ROTEIRO EM SÃO PAULO – CENTRO

A região central de SP, conhecido como Centrão ou Centro da Cidade é uma área que engloba os bairros da Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, República, Liberdade, Sé e Santa Cecília.

Como é sabido, as distâncias em São Paulo – assim como seu trânsito – são imensas, o que muitas vezes dificulta a vida do turista inexperiente. Pensando nisso, levantei as principais atrações que podem ser visitadas as pé, sem grandes dificuldades, compreendendo basicamente a Sé e a República.

Leia mais: Conheça mais roteiros urbanos em outras cidades

A maioria dos passeios são de graça (ou muito baratos) e há opções de gastronomia para todos os bolsos. Então, por que não dar uma chance ao Centrão?

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Centro de São Paulo – Imagem: SP-Turismo (clique para ampliar)

Passeios

Praça da Sé + Igreja da Sé: Não se pode negar que, apesar do ambiente hostil, marcado por mendigos e não muito seguro, a Praça da Sé é um cartão postal. Nela, visitar a Igreja da Sé é um to do. Uma das principais construções góticas no Brasil, há visitas guiadas para conhecer a cripta. Em frente à Catedral, não deixe de ver o marco zero da cidade.

Caixa Cultural: Bem pertinho da Praça da Sé, o prédio mantido pela Caixa tem exposições temporárias imperdíveis e o mais importante: gratuitas.

Mosteiro de São Bento: O mosteiro em si, é lindo. Mas a minha parada é sempre para visitar a padaria do mosteiro. Ao entrar, vire à esquerda, num pequeno balcão onde são vendidos pães e bolos feitos pelos monges e o imperdível pão de mel (não deixe de levar)!

CCBB: O prédio do Centro Cultural Banco do Brasil é lindo, e merece a visita. Além do mais, a agenda cultural é extensa, e quando não gratuita, é bem barata. No primeiro andar, um café e a lojinha para a merecida pausa na visita.

Pateo do Collegio: Local onde aconteceu a primeira missão jesuítica no século 16, hoje é aberto à visitação o complexo que integra tanto a Igreja quanto o Museu Anchieta.

BM&F Bovespa: Pelo Centro também fica a bolsa de valores que comanda o Brasil. Além da visitação, são oferecidos diversos cursos gratuitos de economia doméstica e investimentos que merecem ser feitos.

Edifício Copan: Projetado por Niemeyer na década de 50 e de enorme relevância à arquitetura nacional, hoje é um dos cartões-postais da cidade.

Edifício Matarazzo: Também conhecido por Banespinha, por ter sido sede do banco Banespa, atualmente sedia a Prefeitura de São Paulo. Mediante agendamento, há visita guiada que conta a história do prédio e conduz o turista a um (inesperado) jardim suspenso no último andar.

Edificio Martinelli: O prédio mais alto da América Latina por muito tempo, continua sendo um dos mirantes de São Paulo. Infelizmente, encontra-se fechado para visitação no momento.

Teatro Municipal: Um dos prédios mais imponentes do Centro, se puder, não deixe de assistir um espetáculo. Se não, programe a sua visita guiada – ela dura uma hora e acontece diariamente de terça a sábado.

Compras

25 de Março: A rua mais famosa de São Paulo vende absolutamente de tudo! De roupa, a tapetes, passando por coisas de cozinha e eletrônicos. Eu, particularmente, amo para comprar acessórios (bijouterias, bolsas de praia e chapéus). Antes de ir, vale uma passada pelo site para ver a oferta de lojas e produtos e ir com destino certo, poupando tempo e energia.

Dica: No mês de dezembro as lojas da 25 tem o horário estendido e funcionam inclusive aos finais de semana. Porém, se possível, evite! É nessa época do ano que os arredores se tornam intransitáveis. Se não tiver jeito e precisar ir de qualquer forma, tente aproveitar as manhãs, quando está menos cheio.

Shopping 25 de Março: Para os que não gostam de bater perna ao ar livre, uma alternativa na região da 25 é o Shopping homônimo. Com duas unidades (na própria Rua 25 e na Rua Barão de Duprat), mais parece uma galeria, com corners que vendem de tudo.

Galeria Pagé Se o assunto é telefonia e eletrônicos, o lugar é aqui. Na esquina da rua 25 de Março, 170 lojas trazem todas as novidades do setor por preços bem convidativos.

Shopping Light: Ao lado da Estação Anhangabaú do metrô, o prédio histórico que ficou conhecido por ser o Mappin nos anos 90, se reconfigurou no clássico formato de shopping, com lojas e praça de alimentação. No mesmo prédio está uma das sedes da Polícia Federal e alguns outlets, como o da Nike.

Galeria do Rock: Apesar do nome, dos cinco andares + subsolo, apenas dois são, de fato, dedicados ao Rock ‘n Roll, ainda assim, não desmerecendo a visita. Trata-se, provavelmente, do maior local dedicado a objetos de rock. De roupas a CDs raríssimos, se acha de tudo, e melhor, por um preço ótimo!

Rua Santa Efigênia: Próxima à Galeria do Rock, na região da República, a Rua Santa Efigênia é o paraíso dos eletrônicos, aparelhos musicais e acessórios para vídeo games. Deve-se tomar cuidado com as lojas que não emitem/nota e garantia e sempre pedir um descontinho extra na hora da compra.

Gastronomia

Quando o assunto é comida, São Paulo nunca decepciona, e com o centro não é diferente: de italiano a peruano, passando por cafeterias e bares, tem opção para todos os gostos (e bolsos).

$(muito barato), $$(barato), $$$(moderado), $$$$(caro), $$$$$(muito caro)

Bar Brahma ($$$): o famoso que fica na tal esquina da Av. Ipiranga com a Av. São João. Serve petiscos, lanches e aos sábados, uma famosa feijoada com samba toma conta do quarteirão.

Terraço Itália ($$$$$): Localizado no Edifício Itália, o segundo prédio mais alto de SP (165m), é tradicionalíssimo para comida italiana e jantares românticos com São Paulo de fundo. Reserve com antecedência.

Bar da Dona Onça ($$$): No térreo do Copan e com um cardápio de pratos e petiscos brasileiros muito bem trabalhados, tem um menu de caipirinhas de fazer inveja. Tudo isso num ambiente super descolado. Funciona do meio dia à meia noite: não poderia ser mais paulistano.

Esther Rooftop ($$$$): Mais um mirante merece atenção. No edifício Esther, na República, tem a cozinha autoral de Oliver Anquier, que dessa vez revisita pratos tipicamente brasileiros.

Paribar ($$): Bar descolado, com boas comidinhas e que funciona o dia inteiro. Tem um bônus importante: um brunch completíssimo das 10 às 17h, todos os domingos.

Café Girondino ($$$): Café, restaurante e bar – a tradicional casa que fica pertinho do Mosteiro é minha parada obrigatória para comer uma coisinha quando estou na região. Todos os pratos são deliciosos e bem servidos, mas guarde espaço para a sobremesa: o arroz doce (com toque de limão) é dos deuses!

Rinconcito Peruano ($): Tradicional casa de comida peruana com preço justo e muito visitado pelos imigrantes andinos. Para quem quer comida simples, mas bem feita.

Hamburgueria do Sujinho ($): Filial da tradicional hamburgueria da Consolação, o espaço do centro é menor, com o mesmo cardápio. Em geral, as porções são bem servidas e o hamburguer veggie é ótimo! Não deixe passar também a maionese verde e as batatinhas. Vá preparado e leve dinheiro: eles não aceitam cartão.

Casa Mathilde ($): Doceria portuguesa, como se pode imaginar, tem no longo balcão MUITAS opções de doces amanteigados e cheios de gema na composição. Para  acompanhar, a cafeteria serve cafés, chás e alguns salgados.

Mercado Municipal ($$): Comida por aqui não falta, seja nos restaurantes ou nas muitas barraquinhas de comida. Vá com fome e prove as frutas que são oferecidas enquanto caminha e para arrematar a visita, vá de sanduíche de mortadela ou pastel de bacalhau, no famoso Hocca Bar.

Leia mais: Gastronomia completa em São Paulo: comprar e comer

Vida Noturna

Sim, também tem (boas) festas no Centro.

Cambridge Hotel: Primeira casa da Gambiarra e anfitrião da famosa festa Gay, a Ursound, o Cambridge tem festas para públicos diversos em uma extensa agenda de eventos.

Club Caravaggio: a festa mais famosa aqui é a Trash 80’s, aos sábados, e que como sugere o nome, tem música retrô dançante.

Love Story: Uma das mais famosas, antigas e democráticas casas de São Paulo, tem festa eletrônica quase todos os dias e um público bem diverso.

Alberta 3: Com uma pegada mais Rock ‘n Roll e público mais descolado, aqui é ótimo para aqueles dias que você está procurando comer um petisco enquanto dança Franz Ferdinand. Da lista, é a minha favorita.

Trackers: Com festas variadas, que vão do Jazz ao Rock Progressivo, às vezes tem música ao vivo.

Dica: As agendas de balada em São Paulo oscilam bastante. Mantenha-se informado pelo site/Facebook das casas.

Transporte

O roteiro acima é todo pensado para ser feito à pé, mas não se iluda: é praticamente impossível ir a todos os lugares em um só dia. Por isso, recomendamos 3 dias (ou mais) para conseguir visitar tudo.

O Centro é muito privilegiado quanto ao acesso via transporte público: muitas linhas de ônibus vindas de praticamente todas as zonas de SP e algumas estações de metrô (Linha vermelha – Sé, Anhangabaú e República e Linha azul – Sé e São Bento).

Leia mais: Como se locomover em São Paulo

Um jeito de tornar tudo ainda muito mais fácil e barato é fazer o Bilhete Único, o cartão de transporte paulistano. Com ele, é possível integrar viagens gratuitamente ou com desconto (no caso de ônibus + metrô/ trem).

Leia mais: Bilhete Único para turistas

Uma alternativa ao transporte convencional é utilizar a Linha Turismo. Recém lançado, o ônibus de dois andares funciona como os demais disponíveis em grandes metrópoles do mundo (hop on/ hop off). Por R$40, a linha dá direito a 24h de uso, podendo entrar e sair em qualquer parada durante esse tempo, sendo o primeiro embarque na Luz, em frente ao Parque da Luz, diariamente.  Há áudio-guias em português, inglês e espanhol.

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Itinerário da Linha Turismo SP – Foto: Veja SP

Horários:

Dias úteis e sábados: saídas às 9h, 12h40 e 16h

Domingos e feriados: saídas às 10h, 13h40 e 17h

Hospedagem

Se você está querendo explorar ao máximo o Centro, uma boa opção é se hospedar por lá. Contudo, lembre-se que durante a noite, deve-se evitar a locomoção à pé, afinal a maioria dos estabelecimentos estão fechados e a as ruas ficam desertas.

Algumas opções de hospedagem (com preços variados), são:

Novotel Centro ★★★★

Marabá Hotel ★★★

São Paulo Hostel Downtown

Para quem quer aproveitar o Centro, mas não abre mão de uma noitada, sugiro a hospedagem na Vila Madalena ou no Jardins. Ambos possuem metrô e fácil acesso ao Centro e, de noite, uma vida noturna agitadíssima.

Segurança

Parece óbvio, mas vale a lembrança: evite se locomover a pé à noite, portar objetos de valor, falar/mexer ao celular e usar mochilas. Mantenha todos os pertences junto ao corpo e evite sair pelo Centro após escurecer.

Se necessário, procure ajuda do Posto Policial mais próximo ou a Delegacia de Apoio ao Turista.

DEATUR – DELEGACIA ESPECIALIZADA EM ATENDIMENTO AO TURISTA

R. Cantareira, 390 – Centro, São Paulo – SP – Tel: (11) 3120-4417

Leia mais: O que fazer em São Paulo

 

MARAGOGI: O CARIBE BRASILEIRO

No último fim de semana embarquei na minha primeira aventura balzaquiana: completar 30 anos em Maragogi (AL), o Caribe brasileiro.

Todos os anos faço o possível para passar o meu aniversário próxima à natureza. Morando em São Paulo, essa decisão é definitiva na hora de começar “meu ano novo particular” com o pé direto. Ano passado viajei às Chapadas dos Veadeiros e foi uma das experiências mais energizadoras da vida. Neste ano, só tinha certeza que queria estar próxima ao mar e o destino me levou a Maragogi, a estrelada cidade em Alagoas, mundialmente conhecida como o “Caribe Brasileiro”.

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Praia particular para a aniversariante em Maragogi (AL)

Como chegar:

A 120 km de Recife e a 130 km de Maceió, Maragogi está a 2h de distância de ambas as capitais,  não importando muito em qual aeroporto pousar. Para quem vai com mais tempo, recomendo descer em Recife, já que há mais opções culturais na capital pernambucana, assim como na vizinha, Olinda. E para quem só quer saber de praia, ainda dá para emendar com Carneiros e Porto de Galinhas. Uma última razão: o Aeroporto de Guararapes (Recife) oferece maior estrutura e mais voos, o que além de nos dar mais opções de horários, costuma também resultar em preços mais amigáveis.

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A estrada entre Recife e Maragogi é a coisa mais linda!

Clima: 

Assim como no resto do nordeste, o clima é de calor o ano inteiro! Se puder escolher, vá entre setembro e fevereiro, quando chove menos.

Na minha viagem, em meados de setembro, a temperatura variou entre 23 e 30 graus, mas a sensação térmica é agradável já que venta MUITO!

Onde ficar:

Contrariando todas as estatísticas que levam os turistas às Salinas de Maragogi, o melhor resort do Brasil, queria mesmo era começar meu ano novo longe de badalação e famílias, na maior calmaria possível.

E na busca do meu refúgio encontrei um hotel boutique dos mais intimistas onde já fiquei na vida: o Praiagogi. A descrição usada pelos donos como o menor hotel de charme de Alagoas, não deixa dúvidas: são apenas seis suítes, exclusiva para adultos e um aconchego tão grande que mais parece que você está em uma casa cercado de amigos e família.

Dica: A pousada é super popular entre casais em lua de mel!

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Praiagogi: vista aérea

Logo na chegada, uma boa surpresa: fomos recebidos com espumante pela Fernanda, a dona da pousada, que gentilmente nos conduziu a todos os espaços da pousada, nos levou à praia, explicou sobre a maré e nos deixou no quarto já com um presente: uma garrafa de vinho e um cartão como cortesia ao meu aniversário.

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E por falar em quarto: UAU! Parecia que tinha caído no Pinterest, rs. Pequeno, aconchegante, simples e super, mas super bem decorado.

Todos os espaços milimetricamente pensados: o banheiro ao fundo, separado por uma porta de vidro (não se preocupem, a privada fica totalmente isolada por uma parede de concreto ao canto), diversas fontes de iluminação – incluindo luzes embaixo da cama – e varanda com rede, separada pela porta azul turquesa linda de viver.

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Coisa linda de viver essa porta!

Dentro do próprio quarto há também uma garrafa de água cortesia, uma máquina de Nespresso e diversas cápsulas (o consumo de duas delas são também cortesia), mini bar com bebidas cobradas à parte, TV/DVD e amenities L’Occitane.

Na área comum, há wi-fi gratuito, uma pequena biblioteca e DVDteca, piscina com borda infinita e muitas espreguiçadeiras.

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Na varanda do quarto
biblioteca
Área de lazer comum: livros e DVDs

Tudo isso com um restaurante incrível, ótimo atendimento e essa vista:

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Recomendo MUITÍSSIMO a pousada para quem quer curtir o nordeste na maior paz e ser muitíssimo mimado por todo o staff!

Tanta exclusividade tem seu preço: os poucos quartos esgotam rapidamente! Recomendo fazer a reserva com a maior antecedência possível – para esse ano, por exemplo, eles já estão lotados!

Diárias a partir de R$760,00 (com café da manhã e jantar).

O que fazer

Galés de Maragogi 

Maragogi é famosa pelas águas cristalinas e piscinas naturais. Grande parte do sucesso vem da maior formação de corais do brasil, as Galés. Esse com certeza é o passeio mais tradicional da região.

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Imagem: Wikipedia

Ao lado da Praiagogi, sai um catamarã diariamente com direção às Galés, numa viagem que dura cerca de meia hora. Chegando lá, são mais uma hora, uma hora e meia de aproveitamento. Há aluguel de snorkel para quem quiser fazer.

Apesar de ser super popular, eu acabei não indo às Galés por várias razões:

  • Falta de tempo: tinha apenas dois dias e gastaria uma manhã apenas para visitar os corais
  • Os passeios acontecem quando a maré está bem baixa, o que em Alagoas significa estar no barco por volta das 7 da manhã!
  • Os barcos saem sempre lotados e se você não nada (meu caso), fica bem difícil conseguir uma boa foto
  •  Dependendo da luminosidade e das chuvas, o mar não fica tão cristalino como vemos nas fotos. Como havia chovido bastante na semana anterior, o mar estava bem mais escuro do que o normal.

Para consultar a Tábua de Marés, clique aqui

De qualquer forma, quero muito voltar com mais tempo para fazer a visita e quem estiver de malas prontas com destino à Alagoas, acho que vale a pena agendar. Os preços variam entre R$80 e R$150.

O que comer: 

Generalizações são muito complicadas quando se fala em comida nordestina. Isso porque ainda que existam elementos comum, o Nordeste é composto por nove estados, cada um com sua singularidade.

A culinária no Alagoas é marcada pelos Frutos do Mar!

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Risoto de frutos do mar do Restaurante Tuyn

Se estiver no nordeste não deixe de provar os clássicos:

  • Tapioca
  • Carne seca
  • Queijo de coalho
  • Bolo de rolo
  • Rapadura

Restaurante Tuyn 

Como estávamos em uma praia privativa e sem a menor coragem de sair de lá, fizemos as refeições no restaurante da própria pousada, o Tuyn. Além da comodidade, o restaurante está classificado como um dos melhores de Maragogi e oferece várias opções sem lactose e vegetarianas.

Os pratos que pedimos foram:

  • Badejo com arroz e purê de banana
  • Risoto de Frutos do Mar
  • Risoto de Ervas
  • Pizza de mussarela de búfala, pesto e tomatinhos
  • Delícia de Morango
  • Muitos sucos e água de coco
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Pizza com uma bela vista!

Tudo estava impecável!

Na noite do meu aniversário, ganhei de sobremesa um bolo de chocolate incrível! Nem gosto muito de chocolate, mas esse bolo estava tão bom que comi quase inteiro, rs.

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Vale lembrar que o café da manhã e o jantar já estão inclusos na diária!

E o café da manhã é servido a qualquer hora: acordou, eles oferecem uma cesta de pães e bolos (acompanhado por manteiga, geleia, mel e frios), um prato de frutas e as bebidas e qualquer adicional são pedidos sem custo à la carte – Pedi tapioca, ovo mexido, suco e café.

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Muito, muito pão no café da manhã, rs

E todos os dias no fim da tarde também é servido como cortesia um cafezinho com bolo.

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O maior capricho no café da tarde

Resumindo: difícil passar fome por aqui, rs

Custo geral: $$$(moderado)

UM FIM DE SEMANA EM BH

:: Aproveitei o último feriado e viajei a Minas Gerais para passar 5 dias e 4 noites curtindo o melhor da capital mineira e seu entorno. Neste segundo post, trago meu roteiro para curtir o melhor da capital mineira num fim de semana. ::

Para ler os outros posts da série de Minas Gerais, clique aqui.

Não é a toa que Belo Horizonte é uma das capitais mais acolhedoras do país. O mineiro praticamente abre as portas para receber os turistas e transforma a experiência de qualquer viajante em um momento inesquecível. Não bastasse tanta gentileza, a culinária é um deleite, o clima é agradável e dentro do Estado as atrações vão desde cidades históricas à grande metrópole, passando por muita natureza e o maior museu a céu aberto do mundo.

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Precisa de mais razões para conhecer esse pedacinho (imperdível) de Brasil?

Como chegar

De localização privilegiada, BH está bem ao centro das outras capitais do sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória), sendo facilmente acessada por via rodoviária. Caso esteja planejando ir de avião, o Aeroporto Internacional de Confins (a 40km do Centro de BH) recebe voos de todo o país.
De lá, além de táxi e Uber, uma opção mais econômica é pegar o ônibus executivo Conexão Aeroporto, (a partir de R$12,25). As paradas são no Aeroporto da Pampulha, no Ipiranga, no Terminal de Betim e no Terminal Rodoviário de BH.

Onde ficar

A escolha da localização dependerá do propósito da sua viagem. O meu bairro preferido na capital mineira é o Savassi, que não fica muito distante do Centro, tem ótimas opções de compras e restaurantes e vida própria tanto de dia quanto de noite.

Neste post aqui contei tudo sobre o hotel boutique me hospedei na Savassi.

Transporte:

Além do Conexão Aeroporto, que utilizei numa viagem passada a Belo Horizonte, confesso que nunca precisei do transporte público. De qualquer forma, a malha rodoviária é larga, sendo possível se deslocar facilmente de ônibus e há também um curto trajeto no qual é possível se deslocar de metrô.

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Mapa do transporte público (2011) – BH Trans (clique para ampliar)

A empresa responsável pela operação é a BH Trans (clique aqui para consultar itinerários e horários).

Culinária

Não dá pra ignorar o tópico. Minas Gerais tem uma das culinárias mais tradicionais do país e se quiser experimentar de tudo um pouco, esteja preparado para ganhar uns quilinhos, já que a carne de porco, derivados de leite e muitos doces açucarados fazem parte do menu.

Alguns itens não dá pra deixar em branco:

Lacticínios: Minas é uma das maiores produtoras de leite e boa parte da sua culinária vem de lactícinios. O queijo de Minas, famoso por ser branquinho e bem curado (salgado), está por toda parte, assim como o doce de leite (o Viçosa é o meu preferido #ficadica) e, claro, o pão de queijo.
Cachaças: Carro-chefe da nossa famosa caipirinha, Minas tem as melhores cachaças do Brasil. Para os apreciadores, o Mercado Municipal está cheio de opções (e degustação) de todos os tipos.
Feijão: Outra iguaria amada pelos brasileiros, o feijão faz parte de vários pratos mineiros, entre eles o tutu de feijão – um feijão bem amassadinho com farinha – e o feijão tropeiro, que é a mistura do feijão com farinha, carne de porco e às vezes, ovo.

Restaurantes

Alguns dos meus queridinhos em BH são:

 

Para almoçar

Café com Letras: Localizado dentro do CCBB, ótimo para dar um pausa na visita daquela exposição mais longa. Não bastasse a localização, o menu é ótimo, e tem desde pratos clássicos da culinária brasileira e italiana, até lanches para os que não querem perder muito tempo. A lista de opções veganas também não faz feio! E o mais importante: tudo com um precinho super digno.

Para a sobremesa

Lullo Gelato: Meu sorvete preferido em BH, não poderia deixar essa dica passar em branco. A fila é sofrida, mas o sorvetinho cremoso, com uma casquinha quentinha feita na hora, é uma bela recompensa!

Chá da tarde

Chacomigo: Como não sou muito fã de café, sempre que viajo dou uma olhada nas casas de chá e o Chacomigo além de ter esse nome divertido, está localizado em Santo Antonio numa casinha super gracinha e com mais de vinte opções de chás a serem combinados com os quitutes, igualmente deliciosos.

Para quando bate a fome no meio do dia

Pão de queijaria: Ir até Minas Gerais e não comer (muito) pão de queijo chega a ser um desacato. Para quem procura uma versão revistada de um aperitivo tão clássico, a Pão de Queijaria oferece vários “sanduíches” de pão de queijo, nos mais diversos sabores. Para os menos aventureiros, a versão clássica também é uma delícia e eles vendem pacotes congelados, perfeito para levar para casa (e continuar comendo).

Para ir a dois

Glouton: Um dos restaurantes mais famosos da cidade e com uma pegada ao mesmo tempo sofisticada e descolada, o restaurante localizado do ladinho da Praça da liberdade, serve pratos contemporâneos com muitos ingredientes locais (o queijo produzido na Serra da Canastra é figurinha carimbada em vários pratos do menu) e uma bela carta de vinhos para harmonização. Não é dos mais baratos, confesso, mas vale a pena para quem procura uma noite para lá de especial.

Percebi que praticamente todas as minhas sugestões estão a uma distância caminhável da Savassi. Tá aí mais um motivo para se hospedar lá!

O que fazer

A falta de mar transformou Belo Horizonte em uma capital boêmia e, sobretudo, feita para ser aproveitada ao ar livre. São muitas as opções para a vivenciar a cidade do lado de fora, desde passeando pelas praças e parques até apreciar uma cervejinha na área externa de muitos dos botecos.

Perto da Savassi

Centro Cultural Banco do Brasil: Com certeza o meu museu preferido em BH. Sempre tem alguma coisa acontecendo (exposição, teatro, música) e o melhor: de graça!

Memorial de Minas Gerais: Em um casarão lindo de frente à Praça da Liberdade, é imperdível para quem quer conhecer um pouquinho mais da história de MG.

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Praça da Liberdade: O nome não faz jus ao que esse espacinho verde no meio da Savassi representa. Um misto de praça, parque, pista de cooper, tem de tudo por aqui. Crianças correndo, vendedores de coco e pipoca…e tudo isso cercado de coqueiros e belíssimos prédios de instituições culturais. Merece muito a visita!

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Mercado Municipal: Tem dois passeios culturais que amo: visitar casas de célebres que foram transformadas em museus e mercados locais. No Brasil, o meu mercado preferido é o de Belém (tem post aqui), mas por Minas ter uma culinária tão peculiar, acho que vale bastante a visita (principalmente para os malucos por doce de leite).

Mais afastado

Pampulha: Região que tem como cartão postal a Lagoa da Pampulha. Com 18km de extensão, este complexo é com certeza um dos grandes atrativos da cidade. No seu entorno, parque de diversão, hostels e restaurantes. À sua margem, muitos Niemeyers: o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e a Igreja de São Francisco de Assis. Para essa visita, reserve pelo menos uma tarde, tem bastante coisa boa para ver por aqui.

pampulha
Mineirão: Programa imperdível para quem gosta de futebol, o estádio que sediou a copa do Mundo em 2014 oferece visitas guiadas diariamente. Confira o calendário antes de viajar e se possível, se programe para ver uma partida. Inesquecível!

 

PUNTA PARA INICIANTES

Já estive em Punta várias vezes, mas resolvi reunir aqui o essencial para você que está de passagem pelo Uruguai e talvez, não tenha muito tempo.

Punta fica na região de Maldonado, no Uruguay, país que fica aqui do ladinho da gente, e que tem pouco mais de 3 milhões de pessoas. SIM. Difícil ser parâmetro para uma nação gigante como o Brasil.

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Ao falar do Uruguay, resolvi não começar falando da capital, Montevideo, porque apesar da proximidade com o Brasil, ainda é um lugar que os brasileiros ficam relutantes em conhecer. Já ouvi muito “não tem nada pra fazer no Uruguay”, “Montevideo é para aposentados” e por aí vai. Claro, essas afirmações não são em vão. A população (assim como no resto do mundo) está envelhecendo e os jovens, vendo poucas oportunidades no pequeno país, acabam migrando para os países vizinhos. Em um outro post posso comentar da minha experiência na capital, mas vamos voltar ao foco.

Como muita gente ainda enxerga Punta como capital do entretenimento e luxo na América do Sul, vamos falar um pouco mais dessa cidade, que é muito mais do que mostra o programa do Amaury Jr.

Como chegar

Avião: O modo mais fácil é chegar via avião pelo aeroporto local, que fica na região de Maldonado,  há uns 20km do centro de Punta. Existem voos diários e diretos saindo do Brasil pela LATAM e pela Azul.
Carro: Uma opção mais em conta, é descer em Montevideo e dirigir ou pegar um ônibus até punta. Se você optar por alugar um carro e tiver mais tempo, separe um tempo para algumas paradas estratégicas no caminho como a Piriápolis e Punta Ballena
Barco: Você também pode optar pelo Buquebus. Saindo de Buenos Aires (com “conexão” em Colonia ou Montevideo) dura por volta de 5h, ou de Montevideo direto. É uma viagem supertranquila, você pode levar seu carro, tem lanchonete, bar e free shop.

Spotify: Quer deixar a sua viagem mais animada? Escute a nossa playlist exclusiva!

Clima

Bem típico uruguayo: calor suportável entre dezembro e março (entre 28 e 35 graus Celsius) e frio no resto do ano, atingindo o pico entre junho e julho (que pode chegar bem próximo a zero). E, independentemente da época, venta muito o ano inteiro.

Língua

Espanhol, com algumas variantes do espanhol falado na América Platina (Área que cobre Paraguay, Uruguay e Argentina).

O povo

Super amigável e receptivo, é com certeza um dos pontos altos da viagem. Você tem a sensação de estar numa vila, mesmo estando na capital. Em punta, tem mais um plus: por ser uma cidade que vive essencialmente no verão e de turismo, o atendimento em todos os estabelecimentos é muito bom também.

Transporte

A minha sugestão, caso você queira passar mais do que uma noite, é alugar um carro. Existem poucos táxis na região e o transporte público é bem escasso também. Se você se hospedar no centro, é possível fazer praticamente tudo a pé, mas o entorno da região também é lindo e é um desperdício pular algumas praias mais afastadas.

Onde ficar

Dessa vez, diferentemente das outras, resolvi ficar em hotel. Escolhi o 20 Hotel pela localização e preço. Fica entre as ruas 27 e 20 (daí que vem o nome) e é relativamente novo. No Tripadvisor vi pouquíssimas resenhas e resolvi me arriscar pelo que o próprio site do hotel mostrava. Não me arrependi. Os quartos apesar de pequenos são bem espaçosos e claros e o serviço do hotel é ótimo. O café da manhã é bem simples, típico uruguayo (cheio de medialunas que amo tanto <3) e farto. Ah, um detalhe importante: tem estacionamento gratuito.

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20 Hotel – Foto: divulgação

Outra hospedagem em Punta, que já usei diversas vezes, é Airbnb – normalmente sai mais em conta e tem muita opção disponível.

Quer sossego? Corre pra Jose Ignacio! Uma das minhas regiões favoritas no litoral uruguayo, a área é famosa por abrir casas de famosos que querem fugir da agitação de Punta. As opções de hotéis em Jose Ignacio são super limitadas, então se joga no Airbnb!

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A 30km de Punta, Jose Ignacio é só amor

Tá rico e quer conforto? Duas opções ótimas: O famoso Conrad, que fica à beira-mar, bem no meio do fervo e o Fasano Las Piedras, que fica mais afastado, para quem quer uma experiência de luxo e natureza, ao mesmo tempo.

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Conrad Hotel & Casino

O que comer 

Da culinária uruguaya, alguns itens não podem ficar de fora. São eles:

Chivito: O prato mais tradicional, na verdade é um sanduíche gigante que tem tudo dentro. O mais próximo que temos disso é o famoso x-tudo brasileiro. Existe em diversas versões (até vegetariana).

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Chivito, o X-tudo uruguayo

Medialuna: Croissant com uma caldinha de açucar (NHAMI)
Buñuelos: São bolinhos fritos, bem parecidos com os nossos bolinhos de chuva, mas por lá eles também existem em versões salgadas.
Alfajores e Dulce de leche: Famosos em toda a região platina, parece óbvio, mas não é. Não deixe de provar todas as variações possíveis. Meus favoritos? O Alfajor caseiro de Maicena e Vauquitas, um docinho de doce de leite argentino, mas fácil de ser encontrado no Uruguay.
Heladeria Freddo: Temos aqui no Brasil também, mas se estiver no verão em Punta, não deixe essa chance passar! Em quase todas as esquinas tem um Freddo!

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Curiosidade: Apesar da culinária uruguaya ser bastante popular pela sua carne, o Uruguay, muito diferentemente da Argentina, tem opções vegetarianas de quase todos os pratos em quase todos os lugares mais turísticos.

Os restaurantes

Na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina da revista Restaurant, o Uruguay tem dois no ranking, ambos na região de Maldonado: um em Punta e outro em Jose Ignacio. Em Punta, o La Bourgogne ocupa a posição 46 da lista com culinária tipicamente francesa e em Jose Ignacio, o classificado em 23, é o Parador La Huella. Nesta minha última visita, tive a chance de dar um pulo em Jose Ignacio para um late lunch e foi uma experiência bem inesquecível.  

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Restaurante pé na areia em Punta del Este

As opções? Além de carne, obviamente, vegetais e gaspacho de entrada e drinks!

Outra opção também fora da cidade, é a paradinha estratégica na Casapueblo, que fica em Punta Ballenas. O hotel-museu tem um restaurante delicioso que vale um almoço, o Las Terrazas.

casapueblo
Casapueblo

No meu caso, foi mais uma pitstop para um lanchinho no caminho para Punta.

lanchinho casapueblo
Lanchinho à beira-mar

Quanto custa

Para os padrões sul-americanos, Punta está um pouco acima da média nos quesitos hospedagem, alimentação, etc. Ainda assim, por estar muito próxima ao Brasil e ter voos relativamente baratos, não é uma viagem impossível de fazer. Sempre há opções mais em conta, principalmente com relação à hospedagem. Uma dica, se você gosta mais de sossego é se hospedar em Jose Ignacio (que também é mais barata) ou ainda em Montevideo (e fazer um bate-volta até o litoral).

Custo:  $$$(moderado)