng, bairro hipster, e tive que me decidir entre comida etíope ou café da manhã judeu (no Eat Your Heart Out). Escolhi a primeira opção e não me arrependo, foi uma das melhores refeições que fiz durante toda a viagem e o melhor: dois pratos e duas bebidas por 10 dólares! A comida é etíope e super temperada e além de algumas carnes, tem opções vegetarianas incríveis. Pedi a meia porção do prato vegetariano e foi mais do que suficiente, só peça o preto cheio se estiver em mais de 3 pessoas.

Marble: Tudo passa pelo Grill – esse é o conceito que define o restaurante, que claro, tem muitas carnes como carro-chefe. O que causa estranhamento, entretanto, são as (poucas, confesso) boas opções vegetarianas, especialmente na entrada, como a combinação de aspargos com avocado grelhado e as beterrabas assadas na brasa. De prato principal, o risoto – que também é a única opção vegetariana – é uma delícia. Faça reserva antes, costuma ser cheio, mas se for de última hora, o bar comporta bem os clientes.

Luke Dale Roberts: Uma das minhas tristezas em Cape Town foi não ter conseguido ir ao Test Kitchen, o restaurante mais famoso da cidade e que – pasmem – precisa reservar com pelo menos dois meses de antecedência. Quando soube que o mesmo chefe tem outros três restaurantes, não perdi tempo ao reservar o Luke Dale-Roberts, em Joanesburgo. E nossa, que experiência incrível! Mesmo recém-chegada de Seychelles e super cansada, fiquei impressionada com a cozinha autoral! O menu é degustação e pode ser de 5 ou 8 pratos, com harmonização de vinho ou chá. Pedi o menu vegetariano com harmonização de chás e estava incrível! O restaurante cobra uma (salgada) taxa de reserva, que deve ser feita pelo menos duas semanas antes da visita.

Tashas: Espalhado por várias cidades do país, esse café é daqueles lugares perfeitos para uma refeição rápida (e saudável) ou um brunch mais elaborado. Gostei bastante porque tem muitas opções de saladas funcionais e pratos vegetarianos/veganos, além de all day breakast.

Dw 11-13: Mais um da seleção de fine dining, não fui, mas ouvi tantos comentários positivos que resolvi indicar. Fica dentro do Dunkel Shopping, próximo ao bairro de Melrose, e também funciona com menu degustação. Abre tanto para o almoço quanto para o jantar.

The Restaurant: Totalmente fora do circuito turístico, é o restaurante do hotel onde passei as minhas primeiras noites na cidade, o The Winstor, em Rosebank. O bairro em si tem muitos restaurantes bacanas – os quais não consegui ir por falta de disposição – mas me surpreendi tão positivamente com a comida desse hotel boutique, que super indico para quem está passando por ali e quer provar uma comida africana, mas bem muito feita. O toffee pudding, sobremesa inglesa facilmente encontrada na África do Sul, é a melhor pedida no The Restaurant – Comi três vezes em duas noites.

Quanto custa

África do Sul tem um custo benefício maravilhoso! Não compare os custos de uma cidade grande como São Paulo com os de Joanesburgo. Além da moeda deles ser bem desvalorizada com relação à nossa, é bem fácil comer, se hospedar e se locomover com um orçamento de mochileiro. Quer luxo? Também tem e bastante 😉

Custo Geral: $$(barato)

Para saber mais sobre a minha viagem à África, clique aqui.

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[FAMILY TRIP] AS BELEZAS NATURAIS DE FOZ DE IGUAÇU

Comecei outubro/2017 viajando: durante vinte dias, eu e minha família passamos pelo Brasil, Argentina e Uruguai. Nesta série, mostro o lado mais turístico e o que não se pode passar em branco em sua primeira viagem a esses países.

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A minha parte preferida da viagem com certeza foi essa! Foz de Iguaçu é uma delícia e parada obrigatória para todo mundo que está viajando pelo Brasil. Essa foi a minha segunda vez na cidade, então acabarei fazendo algumas comparações com o roteiro da viagem de 2015.

Leia também: Viajando com a família

Brasil ou Argentina?

As Cataratas são divididas em dois “parques”: O Parque Nacional do Iguaçu, em Foz de Iguaçu, no Brasil, e o Parque Nacional del Iguazu, em Puerto Iguazu, na Argentina.

Por ser em uma região limítrofe, pouco importa onde se hospedar se estiver com tempo. Se não, defina os passeios com antecedência e veja o que compensa mais. Achei que do lado brasileiro há mais atrações diurnas (ótimo para famílias) enquanto que do lado Argentino, apesar de ter uma queda d’água mais impressionantes (a famosa Gargante del Diablo), há pouco para se fazer durante o dia, mas boas opções de restaurantes e agitos noturnos.

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Como chegar

Os dois principais aeroportos são:

Aeroporto Internacional de Foz de Iguaçu (FOZ) – Brasil

Aeroporto Internacional Cataratas del Iguazu (IGR) – Argentina 

Pousar no Brasil e ficar na Argentina (e vice-versa) é bem tranquilo. Neste caso, você passará pela imigração por terra, então é preferível fazê-lo tarde da noite ou bem cedinho, para evitar grandes filas.

Sugiro pousar no Aeroporto brasileiro, já que a oferta de voos costuma ser melhor.

Clima

As estações são definidas pela chuva: inverno seco e verão chuvoso. A temperatura é alta durante todo o ano.

Programe a sua visita: O volume das Cataratas atinge o auge durante os meses de setembro e outubro.

Moeda

Real no Brasil e Pesos na Argentina, mas se for fazer os passeios com agências, a cotação é feita com base em dólares. O mesmo também é aceito em alguns estabelecimentos e em compras feitas no Paraguai.

Visto e imigração

As cataratas estão na fronteira do Brasil (Foz de Iguaçu) com a Argentina (Puerto Iguazu) e muito próximas à fronteira do Paraguai (Ciudad del Este). Para circular entre os países, um RG emitido recentemente já é suficiente para cidadãos brasileiro, embora ache que é mais prático viajar com o passaporte. A imigração por via rodoviária costuma ser bem simples, mas evite horários como começo e fim do dia por causa do trânsito.

Transporte

A localização é determinante também com relação ao transporte. Em 2015, tinha pouco tempo e queria descansar, me hospedei dentro do Parque (do lado Argentino) e não precisei usar nenhum transporte, além do táxi de/para o aeroporto.

Dentro das cidades de Foz de Iguaçu e Porto Iguazu, assim como nos respectivos aeroportos, se encontra táxis com preços amigáveis.

Para as áreas mais remotas, há duas opções:

Carro: Mais barato e permite mais flexibilidade de horários.

Shuttle/ Agência: Mais caro e mais cômodo. Fiz todos os meus passeios com diretamente com o hotel (leia mais abaixo), reservando direto com o concierge (leia mais abaixo).

Onde ficar

Tanto do lado argentino quanto do brasileiro, me hospedei dentro do Parque Nacional.

Puerto Iguazu

Meliá Puerto Iguazu ★★★★

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Foto: Meliá Hotéis | Divulgação

Em 2015, tive apenas dois dias em Puerto Iguazu e por sorte me hospedei no Sheraton e consegui fazer todos os passeios andando a partir do hotel, o que otimizou demais o meu tempo. O hotel, agora parte do grupo do Meliá, manteve a mesma a estrutura e oferece várias trilhas para o Parque saindo do jardim do hotel.

As áreas comuns incluem restaurante, gift shop, spa, academia e piscina.

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Diárias a partir de R$1000,00

Foz de Iguaçu

Belmond Hotel das Cataratas ★★★★★

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Ponto alto da Family Trip foi a hospedagem em Foz: ficamos no Belmond Cataratas e tivemos uma experiência incrível!

O hotel é lindo e é o único dentro do Parque, o que proporciona lindas manhãs e um pôr do sol para lá de exclusivo. Além disso, o serviço é excepcional! O hotel é inteirinho bilíngue (o que fez muita diferença para a parte da minha família que não fala português), e o serviço de concierge nos disponibilizou um guia e um motorista full time!

Outros detalhes que fazem a diferença, é a arrumação do quarto duas vezes por dia com reposição de água e um par de havaianas como welcome gift!

Com certeza foi um dos hotéis mais lindos onde já me hospedei!

As áreas comuns incluem restaurantes (3 no total: um na área da piscina, um casual e um de alta gastronomia), lojas, academia, spa e piscina.

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Diárias a partir de R$1500,00

O que fazer

Comparando as duas viagens, uma coisa que percebi é que tem muito mais atividades do lado brasileiro do que do lado argentino.

Na Argentina

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Cataratas del Iguazu: O ponto alto do lado argentino das Cataratas é a Garganta del Diablo, a queda mais intensa das Cataratas.

Ice bar: Um bar todo feito de gelo, com temperaturas em torno de 10 graus negativos. Só dá para ficar lá dentro 30 minutos, então é entrar, beber, tirar umas fotos e sair antes de congelar (literalmente).

Casino: Casas de jogos são permitidas na Argentina e é claro, não faltaria em Puerto Iguazu.

Free Shop: O maior Duty Free que já vi na vida está lá, no meio de uma estrada depois da imigração argentina. Não fui, mas acredito que, assim como nos outros free shops do mundo, compense para comprar perfumes e bebidas. Eu deixaria para comprar eletrônicos no Paraguai.

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No Brasil

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Cataratas do Iguaçu: Você veio até aqui para isso, não é mesmo? A visitação do parque é aberta a todos, mas a vantagem de se hospedar no Belmond é poder ver o pôr do sol com exclusividade (o parque fecha às 17h para os visitantes externos) e claro, ter a comodidade de visitar toda a área à pé. As quedas d’água, entretanto, são mais “suaves” do lado brasileiro, o que não é totalmente ruim, já que a vista também é melhor. 

Macuco Safari: Aqui é basicamente a combinação de dois tours: uma curta caminhada pela floresta com o guia e em seguida, o passeio de barco pelas cataratas. O barco não tem muita emoção, totalmente diferente do que fiz na Argentina, e permite uma visão melhor das Cataratas.

Parque das Aves: Não queria fazer, mas fiz e adorei! Super instrutivo, explica a ampla fauna da região e todas as espécies que você pode imaginar de pássaros estão por lá.

Itaipu: Localizada em uma área comum ao Brasil e ao Paraguai, a hidrelétrica tem a maior produção de energia do mundo. Acredite, o tour é bem mais interessante do que parece e dá para aprender muito! Acho esse passeio imperdível!

Templo Budista: Uma atração que ninguém espera encontrar ali, na tríplice fronteira, e que foge totalmente do ecoturismo de Foz. O local é lindo e a entrada é gratuita. 

Museu de Cera (Dreamland): Não fui porque acho Museu de Cera tudo meio que a mesma coisa. Acho que é uma opção legal para quem viaja com criança.

Voos de helicóptero: Morro de medo de avião, então pulei essa atividade que também era oferecida pelo hotel. É um sobrevoo de 10 minutos pelas Cataratas dos dois lados. Acredito que deve render ótimas fotos, mas preferi ficar com as fotos que tirei com o drone (dá quase na mesma).

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Gastronomia

Apesar de não serem all-inclusive, fiz todas as minhas refeições nos hotéis onde me hospedei.

O café da manhã estava incluído na diária do Belmond e do Sheraton.

O que levar na mala

  • Roupas leves (shorts, camisetas, regatas)
  • Capa de chuva
  • Tênis confortável
  • Roupa dry-fit
  • Muitas meias
  • Biquíni/maiô/ sunga
  • Havaianas
  • Óculos de sol
  • Chapéu/viseira
  • Necessaire: protetor solar, repelente, desodorante, elásticos/grampos de cabelo
  • Kit básico de primeiros socorros (na primeira vez, me cortei em uma pedra e na última, fui picada por um marimbondo no primeiro dia).
  • GoPro

Dicas práticas

  • Uma coisa que sempre falo para todo mundo que me pede dicas de Foz é: Você ficará molhado durante toda a viagem. Sim, quase todos os passeios envolvem água, e quando não, a umidade e o calor são tão grandes que com certeza, você estará suando.
  • Prepare-se para andar muito, então não esqueça de incluir um bom par de tênis para as trilhas.
  • É comum ser “perseguido” por alguns animais, especialmente macacos e coatis. É importante não os alimentar e sempre trancar portas e janelas, assim como ficar atento aos pertences pessoais (sim, já vi macacos “roubando” tênis da varanda de outros hóspedes).

Custo geral:  $$$(moderado)

Leia mais: Por onde a Family Trip passou

 

CARTAGENA, A FOTOGÊNICA

Muitos adjetivos poderiam descrever Cartagena: apaixonante, calorosa, acolhedora, turística…mas nenhum faz tanto sentido quanto fotogênica.

Precisa viver em outro planeta para nunca ter ouvido falar da minha queridinha. Cidade mais visitada da Colômbia, casa de Gabo, dona do principal porto do país e garantia de uma boa festa, Cartagena costuma estar – com frequência – nas lista de hot destinations pelo mundo.

Mochileiros, viajantes de luxo, família, casais, viajantes desacompanhados… Do momento do pouso até a triste despedida, ninguém se arrepende de passar por aqui.

E a melhor parte? Tudo isso pertinho do Brasil!

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O título já diz muito, mas reforço: Cartagena entrou definitivamente na lista das minhas cidades preferidas no mundo. Talvez seja a atmosfera cultural, o clima tropical envolto pelo mar do Caribe – ou tudo isso junto, mas a verdade é que cheguei na cidade para ficar míseros dois dias e acabei ficando oito, e já adianto: não foi suficiente.

Como chegar

A partir do Brasil:

AVIANCA: via Bogotá

LATAM: via Bogotá

COPA: via Cidade do Panamá

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Fui de LATAM e voltei de Copa e achei e o serviço da segunda imensamente melhor: voos pontuais, check-in rápido, tripulação prestativa, ótimo espaço entre as poltronas e refeições bem decentes (para classe econômica). 

O voo partindo de Bogotá dura cerca de 1h30 e a partir da Cidade do Panamá, 50 min.

Clima

QUENTE, mas quente mesmo. Durante o ano todo, a temperatura oscila entre 25 e 30 graus, mas a umidade é altíssima, fazendo que durante o dia a sensação térmica fique bem próxima aos 40 graus.

Nos meses de maio a setembro costuma chover, mas o clima é bem incerto, então esteja preparado para possíveis pancadas de chuva mesmo fora de época.

Língua

Oficialmente, espanhol. Inglês e Portunhol também são amplamente praticados.

Moeda

Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil achá-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei por sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico para minha viagem a San Andrés.

Leia mais: Revéillon em San Andrés

Visto e Imigração   

Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido nos últmos 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação é banido o embarque.

Clique aqui para saber como fazer o seu certificado.

Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.

Transporte 

O táxi é a opção mais prática para quem se hospeda fora do circuito central, enquanto que, ficando na Cidade Amuralhada, se faz tudo a pé. Alugar um carro faz sentido para conhecer as outras cidades costeiras, como Barranquila e Santa Marta.

Para conhecer os principais pontos de turismo, o ônibus Hop on/ Hop off está disponível em toda a cidade.

Onde ficar

Dividi a minha estadia em dois hotéis:

Sofitel Santa Clara ★★★★★

Dos hotéis mais lindos que já fiquei nessa vida e cheio de história. O local que hoje é hotel cinco estrelas, costumava ser o famoso Convento de Santa Clara, que deu vida à obra Do Amor e outros demônios, do escritor Gabriel Garcia Marquéz. É o hotel mais luxuoso de Cartagena, um dos melhores em que já me hospedei e uma ótima opção para uma comemoração especial.

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Foto: Divulgação Sofitel

Quartos

Os quartos são das categorias Classic, Superior ou Luxury e variam entre 26m2 e 34m2. Fiquei no Luxury, no último andar com vista total da piscina e parcial do mar. O quarto de 34m2 tinha frigobar, máquina de café/chá, água e frutas cortesia, dock station da Bose, TV e equipamento de vídeo. No banheiro, chuveiro sem banheira e amenities Lanvin.

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Quarto idêntico ao que fiquei no Sofitel | Foto: Divulgação Sofitel

Áreas comuns

Minha parte preferida desse hotel com certeza foi a piscina! Ela é imensa e está bem ao centro do prédio principal, circundando toda a propriedade. Além da estética, piscinas em Cartagena são um caso de sobrevivência – não à toa quase todo hotelzinho tem uma. Como faz muito calor durante o dia, é bem difícil fazer qualquer coisa que não seja ficar de pernas para o ar (ou melhor, na água) se refrescando.

A infraestrutura também favorece: o bar da piscina também fica ali à disposição para os melhores drinks e snacks, não precisando sair de lá nem para almoçar.

Restaurantes

Bar da piscina: serve drinks e snacks e funciona da abertura ao fechamento da piscina

El Claustro: Informal, serve café, almoço, jantar e chá da tarde.

1621: Requintado e um dos mais premiados de Cartagena, recomendo a visita mesmo para quem não está no hotel. Reservas são obrigatórias, faça-as com antecedência e solicite uma mesa na área externa (jardim).

O café da manhã pode ou não estar incluído na reserva, no meu caso, não estava. Mesmo assim, paguei o equivalente a 70 reais para ter o café da manhã completo no El Claustro e valeu cada centavo. O café também abre ao público externo e é uma ótima alternativa para fazer uma refeição bem completa sem precisar gastar muito.

Bem-estar

Spa e academia completa.

O wifi cobre bem toda a área do hotel e funciona super bem.

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Diárias a partir de R$1200,00

Épica House Luxury Hotel ★★★

Como mencionei anteriormente, cheguei na cidade para ficar dois dias e prolonguei a estadia para uma semana! Amei ter ficado no Santa Clara (impossível não gostar), mas em semana de Festival de Música (leia mais abaixo), o hotel estava lotado e não consegui estender meus dias por lá.

Como a cidade é cheia de hotéis boutique, escolhi dar uma chance ao Épica House, que fica super bem localizado e tem uma proposta que me pareceu bem interessante. Trata-se de três casarões antigos que foram reformados e anexados, formando uma grande casa, mas que ainda assim, podem funcionar como locações distintas. Se você estiver em um grande grupo, por exemplo, pode fechar uma casa e terá cozinha e piscina privativa.

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Área do café da manhã | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Caso esteja interessado em uma viagem mais “calma”, penso que considere outro hotel, já que a Épica está ao lado de um clube noturno e os hóspedes que alugam a casa inteira costumam dar festas até altas horas sem que o pessoal do hotel faça nenhuma interdição.

Quartos

Há duas categorias: a Standard e a Deluxe e acabei me hospedando nas duas.

Nas duas primeiras noites fiquei na categoria Standard na casa anexa e foi um pesadelo! O quarto era pequeno, sem janelas e com um super cheiro de mofo. Para piorar, as paredes pareciam invisíveis durante a noite, quando a casa vizinha fazia festa até de madrugada e conseguia ouvir tudo! Na terceira noite fui transferida para um quarto Deluxe na casa principal e tudo mudou! O pé direito era altíssimo, com uma janela imensa que ia quase do teto ao piso e por ser no último andar, era um silêncio reinava.

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Quarto Deluxe idêntico ao que fiquei após o upgrade | Foto: Divulgação – Épica Luxury House

Áreas comuns

Em cada casa há uma piscina e esse é basicamente o único entretenimento disponível. Como não há restaurante, o café da manhã é servido gratuitamente no último andar da casa principal.

Alerta fraude: Logo no check-in fomos informados que o café da manhã era preparado por um chefe que elaborou um menu especial. A verdade é que não há um menu prévio e o “chefe” em questão preparou ovos todos os dias como a única opção.

O wi-fi é gratuito, mas não funciona muito bem em nenhum lugar.

estrelas epica

No geral achei o hotel lindo, mas é um custo-benéficio que simplesmente não compensa. Reservando com antecedência, se encontra hotéis-boutique melhores e pelo mesmo valor.

Diárias a partir de R$$460,00

O que fazer

Compras

Esmeraldas: É tanta loja que acaba sendo difícil escolher. Achei o preço MUITO melhor em San Andrés, então se você também está indo para lá, é melhor se conter em Cartagena. Em Bogotá também tem um Museu de Esmeraldas com uma loja, acredito que também seja mais em conta.

Callejon de los Estribos: Extensa rua onde estão as principais lojas e um dos melhores lugares para comprar a famosa Wayu bag.

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Dica: Os preços da Wayu variam de acordo com o material, estampa, cores e tamanho, portanto, pesquise bastante! Comprei a minha por US$35, mas vi por até US$85.

Las bovedas: Uma construção toda em arco onde cada porta é uma lojinha. Tem de tudo, inclusive muitas esmeraldas.

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Carrinho de drinks de café em frente a Las Bovedas

Abaco libros: Uma pequena livraria que também é cafeteria. É uma delícia para passar as horas e comprar alguns exemplares em espanhol – Para quem gosta de Gabo, eles têm praticamente todos os títulos!

Pela cidade

City Tour: Cartagena é um lugar cheio de história e ter um guia ajuda muito entender as coisas e “ligar os pontos”. Há opções de tours em grupos e até mesmo um ônibus hop on, hop off, como em toda boa cidade turística, mas se puder, recomendo mesmo fazer com um guia particular, que além de ir no seu ritmo, pode customizar a experiência.

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Portas de Cartagena

Anualmente a prefeitura premia a varanda mais decorada do Centro Histórico. Assim, é comum encontrar as famosas e coloridas casinhas por todo o canto, o maior cenário aberto para turistas.

Igrejas: Para quem gosta de arte Sacra, as catedrais de Cartagena dão um show a parte. As principais são: São Pedro, Santo domingo e La Catedral.

Museus: um prato cheio para quem gosta de cultura, a visita aos prédios históricos é imperdível. Fora do eixo turístico do centro, o Castelo de San Felipe de Barajas construído para proteção durante as frequentes guerras no “novo mundo” é um must do. Vá bem cedinho pela manhã para evitar o calorzão e a lotação. Já na Cidade Amarulhada, se você gosta de arte, separe uma horinha para conhecer o Museu de Arte Moderno, onde a entrada é gratuita. Por fim, mas não menos importante, o Palácio da Inquisição, onde costumava funcionar o tribunal do santo oficio.

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Castillo San Felipe de Barajas

Existem alguns pequenos “museus de esmeralda” espalhados por Cartagena, mas não se engane – eles não passam de lojinhas onde na entrada, tem alguma explicação. Por curiosidade visitei o que fica em Bocagrande, o maior deles. Nele, fiz um tour guiado que mostra o processo de lapidação e as principais variedades espalhadas pelo mundo.

Tour Gabriel Garcia Marquez: Não fiz, mas queria muito ter feito. Uma das coisas que me deixou bem chateada é que a antiga casa de Gabo é uma residência privada e não está aberta a visitação. Como uma alternativa, algumas agências oferecem um tour guiado onde são detalhados os lugares que fizeram parte da história do autor pela cidade.

Festival Internacional de Música: Anualmente, em janeiro, Cartagena recebe o Festival de Música Clássica. Os concertos estão espalhados em várias locações, e claro, os mais tradicionais (como o que acontece no Castelo de San Felipe Barajas) esgotam antes, então é bom comprar com antecedência. As vendas normalmente abrem em meados de novembro. Comprei meu ingresso logo que cheguei na cidade para Estive assistir um concerto de música mexicana e colombiana, mas quase tudo já estava esgotado.

Noite: O que não falta são atrações noturnas, a maioria funcionando de quarta a sábado a partir das 22h da noite. Recomendo o Bazurto Social Club e o Café Havanna

Bairros

Beeeem resumidamente, podemos dividir Cartagena geograficamente em três principais bairros.

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Cidade amuralhada: É o que muita gente chama de Cartagena propriamente dita: Turistica, histórica, Patrimônio da Unesco. Acho que vale muito a pena se hospedar por aqui e ter aquela magia ao acordar de manhã que só Cartagena traz. Um milhão de lojas, hotéis, restaurantes e atrações… é bem difícil ficar entediado por aqui.

Getsemaní: Famosa pela boêmia, aqui estão a maioria dos bares e alguns bons restaurantes. No passado, pertenceu à área murada, sendo hoje vizinha do que conhecemos com o Centro de Cartagena. A principal atividade aqui com certeza é a vida noturna e um ponto super positivo é que é fácil se deslocar à pé até a cidade Amarulhada.

A rede Four Seasons está construindo em Getsemaní o hotel que será o mais luxuoso de Cartagena.

Bocagrande: É a cidade nova, algo como um Porto Madero em Buenos Aires. Por aqui, estão os prédios mais modernosos e é onde fica a costa, propriamente dita. Funciona bem para viagens corporativas e/ou se você gosta de se hospedar em grandes redes, como os hotéis Hilton.

Leia mais: Buenos Aires e o Elton John que nunca aconteceu

Praias

Você pode até arriscar ir em uma das praias da cidade, não é ruim, mas também não é maravilhosa. A areia e a água escura, de origem vulcânica, passam longe do que se espera de uma região banhada pelo Mar do Caribe.

Para apreciar o clássico cartão-postal caribenho, visite uma das ilhas que formam o arquipélago.

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Isla del Rosário

Islas del Rosário: Relutei em fazer esse passeio, afinal já tinha passado 6 dias em San Andrés, mas como estendi minha estada em Cartagena, acabei indo à Praia Blanca, uma das que formam as Islas del Rosário. Ao comprar esses tours, normalmente a agência reserva um clube de praia onde você passará o dia com uma infraestrutura legal e almoço incluído. Saí do hotel na Cidade Amuralhada às 8h e voltei às 17h, ou seja, vai o dia inteiro. Vale se programar direitinho e se tiver um tempo livre, conhecer uma das ilhas.

Leia também: Cartagena – Gastronomia democrática

O que levar na mala  

Protetor Solar, repelente, roupas de banho (biquíni, sunga, etc), chapéu e roupas muito leves.

Sobre mosquitos: Não vi muita gente dando atenção aos mesmos, mas vale ressaltar a importância do repelente, especialmente para quem viajar na época das chuvas ou para os day tours às ilhas anexas.

Quanto custa

Por ser a cidade mais turística da Colômbia, não é a mais barata. Se por um lado tudo é feito a preços turísticos, por outro a cidade oferece muita opção, e baratear ou encarecer a estadia, dependerá definitivamente das escolhas que você fizer. Para quem está acostumado com Estados Unidos/Europa, diria que é uma viagem bem em conta.

Custo geral $$ (barato)

 

 

 

 

RÉVEILLON EM SAN ANDRÉS

Agora sim, FELIZ ANO NOVO! Estava meio desaparecida por motivos de: curtindo demais cada cantinho da Colômbia.

E 2018 não poderia ter começado melhor: sombra e água (do Caribe) fresca, comida boa e muita mandiga para fazer esse ano vingar. San Andrés é o melhor dos dois mundos: a latinidade colombiana e a paz do Caribe.

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Leia também: Réveillon em Paradise Island, Bahamas

San Andrés, é uma das ilhas do arquipélago caribenho, junto com Providencia e Catalina, que apesar de pertencer à Colômbia desde 1803, está muito mais próxima da Nicarágua.

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Um pontinho no Mar do Caribe | Imagem: Google Maps

Como chegar

Do Brasil, se chega de:

AVIANCA: via Bogotá

LATAM: via Bogotá

COPA: via Cidade do Panamá

O voo partindo de Bogotá dura cerca de 2h00 e a partir da Cidade do Panamá, aproximadamente 1h.

Clima

Calor ameno o ano inteiro – entre 22 e 28 graus Celsius –  com período de chuvas que vai de agosto a novembro.

Porém, atenção: de acordo com os locais, essa previsão está mudando, tanto que dos 6 dias que fiquei na ilha em janeiro, quatro foram de chuvas.

Língua

Oficialmente, espanhol e crioulo inglês – herança da presença inglesa na ilha. Devido à imensa quantidade de turistas brasileiros, portunhol também é amplamente praticado.

Moeda

Na Colômbia a moeda é o Peso Colombiano. Como é relativamente difícil acha-lo em Casas de Câmbio no Brasil e, considerando que a aceitação de reais é mínima por lá, recomendo levar dólares e trocá-los na entrada do país. Optei sacar todo o dinheiro diretamente do caixa eletrônico ainda no aeroporto, já que precisei de cash para pagar o boleto turístico (leia mais abaixo).

Visto e Imigração

Brasileiros não precisam de visto para entrar na Colômbia, podendo, inclusive, viajar apenas com um RG válido que tenha sido expedido em menos de 10 anos. Já a vacina de febre amarela passou a ser obrigatória em 2017 e sem o Certificado Internacional de Vacinação não te deixarão nem embarcar no voo.

Clique aqui para saber como fazer o seu certificado

Para voos com escala no Panamá, o passaporte é obrigatório.

Boleto turístico: Para entrada na ilha, deve ser adquirido o boleto turístico pelo valor de COP105.000,00. Vendido no guichê da própria companhia aérea na sala de embarque da conexão ou na entrada do país, deve ser pago integralmente em dinheiro na moeda local. Como fiz a minha conexão em Bogotá, saquei o dinheiro por lá mesmo, no caixa eletrônico. Após a imigração, uma das vias do boleto retorna ao passageiro e deve ser guardado e apresentado na saída do país.

A super população é um constante problema em San Andrés, fazendo que a permanência seja restrita: a entrada só é concedida para turistas que portem passagem de ida e de volta.

Transporte

Os meios de transporte mais convencionais para longas distância são a moto e a mula (um carrinho de golfe de alta velocidade, que funciona com combustível). Para quem se hospeda longe do centro, o táxi também é uma opção.

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Atenção: Os táxis são super velhos e, muitas vezes difíceis de identificar. Todos operam sem taxímetro, cobrando o quanto quiserem. Para evitar surpresas desagradáveis, é essencial combinar o preço antes de entrar no carro. No aeroporto, há um ponto de táxi na saída, que funciona 24h.

Onde ficar

A coisa que mais li/ouvi é que para aproveitar San Andrés tem que ficar no Centro. Particularmente, discordo. Optei por um hotel super reservado à beira-mar na Praia de Cocoplum, divisa com a Praia de Rocky Cay, na região de San Luís. Achei a praia maravilhosa, além do incomparável sossego, essencial para quem curtir um Caribe mais relax.

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Praia de Cocoplum 

Atenção: San Andrés é desses lugares quase sempre cheios, mas é de dezembro a março e de junho a agosto que costuma ficar pior. Caso viaje em uma dessas épocas, sugiro reservar com o máximo de antecedência. Quando fui fazer a minha reserva, três meses antes de viajar, encontrei opções limitadíssimas!

Cocoplum Hotel ★★★★

Verdade seja dita: o bom serviço não é dos pontos altos de San Andrés, e o mesmo vale para a hotelaria. A ilha é dominada pelo Decameron, rede de resorts locais que funcionam no esquema all inclusive. Confesso que fujo desse tipo de hotel e encontrar um bom hotel que não fosse de rede por lá não foi das tarefas mais facéis.

A principal razão para escolher o Cocoplum foi a localização: suficientemente distante do agito para me garantir alguns dias de paz e descanso.

No TripAdvisor, o hotel divide as opiniões: há quem ame e há quem odeie. Muitos reviews o classificam como muito ruins, falando sobre gente que foi assaltada, staff que abriu o cofre, problemas com a limpeza do quarto, chuveiro que não funcionava, e por aí vai. Sorte ou não, não tive nenhum problema com o hotel e ainda achei as instalações bem melhores que a média, com a vantagem de ser pé na areia.

Em sua área comum conta com uma pequena piscina – usada somente pelas crianças –restaurante, guarda-sol/cadeiras de praia, praia privativa com serviço de bar exclusivo, serviço de massagem e agendamento de passeios.

Economize! San Andrés não tem fonte de água doce, assim sendo, toda água é proveniente de dessalinização.

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Área externa: ruim não tava, rs 

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Os quartos se dividem nas categorias Standard, Family ou Junior. Escolhi a última categoria por ser a única disponível para reserva – que foi feita 3 meses de antecedência – e acomoda bem quatro pessoas em 46 m². São dois cômodos, o primeiro uma ante sala com uma cama de solteiro e um sofá cama, seguido por um quarto com cama queen, TV, cofre, ar condicionado, armários, frigobar e vista para o mar.

Tanto a categoria Junior quanto a Family são ótimas alternativas para quem viaja em família.

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Vista do quarto 

quarto san andres

O banheiro, bem simples, porém espaçoso, tinha uma ducha horrível – bem fraquinha -mas que felizmente operava com água quente 24h.

Atenção: Na maioria dos hotéis, a energia é obtida por placas solares. Dependendo do tempo, o abastecimento pode ser prejudicado, sendo bem comum que do fim da tarde em diante não se tenha água quente. Tomei banho apenas uma vez durante a noite e a água estava aquecida, mas na dúvida, melhor não correr o risco.

Restaurante

O café da manhã é incluso, mas eu diria que foi a única parte negativa da estadia. Há um buffet bem simples com café, leite, iogurte, cereal e pães e um cardápio fica à disposição nas mesas com outras opções, permitindo que cada hospede monte um combo com até três itens, dentre eles ovos, panquecas, queijo, presunto, misto quente, etc. Não era ruim, mas comer a mesma coisa durante seis manhãs seguidas me deixou um pouco entediada, não aguentava mais ver ovos na minha frente no último dia, rs.

Já ao contrário do café, as refeições que não estavam inclusas – almoço e jantar – eram bem gostosas. O cardápio era imenso e foi difícil enjoar, mesmo tendo jantando no hotel várias vezes.

Obs. Apenas o café da manhã estava incluso nas minhas diárias, mas sei que existe uma opção de meia pensão, incluindo também o jantar.

escala hotel san andres

Diárias a partir de R$400.

O que fazer

Compras: Assim como em outros países da América Central, o centro de San Andrés funciona como um enorme Duty Free. Os produtos são isentos de impostos, o que torna bem interessante a compra de importados, com preços bem mais convidativos do que os do aeroporto. Outros itens que valem uma olhada são protetores solar – comprei todos por lá  por um preço bem justo – e esmeraldas. Achei os preços de esmeraldas em San Andrés bem melhores do que os de Bogotá e Cartagena, então guarde um dinheirinho se tiver interesse em itens de joalheria.

Tour pela ilha: O jeito mais fácil de conhecer todos os cantinhos da ilha é alugando uma moto ou carrinho de golfe.

Atenção: Existem dois tipos de carrinhos: o carrinho de golfe e o mule, que é a versão motorizada a base de combustível. Se possível, alugue o segundo, que é mais caro, mas bem mais potente.

Se a ideia é somente dar uma volta, sem ficar muito em nenhum lugar, recomendo o aluguel por umas 3h, é mais do que suficiente. Caso tenha alguma atividade planejada, tipo, passar umas horas na West View ou almoçar/jantar, compensa alugar uma diária completa.

Os preços variam bastante, e em alta temporada, quando a demanda é alta, pode sair bem caro. No Renta Car Esmeralda, 3h saiam por COP 180.000 e a diária, COP 450.000.

Rocky Cay: Uma ilhota de 26m2 onde a principal atração é a prática de snorkel e a visita a um navio encalhado. Na maré baixa, se chega lá andando a partir da praia.

Johnny Cay, Haines Cay e El Acuario: Tour mais popular por lá, acontece diariamente, e assim como a ilhota anterior, visa a apreciação da vida marinha por meio de mergulho e/ou snorkelling. Os barcos saem do centro e levam cerca de 15 minutos para chegar na primeira ilha.

La piscinita: Um pedacinho de mar cercado por rochas que formam uma piscina natural.

West View: Uma área privada ótima com trampolim, bar e cadeiras de praia. A entrada custa COP3000,00 por dia.

Praia Spratt Bright: É a praia do centro. A mais cheia, com mais comércio e também uma das mais fáceis de se perceber os famosos 7 tons de azul.

Mergulho: Uma das principais atividades, San Andrés possui a terceira maior extensão de corais do mundo e uma água bem cristalina que favorece a observação de diversas espécies marinhas.

Snorkelling: Para os menos aventureiros, há vários locais de fácil acesso para pratica de snorkelling. É possível comprar os equipamentos no centro ou aluga-los com os guias ou na recepção da maioria dos hotéis.

Parasail: Sobrevoo no mar feito de paraquedas puxado por um barco, dura cerca de 15 minutos e depende essencialmente da condição climática para ser feito.

Visitar as outras ilhas: Providencia e Catalina, as outras ilhas do arquipélago são bem mais calmas que a big sister. Se chega de avião ou de barco.

Noite: Coco Loco é o nome do point da ilha. Fica no Centro e toca prioritariamente ritmos latinos.

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Spratt Bright 

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Reveillon na Colombia

Para quem planeja passar o réveillon na Colômbia, super recomendo a experiência. Estava um pouco apreensiva antes de marcar a viagem porque achei muito pouca informação do que acontecia na ilha durante essa temporada – além do fato que, assim como quase todos os outros lugares do mundo, estaria lotada.

Como desembarquei por lá no dia 29 à noite, não tive muito tempo de agendar nada, mas por sorte, o nosso hotel planejou uma super festa no Acqua Beach Club, um clube de praia, localizado ao lado do hotel, pés na areia na super tranquila praia de CocoPlum. Ou seja, se você, assim como eu, evita muvuca sempre que pode, essa é uma opção interessante para descansar e ao mesmo tempo aproveitar uma festança – se tem uma coisa que os colombianos, assim como nós brasileiros, sabe fazer muito bem, é festa.

A festa custava COP 150.000 para o público externo e foi gratuita para os hospedes do hotel.

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Estrutura montada no Acqua Beach Club
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Apresentação do Carnaval de Barranquilla

O Menu

O cardápio da nossa festa foi bem farto – como costuma ser nas celebrações de fim de ano na Colômbia – e com bastante frutos do mar. Entre os pratos, tivemos:

  • Polvo apaixonado
  • Ceviche Costeño
  • Ceviche de manga
  • Lombo russo
  • Salada de lagosta
  • Salada fresca
  • Arroz com amêndoa
  • Degustação de sobremesas
  • E ao fim, claro, as famosas uvas.

As tradições

Assim como nós temos por hábito vestir branco e pular ondas, eles também têm alguns costumes interessantes. Em toda mesa de fim de ano, há uvas em abundância, já que cada convidado deve comer 12 unidades (uma para cada mês do ano), para trazer sorte e fartura. Outra coisa que achei divertida/macabra é que é costurado um boneco, o qual eles chamam de año viejo, e um pouco antes da meia noite, o boneco é levado para uma área aberta, e queimado – dessa forma, toda a energia ruim do ano anterior é incinerada. E por último, ouvi locais dizendo que à meia-noite, corre-se no quarteirão, em volta de casa, com uma mala vazia. O intuito? Atrair novas viagens durante o ano que se inicia. Confesso que achei essa última interessante e pensei em fazer, não fosse a complicada logística de correr pela areia de branco, com uma mala, haha.

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Año viejo sendo queimado

Gastronomia

Fiquei completamente apaixonada pela comida colombiana, super fresca, sortida, e em muitos aspectos parecida com a nossa.

O prato típico é peixe, banana e arroz de coco.

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La Regatta: Restaurante de frutos do mar mais famoso/sofisticado. Precisa de reserva com bastante antecedência, acabei não conseguindo ir.

Perú Wok: Um misto de culinária peruana e caribenha, com uma área externa com vista para o mar. Os pratos são SUPER bem servidos, então para quem não come muito, sugiro dividir os pratos principais. O preço é justo pela qualidade/quantidade de comida.

Punta Sur: Localizado ao extremo sul da ilha, talvez seja uma boa parar por lá no dia do tour pela ilha. Mais uma vez, o ponto forte são os frutos do mar, em especial os peixes. Vale a visita pela vista.

The Grog: O restaurante que mais gostei e por sorte, era vizinho ao nosso hotel. Pé na areia, bem simples e barato, provavelmente o melhor peixe de San Andrés está aqui. Abre somente para o almoço e fecha às terças. Recomendo muito!

Mister Panino: Para aqueles dias em que se está cansada de comer frutos do mar, italiano sempre salva. Esse restaurante é o mais popular de comida mediterrânea, fica escondidinho em uma galeria e vale a visita para comer uma boa massa. Recomendo o spaguetti ao pesto que comi, mas, mais uma vez, se não estiver com muita fome, melhor dividir, vem bastante comida.

Da Vanni: Mais um italiano, dessa vez, não tão bom quanto o Mr Panini. O espaço é bem amplo e o cardápio também. A pizza que vi em outras mesas me pareceu melhor que a massa que pedi.

Pallet&Co: Quiosque de picolé em frente à praia de Spratt Bright, não tem erro. Todos são super artesanais e mega cremosos.

peru wok

Pallet & CO
Quiosque de sorvete: um retrato da felicidade, rs
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Doces típicos

O que levar na mala

Protetor solar, hidratante, repelente, roupas leves, sapatilha para mar (evita cortes em corais).

Quanto custa: $$(barato)

Leia mais: Dicas e roteiros para viajar pela América do Sul

 

 

MENDOZA ALÉM DO VINHO

Cidade, montanha e esportes radicais: O potencial de Mendoza, na Argentina, é altíssimo e vai muito além dos seus vinhedos. Aqui, mostro a infinidade de possibilidades e o meu (enxuto) roteiro de quatro dias

Considerada a Oitava Capital Mundial do Vinho, Mendoza está pertinho do Chile e aos pés das Cordilheiras dos Andes. Muito de sua fama vem do turismo, o que faz com que todos os locais saibam receber muito bem.

Mais visitada por brasileiros, europeus e norte-americanos do que por argentinos, fez sua fama graças ao vinho, herança da massiva imigração européia no século 19.

É um destino completo: mescla urbano e natureza e uma gastronomia sem igual. Já pensou em aproveitar um dos muitos feriados que temos no Brasil para dar um pulinho  logo ali?

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Maipú, Mendoza (AR)

Como chegar

Avião: Voo  direto de São Paulo pela GOL e LATAM.
Outras opções são com conexões em Santiago, Buenos Aires ou Cordoba

Carro: Alugando um carro, dá para emendar uma viagem a Córdoba ou a Santiago do Chile. Para os que tem mais tempo, uma alternativa é dirigir de Buenos Aires (1000km).

Ônibus: Diversas empresas fazem esse trecho sendo a mais barata a Central Argentino.

Leia também: [Parte II] Córdoba: As serras

Clima

Desértico – pouca chuva (200mm), verão ameno, inverno bem frio. Grande parte da irrigação do solo vem do degelo dos Andes e isso fica bem claro ao se notar as grandes canaletas que atravessam a cidade com essa função (abaixo).

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Cuidado para não tropeçar na calçada e cair no buraco, rs 

Outro detalhe a se considerar é que, assim como o seu vizinho Chile, está em uma área de atividade tectônica e frequentemente é abalada por sismos e terremotos.

O que fazer

O roteiro se divide pela cidade e seus Cassinos, restaurantes e Parques; o turismo de aventura, (trekking, rafting, ski) e claro, o enoturismo.

Bodegas

Bodega é o nome em espanhol dado às vinícolas.

O enoturismo é o protagonista em Mendoza e não é à toa. É nesta região que são produzidos aproximadamente 70% de todo o vinho nacional (os outros 30% se dividem entre os departamentos do norte – La Rioja, San Juan e Salta).

São mais de 1200 bodegas, sendo quase impossível não encontrar uma do agrado até de quem não gosta de vinho.

Em sua grande maioria, as bodegas se dividem nas regiões de Maipú, Luyan de Cuyo e Valle de Uco.

A melhor época para visitar é próximo à colheita, em fevereiro/março. No primeiro sábado de março acontece a famosa Festa Nacional da Vendímia que agita ainda mais a capital do vinho.

vinhedos vistandes
Da minha seleção, visitei (todas em Maipú):

VISTANDES
Pouco procurado e de produção mais artesanal e de menor escala, o vinho produzido aqui só comercializado na própria bodega ou exportado ao México e a Alemanha. A visita garante uma exclusiva chance de degustação. Um diferencial: também é cultivada a uva Torrontés, originalmente espanhola.

vistandes

LA RURAL
Diferentemente da bodega anterior, aqui é produzido o vinho Rutini, largamente exportado ao Brasil e facilmente comprado em qualquer lugar da Argentina. A bodega que era casa do seu fundador, o sr. Rutini no século 19, hoje foi vendida a um banco Argentino e opera paralelamente à RUTINI WINES. Por se tratar de um grande conglomerado e bem conhecida, a visita estava lotada quando a fiz, o que foi um ponto super negativo, além de ter achado todas as explicações meio superficiais. Um diferencial: É nesta bodega que fica o Museo del Vino, um dos mais completos da Argentina. A visita guiada pela bodega passa pelo museu que preserva elementos originais do século 16 e mostra a história da Argentina Colonial por seus objetos.

museo del vino

FAMÍLIA ZUCCARDI
De todas bodegas essa é a que tem a maior estrutura: vinhedos e restaurantes conversam entre si em um imenso terreno que produz o vinho Zuccardi, também facilmente encontrado na Argentina. O restaurante oferece um menu exclusivo, harmonizado com os principais vinho da casa. Um diferencial: Além dos vinhos, também produz azeites e servem degustação de seus três azeites no almoço: provavelmente os mais gostosos que você provará nessa vida.

familia zuccardi

DICAS PRECIOSAS PARA VISITAÇÃO:

  • Não alugue carro, contrate uma agência – Por razões óbvias: álcool e direção não combinam em nenhum lugar do mundo.
  • Priorize a reputação da bodega – Em geral as pessoas escolhem visitar as bodegas que produzem um vinho que já é conhecido. Eu mesma caí nesse erro e alerto que não é porque você gosta de determinado vinho que o tour/guia/vinicola valerá a pena. Como existem muitas opções, a agência é essencial para ajudar na escolha.
  • Faça visitas intercaladas – Mesmo que você seja um grande amante de vinhos, usar todos os seus dias na cidade para visitar bodegas pode ser um pouco fatigante. Intercale os dias de visitação com as outras atrações que a região oferece e, na minha opinião, não gaste mais do que três dias em vinhedos. Lembre-se: você terá a chance de experimentar bons vinhos em praticamente todos os restaurantes em Mendoza.

Fiz toda visitação com a Nossa Mendoza, que como já sugere o nome, está super preparada para receber brasileiros. Mais do que recomendado!

Montanhas

Visitar os Andes é um must do! São paisagens maravilhosas e a chance de ficar aos pés da maior montanha da América do Sul, o Aconcágua!

estrada ruta 7
Mendoza – Chile: Pela Ruta 7 

O paredão dos Andes separa a Argentina do Chile em paisagens que vão se modificando pelo caminho.

O trajeto pode ser feito por agência ou por conta própria. Por comodidade, aluguei o carro na Hertz, no centro de Mendoza.

A estrada é bem fácil: Ruta 7 na direção Chile. De qualquer forma, vale a pena prestar atenção às questões de segurança, já que acidentes são comuns por ali, seja por ultrapassagens proibidas ou fenômenos da natureza como deslizamentos de terra e nevascas.

No inverno o uso de correntes nas rodas é mandatório e a Polícia local fica bem alerta.

Se puder planejar, visite durante o verão, quando as chances de pegar todas estradas abertas é maior.

Mochileiros: A empresa responsável pelo trajeto de ônibus é a Andesmar

E não se esqueça de levar comidinhas e água, já que não existem muitas conveniências pelo caminho. Roupas de frio também são essenciais: a temperatura chega a zero no verão e a altitude difere 3000m de Mendoza.

A viagem dura cerca de 2:30 e pode ser feita como um bate-volta.

PARADAS

Além da estrada em si ser linda, algumas paradas são estratégicas pelo caminho.

Potrerillos: A 65km está o povoado de Potrerillos, que vale uma rápida parada no mirante da estrada para admirar a Represa de Potrerillos. Inaugurada em 2001, com água azul turquesa proveniente do Rio Mendoza, é responsável pela produção de 60% de energia consumida pelos locais.

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Represa de Potrerillos ao fundo

Uspallata: Primeira “grande cidade” pelo caminho, normalmente é onde se almoça. Há outros serviços como posto de informação turística, posto de gasolina, banco, farmácia e pousadas.

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Praça Central e Informações Turísticas em Uspallata 

Puente del Inca: Distante apenas 3km da entrada do Parque Provincial do Aconcágua, é um pequeno povoado que ficou famoso pela formação rochosa homônima. Por ali é possível fazer um lanche rápido, visitar lojinhas de artesanato/roupas e fotografar a ponte.

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Puente del Inca: No inverno também  se pode observar a formação de estalactites. 

Importante: Por questões de segurança,  a estrada que leva à ponte está fechada, assim como o acesso à mesma que pode ser vista através de um mirante.

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Feira de produtos locais em Puente del Inca

Aconcágua: Montanha mais alta com mais de 8000m, pode ser acessado pelo Parque em uma visita simples ao mirante, pela trilha de 3km que leva Laguna Los Horcones ou ainda, em expedição de semanas que leva ao seu cume.

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O Parque do Aconcágua costuma estar aberto entre novembro e fevereiro, mas isso é bem variável. Durante a minha ida na primeira semana de novembro, enfrentei uma nevasca no meio do caminho e não pude chegar lá.

Clique aqui para acompanhar o prognóstico de neve e abertura/fechamento do parque.

Cristo Redentor de los Andes: Um pouco mais a frente do Parque, está em Las Cuevas a estátua do Cristo Redentor. A estrada, sinuosa e de terra não é muito recomendada em veículos convencionais e normalmente fecha com o mal tempo.

Para esquiar

Na mesma ruta, Los Penitentes está a 180km do centro da capital, no povoado de Las Heras. Mais ao sul (4h de Mendoza), está Las Leñas como uma alternativa a Bariloche.

Gastronomia

O que não falta em Mendoza são bons restaurantes. A maioria deles ficam dentro das bodegas ou na região central da cidade.

Por onde passei:

Para comprar vinhos: Winery e Sol y Vino

Onde ficar

Existe basicamente duas opções de hospedagem: na cidade ou no campo.

Se você prefere a paz do campo, uma boa opção é o hotel The Vines, no Valle do Uco, famoso pelos vinhedos e pelo restaurante do famoso chefe Francis Mallmann, o Siete Fuegos.

Outras opções são: o Termas Cacheuta Hotel e Spa, em Cacheuta, região famosa pelas águas termais, as cabanas do Vista Calma em Porterillo com vista para a represa ou o Ayelen, em Los Penitentes, perfeito para esquiar.

Para quem quer aproveitar os arredores de dia e agitada cidade à noite, recomendo o Park Hyatt, onde me hospedei durante esses quatro dias.

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Foto: Park Hyatt Mendoza (Divulgação)

Já havia me hospedado anteriormente no Hyatt em San Antonio, no Texas e por se tratar de um hotel de rede, o serviço é bem semelhante.

Leia também: Texas e os Cowboys

Hotel, Spa & Cassino 

Instalado em um casarão bem em frente à principal praça da cidade, a Plaza Independencia, a infra-estrutura do hotel não deixa à desejar.

Anexo, há um Cassino integrado que funciona das 10:00 às 6:00, uma galeria de arte e o Spa Kaua (com piscina, academia, sauna e hidromassagem) e Business Center no Mezanino. O estacionamento é gratuito para 60 veículos e a parte gastronômica dispõe de cinco restaurantes: Bistro M – restaurante principal; Grill Q – Churrascaria tradicional; Las Terrazas – Lobby bar, que também oferece Afternoon Tea diariamente a partir das 17:00; Uvas Lounge – Bar da piscina e Âmbar Living – bar dentro do Cassino.

Da seleção oferecida pelo hotel, utilizei apenas o Bistro M e o room service para café da manhã todos os dias.

Nota: Assim como a maioria das redes norte-americanas, o café da manhã do Hyatt geralmente não é incluso. Há uma tarifa diferenciada que inclui café da manhã, porém como não era meu caso, fiz a minha seleção personalizada e solicitei por room service pelas manhãs.

piscina
Área da piscina (Park Hyatt)
cassino
Cassino (Park Hyatt)

O wifi é gratuito e liberado dentro de todas as áreas do hotel.

Quartos

Standard, Deluxe, Suite ou View.

Fiquei no Standard King (36 metros quadrados) com vista para o interior do hotel. Achei o quarto OK, cama king bem confortável, mini bar super recheado e estação de trabalho completa, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o banheiro. Nunca vi um banheiro tão grande, JURO que metade do quarto era banheiro, haha.

E foi no banheiro que também tive uma surpresa ótima: os amenities! Eles eram todos personalizados pelo próprio hotel com extrato de vinho. Uma delicadeza que amamos!

Na área do banheiro também está o closet, cofre, banheira e ducha.

Saiba mais: Para uma experiência personalizada, contate o Concierge.

Park Hyatt Mendoza ★★★★★
Chile 1124 – Mendoza/ Argentina – Tel: +54 261 441 1234

O que levar na mala

Independentemente da época do ano, leve um tênis bem confortável para as caminhadas e esportes (não necessariamente bota de trekking), vestido clássico (para os jantares), óculos de sol, um casaco de frio e muito hidratante (corporal e labial).

Custo Geral: $$$ (moderado)

MARAGOGI: O CARIBE BRASILEIRO

No último fim de semana embarquei na minha primeira aventura balzaquiana: completar 30 anos em Maragogi (AL), o Caribe brasileiro.

Todos os anos faço o possível para passar o meu aniversário próxima à natureza. Morando em São Paulo, essa decisão é definitiva na hora de começar “meu ano novo particular” com o pé direto. Ano passado viajei às Chapadas dos Veadeiros e foi uma das experiências mais energizadoras da vida. Neste ano, só tinha certeza que queria estar próxima ao mar e o destino me levou a Maragogi, a estrelada cidade em Alagoas, mundialmente conhecida como o “Caribe Brasileiro”.

praia maragogi
Praia particular para a aniversariante em Maragogi (AL)

Como chegar:

A 120 km de Recife e a 130 km de Maceió, Maragogi está a 2h de distância de ambas as capitais,  não importando muito em qual aeroporto pousar. Para quem vai com mais tempo, recomendo descer em Recife, já que há mais opções culturais na capital pernambucana, assim como na vizinha, Olinda. E para quem só quer saber de praia, ainda dá para emendar com Carneiros e Porto de Galinhas. Uma última razão: o Aeroporto de Guararapes (Recife) oferece maior estrutura e mais voos, o que além de nos dar mais opções de horários, costuma também resultar em preços mais amigáveis.

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A estrada entre Recife e Maragogi é a coisa mais linda!

Clima: 

Assim como no resto do nordeste, o clima é de calor o ano inteiro! Se puder escolher, vá entre setembro e fevereiro, quando chove menos.

Na minha viagem, em meados de setembro, a temperatura variou entre 23 e 30 graus, mas a sensação térmica é agradável já que venta MUITO!

Onde ficar:

Contrariando todas as estatísticas que levam os turistas às Salinas de Maragogi, o melhor resort do Brasil, queria mesmo era começar meu ano novo longe de badalação e famílias, na maior calmaria possível.

E na busca do meu refúgio encontrei um hotel boutique dos mais intimistas onde já fiquei na vida: o Praiagogi. A descrição usada pelos donos como o menor hotel de charme de Alagoas, não deixa dúvidas: são apenas seis suítes, exclusiva para adultos e um aconchego tão grande que mais parece que você está em uma casa cercado de amigos e família.

Dica: A pousada é super popular entre casais em lua de mel!

pousada vista aerea 2
Praiagogi: vista aérea

Logo na chegada, uma boa surpresa: fomos recebidos com espumante pela Fernanda, a dona da pousada, que gentilmente nos conduziu a todos os espaços da pousada, nos levou à praia, explicou sobre a maré e nos deixou no quarto já com um presente: uma garrafa de vinho e um cartão como cortesia ao meu aniversário.

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E por falar em quarto: UAU! Parecia que tinha caído no Pinterest, rs. Pequeno, aconchegante, simples e super, mas super bem decorado.

Todos os espaços milimetricamente pensados: o banheiro ao fundo, separado por uma porta de vidro (não se preocupem, a privada fica totalmente isolada por uma parede de concreto ao canto), diversas fontes de iluminação – incluindo luzes embaixo da cama – e varanda com rede, separada pela porta azul turquesa linda de viver.

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Coisa linda de viver essa porta!

Dentro do próprio quarto há também uma garrafa de água cortesia, uma máquina de Nespresso e diversas cápsulas (o consumo de duas delas são também cortesia), mini bar com bebidas cobradas à parte, TV/DVD e amenities L’Occitane.

Na área comum, há wi-fi gratuito, uma pequena biblioteca e DVDteca, piscina com borda infinita e muitas espreguiçadeiras.

area externa
Na varanda do quarto
biblioteca
Área de lazer comum: livros e DVDs

Tudo isso com um restaurante incrível, ótimo atendimento e essa vista:

pousada vista aerea.jpg

Recomendo MUITÍSSIMO a pousada para quem quer curtir o nordeste na maior paz e ser muitíssimo mimado por todo o staff!

Tanta exclusividade tem seu preço: os poucos quartos esgotam rapidamente! Recomendo fazer a reserva com a maior antecedência possível – para esse ano, por exemplo, eles já estão lotados!

Diárias a partir de R$760,00 (com café da manhã e jantar).

O que fazer

Galés de Maragogi 

Maragogi é famosa pelas águas cristalinas e piscinas naturais. Grande parte do sucesso vem da maior formação de corais do brasil, as Galés. Esse com certeza é o passeio mais tradicional da região.

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Imagem: Wikipedia

Ao lado da Praiagogi, sai um catamarã diariamente com direção às Galés, numa viagem que dura cerca de meia hora. Chegando lá, são mais uma hora, uma hora e meia de aproveitamento. Há aluguel de snorkel para quem quiser fazer.

Apesar de ser super popular, eu acabei não indo às Galés por várias razões:

  • Falta de tempo: tinha apenas dois dias e gastaria uma manhã apenas para visitar os corais
  • Os passeios acontecem quando a maré está bem baixa, o que em Alagoas significa estar no barco por volta das 7 da manhã!
  • Os barcos saem sempre lotados e se você não nada (meu caso), fica bem difícil conseguir uma boa foto
  •  Dependendo da luminosidade e das chuvas, o mar não fica tão cristalino como vemos nas fotos. Como havia chovido bastante na semana anterior, o mar estava bem mais escuro do que o normal.

Para consultar a Tábua de Marés, clique aqui

De qualquer forma, quero muito voltar com mais tempo para fazer a visita e quem estiver de malas prontas com destino à Alagoas, acho que vale a pena agendar. Os preços variam entre R$80 e R$150.

O que comer: 

Generalizações são muito complicadas quando se fala em comida nordestina. Isso porque ainda que existam elementos comum, o Nordeste é composto por nove estados, cada um com sua singularidade.

A culinária no Alagoas é marcada pelos Frutos do Mar!

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Risoto de frutos do mar do Restaurante Tuyn

Se estiver no nordeste não deixe de provar os clássicos:

  • Tapioca
  • Carne seca
  • Queijo de coalho
  • Bolo de rolo
  • Rapadura

Restaurante Tuyn 

Como estávamos em uma praia privativa e sem a menor coragem de sair de lá, fizemos as refeições no restaurante da própria pousada, o Tuyn. Além da comodidade, o restaurante está classificado como um dos melhores de Maragogi e oferece várias opções sem lactose e vegetarianas.

Os pratos que pedimos foram:

  • Badejo com arroz e purê de banana
  • Risoto de Frutos do Mar
  • Risoto de Ervas
  • Pizza de mussarela de búfala, pesto e tomatinhos
  • Delícia de Morango
  • Muitos sucos e água de coco
pizza com vista
Pizza com uma bela vista!

Tudo estava impecável!

Na noite do meu aniversário, ganhei de sobremesa um bolo de chocolate incrível! Nem gosto muito de chocolate, mas esse bolo estava tão bom que comi quase inteiro, rs.

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Vale lembrar que o café da manhã e o jantar já estão inclusos na diária!

E o café da manhã é servido a qualquer hora: acordou, eles oferecem uma cesta de pães e bolos (acompanhado por manteiga, geleia, mel e frios), um prato de frutas e as bebidas e qualquer adicional são pedidos sem custo à la carte – Pedi tapioca, ovo mexido, suco e café.

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Muito, muito pão no café da manhã, rs

E todos os dias no fim da tarde também é servido como cortesia um cafezinho com bolo.

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O maior capricho no café da tarde

Resumindo: difícil passar fome por aqui, rs

Custo geral: $$$(moderado)

UM DIA EM OURO PRETO

:: Aproveitei o último feriado e viajei a Minas Gerais para passar 5 dias e 4 noites curtindo o melhor da capital mineira e seu entorno. Neste terceiro post, conto como foi meu dia em Ouro Preto, uma das cidades históricas de MG.. ::

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Uma das mais cidades mais visitadas em Minas Gerais, Ouro Preto foi a estrela da Mineração no Brasil no século 19. Nomeada inicialmente de Vila Rica, após a independência do Brasil ganhou ares de cidades se tornando a capital de Minas Gerais até 1897, quando Belo Horizonte assumiu esse posto.

Seu nome não é à toa. No século 18, o que mais se achava por aqui era Ouro. E dos bons! E tanta preciosidade a transformou naquela época na maior cidade do Brasil. Junto a Mariana, Congonhas, Sabará e Tiradentes, Diamantina e São João Del Rei, Ouro Preto faz parte do complexo de cidades históricas de MG, que lideraram não só o Ciclo do Ouro no Brasil, mas também a Inconfidência Mineira, a arquitetura (tipicamente barroca) e seu subsequente desenvolvimento literário (o arcadismo).

Tombada pela UNESCO como Patrimônio Nacional desde 1980, atualmente é rota de todo tipo de turista, dona de um dos maiores carnavais do Brasil, festa junina e festival de inverno.

Mas não se admire com os números. Ouro Preto permanece intimista e compartilha até certo provincianismo com seus (apenas) 70 mil habitantes. Você pode passar uma tarde ou uma semana por aqui, o roteiro e a apreciação serão diferentes, mas se você é do tipo que não perde uma boa história por nada, não deixe de passar.

Dica: Recomendo fortemente que a visita a qualquer cidade histórica de MG seja feita com o acompanhamento de um guia.

 

Como chegar

Ouro Preto está localizada a 100km de Belo Horizonte. Dá para ir:

De carro: Alugando um carro a partir de Belo Horizonte, são aproximadamente duas horas de viagem.  É o jeito mais cômodo, você ganha conforto e liberdade para fazer seu próprio horário e quem sabe, combinar a viagem com outras cidades históricas.
De ônibus: a rodoviária fica um pouco afastada do centro, mas de la é bem fácil pegar um táxi e chegar ao hotel. Quem faz o trajeto saindo de Belo Horizonte é a Pássaro Verde.
De Transfer: existem diversas empresas que fazem essa visita como day tour, a partir de Belo Horizonte ou combinada com outros passeios. A UAI Turismo tem pacotes personalizados que podem atender quem tem pouco tempo ou uma necessidade específica.

Se puder, faça o Caminho Velho pela Estrada Real. São 710km (boa parte sem asfalto), saindo de BH em direção a Paraty. Esse caminho foi aberto para que os Tropeiros pudessem seguir do Rio de Janeiro em busca de ouro em Minas.

Onde ficar

Opções de pousadas e hostels não faltam por aqui. Minha sugestão é se hospedar próximo à Praça Tiradentes, que é basicamente onde tudo acontece. Acabei ficando no Solar do Rosário, um casarão lindo, com mais de um século de história, mas que fica um pouco mais afastado (1km da Praça).

O hotel, cinco estrelas, além de quartos confortáveis, conta com duas piscinas, academia, cobertura com vista panorâmica, restaurante e wi-fi (que funciona bem).

Apesar do inconveniente da distância (afinal é muita ladeira para subir, rs), não posso me queixar da infra-estrutura e atendimento do local.

Diárias a partir de R$360 (com café da manhã)

Dica: Localizada a apenas 300m da Praça Tiradentes, outra opção belíssima de hospedagem é o Grande Hotel Ouro Preto, desenhado pelo Niemeyer.

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Por ser uma das cidades mais turísticas de Minas Gerais, Ouro Preto costuma lotar nos feriados e alta temporada (férias). Se puder, evite essas datas. Eu viajei no meio de um feriado nacional e confesso que as ruas super lotadas me incomodaram um pouco.

Onde comer

Como já falei no post anterior, o que não falta são bons lugares com boa comida em Minas Gerais.

Clique aqui para saber mais sobre a culinária mineira

Restaurante Conto de Réis: Fiz duas refeições aqui! A opção no almoço é buffet, super bem servido de comidas típicas. O feijão tropeiro e o pão de queijo daqui são imperdíveis e a vista, coisa de outro mundo. O único contra são as filas: se prepare, porque costuma lotar. É inviável ir sem reserva.  

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Vista do restaurante

Chocolates Ouro Preto: Parada obrigatória para provar a produção de chocolates, e claro, levar para casa. Eles também funcionam como café, sendo uma ótima parada de frente à Praça para quando a fome aperta no meio da tarde.

Frutos de Goias: Essa foi a única sorveteria que vi, e claro que fui provar. Funciona por kilo, self service e assim como sugere o nome, tem vários sabores tipicamente brasileiros.

O que visitar

Praça Tiradentes: Como já citei anteriormente, este é um bom ponto de partida. Tudo acontece ao seu redor. Não deixe de fotografar a bela estátua Tiradentes, que dá nome à praça.

Museu da inconfidência: Um dos movimentos precursores que levariam à posterior independência do Brasil, a Inconfidência tem um papel protagonista na história da região e do país. É imprescindível a visita para entender Ouro Preto e, claro, a icônica figura de Tiradentes.

Igreja NS do Pilar: A Igreja mais central da cidade, tem uma arquitetura (e um altar) de tirar o fôlego. É possível visitar também o museu que fica na sacristia e traz representações de Arte Sacra para nenhum museólogo botar defeito.

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Igreja Sao Francisco de Assis: Mais uma criação barroca, se diferencia por ser uma das grandes obras de Aleijadinho, que escupiu toda a fachada.

Ainda que seja completamente possível visitar os pontos principais de Ouro Preto em um dia, recomendaria pelo menos um fim de semana para aproveitar a cidade com mais calma.

Compras

Para quem gosta de comprinhas, não pode perder a oportunidade de passear pelas lojinhas localizadas nos entorno da Praça Tiradentes. Além das tradicionais cachaças, a região é famosa pelos quartzo rosa e azul. Não faltam joalherias e os preços são bem em conta. Para quem quer trazer uma lembrancinha mais simples, recomendo a Rocalha Artesanatos.

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Ladeiras e mais ladeiras

Para mais dicas de Minas Gerais, clique aqui

HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE

:: Aproveitei o último feriado e viajei a Minas Gerais para passar 5 dias e 4 noites curtindo o melhor da capital mineira e seu entorno. Neste primeiro post, trago sugestões de hotéis e como foi a hospedagem em dois lugares diferentes dentro da mesma cidade. ::

Para curtir BH

Royal Savassi Boutique HotelR. Alagoas, 699, Savassi – Belo Horizonte ★★★★

Savassi é um dos meus bairros preferidos em Belo Horizonte. Cheio de bares, restaurantes e serviços em geral, também está bem próximo à região central e a poucos minutos de diversas atrações turísticas, como a Praça da Liberdade.

Um dos poucos hotéis boutique do bairro, o Royal Savassi tem uma decoração toda especial, aliada a conforto e um ótimo restaurante no térreo, o Amadeus, que também abre diariamente para o público externo. A comida é deliciosa, inclusive no room service, coisa rara em hotéis, e com certeza foi um grande diferencial na hora da reserva: eles estão escalados como o melhor café da manhã em BH nesta faixa de preço no Booking.

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Na área comum, academia, Jacuzzi e sauna estão à disposição, assim como um Centro de Convenções no primeiro piso, ótimo para quem está à procura de um espaço bacana para eventos e reuniões. Só achei que ficou faltando um serviço de spa, mas fica a sugestão para o hotel.

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Foto: Divulgação Hotel Royal Savassi

Já no quarto, cama confortável (com muuuitos travesseiros), wi-fi gratuito, frigobar, cofre, secador de cabelo, ducha potente e amenities e toalhas Trussardi.

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Quarto Standard Duplo

Diárias a partir de R$200 (com café da manhã)

Para curtir os arredores de BH

Mercure Lagoa dos Ingleses: Av. Princesa Diana, 440 – Alphaville – Nova Lima ★★★★

Ainda desconhecida dos turistas, Nova Lima está a 30 km de distância do centro de BH e é um reduto de paz e luxo dentro na área metropolitana. O prestígio da região chegou junto com a instalação do Alphaville, empreendimento que instalou condomínios de luxo e serviços por ali. Apesar de não estar muito próximo da cidade ou aeroporto de Confins (74km), o Mercure Lagoa dos Ingleses é uma ótima opção para visitar os arredores, como Inhotim (a 45km do hotel).

Antigo Caeser Business, o hotel recebe esse nome por estar ao lado da Lagoa dos Ingleses, área particular dentro do Alphaville, que também conta com um shopping de serviços e restaurantes em frente ao hotel.

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Lagoa dos Ingleses

Ao contrário do Royal Savassi, o Mercure é um hotel da rede Accor e oferece um serviço standard, com café da manhã bom (mas não excepcional) e room service com opções mais limitadas.

Além da Lagoa, que tem pista de corrida e aluguel de bicicleta, se hospedar aqui é um belo incentivo para se exercitar também dentro do hotel, que tem uma piscina considerável, quadra de tênis e academia.

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Foto: Divulgação Accor Hotels

Os quartos são espaçosos, extremamente limpos, com wi-fi gratuito (que muitas vezes funcionava com capacidade bem limitada), cofre, frigobar, ducha e amenities próprios (o shampoo 2 em 1 deixa bastante a desejar).

Recomendo para quem quer fazer o circuito das cidades históricas e/ou Inhotim, sem precisar passar pela cidade.

Observação: A região de Nova Lima é mais fria que a capital, Belo Horizonte (4°C a menos, aproximadamente).

Diárias a partir de R$370 (com café da manhã)

 

 

NA FLORESTA: PANTANAL

:: Recentemente estive na Amazônia e publiquei as minhas impressões de como foi ficar hospedada em um hotel na selva. Viajei ao Pantanal em novembro/2016, mas acho que vale a pena um review para quem está procurando uma região no Brasil para se aventurar poder comparar as opções disponíveis::

Para ler sobre a experiência do Jungle Lodge na Amazônia, clique aqui.

O Pantanal

Maior planície inundável do planeta, o Pantanal tem 150.000 km² de área e se divide popularmente em Pantanal do norte e do sul, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, respectivamente. A biodiversidade é intensa, com alto número de répteis, peixes e aves.

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Como chegar

O Aeroporto Internacional de Cuiabá recebe diariamente voos da Azul, Gol, Latam, Passaredo, Avianca e ASTA, vindos das principais capitais do Centro-Sul do Brasil.

Do aeroporto à região de Poconé, porta de entrada do Pantanal, são cerca de 130km (aproximadamente 3h) que podem ser percorridos de:

  • Transfer: Opção mais cômoda, porém cara. Quando estive no Araras, o transfer do hotel saia por R$223 por trecho/por pessoa, ou seja: praticamente R$1000,00 para um casal. Achei bem caro e por isso resolvemos alugar um carro, que é completamente inútil durante a estadia, já que todos os passeios são feitos com nas jardineiras do próprio hotel.
  • Carro alugado: Alugamos pela Localiza uma Renault Sandero por quatro dias e o valor total foi a metade do valor do transfer do hotel, além da vantagem de ter flexibilidade de horários. Recomendo FORTEMENTE que se alugue um carro alto e com tração 4×4 porque a estrada é bem precária. Para se ter uma ideia, mesmo com meu namorado sendo um excelente motorista, tivemos dois pneus furados, um deles na volta, e quase perdemos o voo!

Transpantaneira

A primeira parte dos atrativos da viagem pelo Pantanal começa na estrada. A Transpantaneira (ou MT-060) é uma longa reta não-asfaltada que vai de Poconé a Porto Jofre, tem 150km de distância e é um ótimo pólo de observação de animais. É incrível a quantidade de jacarés, andando tranquilamente por ali, pássaros passando baixinho e uma vegetação impressionante.

jacarés pela estrada
Muuuuuitos jacarés pela estrada

transpantaneira

Quanto tempo

Viajei durante o feriado nacional de Proclamação da República (15/nov) e fiquei quatro dias e três noites no Pantanal e uma noite em Cuiabá.

Achei suficiente, não ficaria nem mais e nem menos.

Clima

Dividido entre seco (abril a setembro) e chuvoso (outubro a março) com temperaturas são altas durante todo o ano.

Mosquitos

Caso sua passagem pelo Pantanal seja no período de chuvas, é importante salientar que ocorre a proliferação de mosquitos nessa época. Nunca vi tantos mosquitos na minha vida – nem em Ilhabela. Use sempre blusa de manga comprida e calças largas e grossas (mulheres, não usem leggings: os mosquitos picam por cima de calças justas, JURO). Além de repelentes, usei tela de proteção para o rosto e camisa jeans todos os dias e ainda assim, voltei com muitas picadas. É altamente recomendável levar pomada antialérgica e antialérgico via oral.

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O kit de sobrevivência na mata!

Onde ficar

Assim como comentei no post da Amazônia, ficar dentro da reserva ecológica que se visita faz toda a diferença no aproveitamento da viagem e por isso, escolhi o Araras Eco Lodge.

Araras Eco Lodge

Localizada na cidade de Poconé, a pousada possui 19 quartos com ar-condicionado, chuveiro quente e amenities regionais, piscina, sala de leitura, loja, restaurante e bar.

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Entrada do hotel

O Araras Eco Lodge faz parte da Associação de hotéis Roteiros de Charme que reúne 70 hotéis com propostas ecológicas, aliados a hotelaria de luxo.

Aqui no blog tem post contando a minha estadia em outro hotel da rede Roteiros de Charme. Clique aqui para ler sobre a viagem a Gramado e o hotel Estalagem St Hubertus. 

Como funciona

Pensão: O valor do pacote incluí alimentação completa –  Café da manhã (6h-7:30), almoço (11:00 – 12:30), chá da tarde (3:00-3:30) e jantar (19:00-20:30).  Os pratos são bem diversificados, servidos em estilo buffet e com opções veganas.

Passeios: São três passeios diários entre as refeições com pausas no hotel durante os horários mais quentes (entre as 10:00 e 15:00).

O pacote para 3 noites com passeios e pensão completa inclusa para um casal custou R$5000,00 (valor em Novembro/2016 – incluindo a taxa de preservação ambiental).

Atrativos

Estar no Pantanal é ter a chance de conviver com diversas espécies. Diferentemente da Amazônia, a vegetação é rasa e espaça, facilitando muito a observação de animais. Dos passeios oferecidos pelo hotel, tivemos a chance de fazer caminhada ecológica matinal e noturna, safáris fotográficos, passeios de barco, torres de observação, cavalgada e luau.

canoagem
Canoagem
vista pantanal da torre
Vista de uma das torres de observação

 

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Muitas capivaras pelo caminho

Outras opções:

SESC: Opção bem mais barata e que atende bem as necessidades básicas no Pantanal, alguns amigos me recomendaram o hotel do SESC – Hotel Porto Cercado – que também fica em Poconé.

Custo geral: $$$(moderado)

39h EM NYC

Leia ouvindo a playlist do Spotifyclique aqui.

New York City é uma das minhas cidades preferidas no mundo. Por sua localização estratégica, muita gente passa por lá em conexão e quer aproveitar o máximo da cidade em pouco tempo.

central park II

 

empire state I

Na minha última ida à cidade em 2016 fiquei apenas dois dias – cheguei sábado às 6h e saí às 21h do domingo – e consegui fazer muita coisa (e ainda dormir bem) durante a minha estadia.

A viagem 

Voei direto de São Paulo (GRU) a NYC (JFK), numa rota que dura quase dez horas.  Como tanto a ida quanto a volta foram feitos em voos noturnos em business class, economizei com hotel e consegui dormir bem. De qualquer forma, acho importante considerar o cansaço, já que para a maioria das pessoas não é tão fácil dormir em aviões.

Clima

O clima é um fator super importante a se considerar na hora de planejar a sua ida a NYC. As temperaturas só são realmente agradáveis (acima de 20 graus) durante julho e setembro. Nos meses de inverno (dezembro a março), a sensação térmica pode chegar a -20 graus Celsius. Quando fui no começo de março, as temperaturas oscilavam entre 0 e 5 graus.

Locomoção

NYC é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que tem um transporte público eficiente. A malha metroviária é extensa e eficiente e comprando o metrocard, você faz várias viagens por um preço bem razoável.

A Laura Peruchi tem uma série ótima de como utilizar o metrô.

Como não saí muito da região que estava, fiz praticamente tudo andando e peguei duas curtas corridas de táxi em Manhattan e uma mais longa, até o JFK na volta ao Brasil (estava super atrasada, então não quis arriscar o metrô).

Saindo do aeroporto

No JFK tem um metrô chamado AirTrain, que usei para ir a Manhattan, com direção à Jamaica Station, desembarcando na estação 57, a mais próxima do meu hotel. No vídeo abaixo, a Laura conta com mais detalhes o funcionamento:

Do aeroporto também dá para utilizar serviços de shuttle, táxi e Uber.

Onde se hospedar

Para quem não planeja ficar muito tempo, mas que dormirá na cidade, minha dica é ficar o mais central possível, evitando assim o uso de transportes e otimizando o tempo.

Passei a minha única noite no Park Central, que fica na sétima avenida com a 56, perfeito para andar até a quinta avenida ou até o Central Park.

O hotel é super confortável e apesar de não incluir café da manhã, não faltam opções de restaurantes ao redor, como o Starbucks que fica ao lado da entrada. Como não tem frigobar no quarto, sugiro que não se compre nada que necessite de refrigeração.

Diárias a partir de R$600

O que fazer 

O que não falta é coisa para fazer em NYC, principalmente quando o assunto é cultura e gastronomia. Acho importante ter em mente qual roteiro você quer fazer, pensando se é a sua primeira vez na cidade, se quer focar nos pontos turísticos, etc. No meu caso, fiz algumas coisas clássicas que ainda não tinha feito – tipo, ir a Times Square e subir no Empire States, combinadas com alguns programas mais relax, sem sair muito da região onde estava hospedada.

Se você tem mais tempo, sugiro muito dar um pulo também em Chelsea e em Williansburg, no Brooklyn.

Dia 1: Sábado

Café da manhã no Norma’s: Depois de quase dez horas de voo, metrô para chegar no hotel e um frio de zero graus (mais de trinta graus de diferença da temperatura que estava em São Paulo), merecia um café da manhã dos deuses, e o Norma não fez feio. Dentro do Le Parker Meridien, o restaurante serve café da manhã e almoço e olha, comi tanto que só fui lembrar de ter fome lá pelo fim da tarde, rs.

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Garçom, mais comida por favor? @Norma’s

MoMA: Localizado entre a quinta e a sexta avenida, e pertinho do meu hotel, o Museu de Arte Moderna de NY é um prato cheio para os admiradores de arte contemporânea. Com um acervo super bacana, sempre tem mostras interessantíssimas acontecendo e performances agendadas, além de um calendário de cursos imperdíveis.  Entre um andar e outro, aproveite para tomar um cafezinho no restaurante do segundo piso e não deixe de visitar a lojinha na saída.

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Warhol no MoMA

La Bonne Soupe: Depois de subir e descer os andares do MoMA, voltei para o hotel, tirei um cochilo e fui “almojantar” no La Bonne Soupe. O lugar, confesso que me surpreendeu. De estilo bistrô, com preços bem interessantes, achei no Foursquare enquanto procurava uma recomendação de pratos quentinhos e substanciosos. Comi sopa, salada e pãezinhos e tomei um suco por menos de US$30, ou seja, vale a pena.

Empire State Building: Começo de noite e por que não ter uma vista privilegiada de NY? Do octogésimo sexto andar, são tantas luzes e tanto prédio, que é aquela hora que a gente se toca que realmente está na Big Apple. É o observatório a céu aberto mais alto de NYC e nem preciso dizer que um dos pontos turísticos mais concorridos, né?

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Do observatório do Empire State

Quinta Avenida – Já que estava por ali, para ir ao Empire State, aproveitei para dar uma caminhada nesta que é uma das principais ruas de NYC, pegar um bagel em um dos cafés, tirar algumas fotos e visitar uma das minhas farmácias preferidas no mundo, a Duane Reade.

Times Square – E depois de tentar (sem sucesso), tickets com desconto para espetáculos na Broadway, continuei batendo mais perna, desta vez pela Times Square, tirando fotos e mais fotos e claro, dando um pulinho na loja da M&M para comprar um montão de docinhos.

times square

Dia 2: Domingo

Brunch no Boathouse: Uma vez nos EUA, uma das experiências que recomendo a todo turista, é experimentar o tradicional brunch aos finais de semana. Localizado dentro do Central Park, a vista é de tirar o fôlego, e a comida, de comer rezando. É bem mais barato que o Norma’s, porém igualmente delicioso.

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Típico brunch aos domingos  no Boathouse

Central Park: Se você está indo a NYC pela primeira ou pela décima vez, sempre acho que ir ao Central Park é imperdível. Amo ficar lá, andando, sem fazer nada. Ou comprar um café, sentar e ficar observando a movimentação… Eu nunca canso! E sem falar que é uma das poucas coisas que se pode fazer gratuitamente. Acho que só não recomendo ir ao Central Park nos meses de inverno, caso contrário, não deixe de passar por lá.

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MET: Um dos mais impressionantes museus do mundo, o Metropolitan tem um acervo incomparável. A ala de História Antiga, principalmente grega, é de morrer de amores. E a arquitetura do lugar não faz feio. Com certeza é um lugar que merece mais tempo, mas para quem, assim como eu, ama arte, tem que ir em algum momento da vida.

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História Antiga no MET

Per Se: E para encerrar o fim de semana em NYC, fui jantar no famoso restaurante comandando pelo chefe Thomas Keller. O Per Se é um restaurante americano que usa técnicas da cozinha francesa em um menu de nove passos (com opção vegetariana). Com três estrelas Michellin, é considerado um dos melhores do mundo e reservas são mandatórias. Com certeza, uma experiência inesquecível (US$375/ por pessoa).

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Columbus Circle, vista da janela do Per Se

Para ler mais sobre os Estados Unidos, clique aqui

HOTEL DE SELVA: A EXPERIÊNCIA

Quando o assunto é “selva”, o Brasil não faz feio. É aqui que fica, além da maior parte da Amazônia, a maior planície inundável do mundo, o Pantanal e também a Mata Atlântica, que percorre praticamente toda a faixa litorânea.

Amazônia

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e o maior bioma do Brasil, fragmentada em nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname.

Só para se ter uma ideia da variedade, só de formigas são mais de 10000 espécies!

O clima é equatoriano, dividido entre seco e chuvoso. Altas temperaturas são comuns durante todo o ano e a umidade é alta (mesmo durante a seca).

O que é um Hotel de Selva? 

Hotel de Selva, ou Jungle Lodge, é um hotel que está localizado dentro da floresta e alia conforto à aventura.

Esse tipo de hotel existe no mundo todo – na África por exemplo, vários parques ecológicos tem hotéis exclusivos. Aqui no Brasil, estive em acomodações deste tipo em Foz de Iguaçu, no Pantanal e agora, na Amazônia.

Amazon EcoPark Jungle Lodge 

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São tantos hotéis de selva com tantas propostas diferentes, que é bem difícil de escolher qual o melhor.

O Juma é um hotel de luxo, a Pousada Uacari é flutuante…

Mas no fim, escolhi o EcoPark porque:

  • É um dos hotéis com maior infraestrutura dentro da Floresta Amazônica – são cerca de 70 quartos, restaurante, piscinas naturais e praia privativa
  • Distância: a maioria dos hotéis de selva ficam bem afastados de Manaus – cerca de duas horas de barco ou mais – o que inviabilizaria minha viagem de apenas 4 dias., enquanto que o Ecopark está localizado em um dos afluentes do Rio Negro, o Rio Turumã-Açu, bem pertinho da capital.
  • Transporte: Por estar a curta distância de Manaus, saindo do aeroporto o deslocamento é feito de carro até uma marina privativa – cerca de dez minutos – e depois de lancha – mais trinta minutos, totalizando apenas quarenta minuto de distância.
  • Flexibilidade de horários: Dos hotéis que encontrei, o EcoPark foi o único em que poderia solicitar um transfer em horários personalizados – todos os outros tem horários fixos e, em geral, saem bem cedinho pela manhã o que para mim seria impossível, já que meu avião pousou na cidade às 14h.

Por aqui, a sensação é que estamos no exterior, são tantos sotaques e gente de tantos lugares diferentes, que até o mais local do local (também conhecido como caboclo) arrisca algumas palavras em inglês.

Quartos:

Separados em pequenas cabanas de madeira, os quartos são divididos nas categorias tradicional, superior e superior plus, sendo a última a única com televisão.

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Os quartos são simples, mas funcionais. Estar no meio da floresta e ainda ter cama, ar condicionado e chuveiro quente, é um luxo.

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A recepção disponibiliza também secador de cabelo e cofres.

Pacotes:

Os pacotes são de uma a três noites e incluem transfer, passeios e pensão completa. A agenda de passeios costuma variar, mas normalmente as opções são caminhada ecológica, Floresta dos Macacos, visita à “casa do caboclo”, pescaria, focagem noturna e fenômeno do Encontro das Águas. Há também passeios pagos a parte, como nadar com os botos.

Valor do pacote para uma noite / por pessoa: a partir de R$1035,00 – Inclui alimentação, passeios e transfer.

Atividades:

Por não ser minha primeira vez em um hotel de selva, aproveitei os poucos dias para descansar, curtir a natureza e fiz apenas alguns passeios oferecidos.

Trekking: Acho a caminhada em meio à floresta um dos passeios mais legais. A Amazônia oferece tanta diversidade que é indispensável uma visita guiada para entendê-la.

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Passeios noturnos: Diariamente há saídas noturnas para pescaria e focagem. Como a maioria dos animais têm hábitos noturnos, quando escurece é mais fácil de vê-los. Nos dias que estive por lá, encontramos alguns jacarés – mas mais do que os animais, acho rejuvenescedor estar em uma canoa, no meio da floresta, no escuro, só ouvindo os sons da natureza.

Floresta dos macacos: O EcoPark tem um projeto de preservação de macacos resgatados do tráfico ilegal. São cerca de 20 animais em reabilitação em uma pequena ilha a cinco minutos de barco do hotel. A visita é breve e acontece quando eles estão sendo alimentados. Após reabilitados, os animais são liberados.

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As atividades variam de acordo com a estação. Como muitos passeios são feitos por via fluvial, dependendo do nível dos rios, se tornam inviáveis.

Não fiz mas queria ter feito:

Encontro das águas: Quando o Rio Negro encontra o Solimões, a fusão não é imediata, devido às diferentes temperaturas, densidades e alcalinidades dos rios, e é aí onde o fenômeno acontece. Depois de 6km, eles finalmente se unem resultando no rio com o maior volume do mundo: o Rio Amazonas.

Infelizmente não tive tempo, pois era um passeio que durava o dia inteiro, mas ouvi muitos elogios dos colegas que foram. Mesmo que você não esteja num hotel de selva, há muitas agências que fazem o passeio saindo de Manaus, já que o encontro acontece na região do Parque Janauari, bem próximo à capital.

Na época de chuvas (de janeiro a junho – quando o rio está mais cheio) o fenômeno fica mais nítido e é mais fácil avistar os animais.

O que comer

Uma das minhas atividades preferidas na região norte do Brasil com certeza é comer. A culinária local é exótica não somente para os estrangeiros, mas também para a maioria dos brasileiros. É tanta comida deliciosa que, muito provavelmente, me esquecerei de mencionar algumas delas, mas se você está com viagem marcada para a a Amazônia, não deixe passar em branco:

  • Frutas: Poderia escrever um livro sobre o assunto – há quem já teve essa ideia, inclusive, olha aqui – já que sou encantada por esse tópico. Prove a maior quantidade de sabores que conseguir, prometo que não irá se arrepender. Dentre as minhas preferidas estão: cupuaçu, graviola e açaí (que são mais comumente encontradas no resto do país), buriti, bacuri e taperebá.
  • Peixes: Prove as preparações com algumas espécies locais, como piranhas, tambaquis e pirarucus.
  • Tucupi: Molho feito a partir da mandioca que é base para várias preparações como Pato no Tucupi ou Tacacá (abaixo).
  • Tacacá: Uma espécie de sopa, feita com caldo de tucupi – molho à base de tapioca – normalmente leva também jambu e camarões.
  • Jambu: Planta típica com um aspecto que lembra o agrião. É normalmente usadoa em caldos e quando mastigado deixa uma leve sensação de dormência na língua devido o seu amargor.
  • X-caboquinho: Um sanduíche simples, facilmente encontrado em Manaus e arredores: Pão, queijo, banana pacova (a.k.a. banana da terra) e tucumã (fruto alaranjado que tem um sabor/textura neutro, como um abacate)
  • Guaraná Baré: Em toda parte do Brasil tem um Guaraná tradicional – refrigerante feito à base de um fruto brasileiro. No Amazonas, o Guaraná Barê é o regional – produzido atualmente pela Antártica.
  • Balas de Castanhas do Pará e Cupuaçu: Chamam de bala mas é quase um chocolate. Pode ser recheado com Castanhas do Pará (Brazilian nuts) ou Cupuaçu (meu favorito).

Para ler mais sobre o Brasil, clique aqui.

Custo geral: $$$(moderado)

 

PARTE II: CÓRDOBA, AS SERRAS

:: No começo de julho visitei Córdoba, na Argentina e dividi minhas opiniões em dois posts: A cidade e as Serras. Nessa segunda parte, conto um pouco da minha experiência nas famosas Serras Cordobesas e como foi passar a noite em um dos hotéis mais lindos em que já estive. ::

Leia também: A cidade de Córdoba na Argentina

Como comentei no post anterior, apesar de ter achado a capital “mais do mesmo” e  ter ficado ligeiramente decepcionada, especialmente com a qualidade e atendimento dos serviços, me questionei sobre porque Córdoba é um destino tão popular dentro da Argentina.

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Durante muito tempo Córdoba foi muito mais famosa pelas Serras Cordobesas, isto é, as cidades montanhosas que ficam no interior da Província, do que pela capital em si. E eu entendi isso rapidamente quando peguei a estrada.

Como chegar

Acho que vale a pena alugar um carro, pois parte da graça dessa viagem, é poder ir parando nos vilarejos, tomando um café, tirando fotos pelo caminho. Caso a ideia seja um destino específico, como La Cumbrecita, é possível pegar um ônibus da Viação Pajaro Blanco em Villa General Belgrano.

Os vilarejos

Villa Carlos Paz: Amigos argentinos tinham me sugerido parar em Carlos Paz, mas a verdade é que, saindo da capital, não tinha ideia do que encontraria na minha primeira parada. De fato, há muito pouca informação sobre Carlos Paz e a região parece ser um refúgio dos próprios argentinos, já que está localizada a apenas 36km.

Logo na entrada, me espantei porque não pareceu uma vilinha, e sim uma cidade grande! Muito comércio e avenidas, até que fomos parar no lago San Roque e do nada, estávamos no meio da natureza. Por ali ocorrem diversas atividades no verão como canoismo, pescaria e passeios de barco. Por estarmos no inverno, a região estava completamente deserta.

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Seguimos sem entendermos muito os atrativos da cidade até que tcharan: o GPS nos levou a centro e bem, de repente me pareceu que estávamos em Punta del Este!

Muitas, mas muitas lojas e restaurantes e acho que é por ali que o agito acontece. Como estava bem cedo, aproveitamos para parar na Medialuna Calentitas (sim, uma casa de medialunas de…Punta del Este, rs) e tomar café da manhã.

O centro é tão mas tão turístico, que até wifi por lá é gratuito!

E antes de deixar a cidade, fizemos uma parada estratégica para comprar alfajores na fábrica da La Quinta. Nunca tinha experimentado o Alfajor cordobés e olha…MUITO melhor que os outras (sério!). Comprei apenas uma caixa e comi a caixa inteira em 2 dias na Serra, tanto que parei parei no free shop do aeroporto para comprar mais (obviamente com um preço bem menos vantajoso). Minha dica aqui é: Aproveite Carlos Paz para comprar MUITOS alfajores. Sim, tem várias fábricas e com preços bem mais atrativos do que na capital. Acho que vale a viagem, tipo, bate-volta, nem que seja pra comprar alfajor e almoçar…afinal, tão pertinho, não é mesmo?

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Na volta, fomos parados pela polícia rodoviária, e apesar de não estarmos fazendo nada de errado, fiquei apreensiva com a quantidade de postos policiais nas estradas de Córdoba.

Alta Gracia: A 36km de Córdoba, a segunda parada tinha apenas um objetivo: visitar a casa que Che viveu sua infância e adolescência. Nascido em Rosário, Che mudou-se com a família ainda bem pequeno para o interior de Córdoba porque, segundo os médicos, ele precisaria de ar das montanhas para seguir vivendo bem. Asmático crônico, por aqui ele ficou até ingressar na Universidade em Buenos Aires.  A casa que está super bem conservada, é claramente um grande atrativo ao turismo local e tem guias de visitação em diversas línguas.

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Na praça central tem wifi gratuito, uma feira local de artesanatos e algumas opções de cafés e restaurantes.

Villa General Belgrano: Casa da OktoberFest na Argentina, por algumas horas estivemos na Alemanha sem sair da Argentina. A região é uma espécie de Blumenau, com muitas comida argentina em casas alemãs (sim, difícil de entender rs). Paramos para um longo almoço no Cafe Rissen e compramos azeites. Se possível, evite visitar aos finais de semana, fomos num domingo e a cidade estava tão mas tão lotada que deu até vontade de sair dali. No mais, acho que não vale a parada se não for para comer.

Villa los Molinos: Apenas passei de carro por aqui, mas confesso que gostaria de ter ficado pelo menos uma noite. Bem no meio da Ruta 5, e a 90km da capital, tem um lago imenso artificial, chamado Dique Los Molinos, que viabiliza atividades de turismo. Pela estrada, há vários mirantes que rendem fotos maravilhosas  e alguns restaurantes com vista, sem esquecer os vários artesanatos, salames e queijos, vendidos em lojinhas ou nas estradas. Se você estiver indo a La Cumbrecita, se programe para, pelo menos, uma parada rápida na região.

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Calamuchita: A mais distante da capital, Calamuchita ou Valle de Calamuchita está a aproximadamente 150km de distância (ou 2h30min de carro). Cercada por montanhas e lagos e arquitetura européia, é famosa por abrigar a colina mais alta de Córdoba, o Cerro de Champaquí, pólo de turismo de aventura. Quando o assunto é comida, a região é famosa pela produção de berries, mais especificamente das frambuesas de Calamuchita.

La Cumbrecita: Localizado a 120km de Córdoba, esse pequeno vilarejo é considerado um dos mais românticos do país e destino certeiro de lua de mel. Conhecido como Pueblo Peatonal, leva esse nome por não ser permitida a circulação de carros em seu interior. Logo ao chegar, se avista vários guardas que cobraram o equivalente a 80 pesos argentinos para que seu carro seja estacionado na entrada e de lá, se segue a pé.

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Se você estiver hospedado em um dos hotéis da região, não é necessário pagar o estacionamento. Solicite um voucher no próprio hotel e apresente na entrada a um dos guardas de turismo.  Quando fui, não sabia desse detalhe, mas mostrei um email da reserva do hotel no meu celular e não precisei pagar.

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Dentre as atrações, milhares de restaurantes e lojinhas e trilhas fazem a fama do pueblo. Ah, e não se esqueça de usar sapatos bem confortáveis, já que não há asfalto e há grandes inclinações pelo trajeto.

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Por causa da curta distância (aproximadamente duas horas de carro), muita gente faz essa viagem como um bate-volta. Eu recomendo muito passar uma noite na cidade, que tem um clima todo especial e fica ainda mais romântica no inverno.

Dormindo em La Cumbrecita: O hotel dos sonhos

Acredito que grande parte da mágica da nossa viagem às Serras foi o hotel onde ficamos em La Cumbrecita. Como era aniversário do meu namorado, queria um lugar especial e o Casas Viejas parecia uma opção tranquila e afastada da lotação do centrinho.

Pois bem, o lugar superou (E MUITO) as nossas expectativas.

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O nosso primeiro desafio foi chegar lá. Sim, porque quando saímos do Centro de La Cumbrecita, tentamos ir por conta própria usando o GPS. Meus amigos, NÃO FAÇAM ISSO.

Por estar basicamente no meio do nada, o sinal do telefone não funciona e mais: você nunca vai achar esse hotel por conta própria e se o fizer, não conseguirá chegar com um carro convencional.

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Afastado a mais ou menos 3km do centro de La Cumbrecita, está literalmente, no meio de uma montanha. Sem estrada asfaltada, muita terra, neblina e neve, não tente ir por conta própria. Combine antecipadamente com o staff do hotel que horas você deseja que eles tem busquem na entrada do Centro. Você estaciona o carro lá, não paga e eles vão com um jeep buscar você.

Como não sabíamos disso, ficamos dando voltas pela região até termos a fantástica ideia de voltar ao Centro e pedir ajuda. O pessoal do turismo de La Cumbrecita ligou para o hotel e meia hora depois, eles estavam lá, socorrendo a gente.

Já no jeep e pegando a estrada para o hotel, entendemos porque o motorista demorou 30 minutos para dirigir 3km haha.

Até aí pode estar parecendo uma péssima ideia a nossa hospedagem, mas não.

O hotel, super exclusivo, tem apenas 6 quartos, restaurante para refeições (já que obviamente você não vai querer sair de lá pra nada) e um spa que nos recebeu com uma massagem gratuita.

Agora segura esse quarto, essa vista, essa vida.

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O quarto tem uma calefação super eficiente – são três aquecedores e uma lareira – frigobar, varanda externa com balanços e varanda interna com hidromassagem. O banheiro foi o único “ponto negativo” do quarto, já que além de pequeno, não tem aquecimento e água do chuveiro demora MUITO para aquecer (algo totalmente aceitável, lembrando mais uma vez que estávamos no meio do nada).

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As refeições no restaurante também estavam deliciosas, e é servida em 3 passos: entrada, prato principal e sobremesa. Avisei logo no check-in sobre minha restrição alimentar, e o chefe preparou uma opção vegetariana sem nenhum problema.

Quanto ao café da manhã, achei bem mais simples – apenas algumas opções de pães, frutas e bebidas quentes. Fica aí minha crítica ao hotel, que acho que poderia oferecer também opções mais saudáveis como cereais, iogurtes e ovos/omeletes.

No mais, só tenho a agradecer a maravilhosa estadia e todo o staff, super atencioso.

Ah, e não menos importante: eles aceitam cachorros 😉

Diárias a partir de R$750,00 

Leia mais: Planejando a sua viagem para a Argentina

 

 

 

CÓRDOBA [PARTE I]: A CIDADE

:: Estive em Córdoba, Argentina, semana passada e vou dividir as dicas em dois post: a cidade e as serras (hello, Eça de Queirós, haha) ::

Para ler na íntegra a segunda parte desse post, clique aqui.

A cidade

Com quase 1,5 milhões de habitantes, Córdoba é a segunda maior cidade da Argentina e capital da Província homônima. Apesar do tamanho, não espere Buenos Aires. De cunho bem mais intimista, a região foi marcada pelo domínio jesuítico a partir do fim do século XVI, mais especificamente da Ordem Religiosa Companhia de Jesus, que esteve presente também em outros pontos da América com intuito da catequização, por meio da fé e do saber.

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Igrejas por todas as partes
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Arquitetura cheia de história

Como chegar

Localizada a 700km de Buenos Aires, Córdoba fica bem no meio do caminho entre a capital da Argentina e Mendoza. É uma parada estratégica se você estiver viajando de carro pela Argentina.

Se não, saindo do Brasil você pode voar sem conexões partindo do Rio de Janeiro ou São Paulo.

Rio de Janeiro: GOL ou Aerolíneas Argentinas

São Paulo: LATAM.

Voos com conexão costumam ser mais baratos e geralmente a escala é em Buenos Aires.

Clima

Tende a ser extremo: muito quente e chuvoso no verão e muito frio e seco no inverno [com possibilidade de neve]. Por sofrer influência das correntes do Pacífico e da Antártica, venta bastante o ano inteiro.

Durante a minha estadia (começo de julho), a temperatura esteve entre 8 e 16 graus, com uma leve (e atípica) garoa.

O povo

Por ser uma cidade universitária (a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América Latina – UNC – fica aqui), é uma cidade jovem. Apesar da empatia da maioria dos locais, senti deveras hostilidade dos serviços locais (garçons, staff do hotel e turismo no geral).

Transporte

Não experimentei o transporte público na cidade, mas ouvi dizer que as linhas de ônibus atendem bem a locomoção.

Taxi funciona bem, UBER ainda não chegou à cidade.

Onde ficar

Centro x Nueva Cordoba: Cordoba tem dois “centros hoteleiros” principais, que são os bairros de Nueva Cordoba e o Centro.

Apesar de ser mais bonitinho, tranquilo e com bons restaurantes, eu não recomendaria Nueva Cordoba para quem está indo pela primeira vez. Isso porque, a maioria das atrações turísticas está no centro e arredores, ou seja, se hospedando no Centro você faz quase tudo a pé e só pega táxi quando quiser ir jantar em um bairro mais afastado.

Windsor Hotel & Tower

Passei duas noites no Windsor, por ser central e ter todos os serviços de um hotel de luxo.

Localizado num casarão antigo a 200m da Plaza San Martin, marco da cidade e início do roteiro turístico clássico, o Windsor desponta (de acordo com o TripAdvisor) como uma das melhores opções de hospedagem na cidade.

Porém, ao chegarmos já nos deparamos com a primeira má-notícia em Córdoba: Após o check-in, subimos para o quarto e não conseguimos passar mais de 2 minutos lá dentro. O quarto 114 era todo de carpete e parecia que tinha morrido alguém lá dentro de tão horrível que estava o cheiro. Voltamos à recepção e trocamos nosso quarto sem problemas – apesar da antipatia do staff. Meu namorado criou a teoria que eles oferecem esse quarto a todos que chegam para ver que vai ficar no “quarto zuado” hahaha.

O quarto – dessa vez o definitivo – era dividido em antessala, com mesa de jantar, frigobar e sofá-cama, banheiro e quarto. No quarto, cama confortável, armários com roupões, e um serviço até então inédito para mim: concierge de travesseiros. Sim, eles deixam na cama dois modelos de travesseiros e um menu com mais 5 tipos e, caso você não se adapte com os modelos na cama, pode ligar sem custo e solicitar um outro modelo.

quarto windsor

Quanto ao que era oferecido pelo hotel, o básico: Concierge, estacionamento, wifi, piscina, restaurante/bar e academia. Acredito que de todos os serviços do hotel, o mais interessante é o restaurante/room service.  O restaurante do hotel, o Sibaris, é considerado o melhor do Centro e um dos melhores de Córdoba. Pedi room service no dia que cheguei e na noite seguinte, jantei no restaurante e em ambas as situações a comida estava maravilhosa (e com opções para celíacos e vegetarianos – algo extremamente difícil de achar na Argentina).

Vale lembrar que o Windsor é um hotel de 4, e não 5 estrelas.

Diárias a partir de R$370,00

Quorum Hotel & SPA

Minha estadia no Quorum foi de última hora: A LATAM me fez perder o voo e precisei passar mais uma noite na cidade. Esse é o hotel mais próximo do Aeroporto (aproximadamente 1,5km) e tem uma ótima infraestrutura (diga-se de passagem, melhor que a do Windsor). Ainda que esteja localizado no meio do nada, tem um Centro Empresarial ao lado, com lanchonete, restaurante e caixa eletrônico. Dentro do hotel, além de uma área de golf e tênis, tem também academia, piscina, spa e restaurante. Usei o spa e os preços eram bem atrativos e o serviço muito bom. No restaurante, o café da manhã era bem servido e o jantar também (embora tenha pedido uma salada que estava estranha). Quanto ao quarto, apesar de localizado no térreo, o nível de ruído foi baixíssimo e a cama super confortável. O banheiro era ENORME!

Diárias a partir de R$460,00

O que fazer

Plaza San Martin: Cartão-postal da cidade, a praça leva o nome do General San Martin, um dos líderes da independência de países latinos (Argentina, Chile e Peru) contra a Espanha. Aqui você encontra também a Catedral de Córdoba, o Cabildo e ponto de partida do ônibus de turismo (leia mais abaixo).

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City Tour: Saindo da Plaza San Martin num trajeto de aproximadamente 1h30 com duas paradas curtas, o ônibus de turismo modelo inglês da década de 60 acompanha um guia com explicações durante a viagem. Infelizmente, não há audioguia ou tradução para outro idioma, inviabilizando o entendimento de estrangeiros. Também não gostei muito da parte que não se pode descer e pegar o ônibus em outro ponto, então não sei se faria de novo.

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Catedral de Córdoba: Imponente Igreja localizada na Plaza San Martin, datada do começo do século XVIII e com estilo neoclássico, carrega diversas heranças dos jesuítas à cidade.

catedral de cordoba

A presença dos jesuítas na região de Córdoba entre os séculos XVI e XVIII deixou muita história, e claro, diversas Igrejas. Não consegui visitar todas, mas existe um Circuito Jesuítico que lista todas as Instituições a serem visitas na Capital e arredores. Clique aqui para saber mais (em espanhol).

Cabildo de Córdoba: Cabildos eram prédios com iniciativas públicas e o de Córdoba funcionou como sede do Governo e como sede da Polícia. O prédio colonial do século XVII hoje funciona como museu (gratuito) e Centro de Informações Turísticas.

Calle Peatonal: Primeira rua fechada para pedestres da Argentina, atravessa o centro com diversas lojas de roupas, calçados, presentes e restaurantes. Ah, e claro, como toda boa rua do Centro: muita gente (aqui vale o aviso: cuidado com bolsa, carteira, dinheiro e celular!).

Manzana Jesuítica: Parte do Complexo Jesuítico de Córdoba, a Manzana é uma imponente construção em estilo barroco e neoclássica, datada do século XIX e declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2000.

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Mercado de la Ciudad: Mercado público no Centro com produtos locais. Ótima parada para conhecer mais de alguns produtos típicos da culinária argentina.

Casa Naranja: Centro Cultural de iniciativa privada da operadora Naranja, que realiza ampla programação gratuita de artes.

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Campus da Universidade Nacional de Córdoba: Fundada no século XV, A UNC é a Universidade mais antiga da Argentina e uma das mais antigas da América do Sul. Se pode conhecer mais da história por meio dos tours que eles disponibilizam em espanhol e em inglês.

Parque Sarmiento: Toda cidade que se preze tem um belo parque para chamar de seu, e em Córdoba não é diferente. Com muito verde, rosedais e largos artificiais, teve paisagismo assinado por Carlos Thays e é um ótimo passeio em dias mais quentes.

Nueva Cordoba: Bairro onde fica a sede da UNC e onde muitos estudantes elegeram para chamar de casa. Por ser um bairro jovem, tem muitas opções de entretenimento noturna e bons restaurantes, formando com seu vizinho, o bairro Guemes, um pólo gastronômico.

Onde comer

Como fiquei pouco tempo na cidade, acabei não visitando todos os locais que gostaria. Fiz duas refeições no próprio restaurante do hotel, em um café (que não me lembro o nome) e a última no Gran Vidreo.

Sibaris: Restaurante do hotel Windsor (onde fiquei) e eleito o melhor da região central, o cardápio é variado com muitas carnes e algumas opções de massas. A carta de vinho também é bem interessante. O preço é alto, mas vale a pena.

Gran Vidreo: Dentro de uma galeria de arte, esse restaurante tem um cardápio voltado pra alimentação saudável e com MUITA opção vegetariana. O preço é OK para quem mora em São Paulo, mas acho que acima da média em Córdoba.

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Almoço e cafezinho na Galeria Gran Vidreo

Queria ter ido:

El papagayo: Restaurante mais sofisticado em Nueva Cordoba e que dificilmente se consegue uma mesa, é protagonista na renovação do bairro e da gastronomia local. O menu é degustação e variado – dependendo da época e dos produtos da estação.

Gordó: Instalado na Galeria Barrio, o ponto alto aqui é o vinho. Extenso menu com diversas harmonizações. Como aqui em casa somos grande apreciadores da enogastronomia, ficamos bem interessados e só não fomos porque na noite que teríamos livres, o frio tomou conta da cidade e era inviável sair.

Tribeca: No bairro Guemes, uma espécie de Vila Madalena cordobesa, o Tribeca é uma destilaria que também oferece bons petiscos, música e um belo bar.

Percepção geral

Córdoba apesar de linda e cheia de história não me cativou tanto. Não sei se voltaria sem propósito, só para turistar. Por outro lado, a cidade é ponto de partida para as Serras, que são das paisagens mais lindas da Argentina e, muitas vezes, desconhecidas dos brasileiros.

Custo geral: $$(barato)

Para ler mais dicas quentes sobre a Argentina, clique aqui.

INVERNO EM CURITIBA

Comecei meu mês de Julho em Curitiba, onde fiquei por uma semana, e como já conhecia a cidade, aproveitei também um fim de semana para visitar Morretes e Antonina (clique aqui para ler mais).

Desta vez, além de trabalhar, aproveitei para conhecer alguns cantinhos que não tinha ido ainda, mas ao mesmo tempo, levei meu namorado para dar uma volta no roteiro básico da cidade.  Ou seja, esse post vale tanto para quem já conhece a cidade quanto para quem está indo pela primeira vez!

Sobre a cidade

Curitiba é a capital do Paraná e com quase dois milhões de habitantes, ocupa o posto de oitava capital no país. É famosa pela baixa taxa de analfabetismo, a melhor educação pública do país, um sistema de transporte eficiente com o maior biarticulado do mundo e muitos parques, o que a torna também uma cidade extremamente arborizada. Também é conhecida como a capital mal-humorada, devido a fama dos seus moradores – eu particularmente, nunca tive nenhuma experiência desagradável com nenhum local, muito pelo contrário.

O que fazer

Jardim Botânico: Definitivamente o cartão-postal da cidade, se você está indo pela primeira vez, não pode deixar de conhecer. Os jardins são lindos e a estufa, uma obra à parte. Em um dia bonito, é garantia de boas fotos.

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Ópera de Arame: Um teatro lindo,  todo construído em metal (de onde vem o nome), sobre um lago e com uma vegetação de cair o queixo. Também faz parte do to do obrigatório do turista em Curitiba. No subsolo funciona um café e do outro lado da rua, várias lojinhas vendem artesanatos, souvenir e os famosos chips de banana, que eu amo. Logo ao lado,  tem outro lugar lindo mas que normalmente é fechado ao público, a Pedreira Paulo Leminski, uma pedreira desativada e que vira e mexe é palco de grandes shows – Pearl Jam, por exemplo, já se apresentou ali.

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Museu do Olho: O Museu Oscar Niemeyer ou Museu do Olho (como ficou conhecido por causa do seu formato), foi inaugurado em 2002 e tem sempre uma programação bacana. Se estiver por lá, aproveite a lojinha e o restaurante e não esqueça a máquina fotográfica – como tudo que Niemeyer fez, é de ficar boquiaberto.

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Parque Tanguá: O que não falta é parque em Curitiba! A cidade é conhecida pelos milhares de Bosques, Parques e Praças espalhados por toda a cidade, mas acabei escolhendo o Tanguá por ser um dos poucos que não conhecia. Como estive por lá numa quarta-feira, a calma e a tranquilidade que passa estar ali tomando um cafezinho e olhando o horizonte, é impagável. Ele fica bem afastado e talvez valha a pena combinar com uma ida à Opera do Arame.

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Mercado Municipal: Amo visitar os Mercados dos lugares que viajo, principalmente os Municipais. Acho que é um ótimo jeito de conhecer um pouco mais sobre a cultura do lugar através da gastronomia e mais importante: dos produtores locais. Essa foi a minha primeira vez no Mercado Municipal de Curitiba e o que mais me chamou a atenção foi a organização – O Mercado é super limpo, com todas as bancas super bem organizadas, zero barulho, nenhum cheiro estranho e vários restaurantes bacanudos. Infelizmente tinha acabado de almoçar, mas a minha sugestão é que você escolha um dos diversos restaurantes que tem por lá e faça a refeição antes de começar a visita.

Sabe todos os produtos de banana que comentei no post de Morretes e Antonina? Praticamente todos eles podem ser encontrados aqui! Ótima oportunidade de conhecer produtos típicos litorâneos sem precisar deixar a capital.

Centro: É no Centro que várias atrações culturais estão concentradas, como a Biblioteca Pública, a Feira do Largo da Ordem (que acontece aos domingos), a Catedral, o prédio da UFPR e o Museu de Arte Contemporânea. Na minha manhã livre, aproveitei para visitar o prédio do Sesc, a rua das Flores – uma rua reservada para pedestres que recebeu esse nome por causa dos canteiros floridos do século passado, alguns permanecendo até hoje.

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Se você quer aproveitar o melhor de Curitiba sem carro, a Linha Turismo é um ônibus de dois andares, que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. O roteiro de 45km dura cerca de três horas e você pode pegar o ônibus em qualquer ponto. Atenção: Não opera às segundas-feiras. Para mais informações, clique aqui.

Onde comer

Curitiba é um paraíso gastronômico! Com diversas colônias europeias instaladas por ali, se encontra quase todo tipo de gastronomia.

Café do Paço: Ótimo para começar o dia, esse café que também funciona como escola, tem diversos blends de café e muitas opções de comidinha delícia. Fica no lindo prédio do SESC Paço da Liberdade, no Centro, que até 1966 abrigou o gabinete dos prefeitos da Cidade.

Mary Ann Apple Factory: Há um burburinho em Curitiba em torno das famosas maças caramelizadas já conhecidas nos EUA. Tomei conhecimento deste lugar por uma amiga e por coincidência conheci os donos numa festa que fui na cidade. Infelizmente não consegui visitar o espaço e provar as famosas maças, mas só ouvi elogios!

Madero: Acho que tem mais Madero em Curitiba que Mc Donalds, rs. Sério, tem muitos! Meu namorado é super fã da hamburgueria e sempre vai aqui em São Paulo e eu nunca tinha ido. Numa noite fria de domingo, rumamos ao Centro para conhecer a primeira casa e experimentar O MELHOR HAMBÚRGUER DO MUNDO. Como sou vegetariana, é muito difícil um hambúrguer me agradar, e sinceramente, não gostei muito do que comi no Madero, De qualquer forma, se você come carne, recomendo a experiência. Adorei o couvert, a pupunha assada de entrada e as batatinhas.

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O hambúrguer vegetariano do Madero

Osteria Capitolina: Amigos locais nos levaram até esse restaurante, que julgam ser um dos mais italianos de Curitiba e que não está em Santa Felicidade – um bairro italiano dentro da cidade. O local é super família, e o dono, um romano, trabalha em conjunto com a sua mulher, uma brasileira, e recebem pessoalmente cada cliente. A comida é uma delícia e o menu super bem servido. Minha sugestão: vá com MUITA fome, porque se come MUITO por aqui (MUITO MESMO). Super recomendo a burrata e o Nhoque ao pesto. E na saída, uma grapa e aquele cafezinho esperto!

Porcini Trattoria: Mais um italiano, desta vez na região do Batel, onde me hospedei. Diferentemente da Osteria, o local é bem mais requintado, porém segue-se comendo bem. A carta de vinhos é generosa e o Nhoque que provei aqui estava delicioso (apesar de um pouco apimentado para o meu gosto). Já a lasanha do meu namorado, acho que ficou a desejar, apesar de linda estava super gordurosa.

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Porcini: Um dos muitos gnochis que comi em Curitiba

GreenGo: Refeição vegetariana de bastante qualidade e super bem servida no Batel. Experimentei o falafel com salada e arroz negro e estava uma delícia, e com um preço super acessível. Outra recomendação que tive de amigos locais foi o Gorilla Strong, que acabou de abrir na mesma região, mas que infelizmente não consegui ir.

Quintana Café e Restaurante: Esse café no Batel também serve almoço das 11h às 14h e tem como tema o escritor gaúcho Mario Quitana. No local, além super bem decorado, o restaurante divide espaço com livros e  uma lojinha. O almoço tem várias opções saudáveis e serve muito bem pessoas com restrições alimentares.

Passion du Chocolat: Localizada dentro do Shopping Patio Batel, é conhecida pelos famosos macarrons. Como amo o docinho francês, fui lá experimentar e de fato, vale a pena (apesar dos salgados R$7 por unidade).

Hard Rock Cafe: Famoso no mundo inteiro, a unidade de Curitiba é a única no Brasil – talvez por Curitiba também ser conhecida como a Capital do Rock. Pessoalmente, não acho a comida “grandes coisas”, mas o ambiente é legal para encontrar os amigos para uns drinks e quem sabe comprar uma lembrancinha na lojinha (se você estiver ostentando muito).

Botanique: Verdadeiro achado na região mais central, o Botanique é uma casa de plantas que acabou de abrir e que também funciona como restaurante, café e bar. A comida é deliciosa, super fresh e muito vegan friendly! O cardápio é inspirado na cozinha espanhola, com diversas adaptações. De noite, a carta de drinks entra em cena e transforma o estiloso espaço em bar.

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:: Eu sou vegetariana e todas as minhas sugestões gastronômicas aqui no blog têm opções sem carne. Também sinalizo sempre que existe opções vegan, lac free e gluten free :: 

Onde ficar  
Claro que a localização depende do propósito da sua viagem, mas acredito que se a ideia for turistar, uma boa região é a do Batel.
Quality Hotel
Apesar de diversas opções no bairro, optei ficar no Quality porque o custo benefício me pareceu justo.
Localizado na Alameda Dom Pedro (uma rua sem saída), no Batel, o hotel tem um staff super atencioso, quarto confortável, restaurante no primeiro piso e academia e piscina no rooftop.

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Café da manhã bem servido no Quality
rooftop hotel
Rooftop do Quality

Nas tarifas, que giram em torno de R$300, está incluso café da manhã e estacionamento.

Pros
Localização – Bairro Batel super bem servido de serviços e restaurantes.
Quarto – Bom espaço, cama confortável.
Banheiro: Ótimo espaço, amenities Natura e boa ducha.
WI-FI: Precisei muito de internet nos dias que estive hospedada aqui e em nenhum momento ela deixou de funcionar (AINDA BEM!)
Café da manhã – Sortido, com opção de omelete e tapioca feitos na hora, vários sucos e muitos pães.


Contras
Nível de ruído – Mesmo estando em uma rua super silenciosa, tive a impressão que as paredes eram de papel! Ouvia-se tudo dos quartos ao lado e acima, o que me incomodou um pouco, já que tive que passar algumas tardes no quarto trabalhando.
Sistema de aquecimento – Não consegui ajustar o aquecimento diretamente no quarto e o sistema central do hotel me parece que ficava desligado durante o dia.
Restaurante – Apesar do café da manhã ser ótimo, jantei uma noite no restaurante (às segundas-feiras eles têm um buffet de sopas por um preço bem justo) e me decepcionei bastante. Apesar de boas opções a comida estava super salgada! Depois disso, confesso que fiquei com medo de pedir serviço de quarto e acabei saindo ou pedindo delivery em todas as outras refeições.

Ficaria no Quality novamente?
Acredito que não. Apesar do staff atencioso e do quarto confortável, o barulho e o frio que passei (Curitiba não é brincadeira em Julho) deixaram bastante a desejar. Quanto à localização, existem várias outras opções no Batel, como o Mercure, o Transamérica ou o hypado Nomaa


Custo geral: $$(barato)

BELÉM E O DIA DOS NAMORADOS

A poucos dias do Dia dos Namorados, resolvi reviver a minha comemoração do ano passado e contar um pouco mais de um lugar pouco óbvio para passar essa data: Belém do Pará.

Leia também: Rota romântica e o sul do país

A primeira coisa que percebi ao procurar destinos “românticos”, é que todos os blogs apontavam para lugares não muito originais. Como em junho está esfriando aqui no Centro-Sul do Brasil e no nordeste é temporada de chuva, vi que ir para o Norte seria uma boa opção se estivesse procurando algum lugar quente e seco, em pleno outono. Por fim, escolhi Belém, no Pará, porque além de ser um lugar que sempre quis ir, as passagens estavam bem baratas para o  fim de semana do dia 12.

Como era a minha primeira empreitada por lá e teria apenas 3 dias, pensei num roteiro bem compacto, que não saísse muito do centro da cidade e que me permitiria visitar os lugares mais especiais (e também turísticos) da cidade. O que eu posso adiantar desses dias? Que foram mágicos e que quero voltar ao Pará o mais breve possível!

Sobre a cidade 

Belém do Pará é a capital do Estado do Pará, primeiro da região norte, fazendo divisa com a região nordeste (Maranhão) e Centro-Oeste (Mato Grosso) e se divide em porção continental e nas ilhas ao redor (39 ilhas ao total).

Fundada em 1616, é a porta de entrada para a Floresta Amazônica – de onde inclusive saem barcos que ancoram em Manaus – e no século XIX foi palco da cabanagem, uma das revoluções populares mais importantes para o país.

Leia também: Hotel de selva: A experiência

De clima extremamente úmido (frequentemente ultrapassando 90%), é a capital mais chuvosa do país. O extremo calor também é característico com temperaturas quase sempre acima de 30 graus.

No segundo domingo de outubro presencia-se um dos eventos mais importantes para o catolicismo no país, o Círio de Nazaré. Uma procissão de mais de 3km que há mais de dois séculos faz romeiros atravessarem a cidade homenageando Nossa Senhora de Nazaré, mãe de Jesus.

Se você (e seu par) são do tipo que adoram aventura, cultura e gastronomia, Belém tem tudo isso por um preço bem acessível. Bons hotéis não costumam ter diárias que ultrapassam R$400 e o valor por km do táxi é de R$3,03 na bandeira 2. Por ser uma capital, existem opções de gastronomia e entretenimento variadas e vôos diários de diversas partes do país. A aventura fica por conta da Floresta Amazônica, onde você pode conhecer superficialmente em um dos passeios peça própria cidade ou ir mais a fundo, pegando um barco e navegando por cerca de  6 dias.

Seu acesso é extremamente simples pelo Aeroporto Internacional Val-de-Cans com operação pelas companhias Azul, Map, GOL, LATAM, TAP, Sete e Surinam.

Onde ficar

Na minha estada de 2 noites, fiquei no Grand Mercure Belém, que fica na Avenida Nazaré, por onde passa o Círio e que, para os amantes de futebol, está na frente da sede do maior time do estado, o Paysandu.

O hotel do grupo Accor tem ótima infra-estrutura, com piscina, restaurante, bar e room-service 24h, além do café da manhã incluído na diária. No quarto, uma coisa que me chamou a atenção foram os amenities, feitos com produtos regionais e alguns livros e quadros com imagens e histórias da cidade.

Passeios imperdíveis

Cidade Velha: Com arquitetura barroca diretamente influenciada pelo italiano Antonio Landi que ali habitou no começo do século XVIII, a Cidade Velha é um deleite para os olhos de amantes de artes. Por ali, além das construções ficam vários museus, teatros e Igrejas que precisarão de pelo menos um dia da sua atenção. Minha sugestão é percorrer as ruas sem um roteiro definido, deixando-se levar pelos encantos da região.

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Museu Histórico do Estado do Pará

Mercado Ver-o-Peso: Com certeza a minha atração preferida em Belém! Fundado há 388 anos, continua em operação diariamente vendendo produtos de hortifrutti e artesanato local. É uma viagem à gastronomia amazonense, cheia de cores e cheiros. Não se intimide e pergunte tudo o que quiser aos solícitos vendedores. Eles são ótimos explicando o que é cada coisa e dando receitas locais. Uma curiosidade: o local apesar de turístico, também segue frequentado por locais e vende anualmente cerca de 30 toneladas de açaí por ano

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Cores e diversidade no Mercado Ver-o-Peso

Forte do Presépio – Forte localizado na Cidade Velha, foi construído no mesmo ano da fundação de Belém para proteger a cidade de ataques de estrangeiros e hoje preserva também um museu para promover um pouco da história da colonização européia na região da Amazônia.

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Cidade Velha no caminho para o Forte

Mangal das Garças: Um parque privado que reúne fauna e flora locais, além de restaurante e observatórios. A foto abaixo é do Farol, que apesar da fila, do calor e do valor adicional de R$10, vale a pena ser visitado. A vista é de tirar o fôlego!

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Do alto no Mangal das Garças

Catedral Metropolitana de Belém: Situada na Cidade Velha, e também de arquitetura barroca, é a Igreja mais antiga da cidade.

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Catedral Metropolitana de Belém

Passeio de Barco – Fiz esse passeio pela Valeverde, que saí da Estação das Docas no fim da tarde e dura cerca de uma hora percorrendo a Baía do Guajará ao pôr do sol. No passeio, alguns pontos turísticos avistados são explicados pelo guia, mas acho que o ponto alto mesmo do passeio é a apresentação de dança que acontece no barco. O Pará, além do famoso tecnobrega (olá, Calypso), é conhecido por um ritmo ainda mais tradicional: o Carimbó, que mistura elementos indígenas e africanos. Durante a apresentação, muita música e tanta giração que você vai se perguntar como alguém consegue dançar daquele jeito, num barco, sem passar mal rs.

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Vista do barco no fim de tarde

O vídeo abaixo mostra um pouquinho do Carimbó:

O que comer

Para quem não conhece a culinária do norte do Brasil, tão peculiar e difícil de descrever, não sabe o que está perdendo! Hoje em dia eu arrisco dizer que é a minha preferida no Brasil e muito desse amor começou no Pará. Foi por lá que provei pela primeira vez sabores tão amazônicos como Tucupi, Tacacá, Jambu e Bacuri.

Por aqui tudo é um espanto aos desavisados, desde a forma como o açaí é consumido – totalmente sem açúcar e com farinha – até a variedade de frutas e peixes. É um encanto e eu provavelmente não sou a pessoa mais indicada para dar maiores detalhes. Confesso que durante essa viagem comi muita coisa que nem sabia o que era – e que continuo sem saber – mas tudo era maravilhoso. Meu namorado, tão encantado quanto eu, pedia para colocar cupuaçu em tudo: no sorvete, no suco, no chocolate…

Acho que o melhor lugar para ter o primeiro contato com tanta coisa é o Mercado Ver-o-Peso, que comentei anteriormente.

Dos restaurantes, não fui a muitos mas um deles me conquistou. A noite do dia dos namorados não poderia ter sido mais especial: jantar no Remanso do Bosque, que está na lista dos 50 melhores da América Latina pela revista Restaurant. Com elegância e delicadeza, o chefe Thiago Castanho incorporou no cardápio todos os ingredientes locais, com opções à la carte ou menu degustação. Apesar do preço ser bem mais alto do que o encontrado normalmente em Belém, é totalmente pagável. O espaço do restaurante também é lindo e acomoda bem tanto casais, quanto grupos maiores. Na saída, uma lojinha com alguns produtos locais, os quais não resisti e trouxe para casa. Esse é um dos To Do’s obrigatórios em Belém!

E você, já tem planos para o próximo dia 12/06?